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Revisada por: Polaris 👩🏻‍🚀

Última Atualização: Fanfic Finalizada

“Maybe it's all in my head
But I bet we'd have really good bed chem
Bed Chem, Sabrina Carpenter


Paris, França.

odiava bailes formais, e aquele baile era uma punição. Ele era bom no que fazia e gostava disso. Havia algo profundamente satisfatório em ver o alvo abatido, e o som abafado do silenciador fazia cócegas em um lugar agradável no seu cérebro. gostava de matar. Gostava da sensação eufórica quando observava a vida se esvaindo dos olhos do seu alvo.
Então, eventos de alta sociedade não combinavam com ele. Não que ele não conseguisse se misturar, se dessem a ele um smoking Tom Ford, ele pareceria um maldito CEO. Mas bajular homens e mulheres de meia-idade que só se importavam com seus próprios umbigos, não era o que ele queria estar fazendo naquele momento.
Havia um limite para o quanto ele conseguia tolerar aquele ambiente fingindo ser um perfeito cavalheiro inglês. E já estava no fim.
Se fosse sincero consigo mesmo, ele merecia uma punição. A missão em Praga foi uma bagunça, um desastre; definitivamente, não foi seu melhor trabalho. E mesmo após ter escutado o quão irresponsável ele havia sido, o sermão não foi o bastante. Ele não teve coragem de questionar a decisão dos seus superiores, porque, no fundo, sabia que merecia um castigo por quase falhar em uma missão tão importante.
E agora ele estava no meio de um salão lotado de pessoas ricas bebendo champanhe. Ele odiava champanhe.
Ele odiava aquelas pessoas. Sob os lustres do elegante salão de baile, todos pareciam ter o mundo nas mãos. Mas todos estavam à mercê dele. Um psicopata, armado e com licença para matar.
Para alguns, era uma vida difícil. Sua profissão escolhida o fazia voar ao redor do mundo, dormir em quartos de hotel, ficar horas escondido à espera de seu alvo e então ele se mudava para a próxima missão sem uma pausa. Para ele, a falta de continuidade era atraente. Necessária.
A vida de um assassino de aluguel era de isolamento, rotina e distanciamento. Por anos, ele operou sozinho nas sombras nas cidades movimentadas ou subúrbios tranquilos onde ele realizava suas missões.
Uma mochila cheia de roupas e duas maletas de metal com equipamentos eram suas únicas posses. O dinheiro que ele ganhava, muito mais do que ele precisava, estava espalhado em várias contas pelo mundo, sob vários nomes diferentes. Sem um número de previdência social válido, e sem registro em nenhuma agência governamental, ele era, para todos os efeitos, um fantasma.
Mas isso não significava que ele passasse despercebido.
Uma mulher, em um vestido preto justo, passou por ele, lançando-lhe um olhar convidativo. A pele marrom dourada dos seus ombros brilhavam expostas naquele vestido sem alças. analisou a cintura fina e as pernas longas aparecendo através da fenda do vestido. Deliciosa, ele pensou, observando seu decote e as pesadas pérolas e diamantes que estavam em volta do pescoço dela e pendurados em suas orelhas. Ela sorriu para ele de verdade. Tinha olhos escuros, cabelos escuros. Ela era sexy, mas havia algo nela que não parecia em nada com a alta sociedade — um brilho no olhar, muito diferente do que ele via nos outros convidados do baile. Como se, assim como ele, ela não fizesse parte daquele ambiente.
Ela deu um gole no champanhe e lambeu devagar os lábios cheios. desejava mordê-los até sentir o gosto de sangue.
O sorriso dela se alargou, e desviou o olhar. Ela era gostosa, mas ele estava ali a trabalho, e se ele estragasse aquela missão, passaria os próximos meses em uma mesa de escritório.
E de qualquer forma, ele ainda poderia transar com ela depois. Ninguém se importava com nada que ele fizesse depois que o trabalho fosse concluído.
varreu o salão com o olhar e localizou seu alvo. Já fazia 30 minutos desde que havia chegado, era hora de começar a agir. Ele caminhou até ela e a tirou para dançar. A mulher mais velha ficou muito feliz em ser abordada por um homem mais jovem e se derreteu durante a dança dos dois.
chegou à metade da música antes de ser interrompido.
Houve um pedido de desculpas murmurado ao lado dele, algo sobre roubar o parceiro de dança, e o seu alvo respondeu cedendo rapidamente.
Oh, vocês dois parecem tão lindos juntos.
sentiu seu sangue ferver de raiva antes de olhar sua nova parceira de dança. Ele poderia muito bem matar a mulher e encontrar a velha mais tarde, acabar com ela com um tiro certeiro na nuca.
Ele voltou a atenção para a mulher à sua frente, que o encarava com olhos e cabelos escuros e lábios marcantes. a agarrou pela cintura, colando os corpos de um jeito bastante inapropriado para um baile formal. Os dois começaram a girar pelo salão no ritmo da orquestra.
— Isso é uma arma na sua calça ou você só está feliz em me ver?
Ela soltou uma risada curta, como se soubesse mais do que ele.
