Revisada/Codificada por: Calisto
Última Atualização: 05/03/2025Londres - Inglaterra
As duas ex-alunas, Lilian e Morgana, aguardavam ansiosas a chegada do diretor Dumbledore no seu escritório em Hogwarts, com James extremamente ansioso atrás delas. Eles haviam sido convocados para uma reunião urgente, sem saber exatamente do que se tratava.
Quando o diretor entrou na sala, seu semblante estava sério e preocupado. Ele as cumprimentou e pediu que se sentassem. Lilian e Morgana sentiram um arrepio percorrer suas espinhas enquanto esperavam pelas notícias.
— Minhas queridas alunas, tenho informações preocupantes a lhes trazer. O bruxo das trevas está retornando mais poderoso do que nunca. Há indícios de que ele está planejando atacar a família Potter, incluindo você, Lilian, e seu marido James — Dumbledore começou a falar, com uma expressão grave.
As duas ex-alunas se entre olharam, assustadas com a gravidade da situação. Morgana sentiu um calafrio percorrer sua espinha, imaginando o perigo que seus amigos estavam enfrentando.
— É por isso que chamei você, Morgana. Sua família possui conhecimentos antigos e poderosos. Existe um antigo feitiço transmitido de geração em geração que poderá garantir a segurança de Lilian e James, mesmo diante da Maldição da Morte — o diretor continuou.
Morgana estava perplexa. Ela sabia que o feitiço a que Dumbledore se referia era extremamente perigoso e exigia um nível de habilidade extraordinário. No entanto, ela entendia a urgência da situação e sabia que precisava ajudar seus amigos.
— O feitiço é chamado de 'Protego Vitae’ — explicou Dumbledore. — Ele irá criar uma barreira mágica ao redor de Lilian e James, desviando qualquer maldição lançada contra eles. É crucial que você execute o feitiço corretamente e com precisão.
Morgana engoliu em seco, sentindo o peso da responsabilidade. Ela sabia que não havia margem para erros. Com determinação, ela assentiu e se levantou.
— Eu farei o que for necessário, diretor Dumbledore — afirmou Morgana com convicção. — Protegerei meus amigos com toda a minha força e habilidade.
Dumbledore sorriu, emocionado com a coragem de Morgana. Ele sabia que ela era uma bruxa excepcional e confiava plenamente em sua capacidade de executar o feitiço com êxito.
— Lilian, James, vocês precisarão confiar em Morgana e estar preparados — alertou Dumbledore. — Eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-los e protegê-los, mas todos nós teremos que enfrentar grandes desafios.
Lilian e James, que haviam acompanhado a conversa apreensivos, se aproximaram de Morgana. Envolvendo-a em um abraço, Lilian sussurrou:
— Confiamos em você, Morgana. Seja forte e cuida de nós.
Morgana sorriu e abraçou Lilian e James com carinho. Ela sabia que o caminho que teriam pela frente seria difícil, mas estavam unidos e dispostos a lutar.
Enquanto se preparavam para a batalha iminente, a luz da esperança brilhava nos olhos de Morgana e suas antigas amizades se fortaleciam. Juntas, elas se preparavam para enfrentar o retorno do bruxo das trevas e proteger aqueles que amavam.
ON
Estávamos de volta à Londres, depois de tanto tempo morando na Bulgária, já estava com saudades desse lugar e tinha certeza que a e a também sentiam isso. E era a final da Copa Mundial de Quadribol!
Como fui a primeira a acordar em casa, me arrumei e, como o meu malão para Hogwarts e minha mochila já estavam prontos para passar vários dias fora, não precisaria me preocupar. Acariciei a cabeça da , que piou alto e esfregou o bico no meu dedo, um pedido silencioso para que eu abrisse a janela, o que fiz, e a vi voando até a árvore do quintal.
Desci as escadas e fui até a sala de jantar onde Aerin estava terminando de por a mesa e Kret fazia a típica caneca de chocolate quente para as irmãs MacGyver e para nossa melhor amiga , com pequenos marshmallows.
— Bom Dia, Aerin, bom dia, Kret — disse, me sentando na minha cadeira de sempre de frente com a do meu pai e ao lado da Katherine, nome do meio da , que ficava de frente a nossa avó e ao lado do nosso avô. Os dois me responderam com seus pequenos sorrisos largos, e enquanto Aerin colocava bolinhos na mesa, Kret me deu a minha caneca.
Ia pegar a caneca para tomar um gole quando meu avô resolveu aparecer.
— Bom dia, baixinha, dormiu bem? — perguntou, se sentado à mesa.
— Bom dia, vô, sim dormi bem — respondi antes de dar uma mordida na torrada. — Você tem certeza que não quer ir assistir a Copa? Logo você que gosta tanto de quadribol. — Olhei para ele e levantei uma sobrancelha.
— Não, querida, e eu já disse que vocês também não deveriam ir, estou com um mal pressentimento sobre isso — disse, completamente sério, o que não acontecia com muita frequência, enquanto colocava café na caneca.
— Eu sei, vô, mas eu, a minha mãe, meu pai, a e a estaremos lá para nos proteger e proteger quem estiver com a gente — disse, um pouco chateada. E como sempre, ele sabia o que eu estava sentindo, é de família.
— Não precisa ficar assim, eu mais do que ninguém sei que vocês são fortes, mas só estou tentando proteger vocês — vovô disse, se servindo de torradas com geleia, o que eu particularmente não achava que combinava.
Comecei a tomar meu café da manhã, e meus pais e minha irmã desceram conversando e se sentaram à mesa. Meu pai, claro, não perdeu a chance de brincar comigo. Comportamento típico de Carter MacGyver, que foi passado para mim e para a .
— Bom dia, , caiu da cama, querida? É um milagre te ver acordada esse horário em casa — meu pai disse, me encarando e levantando uma sobrancelha de forma provocativa e com seu sorriso torto (que eu sabia imitar muito bem, de acordo com a minha avó). Consegui ouvir perfeitamente as risadinhas da e meu avô sorriu, negando com a cabeça.
— Não caí da cama, pai, só sou pontual. Ao contrário do resto da família, exceto meu avô — disse, tomando um gole do chocolate da caneca. — A propósito, bom dia, mãe, bom dia, , ou eu sou um fantasma e só o papai e o vovô podem me ver e eu não percebi? — disse, erguendo uma sobrancelha para as duas, ao passo que minha irmã me olhou em descrença e minha mãe, na ponta da mesa, me olhou, erguendo as duas sobrancelhas, o que ela fazia toda vez que julgava que fiz algo muito parecido com o que o papai faria. Meu pai piscou discretamente para mim, tomando um gole do café com um sorrisinho, que se desmanchou com o comentário da mamãe
— Bom dia, meu amor, desculpe, mas seu pai me cortou antes mesmo de lhe dizer qualquer coisa, às vezes, eu acho que seu pai não tem educação, querida. — Enquanto eu e ríamos, papai ficou indignado. — E bom dia, pai.
