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Revisada/Codificada por: Calisto

Última Atualização: 11/08/2024

1981
Londres - Inglaterra
As duas ex-alunas, Lilian e Morgana, aguardavam ansiosas a chegada do diretor Dumbledore no seu escritório em Hogwarts, com James extremamente ansioso atrás delas. Eles haviam sido convocados para uma reunião urgente, sem saber exatamente do que se tratava.
Quando o diretor entrou na sala, seu semblante estava sério e preocupado. Ele as cumprimentou e pediu que se sentassem. Lilian e Morgana sentiram um arrepio percorrer suas espinhas enquanto esperavam pelas notícias.
— Minhas queridas alunas, tenho informações preocupantes a lhes trazer. O bruxo das trevas está retornando mais poderoso do que nunca. Há indícios de que ele está planejando atacar a família Potter, incluindo você, Lilian, e seu marido James — Dumbledore começou a falar, com uma expressão grave.
As duas ex-alunas se entre olharam, assustadas com a gravidade da situação. Morgana sentiu um calafrio percorrer sua espinha, imaginando o perigo que seus amigos estavam enfrentando.
— É por isso que chamei você, Morgana. Sua família possui conhecimentos antigos e poderosos. Existe um antigo feitiço transmitido de geração em geração que poderá garantir a segurança de Lilian e James, mesmo diante da Maldição da Morte — o diretor continuou.
Morgana estava perplexa. Ela sabia que o feitiço a que Dumbledore se referia era extremamente perigoso e exigia um nível de habilidade extraordinário. No entanto, ela entendia a urgência da situação e sabia que precisava ajudar seus amigos.
— O feitiço é chamado de 'Protego Vitae’ — explicou Dumbledore. — Ele irá criar uma barreira mágica ao redor de Lilian e James, desviando qualquer maldição lançada contra eles. É crucial que você execute o feitiço corretamente e com precisão.
Morgana engoliu em seco, sentindo o peso da responsabilidade. Ela sabia que não havia margem para erros. Com determinação, ela assentiu e se levantou.
— Eu farei o que for necessário, diretor Dumbledore — afirmou Morgana com convicção. — Protegerei meus amigos com toda a minha força e habilidade.
Dumbledore sorriu, emocionado com a coragem de Morgana. Ele sabia que ela era uma bruxa excepcional e confiava plenamente em sua capacidade de executar o feitiço com êxito.
— Lilian, James, vocês precisarão confiar em Morgana e estar preparados — alertou Dumbledore. — Eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-los e protegê-los, mas todos nós teremos que enfrentar grandes desafios.
Lilian e James, que haviam acompanhado a conversa apreensivos, se aproximaram de Morgana. Envolvendo-a em um abraço, Lilian sussurrou:
— Confiamos em você, Morgana. Seja forte e cuida de nós.
Morgana sorriu e abraçou Lilian e James com carinho. Ela sabia que o caminho que teriam pela frente seria difícil, mas estavam unidos e dispostos a lutar.
Enquanto se preparavam para a batalha iminente, a luz da esperança brilhava nos olhos de Morgana e suas antigas amizades se fortaleciam. Juntas, elas se preparavam para enfrentar o retorno do bruxo das trevas e proteger aqueles que amavam.




Residência MacGyver

ON

Estávamos de volta à Londres, depois de tanto tempo morando na Bulgária, já estava com saudades desse lugar e tinha certeza que a e a também sentiam isso. E era a final da Copa Mundial de Quadribol!

Como fui a primeira a acordar em casa, me arrumei e, como o meu malão para Hogwarts e minha mochila já estavam prontos para passar vários dias fora, não precisaria me preocupar. Acariciei a cabeça da , que piou alto e esfregou o bico no meu dedo, um pedido silencioso para que eu abrisse a janela, o que fiz, e a vi voando até a árvore do quintal.

Desci as escadas e fui até a sala de jantar onde Aerin estava terminando de por a mesa e Kret fazia a típica caneca de chocolate quente para as irmãs MacGyver e para nossa melhor amiga , com pequenos marshmallows.

— Bom Dia, Aerin, bom dia, Kret — disse, me sentando na minha cadeira de sempre de frente com a do meu pai e ao lado da Katherine, nome do meio da , que ficava de frente a nossa avó e ao lado do nosso avô. Os dois me responderam com seus pequenos sorrisos largos, e enquanto Aerin colocava bolinhos na mesa, Kret me deu a minha caneca.

Ia pegar a caneca para tomar um gole quando meu avô resolveu aparecer.

— Bom dia, baixinha, dormiu bem? — perguntou, se sentado à mesa.

— Bom dia, vô, sim dormi bem — respondi antes de dar uma mordida na torrada. — Você tem certeza que não quer ir assistir a Copa? Logo você que gosta tanto de quadribol. — Olhei para ele e levantei uma sobrancelha.