— Você estragou minha missão — acusou ele, a voz carregada de frustração, já ciente de que seu disfarce estava comprometido.
— Sim — ela respondeu ainda sorrindo. Seu perfume era intoxicante, e o estava desconcentrando enquanto dançavam se afastando do alvo. — Essa é a minha missão.
— Vou matar você. — ameaçou.
— Você pode tentar — ela respondeu, desafiadora. — Deixe-me adivinhar: com esse sotaque sexy e a cara de psicopata, você deve ser do MI6.
não poderia confirmar nem se quisesse, porque ele, na verdade, não sabia a que agência ele respondia. Ele sabia que, se fosse pego, todas as agências negariam qualquer envolvimento.
— E pela sua intromissão, americana, você deve ser da CIA.
A risada dela o pegou de surpresa. O som foi direto para sua ereção, que já estava bem acordada desde que ele a tocou.
Ela se inclinou para perto, a respiração quente contra a sua orelha. sentiu o cheiro de champanhe no seu hálito.
— Tenho lidado com babacas como você por muito, muito tempo; e posso prometer: você não vai me matar tão facilmente. Mas talvez eu facilite para você, já que é bonito.
ergueu as sobrancelhas para não ter que pensar no calor em sua pele, na proximidade dos lábios dela e nos problemas que ele teria se a tomasse bem ali no meio do salão.
— Eu poderia lidar com você dormindo — ele informou, puxando-a pela pista de dança para se afastar da multidão de convidados.
— Do jeito que você estava olhando para o alvo com essa cara de maluco? Tenho certeza de que os seguranças já perceberam que você está agindo estranho. Eu diria que você é um amador.
— Eu só não gosto de festas.
O sorriso dela se contorceu em algo perigoso.
— Então, do que você gosta?
— Matar. E você acabou de me tirar isso.
Em resposta, ela teve a ousadia de sorrir amplamente para ele, sua mão subindo do ombro até a nuca, onde ela fez carinho.
Ela não entendia que ele era um homem perigoso? Um homem armado, pelo amor de Deus.
— Você ao menos sabe quem é o seu alvo?
Ele olhou para ela analisando aquele rosto novamente. Letal, aquela mulher era perigosa só pela aparência. Ele estava doido para descobrir o que mais ela podia fazer.
— Não me interessa. Não é problema meu.
nunca soube quem realmente eram seus alvos. Ele não queria saber quem, como, nem o porquê. Ele recebia um nome e uma foto, então, caçava e eliminava o alvo sem mais questionamentos.
— Você pode estar matando uma pessoa inocente. Isso não é legal.
Eles dançavam a segunda música. Lá fora, uma fina chuva começou a cair e levou um momento para examinar a mente da sua parceira de dança.
— Você virou uma espiã para salvar pessoas? Que bonitinho.
Ela deu de ombros.
— Sim, basicamente. Desde criança eu quis salvar as pessoas de homens maus.
— Homens maus? — ele repetiu e não pode evitar sorrir para ela. — Como eu?
— Sim, como você. E acho que estou me saindo bem.
Ela disse acenando com a cabeça para o meio do salão, onde viu seu alvo sair da festa acompanhada dos seus seguranças.
ficou atordoado por um momento, mas se recuperou com uma onda de raiva percorrendo seu corpo.
— Você está desperdiçando meu tempo.
Ela deu de ombros novamente e piscou para ele.
— Ninguém está prendendo você aqui. Você continua dançando. — provocou, com um brilho malicioso nos olhos.
olhou para ela de cima, ele era pelo menos uns 15 centímetros mais alto. Seu corpo era muito mais largo que o dela.
Quem aquela mulher achava que era? Ele lidava com assassinos e psicopatas para viver.
— Você tem um ego enorme aí.
— Já ouvi isso antes.
Ela sorriu e parou de dançar. Ela soltou a mão que ele segurava e deu um passo para trás.
A mulher se virou para a saída e olhou para ele por cima do ombro.
— Isso foi divertido. Mais fácil do que imaginei. Vamos fazer de novo qualquer hora dessas.
Isso foi o que faltava. Ela o tirou do sério de verdade.
Em uma ação totalmente movida por tesão e raiva, estendeu a mão e a puxou contra ele.
O sorriso deixou seu rosto enquanto ela apoiava as mãos contra o peito dele.
— O que você está fazendo?
— Você provocou o homem errado.
Ele rosnou, e tomou os lábios dela em um beijo. Seus braços a segurando com tanta força, que ele podia sentir cada centímetro dela através do fino tecido do seu vestido.
A sensação do corpo dela contra o dele foi um choque total. Sua ereção esquecida acordou novamente, pronta para ação. Uma onda de luxúria queimou através dele. Quando ele deslizou sua língua entre os lábios dela, um gemido subiu por sua garganta e entrou em sua boca. Ela parou de tentar empurrá-lo e começou a beijá-lo de volta.
E então ele se lembrou do por que estava ali. a soltou, e deu um passo para trás. A mulher olhou para ele, ainda atordoada; os lábios entreabertos, pedindo por mais.
— Precisamos fazer isso de novo.
Ele declarou, virou-se bruscamente e começou a correr pelo salão, sabendo que era melhor ele ir se quisesse concluir a missão.
Merda.
Aquela mulher apareceria em suas fantasias; ele sabia que seus caminhos se cruzariam novamente.