— Bom dia, querida — meu avô respondeu.
— Estão vendo como a sua filha e sua neta me tratam? — meu pai disse para meu avô e minha avó, que acabava de entrar na sala de jantar e se sentar ao lado do meu pai. Ela só respondeu com uma risadinha e meu avô revirou os olhos. — Como eu posso achar que vocês são as mulheres da minha vida? — Apoiou a cabeça nas mãos.
— Ei, e eu? Não é por eu ser a mais nova que você pode se esquecer de mim. — Minha irmã fuzilou o papai com os olhos e eu ri, passando o braço esquerdo pelo ombro dela, que virou o rosto pra mim e piscou um dos olhos.
— Me desculpe, baixinha, não te esqueci, até porque seria impossível, já que olhando pra sua irmã, eu automaticamente lembro de você — meu pai disse, acertando um pedacinho de pão na testa da , não era à toa que ele era o melhor batedor do time, a mira do meu pai era incrível.
— Eu não sou baixinha — reclamou e eu não segurei o riso até porque ela era no mínimo quatro dedos mais baixa que eu. — Não ria de mim, Evangeline MacGyver. — Virou para mim, me fuzilando.
— Eu tenho direito, já que eu sou mais velha que você — disse, pegando um dos bolinhos do prato dela.
— Ei, isso é meu. — se lançou pra cima de mim para tentar pegar o bolinho de volta e ouvi todos na mesa rindo. — Malditos 7 minutos, que você não vai me deixar esquecer. — Revirou os olhos e todos riram. — Terminou o café, ladra de bolinhos indefesos?
— Já, e o bolinho não estava indefeso, você que estava distraída. — Recebi um peteleco no nariz e ouvimos uma risada.
— Só vocês duas para brigarem por um bolinho — disse, rindo, enquanto se sentava para tomar café. — Bom dia, família. — E um coro de "bom dia, " pôde ser ouvido no instante seguinte.
— Já arrumaram suas coisas para irmos passar um tempo com Tio Arthur e Tia Molly? — Recebi uma confirmação da e da que, mesmo com pão na boca, conseguiu responder. — Pai.
— Sim, meu amor?
— A Tia Molly não vai mesmo assistir a Copa com a gente?
— Não, querida, sua mãe até tentou convencê-la, mas sem sucesso. — Tomou seu último gole de café e se levantou, perguntando se estávamos prontos. Todos, menos vovó e vovô, que não iriam, confirmamos. Nós três subimos e pegamos nossas mochilas, os malões meus pais levariam depois.
Nos despedimos dos elfos e dos meus avós, então o meu pai aparantou com a gente para a Toca. Eu, e a já estávamos acostumadas com a aparantação, na Durmstrang, podíamos fazer isso a partir do terceiro ano.
Assim que chegamos, fomos direto para a casa mais bruxa que eu já vi, como estava com saudades dessa casa. Papai bateu na porta e, pouco depois, Tia Molly a abriu.
— Finalmente, achei que não chegariam mais — disse, dando um abraço nos meus pais. — Meninas, que saudades. — Abraçou , depois a , soltando um gritinho de felicidade por finalmente ver a garota depois de tanto tempo, e depois me abraçou forte, fechando a porta. — Venham, sentem-se e tomem café.
— Nós já tomamos café, Molly, mas, se as meninas quiserem algo, aí é com as três — mamãe disse, indo abraçar Tio Arthur. — Bom dia, crianças.
— Espera, você é Morgana MacGyver? — Um dos ruivos perguntou, chocado, esse com certeza era o Rony, fazendo todos olharem pra minha mãe. — E esse é o Carter? Por Merlin! — terminou a fala abobalhado, com todo respeito.
— Quem são? — perguntou um menino de óculos (que deduzi ser Harry) para a garota ao seu lado, que, como a única não ruiva, deveria ser Hermione, porém que lhe respondeu.
— Morgana e Carter MacGyver, ex apanhadora e batedor do Puddlemere United — disse, pegando um pedaço de bolo, e se apresentou. — Bl.... Bourbon, prazer em conhecê-los. — Se afastou da mesa com um copo de suco na mão, nem parecia que tinha acabado de tomar café. Nesse instante, olhei pro meu pai e sabíamos que estávamos pensando a mesma coisa.
— , querida, tem certeza que você tomou café antes de vir? — meu pai perguntou, fazendo eu e soltarmos uma gargalhada, e a morena olhar feio pra ele.
— Claro que tomei, mas quem resiste aos bolos da tia Molly? — disse, olhando feio pra mim e pra , e erguemos as mãos ao mesmo tempo nos "rendendo".
— Já que nossa linda Bourbon não nos apresentou, eu mesma o faço. — Lancei um olhar afiado para , que me deu um sorriso debochado em troca, que dizia "isso é por você ter rido da minha cara". — Sou MacGyver, a gêmea mais velha, a outra ali é a , prazer em finalmente te conhecer, Potter — apresentei minha irmã, que estava abraçando Tio Arthur, e estendi minha mão direita que o garoto apertou. — E você também, Hermione Granger, certo? — Fui até a garota para um abraço.
— Eu mesma — ela respondeu com um sorriso e deu uma cotovelada no ruivo ao lado, que a olhou feio.
— Não precisa: é ruivo, já sabemos que você é Ronald Weasley, da Grifinória. — deu uma piscadinha apoiada na parede enquanto eu abraçava o pai da família Weasley.
— E Gina, Fred e George — completou, e um dos gêmeos engasgou com o suco enquanto o outro batia em suas costas rindo.
— Como vocês sabem? — George perguntou, e estava quase tão vermelho quanto os próprios cabelos.
— Respira, George, ou você vai morrer – Fred falou, rindo do irmão, que lhe deu um tapa.
— E deixar você livre de mim? Nunca — retrucou o irmão com um olhar debochado.
— Tia Molly nos contou sobre vocês — disse, rindo do ruivo pelo engasgo.
— Sem querer parecer intrometida, ou que estava reparando em vocês – Gina começou a falar com as bochechas um pouco vermelhas —, mas vocês três têm um porte muito atlético, o que vocês fazem? — A curiosidade brilhava nos olhos da ruiva.
— Isso é resultado dos treinos de quadribol na Bulgária — disse, e sentou ao lado da mais nova pra explicar melhor enquanto meus pais conversavam com a tia Molly e o tio Arthur. — Eles levam os treinos muito a sério.