— Não, querida, e eu já disse que vocês também não deveriam ir, estou com um mal pressentimento sobre isso — disse, completamente sério, o que não acontecia com muita frequência, enquanto colocava café na caneca.

— Eu sei, vô, mas eu, a minha mãe, meu pai, a e a estaremos lá para nos proteger e proteger quem estiver com a gente — disse, um pouco chateada. E como sempre, ele sabia o que eu estava sentindo, é de família.

— Não precisa ficar assim, eu mais do que ninguém sei que vocês são fortes, mas só estou tentando proteger vocês — vovô disse, se servindo de torradas com geleia, o que eu particularmente não achava que combinava.

Comecei a tomar meu café da manhã, e meus pais e minha irmã desceram conversando e se sentaram à mesa. Meu pai, claro, não perdeu a chance de brincar comigo. Comportamento típico de Carter MacGyver, que foi passado para mim e para a .

— Bom dia, , caiu da cama, querida? É um milagre te ver acordada esse horário em casa — meu pai disse, me encarando e levantando uma sobrancelha de forma provocativa e com seu sorriso torto (que eu sabia imitar muito bem, de acordo com a minha avó). Consegui ouvir perfeitamente as risadinhas da e meu avô sorriu, negando com a cabeça.

— Não caí da cama, pai, só sou pontual. Ao contrário do resto da família, exceto meu avô — disse, tomando um gole do chocolate da caneca. — A propósito, bom dia, mãe, bom dia, , ou eu sou um fantasma e só o papai e o vovô podem me ver e eu não percebi? — disse, erguendo uma sobrancelha para as duas, ao passo que minha irmã me olhou em descrença e minha mãe, na ponta da mesa, me olhou, erguendo as duas sobrancelhas, o que ela fazia toda vez que julgava que fiz algo muito parecido com o que o papai faria. Meu pai piscou discretamente para mim, tomando um gole do café com um sorrisinho, que se desmanchou com o comentário da mamãe

— Bom dia, meu amor, desculpe, mas seu pai me cortou antes mesmo de lhe dizer qualquer coisa, às vezes, eu acho que seu pai não tem educação, querida. — Enquanto eu e ríamos, papai ficou indignado. — E bom dia, pai.

— Bom dia, querida — meu avô respondeu.

— Estão vendo como a sua filha e sua neta me tratam? — meu pai disse para meu avô e minha avó, que acabava de entrar na sala de jantar e se sentar ao lado do meu pai. Ela só respondeu com uma risadinha e meu avô revirou os olhos. — Como eu posso achar que vocês são as mulheres da minha vida? — Apoiou a cabeça nas mãos.

— Ei, e eu? Não é por eu ser a mais nova que você pode se esquecer de mim. — Minha irmã fuzilou o papai com os olhos e eu ri, passando o braço esquerdo pelo ombro dela, que virou o rosto pra mim e piscou um dos olhos.

— Me desculpe, baixinha, não te esqueci, até porque seria impossível, já que olhando pra sua irmã, eu automaticamente lembro de você — meu pai disse, acertando um pedacinho de pão na testa da , não era à toa que ele era o melhor batedor do time, a mira do meu pai era incrível.

— Eu não sou baixinha — reclamou e eu não segurei o riso até porque ela era no mínimo quatro dedos mais baixa que eu. — Não ria de mim, Evangeline MacGyver. — Virou para mim, me fuzilando.

— Eu tenho direito, já que eu sou mais velha que você — disse, pegando um dos bolinhos do prato dela.

— Ei, isso é meu. — se lançou pra cima de mim para tentar pegar o bolinho de volta e ouvi todos na mesa rindo. — Malditos 7 minutos, que você não vai me deixar esquecer. — Revirou os olhos e todos riram. — Terminou o café, ladra de bolinhos indefesos?

— Já, e o bolinho não estava indefeso, você que estava distraída. — Recebi um peteleco no nariz e ouvimos uma risada.

— Só vocês duas para brigarem por um bolinho — disse, rindo, enquanto se sentava para tomar café. — Bom dia, família. — E um coro de "bom dia, " pôde ser ouvido no instante seguinte.

— Já arrumaram suas coisas para irmos passar um tempo com Tio Arthur e Tia Molly? — Recebi uma confirmação da e da que, mesmo com pão na boca, conseguiu responder. — Pai.

— Sim, meu amor?

— A Tia Molly não vai mesmo assistir a Copa com a gente?

— Não, querida, sua mãe até tentou convencê-la, mas sem sucesso. — Tomou seu último gole de café e se levantou, perguntando se estávamos prontos. Todos, menos vovó e vovô, que não iriam, confirmamos. Nós três subimos e pegamos nossas mochilas, os malões meus pais levariam depois.

Nos despedimos dos elfos e dos meus avós, então o meu pai aparantou com a gente para a Toca. Eu, e a já estávamos acostumadas com a aparantação, na Durmstrang, podíamos fazer isso a partir do terceiro ano.