***

completou sua missão naquela mesma noite, porque era isso que ele fazia. Ele era bom e era eficiente. Não foi do jeito que planejou, e ele teve que improvisar, mas o alvo foi eliminado.
— Acho que não entendi.
Ele declarou para a pessoa no monitor. Os dois estavam em uma reunião a mais de vinte minutos discutindo tudo que aconteceu. não conhecia o homem pessoalmente, nem mesmo sabia seu nome verdadeiro. Ele era o único contato de com a agência que o contratava.
— O que você não entendeu? A mulher que você encontrou é uma agente da CIA, bem conhecida por missões internacionais envolvendo ameaças terroristas. Duvido muito que ela estivesse lá para proteger seu alvo.
— Ela falou que estava lá para me impedir.
— Acho que ela só estava tentando se divertir às suas custas. — Ele riu. — Se quer saber detalhes. Vou mandar o que conseguimos descobrir sobre ela. E se te incomoda tanto, você tem autorização para eliminar se cruzar com ela novamente. Mas não se distraia. Os detalhes da sua próxima missão chegam em dois dias.
O homem desligou sem se despedir.
No arquivo enviado, ele descobriu que ela se chamava , tinha 28 anos e trabalhava como restauradora de arte. Estava em Paris a trabalho. Uma identidade falsa, obviamente.
, ele disse o nome em voz alta.
queria muito cortar seu pescoço e vê-la morrer bem devagar.

***

Londres, Reino Unido.