— Estão prontos, crianças? — tio Arthur perguntou.
Ao receber a confirmação de todos nós, Tio Arthur pediu que pegássemos nossas coisas para irmos ,e todos os adolescentes ouviram a frase da tia Molly: "Se cuida e se divirta, mas não faça besteira".
Depois de todos nós já estávamos fora da casa e indo em direção à Copa, Harry voltou ao assunto anterior.
— Não sabemos quase nada sobre a escola de vocês, contem um pouco pra gente? — Harry não era tão curioso quanto a Gina para fazer uma pergunta específica.
Nos olhamos e começou a falar.
— A Durmstrang é uma escola rígida, não tanto quanto a Koldovstoretz, o instituto da Alemanha, mas também não é liberal como a escola do Japão, Mahoutokoro. — Hermione tinha um brilho nos olhos com as novas informações.
— Mas o que pouca gente sabe é que, desde sempre, existiram dias específicos para que os alunos façam pegadinhas uns com os outros abertamente, e quem fizer as melhores pegadinhas, ganha um prêmio no fim do ano letivo — disse. Vi Fred e do George abrirem sorrisos de orelha a orelha. — A e a sempre ganhavam — completou, com uma careta, e todos olharam pra gente.
— Mentira? — George nos olhou. —Elas parecem ser tão....
— Na linha — Fred completou, e eles olharam estranho pra gente, com caras confusas e duvidosas.
— Se vocês não estão acreditando nisso, vão achar um absurdo o que eu vou falar agora. — ergueu uma sobrancelha para a dupla ao meu lado.
— O quê? Além disso eram as melhores alunas? — Gina perguntou, claramente a primeira coisa que veio em sua mente, e sorri pra ela, sabia que a seguir viria um dos muitos discursos dramáticos da .
— Escuta — e eu dissemos juntas como sempre, e Hermione deu uma risadinha.
— Vocês estão na presença da melhor artilheira da Haus Feuer por dois anos consecutivos, a detentora dos melhores passes e dos pontos mais bonitos, Katherine MacGyver. — Todos rimos com a descrição feita por da minha irmã.
— É verdade, ? — Gina questionou. Era nítido que essa era a pergunta que todos queriam fazer.
— Mesmo a descrição tenha sido um pouco dramática, sim, é verdade. — Os meninos a olharam com clara admiração. — Fui eleita a melhor artilheira. — Ela deu um sorriso diabólico e olhou pra mim. — Mas não é só isso, né, ?
— É claro que não, minha amada amiga. — Olhando pra mim de um jeito travesso que me fez rir, continuou: — Temos em nossa presença também, eleita por três anos consecutivos a melhor atacante da Haus Feuer, com os melhores dribles, ataques, finalizações e defesas. — Os olhos da Gina brilhavam de emoção, ela era claramente apaixonada por quadribol. — A ex capitã da Haus Feuer por dois anos, a melhor atacante que a Durmstrang já teve em anos, que entrou em seu primeiro ano no time por ter desafiado o capitão num mano a mano no quadribol e obviamente ter ganhado. A linda, majestosa, brilhante, radiante, Evangeline MacGyver.
Todos me olharam com caras surpresas, e deu para ouvir meu pai dizendo "essas são as minhas garotas".
— Você era a capitã? — Gina exclamou. Até aquele momento, eu não sabia que uma pessoa podia pular tanto em tão pouco tempo.
— Sim, depois que ela se tornou a capitã, não importava a estratégia do outro time, porque a gente sempre ganhava, né, Eve? — passou o braço pelos meus ombros e me puxou pra perto dela.
— E você, ? — Mesmo tendo feito uma a pergunta pra , Rony não tirava os olhos da .
— A era a artilheira da Haus land, quase tão boa quanto a , quase. — ao meu lado riu enquanto a , ao lado da Hermione, deu de ombros.
— Não dá pra competir com as duas, elas nasceram em cima de uma vassoura. — Rony virou a cabeça muito rápido pra , e ela riu. — É uma forma de dizer, ruivo, calma aí.
Andamos mais um pouco enquanto conversávamos, Fred e George perguntando o tempo todo sobre as nossas pegadinhas e nossas estratégias, Gina querendo saber mais sobre a nossa forma de jogar quadribol. Rony perguntava das comidas da Durmstrang, Hermione perguntou das matérias se eram muito diferentes de Hogwarts. Harry foi mais tímido e perguntou se Londres continua como nos lembrávamos, quando tio Arthur encontrou com o Sr. Amos Diggory que iria com a gente.
— Amos, chegamos aqui antes do esperado — tio Arthur falou enquanto apertava a mão do senhor à sua frente.
— Sim, estou vendo. — Deu uma rápida olhada para nós e reconheceu os meus pais. — Carter, Morgana, é um prazer conhecê-los pessoalmente. — Parou de falar com meus pais para olhar pra cima da árvore. — Querido, seus ídolos do quadribol estão aqui embaixo, vamos, desça.
Todos não entenderam a frase, até um garoto simplesmente pular ao meu lado, me fazendo soltar um grito pelo susto, o que fez ele rir.
— Sinto muito por tê-la assustado, não foi a minha intenção. — Olhando de perto, ele até que era bonitinho. Ok, seja realista, , ele era bonito pra caramba. — Se permitir, posso me desculpar de forma apropriada por isso. — Seus olhos castanhos tinham um brilho provocante e atraente.
— Ela até permitiria, se você não tivesse falado alto o suficiente para o pai dela escutar — meu pai disse colocando a mão no ombro do rapaz, que se virou devagar para ver o meu pai, que o olhava com uma ameaça brilhando em seus olhos azuis e se inclinou para falar no ouvido do mais novo, porém eu ouvi. — Se fizer um encontro perfeito, se ela gostar e mandar uma carta pra mim ou pra Morgana, tem a minha aprovação. — Ao terminar a frase, deu um tapa um pouco exagerado nas costas de sua vítima, vulgo Cedric Diggory.
— Desculpe, Carter, não imaginava que o Cedrico daria em cima de sua filha. — Amos estava envergonhado e um tanto desesperado.
Assim que o Cedrico chegou perto do pai e esse lhe chamou a atenção, meu pai se aproximou de mim, da e da .
— Vocês duas têm a função de estragar qualquer coisa que ele planeje, entendido, meninas?
— Sim, capitão — e disseram baixo, ou alguém escutaria o plano diabólico deles.
— Vocês são péssimos — eu disse, rindo aos três.
Amos e tio Arthur nos chamaram para continuarmos a caminhada, com isso meu pai foi para a frente. Assim que a brecha foi criada, Gina, Hermione, e se juntaram à minha volta.
— Mal chegou e já está assim? — Gina provocou.
— Um dos mais bonitos de Hogwarts já está de olho em você — Hermione disse, cutucando as minhas costelas.
— E aí, futura Senhora Diggory? — sorria.
— Quero ser madrinha, viu? — minha irmã implicou.
— Dá pra vocês pararem com isso? — Dava para sentir minhas bochechas quentes, o que só as fez rirem mais, mas, no meio das risadas, fomos interrompidas por um ruivo, que começou a agir estranho.
— Se eu fosse você, MacGyver, não teria tantas expectativas, há boatos de que ele se envolve com garotas e simplesmente muda de atitude e aparece com outra — Fred disse atrás de mim. — Não vá se envolver e depois quebrar a cara. — Ao passar entre mim e , olhou nos meus olhos e foi para perto do irmão gêmeo que estava à nossa frente.
Eu e as meninas nos olhamos assim que o ruivo saiu de perto.
— Eu nunca vi o Fred tão estranho assim — Gina disse, coçando a nuca. — Ele normalmente faria uma brincadeira com você sobre o Diggory, não agiria assim feito um....
— Mal humorado? Esquisitão? — Gina concordou com a . — Com a cara de quem comeu e não gostou? — Hermione e Gina olharam imediatamente para com caras estranhas e começamos a rir.
Porém nossas risadas foram interrompidas por um Rony reclamão.
— Por que estamos indo tão cedo? Ainda são 7 da manhã — perguntou, arrastando os pés ao lado do Potter.
— Você vai gostar de saber, garoto. — Meu pai olhou pro ruivo por cima dos ombros. — Qual o seu jogador favorito? — Meu pai se virou e começou a andar de costas.
— Obviamente é o Viktor Krum, da Bulgária — Rony disse com tanta empolgação que pareceu voltar a vida, e meu pai olhou para mim e pra .
— Então você não vai se importar em chegar mais cedo. — Rony olhou pra com uma cara de interrogação gigantesca.
— Claro que vou me importar. Eu poderia estar dormindo — disse, jogando os braços pra cima, quase batendo na cabeça do Harry.
— Ok então, você fica na barraca dormindo e o resto de nós vai assistir ao treino da Bulgária, o que acha? — O garoto olhou para mim na mesma hora.
— O QUÊ?! Veremos o treino da Bulgária? Mas como? Somente pessoas próximas aos jogadores podem assistir. — Sua pergunta fez os olhos da brilharem.
— Simples, cenourinha, a e a se tornaram próximas aos jogadores da casa delas e o apanhador era ninguém mais, ninguém menos que Viktor Krum — disse e Rony olhou pra nós de boca aberta. — Ainda mais depois que a se tornou a capitã, ele fazia parte do quarteto mais famoso da Durmstrang com a gente. — Dessa vez, até as meninas estavam impressionadas. — Éramos a elite da Durmstrang, mesmo eu sendo de uma casa diferente da deles.
— Então o nosso passe de entrada pro treino é a e a ? — Harry perguntou com uma carinha debochada pra , fazendo todos rirem.
— A também, testa rachada, não se esqueça dela — minha irmã disse, rindo como todo mundo.
— Você é a primeira que não me chama de "O Eleito" — Harry disse, olhando pro chão e com as bochechas um pouco vermelhas. — E eu gostei, Testa Rachada parece bom.
— O que acha de Raio? — sugeriu.
— Que tal cicatriz? — ajudei.
Harry concordou com os dois apelidos, rindo junto com todos os mais novos, e estávamos chegando perto da chave de portal.
— Vocês são péssimas, sabiam? — Hermione falou atrás da gente.
— A culpa não é nossa que o Harry tenha feito uma tatuagem no meio da testa com um ano de vida — eu disse, dando de ombros, fazendo o Potter rir mais ainda.
— Beleza, crianças, a zoação tá maneira, mas, se quiserem ver o treino, apertem o passo. — Meu pai parou na nossa frente e começou a bater palmas. — Vamos acelerar, crianças!
— Ver você falando assim me lembra a época que você era capitão da Sonserina, mas nunca conseguiu ganhar de mim. — A provocação da minha mãe surtiu efeito no meu pai, que olhou pra ela no mesmo instante com um brilho ameaçador nos olhos.
— Porém, quem era o melhor em Poções, Runas e Trato das Criaturas Mágicas? Hein, quem era?
— É sério? Vocês vão começar a discutir quem era o melhor em que agora? — perguntou, cruzando os braços.
— Vocês poderiam, por gentileza, se não for incomodar, agilizar aí pra gente subir logo essa colina meio íngreme? — perguntei aos dois. — Depois vocês continuam a disputa de vocês sobre quem era o melhor nisso, quem era o melhor naquilo, beleza? — continuei, esperando uma resposta dos dois.
— , você me lembra muito a sua mãe na época da escola. Ela tinha essa aura de liderança que você também tem. — Meu pai bagunçou os meus cabelos quando passei por ele e vi mais à frente Cedrico, assistindo a cena e sorrindo.
— Fazer o que, é de família. — Dei de ombros e meu pai riu e fez a mesma coisa com o cabelo da e da .
Ao passar pela minha mãe, ela me ajudou a voltar o meu cabelo para o lugar. E esse foi o único momento até ali em que parei e pude pensar com calma. Por que diabos o Fred, que antes estava cheio de papo com a gente, fazendo piada e rindo, agora estava quieto, com a cara fechada e nem sequer sinal do garoto problema que ouvi boatos? Bom, fosse o que for, não ia me preocupar no momento.
Ao passar ao lado do Cedrico, senti uma carícia no braço e, por mais que o garoto fosse bonito, eu sabia que o destino dele não era comigo, algo sussurrava no meu ouvido. Em resposta, lhe dei uns tapinhas no ombro.
Ao terminar de subir o pequeno morro íngreme, cheguei na chave de portal. Que dessa vez era uma bota incrivelmente velha. Esperei pelas meninas que, ao contrário de mim, da e da , pareciam que teriam um ataque cardíaco.
— Pra quem é tão fã de quadribol, você tá quase morrendo, Gina — eu disse, rindo após a ruiva passar por mim com uma respiração extremamente ofegante. — Desse jeito, não vai conseguir acompanhar a gente.
— Você fala como se você fosse a pessoa mais rápida do mundo, quero só ver, pimentinha — George disse, apoiando o braço na minha cabeça.
— Você não sabe do que ela é capaz de fazer até com a pior vassoura do mundo. — tirou o braço do ruivo da minha cabeça aos tapas.
— Duvido muito — Fred disse baixo, mas o suficiente para que eu escutasse.
— Certo, Weasley, quer apostar o que nisso? — Parei de frente dele, o impedindo de passar.