O café estava quase vazio, exceto por alguns clientes espalhados. estava sentado em uma mesa de canto, seus olhos examinando a sala enquanto tomava um café preto. Localizado em um canto charmoso de Londres, o café exalava um ar de elegância discreto. Uma iluminação suave lançando um tom dourado sobre o piso de madeira escura. A chuva caia suavemente na janela enquanto o aroma de café e doces enchia o ar.
conseguia apreciar o ambiente tranquilo. Era também o lugar perfeito para observar seu próximo alvo.
O sino da porta anunciou a chegada de um novo cliente e teve que se conter para não reagir.
entrou, sacudindo seu guarda-chuva, e o viu imediatamente. Ela estava usando uma jaqueta de couro preto, seu sorriso brincalhão o irritava.
— Que bom te encontrar de novo. Parece que nossos caminhos continuam se cruzando nos lugares mais inesperados. Coincidência ou não?
Ela se sentou na frente dele sem cerimônia.
! Claro, que coincidência.
Ela não pareceu surpresa quando ele a chamou pelo nome.
— Oh, pelo visto você fez seu dever de casa. O que mais você descobriu?
Uma garçonete se aproximou da mesa e sorriu simpática, pediu um café para viagem e tirou a jaqueta se acomodando na poltrona.
— Você está me seguindo, ?
Ela riu.
— Uau, o jeito que você diz meu nome é tão sexy, me faz desejar que fosse meu nome verdadeiro.
queria ouvi-la gritar o nome dele, isso seria sexy.
— Então, qual é a sua missão dessa vez? Você não está aqui só pelos doces, está?
Ela estreitou os olhos.
— Talvez eu esteja aqui por você.
— Besteira. Sei que eu não era sua missão em Paris. E não sou sua missão agora.
recostou-se na cadeira cruzando os braços.
— Acho que o destino está nos colocando no caminho um do outro.
queria que ela não fosse tão bonita, seria mais fácil matá-la. Essa mulher o tirava do sério. Deixava-o inquieto e o fazia sair da sua postura discreta e se expor como o assassino que ele era, mas ele não conseguia assustá-la. Ela deveria achá-lo assustador, porque essa era a impressão que ele estava querendo passar o tempo todo. Ele queria que ela fosse embora.
— Não sei o que você acha que está fazendo, mas pare.
Ela jogou o longo cabelo para trás dos ombros.
— Estou sentada em um café, esperando meu pedido. Sou só uma turista aproveitando a cidade.
— Querida, acho que você está um pouco confusa sobre o que está acontecendo aqui. Eu tenho autorização para eliminar obstáculos que estejam atrapalhando meu trabalho.
— Isso é fascinante.
Que inferno, algumas coisas que ela dizia faziam com que ele quisesse dar um soco nela, ou beijá-la.
— Sabe de uma coisa?
— Tenho certeza que você vai me dizer.
tentou ficar o mais sério possível e usou sua voz misteriosa.
— Pela última vez. Não tenho tempo para joguinhos. Estou trabalhando e você está atrapalhando. — Insistiu, sem disfarçar o aborrecimento.
— Isso deveria me impressionar? — provocou, com um sorriso desafiador.
A garçonete se aproximou e colocou o pedido de na mesa em um copo para viagem.
— Obrigada, coloque na conta dele, por favor.
Ela disse sorrindo para a mulher. Depois se levantou, vestiu a jaqueta e apanhou suas coisas.
— Nos veremos em breve.
Ele não odiava essa ideia. Ele odiava não odiar isso.
— Eu acho que você não está me ouvindo.
sorriu e caminhou para a saída, ele esperou que ela olhasse para ele outra vez. Quando ela não o fez, ele ficou quase desapontado.
O fato de ela tê-lo achado naquele café era bastante impressionante. Claro, ele não estava se escondendo. Se estivesse, ela nunca o teria visto. Ele estava fazendo a coisa de se esconder à vista de todos por tanto tempo que tinha ficado muito bom nisso. Mas esse trabalho não era como os outros, ele não precisava se esconder. Mesmo assim, era difícil acreditar que ela o achou. não acreditava em coincidências.
Droga, ele a queria. Queria tocá-la por inteiro. Ele acreditava que ela seria ótima na cama. Ela iria lhe dizer exatamente o que ele precisava fazer e como agradá-la. Não seria do tipo tímida.
Puta merda.
Por que ele continuava ali? Claro, a missão. Observar o alvo. Ele a procurou pelo lugar e a viu servindo uma mesa do outro lado do café. Foco, ele precisava de foco para trabalhar.


Roma, Itália.