— 100 Galeões, princesinha Diggory. — Dava para ver o fogo nos olhos do ruivo.
— 100 Galeões então. — Saí da frente dele e, quando ele passo,u lhe dei uma rasteira, mas, antes que caísse, o segurei e, olhando no fundo dos seus olhos com cor de chocolate, retruquei: — Não me chame de Princesinha Diggory, não me interesso por apanhadores, muito menos loiros. Prefiro batedores, eles têm os braços mais fortes, fica a dica, Weasley. — Lhe dei um peteleco na testa e o empurrei para que ficasse de pé.
— Certo... Entendi — disse, com as bochechas vermelhas.
— Com vergonha, Weasley? — perguntou e Fred coçou a nuca sem jeito
— Esse é o poder que a exerce sobre os caras — disse, rindo com George. — Os valentões viram caras tímidos perto dela.
— Eu não sou tímido. — Fred começou a andar mais rápido para fugir das palhaçadas da , que foi atrás dele.
— O que você disse, irmãzinha? — perguntou. Por eu ter falado baixo, os curiosos não ouviram o que eu disse.
— Até eu fiquei curioso. — George ergueu uma sobrancelha.
— Nada de mais, só que não prefiro apanhadores, muito menos loiros. Que gosto mais de batedores por terem os braços mais fortes. — Dei de ombros e parei entre os dois para pegarmos na bota. Os dois se olharam e deram risadinhas.
— Não acredito que ele ficou vermelho por causa disso. — George não parava de rir. — O Fred realmente nunca esteve cara a cara com uma garota de tanta personalidade e iniciativa como você.
— Se isso foi um elogio, obrigada, Weasley 2.
— Disponha, baixinha.
Estava pegando na bota de acordo com a recomendação do Tio Arthur e, ao olhar para frente, vi minha mãe, que me deu uma piscadinha e apontou o gêmeo mais velho dos Weasley, e fez um joinha como se aprovasse. Ao ver a cena, revirei os olhos e sabia que tinha visto também, pois ouvi sua risada.
Ao final da contagem do Tio Arthur, eu simplesmente tive a pior sensação da minha vida, parecendo que fui colocada em um liquidificador, ou que estava dentro de um furacão. Tudo se tornou um borrão, minha cabeça bateu em alguém, levei uma cotovelada no olho e senti que chutei alguém. Mas, do mesmo modo que a sensação veio de uma vez, tudo parou de repente e caímos todos um por cima do outro.
Menos, claro, Tio Arthur, o Senhor Amos, Cedric e meus pais, que vieram descendo como se vissem degraus invisíveis. Tive raiva deles.
Me apoiei na superfície macia, mas ao mesmo tempo firme para levantar, porém percebi que estava completamente em cima de alguém.
— Poderia sair de cima de mim, cenourinha? — Fred ergueu uma sobrancelha para mim com um sorriso de lado, que ressaltava a pintinha na sua bochecha.
— Claro, mas alguém precisa sair de cima das minhas pernas. — Ao olhar para trás vi George debruçado sobre as minhas pernas, com Harry em cima dele. — Tudo certo George? — perguntei, rindo, e ele me olhou com um sorriso divertido.
— Tudo certo, essa foi a melhor experiência da minha vida, pimentinha. — George ergueu o polegar para mim, e Fred e eu rimos. — Mas tenho certeza que está sendo muito melhor para o Fred — disse, me dando um sorriso debochado, e minhas bochechas ficaram quentes instantaneamente.
— Agora você está combinando com seu cabelo, cenourinha — Fred chamou minha atenção de volta para ele e, ao olhar em seus olhos, me perdi na imensidão chocolate, mas voltei quando me senti ser erguida no ar e fui colocada em pé.
Percebi que era minha mãe, pois era a única com a varinha na mão.
— Estão todos bem? — Mamãe perguntou. Estava ajeitando o cabelo, que havia virado uma juba, quando todos afirmaram estarem bem. — Ótimo, então vamos, pois temos um treino para assistir.
olhou ao redor, absorvendo o momento. Seu coração bateu mais rápido ao avistar o imponente estádio de Quadribol, iluminado por tochas e encantamentos cintilantes.
— É aqui que tudo acontece — comentou ao seu lado, os olhos brilhando de excitação.
— E onde vai brilhar mais uma vez — acrescentou Fred, piscando para ela.
Após organizarmos nossas coisas na barraca, seguimos juntos para o estádio. O caminho estava lotado de torcedores vestidos com as cores de seus times favoritos. Alguns lançavam feitiços para criar imagens impressionantes no ar, enquanto outros entoavam cânticos animados.
Tio Arthur, sempre cuidadoso, olhou para eles com seriedade e alertou:
— Sem baderna, entendido? Não queremos chamar a atenção do Ministério.
Todos concordaram, embora Fred e George trocassem olhares travessos.
Ao se aproximarem da entrada, a grandiosidade do estádio se revelou. As arquibancadas se erguiam como montanhas mágicas, e o campo parecia um oceano verde sob as luzes encantadas. No centro, os jogadores da seleção da Bulgária já estavam reunidos para o treino, suas vestes vermelhas destacando-se contra o gramado.
Foi então que um homem alto e robusto, vestindo um manto escuro com um broche da seleção da Bulgária, caminhou até o grupo com um sorriso satisfeito.
— Ah, MacGyver! — exclamou ele em um forte sotaque búlgaro.
reconheceu imediatamente o homem: Ivan Dimitrov, o treinador da seleção da Bulgária.
— Treinador Dimitrov! — cumprimentou ela, apertando sua mão com firmeza. — Como está a equipe?
— Melhor do que nunca, graças a você — ele respondeu com um brilho de aprovação no olhar. — Viktor sempre fala da sua influência nas técnicas dele. Você fez um ótimo trabalho em Durmstrang e estávamos te esperando para o treino começar.
sorriu, sentindo um certo orgulho ao ouvir isso. Seu tempo em Durmstrang a ensinara muito, e saber que ajudou Krum a aprimorar seu jogo era algo especial.
, que acompanhava a conversa, virou-se rapidamente para os amigos e começou a traduzir para Rony, Hermione, Harry, Gina, Fred, George e Cedrico.
— O treinador da Bulgária está dizendo o que a gente já sabe, que a basicamente treinou o Krum na Durmstrang e ajudou a melhorar a técnica dele.
Rony quase engasgou. — A é tão popular assim no mundo do quadribol?
— Aparentemente sim — Hermione respondeu, cruzando os braços com um olhar orgulhoso da nova amiga.
sentiu o coração acelerar ao ouvir as palavras de Dimitrov. Era sempre estranho ser reconhecida por algo que havia feito sem esperar reconhecimento. Ela apenas queria ajudar Krum a aprimorar suas habilidades, mas perceber que seu trabalho era valorizado pela seleção da Bulgária era algo que a enchia de orgulho.
Fred e George trocaram um olhar divertido, claramente impressionados.
, por sua vez, deu de ombros e sorriu.
— Eu só fiz o meu trabalho. Agora, se me dão licença… Vou me trocar para o treino. Vejo vocês depois! — disse rapidamente antes de sair em disparada para os vestiários, deixando os amigos para trás, ainda assimilando a nova informação.
— Essa história só melhora — Cedrico comentou, balançando a cabeça.
— Ah, mal posso esperar para ver a cara do Krum quando ele a vir de novo! — riu.
Nos vestiários, encontrou um grupo de jogadores da Bulgária já se preparando. Viktor Krum estava sentado em um banco, atando os cadarços das botas de Quadribol. Quando ela entrou, ele ergueu os olhos e congelou por um instante.
— ? — Sua voz carregava um misto de surpresa e satisfação.
Ela sorriu e cruzou os braços.
— Faz tempo que não nos vemos, Viktor. Achei que fosse esquecer da sua antiga capitã.
Ele levantou-se imediatamente, uma sombra de um sorriso surgindo em seu rosto normalmente sério.
— Esquecer? Nunca. — Ele olhou para o treinador Dimitrov, que observava a cena com um sorriso satisfeito. — Então, você realmente veio.
— Vim, mas espero que não tenha desaprendido tudo o que ensinei.
Os jogadores ao redor riram, e Krum balançou a cabeça, um brilho divertido no olhar.
— Veremos.
pegou seu uniforme de treino e seguiu para se trocar. Quando voltou ao campo, encontrou os amigos já acomodados na arquibancada, observando com curiosidade. Rony ainda parecia atordoado com a revelação, enquanto Fred e George cochichavam algo que provavelmente envolvia apostas sobre a performance dela contra Krum.
Dimitrov reuniu os jogadores no centro do campo e olhou para .
— Pronta para testar o melhor apanhador da Bulgária?
montou na vassoura, seu sorriso determinado.
— Sempre.
esperou os amigos pararem de acenar para Viktor antes de finalmente se voltar para ele. O apanhador da Bulgária a observava com atenção, tentando antecipar o que ela planejava. Seu olhar carregava respeito, mas também um certo receio. Ele sabia que não pegaria leve.
— Então, como será o treino hoje? — Viktor perguntou, cruzando os braços.
sorriu de lado, os olhos brilhando de determinação.
— Hoje eu não vou apenas te treinar — disse, girando a vassoura em mãos. — Eu serei sua oponente.
Viktor franziu a testa. A ideia parecia intrigante, mas também desafiadora. Ele conhecia o talento de melhor do que ninguém. Já a tinha visto jogar em Durmstrang e sabia que ela era a melhor jogadora que já enfrentara. Seria um treino intenso.
— Isso significa que você não vai me dar espaço, não é? — Viktor perguntou, ajeitando as luvas.
— Exatamente — confirmou, montando na vassoura. — Quero ver até onde você aguenta.
Os dois alçaram voo, e o treino começou. Desde o primeiro momento, foi implacável. Cada movimento dela era preciso, veloz e imprevisível. Viktor precisava dar o máximo de si para acompanhá-la, e mesmo assim, parecia estar sempre um passo atrás.
Na lateral do campo, os amigos de assistiam ao treino com expressões incrédulas. Hermione e Rony observavam com admiração, enquanto Harry seguia os movimentos dela com um misto de fascínio e respeito. Cedrico, acostumado a desafios, parecia impressionado com a facilidade com que controlava o jogo.
Ao longo do treino, não dava espaço para Viktor, forçando-o a dar o máximo de si. Cada jogada dela era precisa e estratégica, desafiando o famoso apanhador da Bulgária de uma forma que poucos poderiam. No alto das arquibancadas, os amigos de observavam o treino com expressões de pura admiração.
— Eu sabia que ela era boa, mas isso é insano! — exclamou Harry, observando a velocidade com que desviava e se reposicionava.
— Viktor está suando para acompanhá-la! — Gina comentou, rindo.
No entanto, e estavam menos preocupadas com o nível técnico e mais entretidas com a expressão concentrada — e levemente frustrada — de Krum.
— Ele está tomando uma surra! — riu, cutucando , que também ria com gosto.
— Quem diria que o grande Viktor Krum ficaria tão pressionado assim — zombou.
Lá no ar, Viktor começava a sentir a pressão. Ele havia treinado com antes, afinal ela foi sua capitã por três anos, não era a primeira vez que eles treinavam como se fossem rivais, mas hoje ela estava implacável. Seu voo era ágil e feroz, e ele estava tendo que se esforçar para não perder o ritmo.
Então, como se quisesse elevar ainda mais o nível do treino, disparou em alta velocidade, descendo em um mergulho vertiginoso em direção ao chão. O coração de Viktor disparou quando ele percebeu o que ela estava fazendo: a Finta de Wronski.
— Oh, não... — ele murmurou para si mesmo, apertando os olhos por um instante antes de se inclinar e segui-la.
A Finta de Wronski era uma jogada perigosa, exigindo controle absoluto da vassoura e nervos de aço. Era uma manobra que poucos no mundo dominavam, e era uma das melhores nisso.
No chão, os outros jogadores ficaram em silêncio ao ver a velocidade com que descia. O ar cortava ao redor dela, e Viktor a seguiu, tentando calcular o momento certo para desviar. O chão se aproximava rapidamente, e quando parecia que ela ia se chocar contra ele, puxou a vassoura para cima em um movimento fluido, escapando no último segundo.
Viktor tentou imitá-la, mas seu tempo de reação foi um pouco mais lento. Ele conseguiu evitar a queda, mas precisou fazer um desvio brusco, quase perdendo o equilíbrio.
— O segredo para uma subida fluida e limpa está no pulso, Viktor Krum! — gritou a plenos pulmões, se aproximando dele novamente enquanto os outros riam lá embaixo.
— Você realmente não dá trégua — Viktor disse, ainda recuperando o fôlego.
riu, batendo levemente no ombro dele.
— Se eu desse, você não ficaria pronto para a final.
Mesmo dia mais tarde….
O dia seguiu repleto de expectativa, e a empolgação para a final da Copa do Mundo de Quadribol crescia a cada momento. As arquibancadas estavam lotadas, e as torcidas faziam um espetáculo à parte com feitiços luminosos e cânticos vibrantes.
passou o resto da tarde junto aos amigos, assistindo aos últimos preparativos e conversando sobre o jogo. Apesar de ter treinado com a equipe da Bulgária pela manhã, ela não fazia parte do time. Sua função havia sido apenas ajudar Viktor Krum a se preparar para o grande confronto.