Depois de uma missão que o deixou mais cansado que o normal, se sentou no bar do hotel, tomando um drink. Ele ficou ali observando os casais conversando e rindo de histórias mundanas. E então, como um soco no estômago, ele percebeu que se sentia sozinho.
Era estranho para ele, o desejo por conexão, mas naquele momento ele não conseguia ignorar o sentimento. Pela primeira vez, ele imaginou uma vida além das missões, uma existência não definida por segredo e solidão. Ele percebeu que parte dele ansiava por uma chance de ser compreendido, de ser visto sem a máscara que ele criou e manteve por tantos anos.
Naquela noite, quando finalmente decidiu que estava na hora de dormir, ele entrou no corredor escuro do hotel que estava hospedado, ele não esperava mais surpresas além da que teve mais cedo na missão daquele dia. O alvo da vez era mais preparado do que ele havia antecipado. O estava esperando, sabia que estava sendo caçado e decidiu que não iria cair sem lutar. apreciava a coragem. Mas foi inútil.
Houve um ruído vindo da escuridão, e então uma mão em seu peito, empurrando-o contra a parede. O som abafado ecoou no corredor vazio, enquanto o prendia com a ponta do cotovelo com uma força que o surpreendeu e também o deixou excitado.
O reconhecimento foi quase imediato, porque ele conhecia aquele perfume.
— Você.
parecia surpresa dessa vez.
— Eu.
concordou, puxando o braço de para trás e empurrando-a contra a parede.
— É bom ver você de novo — ela disse sorrindo e jogando um braço para trás, acertando o cotovelo no rosto dele.
— Por que você está aqui, afinal?
questionou, estava começando a odiá-la de verdade.
— O mesmo que você. Estou trabalhando.
O autocontrole de estava no fim, e por um momento, ele viu tudo vermelho. Atravessou o corredor e simplesmente tentou acertá-la com um soco. desviou elegantemente de todos os golpes, ágil e atenta. Se não tivesse raiva daquele sorriso, ele ficaria impressionado com as habilidades da mulher. Mas era maior e mais forte, e conseguiu acertá-la, imobilizando-a contra a parede novamente.
O golpe feriu o lábio inferior de , que ainda sorria para ele como uma maníaca. Então uma gota de sangue escuro escorreu do seu lábio para o queixo, deslizou pela coluna de sua garganta em direção ao decote da sua blusa, e tudo o que conseguia pensar era em como aquele vermelho carmesim combinava com o preto do cabelo dela. Quase involuntariamente, levantou uma mão, seus dedos trêmulos tocaram o lábio machucado.
Por um momento ele pensou em beijá-la, agarrar seu queixo com tanta força que deixaria hematomas, abrir seus lábios contra os de até que ele pudesse sentir o gosto de seu sangue por dias.
Porra! Ele estava ficando maluco.
se afastou dando um passo para trás. parecia confusa, decepcionada, talvez. Ela lambeu lentamente o lábio, limpando o resquício de sangue que havia ali.
Jesus Cristo!
Ele se aproximou novamente, segurou seu pescoço e esfregou o sangue ali desenhando o caminho até os seios dela. E então ele se inclinou em sua direção, segurando contra si com a outra mão apoiada na nuca dela, e a beijou.
Foi assustador. Foi glorioso. Foi a pior decisão que já tomou, incluindo quando decidiu se tornar um assassino profissional, e ele gostaria de se arrepender. Ele gostaria de ter a porra da capacidade de se importar, de se recompor. E o pior de tudo era que estava beijando de volta.
Ela estava mais desesperada do que ele, usava a língua de um jeito obsceno, e honestamente, nunca teve chance. Isso iria acabar acontecendo. Sua mão na nuca de se moveu preguiçosamente para cima, passou por seus cabelos escuros e puxou com força. Ela fez um barulho suave e abafado, contra os lábios dele. O som foi direto para a ereção dele. Ele mordeu o lábio inferior de , com força suficiente para tirar sangue novamente e provou o gosto metálico antes de se afastar. Olhando nos olhos dela, percebeu que os dois estavam ferrados.
estava olhando para ele, lábios ainda separados. Suas mãos estavam agarrando a frente da jaqueta dele. Ela piscou algumas vezes e colocou a língua para fora mais uma vez, umedecendo os lábios.
Ele soltou o cabelo dela e deu um passo para trás, embora cada célula do seu corpo fosse, profunda e expressivamente, contra a mera ideia disso.
— Vou te dar a chance de ir embora agora antes que eu perca totalmente o controle.
— E se eu não quiser? — Desafiou ela, os olhos faiscando com a provocação.
O olhar de o queimava com uma fome que ele sabia exatamente o que significava. Ela o desejava também.
— Você... — Ele começou a falar enquanto tirava do bolso da calça o cartão chave do seu quarto.
Ele sabia que isso era definitivamente uma ideia estúpida.
— Você quer entrar?
Eles mal conseguiram entrar no quarto. Luzes se acenderam ao redor deles, enquanto se moviam. Eles tropeçaram e colidiram com os móveis no cômodo no meio de beijos desesperados.
Suas mãos foram rápidas enquanto puxavam e puxavam as roupas um do outro.
Quando finalmente cruzaram o quarto, ele estava pronto para arrancar as calças dela e pular na cama. Mas ele forçou sua respiração a desacelerar, seu corpo a se acalmar. Se aquela fosse a única vez que fariam aquilo, ele queria saborear cada minuto de verdade.
Ele a jogou no colchão enorme, a coisa tomava metade do quarto. Uma cama super king size, se é que isso existia. Enquanto ela o observava abrir o cinto e tirá-lo da calça, ele assistia ela tirar a blusa elegante de seda e o sutiã branco de renda. Então ela se aproximou, deslizou as palmas das mãos sobre o peito nu dele até os bíceps. Ele a empurrou para o colchão novamente e tocou seu ombro nu, deslizou suas mãos para baixo pelo estômago dela até o topo do jeans. Ela levantou os quadris enquanto ele os tirava. As calças foram primeiro, depois a calcinha, até que ela ficou nua e aberta para ele.
Em vez de aproveitar e sentir prazer, ele o deu. Seus dedos deslizaram sobre a pele sensível dela. Primeiro suas mãos, então seus lábios traçaram o caminho sobre as coxas dela. Quando ele se acomodou com seus ombros entre suas coxas, ela gemeu de um jeito que quase o fez perder a cabeça, e ele nem tinha começado.
A língua dele se moveu sobre a parte interna das coxas dela. Ele lambeu e chupou, provocando sua pele e fazendo-a respirar com dificuldade. Quando finalmente ele se moveu sobre ela, arrastando sua boca para até onde queria, ele se banqueteou com ela, o sabor e o cheiro de o deixaram maluco. estava no paraíso.
Ele a beijou ali. Usou a língua e os dedos para preparar o corpo dela para o dele. Mergulhou para dentro e para fora, enquanto os quadris dela se erguiam e se esfregava contra ele. agarrou seus ombros e depois sua cabeça.
— Por favor.
levantou a cabeça e olhou nos olhos dela. Como ele queria dizer a ela seu verdadeiro nome só para escutá-la gritar por ele quando a fizesse gozar em alguns minutos. Mas ele gostava do seu nome falso, e iria servir para o propósito naquele momento.
, me chame de . Me diga, o que você quer, ?
— Preciso de você dentro de mim, . Agora.
— Seja paciente.
E ele não parou. Não até que suas mãos caíssem para os lados e seu peito subisse e descesse com a respiração ofegante. Não até que ela gemesse e gritasse seu nome. Então ele se moveu sobre ela. Mesmo exausta, ela encontrou forças para levantar os braços e ajudar a tirar as calças que ele ainda vestia e rapidamente ele vestiu o preservativo.
pressionou a ereção dele contra ela. Ele esfregou a ponta para frente e para trás em sua abertura até que ela se levantou, trazendo as pernas em direção ao peito. Meio de joelhos na cama, ele colocou as mãos na parte de trás das pernas dela, e começou a penetrá-la.
Ele afundou nela em uma longa e torturante estocada que roubou o fôlego dos dois. Puxando para fora, ele hesitou por apenas um segundo, e então mergulhou nela novamente.
Era o paraíso. Aquela mulher era tudo que ele imaginou, e um pouco mais.
Algo dentro dele despertou. Esqueceu o que tinha imaginado fazer e permitiu que o descontrole tomasse conta dele. Ele queria selvagem e fora de controle. Ele queria vê-la sem fôlego e no limite de perder a cabeça.
, no entanto, tinha os próprios planos. Ela o empurrou nos ombros e quando ele olhou para ela confuso, ela o empurrou novamente com mais força. sorriu finalmente entendendo suas intenções.
Com um braço em volta das costas dela, ele os girou. Virou-os até que ela sentou em seus quadris e montou sua ereção. a segurou pelos quadris com força, esperando deixar uma marca ali de lembrança.
Apoiando as mãos no peito dele, e usando as coxas torneadas, ela levantou e sentou novamente. A sensação o fez gemer de um jeito que o pegou de surpresa. O jeito que o apertava era intoxicante. Ele puxou a cabeça dela para baixo e a beijou. Envolveu-a em seu calor.
Os gemidos de eram como música para seus ouvidos. Ele queria que ela soubesse que ele também estava sentindo o mesmo. estava ofegante. Sentia o tremor em suas mãos onde ele a segurava em cima dele. Ele não era imune a ela e não fingia ser, não era orgulhoso assim. Queria que ela soubesse que tudo aquilo o estava afetando.
Ele entendeu que queria variar a velocidade e torturar os dois. Fazer aquilo durar. Mas ela não estava conseguindo. Em poucos minutos os dois entraram em um ritmo constante que o estava enlouquecendo, estava tão excitada e o apertava cada vez mais. O desejo começou a se agitar dentro dele. Ela pressionou os joelhos com mais força contra os lados dele e afundou mais forte e rápido. usou as mãos para massagear os seios dela, enquanto sua ereção a esticava e a preenchia.
O orgasmo a atingiu, gritou e jogou a cabeça para trás. Ela continuou se movendo, continuou prolongando aquela sensação. estava hipnotizado, ela era incrível, a mulher mais sexy que ele já tinha visto.
Ele continuou levantando os quadris e a penetrando, dessa vez buscando o próprio alívio. Todas as terminações nervosas do seu corpo estavam formigando e seu coração martelava em seus ouvidos até que ele mal conseguia ouvir os gemidos dela.
Ele a agarrou pelos quadris com mais força e gozou enquanto o corpo dela ainda pulsava em cima dele.
deixou seu corpo relaxar e se deitou no peito dele. Por alguns minutos, a mistura de suas respirações ecoou no quarto silencioso. Um brilho de suor cobriu os corpos de ambos. Ele não se importou com nada disso. Tudo o que importava era que conseguia sentir a batida frenética do coração dela sob o seu peito. Ele começou a pentear os cabelos dela, alisava com os dedos enquanto sua outra mão acariciava a pele dela, para cima e para baixo, em suas costas.
Os dois eram diferentes em muitos aspectos. Seus motivos para fazer o que faziam eram diferentes, e muitas vezes eles estavam em lados opostos. Mas seus corpos se encaixavam. A química entre eles era inegável. E os dois acabarem na cama era inevitável.