O sol começou a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados e púrpuras. Quando finalmente anoiteceu, as luzes mágicas iluminaram o estádio, criando uma atmosfera ainda mais grandiosa para a final.
Graças a seus pais, Morgana e Carter MacGyver, lendas do Puddlemere United, o grupo estava acomodado em um camarote especial. Morgana, ex-apanhadora do time, e Carter, um ex-batedor, eram conhecidos no mundo do Quadribol e haviam conseguido ingressos de prestígio para todos. Arthur Weasley e Amos Diggory estavam entre os presentes, compartilhando a empolgação do momento.
, irmã gêmea de , estava ao lado da melhor amiga das duas, , ambas animadas para o jogo. sorria de orelha a orelha enquanto observava a grandiosidade do estádio.
— Isso é incrível! — exclamou. — Nunca pensei que veríamos uma final de Copa do Mundo assim tão de perto!
— Graças aos seus pais, claro — respondeu, apontando para Morgana e Carter, que conversavam animadamente com Arthur e Amos sobre o jogo.
Os jogadores das duas seleções entraram no campo sob uma chuva de faíscas douradas conjuradas pelos bruxos da organização. A tensão era palpável. Todos sabiam que essa seria uma das partidas mais disputadas da história do Quadribol.
e seus amigos tomaram seus lugares na arquibancada, torcendo e vibrando enquanto o jogo começava. A velocidade dos jogadores era impressionante, e cada jogada arrancava gritos da multidão. Viktor Krum voava com precisão, tentando encontrar o pomo de ouro enquanto seus companheiros lutavam para marcar pontos.
Rony assistia com os olhos arregalados, mal conseguindo piscar. Hermione, apesar de não ser fã de Quadribol, acompanhava com interesse o desempenho tático dos times.
De repente, um lance arriscado colocou todos de pé. O apanhador adversário avistou o pomo ao mesmo tempo que Krum. Os dois mergulharam em alta velocidade, disputando cada centímetro do ar para alcançar o pequeno brilho dourado. A multidão prendeu a respiração.
O coração de batia acelerado. Ela sabia que Krum era extremamente habilidoso, mas o apanhador do outro time também era formidável. A tensão aumentava a cada segundo.
Com um movimento preciso e uma última investida, Krum esticou o braço e agarrou o pomo!
O estádio explodiu em comemoração, mas logo os ânimos se dividiram. A Bulgária havia perdido para a Irlanda, pois a diferença de pontos antes da captura do pomo ainda favorecia o time adversário.
— Espere, o quê? — Rony arregalou os olhos, olhando para o placar. — Mas ele pegou o pomo! Como eles perderam?!
— A Irlanda estava muito à frente no placar, Rony — Hermione explicou pacientemente. — O pomo vale 150 pontos, mas isso não foi o suficiente para virar o jogo.
— Isso foi uma jogada estratégica — comentou, observando Krum ainda no ar. — Ele sabia que a Bulgária não conseguiria alcançar os pontos da Irlanda, então decidiu encerrar o jogo com dignidade.
Lá no campo, Viktor pousou e passou a mão no rosto, claramente frustrado, mas sem arrependimentos. percebeu o olhar dele e assentiu discretamente, respeitando sua escolha.
Fred e George, que ainda pulavam de animação, começaram a rir.
— Bem, pelo menos ganhamos nossas apostas! — George exclamou.
— Isso porque você apostou na pontuação e não no vencedor — Fred acrescentou, piscando para .
A festa tomou conta do estádio, e a celebração prometia durar a noite inteira. observou Viktor sendo cumprimentado pelos companheiros de time, um misto de frustração e respeito em seu olhar sério. Ela sabia o quanto aquele momento significava para ele.
— Ele jogou bem — Cedrico comentou ao lado dela. — Mesmo perdendo, fez o que achava certo.
— Sim — respondeu com um pequeno sorriso. — Isso é o que faz um grande jogador.
e se entreolharam, ambas sorrindo ao ver tão envolvida com a partida. Morgana e Carter trocaram olhares cúmplices, orgulhosos da paixão da filha pelo esporte que marcou a história da família.
A marca negra apareceu no céu depois do jogo, quando todos estavam retornando para as suas barracas. O caos se instalou, gritos ecoavam pelo acampamento, e o céu parecia ainda mais sombrio com a presença ameaçadora daquele símbolo.
Morgana olhou rapidamente para e assentiu levemente. A jovem entendeu o recado. Como a filha mais velha, cabia a ela apaziguar a situação, pois não é todo dia que se tinha a nova geração da família mais lendária do mundo bruxo para tomar as rédeas da situação. A família Merlin. se afastou discretamente, enquanto e mantinham os demais distraídos.
correu para uma clareira afastada, o coração acelerado. Ela ergueu as mãos para o céu e concentrou todo seu poder em dissipar a marca negra. Sua magia, herdada diretamente de seu avô, fluía através de seu sangue sem nem precisar de varinha. Ela sentiu a resistência do feitiço, mas persistiu.
— Dissipare Obscurum! — sussurrou, e uma luz prateada saiu de suas mãos, avançando contra a marca negra.
O embate foi intenso. A energia sombria tentava resistir, mas não desistiu. O suor escorria por sua testa, e seus braços tremiam com o esforço. Finalmente, o crânio e a serpente se desfizeram no céu, dando lugar a um céu azul estrelado.
— Quem lançou isso era forte, e a varinha também — murmurou, cansada.
Enquanto isso, no acampamento, o pânico se intensificava. Comensais da Morte encapuzados marchavam entre as barracas, lançando feitiços e causando destruição. segurava a mão de , ambas tentando ajudar as crianças menores a se abrigarem.
— Precisamos encontrar a ! — sussurrou , preocupada.
— Ela vai conseguir voltar — garantiu , embora sua voz tremesse.
Morgana e Carter MacGyver se posicionaram ao lado de Arthur e Amos Diggory, conjurando barreiras para proteger o grupo. Os feitiços colidiam no ar, iluminando a noite com faíscas douradas e vermelhas.
Do outro lado da clareira, sentiu o peso do feitiço que acabara de dissipar. Seu corpo inteiro doía, mas sua mente permanecia alerta, assim como sua magia, que indicou algo a suas costas. Ela percebeu uma figura encapuzada observando-a das sombras.
— Quem está aí? — perguntou, as mãos prontas para outro feitiço ao lado do corpo.
A figura riu baixinho e desapareceu em meio à fumaça, deixando para trás apenas um brilho esverdeado no olhar e sua risada.
engoliu em seco e correu de volta para a barraca. Quando chegou, foi recebida pelos braços de e .
— Você conseguiu! — exclamou , emocionada.
— Foi por pouco — respondeu , olhando para o céu agora limpo. — Mas algo me diz que isso foi só o começo.
Fred apareceu ao lado delas, respirando aliviado.
— Tomou chá de sumiço, querida? — perguntou, tentando disfarçar a preocupação com humor.
sorriu, cansada.
— Eu me perdi na confusão.
No horizonte, a aurora começava a tingir o céu de laranja. O acampamento estava destruído.
Alguns homens do Ministério apareceram para investigar a região, suas vestes escuras destacando-se contra a claridade mágica remanescente no céu. Eles vasculharam o local com feitiços de revelação, buscando qualquer sinal da origem da Marca Negra. Entre eles, Arthur Weasley e Amos Diggory lideravam a operação, seus rostos carregados de preocupação.
— Espalhem-se! — ordenou Arthur, gesticulando para os colegas. — Precisamos descobrir quem conjurou essa marca.
Não demorou muito para que um dos aurores encontrasse uma figura encolhida perto da borda da floresta. Era Winky, a elfa doméstica dos Crouch, tremendo e segurando uma varinha com as mãos trêmulas.
— Aqui! Encontrei alguém! — gritou o auror.
Amos Diggory se aproximou rapidamente, olhando desconfiado para a varinha.
— Essa varinha... — ele a examinou com cuidado. — Pertence a Harry Potter.
Todos os olhares se voltaram para Harry, que estava ao lado de , e os outros. O garoto arregalou os olhos, surpreso.
— Mas... eu perdi minha varinha — explicou Harry, nervoso. — Eu não lancei a Marca Negra!
observava a cena com o coração ainda acelerado pela magia que canalizara para dissipar a marca. Ela sentia a exaustão pesando sobre os ombros, mas manteve-se firme ao lado dos amigos.
— Sr. Weasley, o Harry estava conosco o tempo todo — disse ela, sua voz firme apesar do cansaço.
Arthur lançou um olhar preocupado para , sabendo o que a jovem enfrentara momentos antes.
— Eu sei, — respondeu com um leve aceno. — Mas precisamos seguir o protocolo.
Winky soluçava baixinho enquanto Amos continuava interrogando-a.
— Quem conjurou a marca? — perguntou com severidade.
— Winky não sabe, senhor! Winky nunca faria isso! — choramingava a elfa, sacudindo a cabeça desesperadamente.
trocou um olhar rápido com e . Elas sabiam a verdade: o feitiço fora lançado por alguém mais experiente e perigoso. A Marca Negra não era uma simples ilusão; carregava uma essência sombria que apenas um bruxo das trevas habilidoso conseguiria invocar.
Enquanto o Ministério conduzia Winky para interrogatório, sentiu Fred se aproximar.
A noite continuou carregada de tensão, mas sabia que aquela havia sido apenas a primeira de muitas batalhas que enfrentaria como herdeira do legado de Merlin.
— Winky, olhe para mim: quem pegou a varinha e conjurou a marca no céu? — Com um pouquinho de esforço, fez seus olhos brilharem no tom verde de seu poder, mas de forma sutil, sem que ninguém percebesse. A elfa, ao encarar aqueles olhos, não conseguiu resistir e respondeu com a verdade:
— Foi o jovem mestre... — sussurrou Winky, a voz trêmula. — O jovem mestre Crouch...
O silêncio caiu sobre o grupo. Todos ouviram a resposta, mas ninguém percebeu a técnica usada por . O nome mencionado trouxe uma onda de choque, especialmente para Amos Diggory, que olhou incrédulo para a elfa.
— Crouch? O filho de Barto Crouch? — Amos exclamou, atônito.
Arthur Weasley lançou um olhar tenso para , compreendendo o que acabara de acontecer sem precisar de explicações. e se entreolharam, surpresas com a revelação.
Rony, Harry e Hermione, que estavam próximos, trocaram olhares inquietos.
— Mas... isso é impossível! — Hermione sussurrou. — O filho de Crouch morreu em Azkaban, não morreu?
— Foi o que disseram — respondeu Harry, franzindo o cenho. — Mas se Winky está dizendo a verdade...
— O que significa que o Ministério mentiu sobre isso — completou Rony, arregalando os olhos.
permaneceu em silêncio, sentindo o peso da informação que acabara de extrair. Sabia que aquela revelação seria como uma pedra no lago da comunidade mágica, criando ondas que poderiam abalar muitas certezas.
Fred, sempre atento, notou o leve cansaço nos ombros de quando ela se levantou e se aproximou.
— Você está bem, ? — perguntou, desconfiado.
— Estou, só cansada — respondeu ela, forçando um sorriso.
Morgana MacGyver observava a filha com orgulho discreto. O segredo da linhagem Merlin permanecia seguro... por enquanto.
Nesse momento, Barto Crouch apareceu ao lado de um grupo de aurores, seu rosto rígido e pálido ao ouvir o nome de seu filho ser mencionado. Seus olhos passaram pelo grupo e pousaram brevemente em , que sustentou o olhar com firmeza.
— Essa elfa estava com a varinha — disse Amos Diggory, apontando para Winky. — Foi ela quem conjurou a Marca Negra!
— Não! — exclamou Hermione, indignada. — Ela estava assustada, não foi ela!
— Isso não cabe a nós decidir, senhorita — disse Crouch friamente. — Winky, você desonrou sua família.
Com um gesto brusco, libertou a elfa, que caiu ao chão soluçando. sentiu um aperto no peito ao ver a pequena criatura sendo descartada daquela maneira.
— Isso não está certo — murmurou .
— Não está mesmo — concordou , apertando o punho. — Mas não podemos intervir... ainda.
Arthur Weasley, percebendo a tensão crescente, deu um passo à frente.
— Vamos todos voltar para a barraca — disse com firmeza. — O importante é que estamos bem e que o Ministério já está lidando com a situação.
O grupo começou a se dispersar, mas não conseguiu evitar olhar mais uma vez para o céu, agora limpo, e para o ponto onde a Marca Negra brilhara minutos antes. Sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Aquela não seria a última vez que lidariam com aquela escuridão. E ela sabia, ele não desistiria até tê-la ao lado dele e se ele não conseguisse, haveria muitas mortes, dor e sofrimento, mas principalmente armadilhas e manipulações.
Enquanto seguiam para a barraca, Harry se aproximou dela.
— Aquela elfa... ela não estava mentindo, estava?
hesitou por um segundo, depois balançou a cabeça.
— Não. Não estava — disse, sem revelar o que fez.
— Isso significa que tem algo muito maior acontecendo — sussurrou Harry.
— Sim — respondeu , o olhar perdido no horizonte. — E estamos apenas no começo.