***

Eles acordaram tarde na manhã seguinte, levantou do travesseiro com um cotovelo para olhar para ele, a luz do sol entrando pela janela iluminando seu corpo perfeito. Ela estava sorrindo, e isso fez o coração dele apertar de uma forma estranha.
— Isso foi legal.
Ela disse jogando os longos cabelos para trás dos ombros. se recusava a pensar muito sobre por que aquilo o fazia se sentir tão satisfeito.
— Deveríamos fazer isso de novo em breve.
Ela concluiu.
ainda queria dar um soco nela. Ele também queria beijá-la até os lábios dela ficarem inchados.
Esses dois eram desejos incrivelmente válidos, e coexistiam dentro dele naturalmente. E naquele momento, isso era o suficiente.



FIM.


Nota da autora: Tive a ideia dessa short há uns 2 anos, mas só agora consegui escrever. Antes tarde do que nunca. Se gostar comente!! XoXo


Nota da Bethinha 👩🏻‍🚀: A mercê outra vez das obras da autmun, eu estou acompanhando uma série em que o cara é um assassino profissional e meio problemático de gostos duvidosos e então, ao revisar esse espetáculo, eu simplesmente não consegui evitar o surto!
Eu sempre bato muito na tecla de que esta autora tem o incrível poder de criar diálogos que são simples, mas repletos de significados, tensão e flertes! E eu simplesmente AMO como a autumn brinca com as palavras, deixando não só os personagens desconfigurados, como também eu, a mera mortal que tá aqui tentando não morrer enquanto revisa!
E olhe, o trabalho mais difícil em revisar qualquer coisa desta autora, sem sombra de dúvidas, é esquecer que preciso prestar atenção em qualquer outra coisa se não a história!
Os encontros deles dois foram perfeitos e até agora eu estou me perguntando como a Sarah conseguia achar o James tão facilmente por todos os lugares. Eu, no meu modo fanfiqueira ativado, até criei a teoria de que ela foi contratada para matar ele, mas em algum momento, por observar tanto o seu alvo, acabou ficando obcecada!
É isto, eu até já dei ideia para o plot de continuação, cabe a autora agora sentar a bunda na cadeira e nos dar o que tanto queremos: mais da Sarah e do James!

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