Assim que chegamos, fomos direto para a casa mais bruxa que eu já vi, como estava com saudades dessa casa. Papai bateu na porta e, pouco depois, Tia Molly a abriu.

— Finalmente, achei que não chegariam mais — disse, dando um abraço nos meus pais. — Meninas, que saudades. — Abraçou , depois a , soltando um gritinho de felicidade por finalmente ver a garota depois de tanto tempo, e depois me abraçou forte, fechando a porta. — Venham, sentem-se e tomem café.

— Nós já tomamos café, Molly, mas, se as meninas quiserem algo, aí é com as três — mamãe disse, indo abraçar Tio Arthur. — Bom dia, crianças.

— Espera, você é Morgana MacGyver? — Um dos ruivos perguntou, chocado, esse com certeza era o Rony, fazendo todos olharem pra minha mãe. — E esse é o Carter? Por Merlin! — terminou a fala abobalhado, com todo respeito.

— Quem são? — perguntou um menino de óculos (que deduzi ser Harry) para a garota ao seu lado, que, como a única não ruiva, deveria ser Hermione, porém que lhe respondeu.

— Morgana e Carter MacGyver, ex apanhadora e batedor do Puddlemere United — disse, pegando um pedaço de bolo, e se apresentou. — Bl.... Bourbon, prazer em conhecê-los. — Se afastou da mesa com um copo de suco na mão, nem parecia que tinha acabado de tomar café. Nesse instante, olhei pro meu pai e sabíamos que estávamos pensando a mesma coisa.

, querida, tem certeza que você tomou café antes de vir? — meu pai perguntou, fazendo eu e soltarmos uma gargalhada, e a morena olhar feio pra ele.

— Claro que tomei, mas quem resiste aos bolos da tia Molly? — disse, olhando feio pra mim e pra , e erguemos as mãos ao mesmo tempo nos "rendendo".

— Já que nossa linda Bourbon não nos apresentou, eu mesma o faço. — Lancei um olhar afiado para , que me deu um sorriso debochado em troca, que dizia "isso é por você ter rido da minha cara". — Sou MacGyver, a gêmea mais velha, a outra ali é a , prazer em finalmente te conhecer, Potter — apresentei minha irmã, que estava abraçando Tio Arthur, e estendi minha mão direita que o garoto apertou. — E você também, Hermione Granger, certo? — Fui até a garota para um abraço.

— Eu mesma — ela respondeu com um sorriso e deu uma cotovelada no ruivo ao lado, que a olhou feio.

— Não precisa: é ruivo, já sabemos que você é Ronald Weasley, da Grifinória. — deu uma piscadinha apoiada na parede enquanto eu abraçava o pai da família Weasley.

— E Gina, Fred e George — completou, e um dos gêmeos engasgou com o suco enquanto o outro batia em suas costas rindo.

— Como vocês sabem? — George perguntou, e estava quase tão vermelho quanto os próprios cabelos.

— Respira, George, ou você vai morrer – Fred falou, rindo do irmão, que lhe deu um tapa.

— E deixar você livre de mim? Nunca — retrucou o irmão com um olhar debochado.

— Tia Molly nos contou sobre vocês — disse, rindo do ruivo pelo engasgo.

— Sem querer parecer intrometida, ou que estava reparando em vocês – Gina começou a falar com as bochechas um pouco vermelhas —, mas vocês três têm um porte muito atlético, o que vocês fazem? — A curiosidade brilhava nos olhos da ruiva.

— Isso é resultado dos treinos de quadribol na Bulgária — disse, e sentou ao lado da mais nova pra explicar melhor enquanto meus pais conversavam com a tia Molly e o tio Arthur. — Eles levam os treinos muito a sério.


***


— Estão prontos, crianças? — tio Arthur perguntou.

Ao receber a confirmação de todos nós, Tio Arthur pediu que pegássemos nossas coisas para irmos ,e todos os adolescentes ouviram a frase da tia Molly: "Se cuida e se divirta, mas não faça besteira".

Depois de todos nós já estávamos fora da casa e indo em direção à Copa, Harry voltou ao assunto anterior.

— Não sabemos quase nada sobre a escola de vocês, contem um pouco pra gente? — Harry não era tão curioso quanto a Gina para fazer uma pergunta específica.

Nos olhamos e começou a falar.

— A Durmstrang é uma escola rígida, não tanto quanto a Koldovstoretz, o instituto da Alemanha, mas também não é liberal como a escola do Japão, Mahoutokoro. — Hermione tinha um brilho nos olhos com as novas informações.

— Mas o que pouca gente sabe é que, desde sempre, existiram dias específicos para que os alunos façam pegadinhas uns com os outros abertamente, e quem fizer as melhores pegadinhas, ganha um prêmio no fim do ano letivo — disse. Vi Fred e do George abrirem sorrisos de orelha a orelha. — A e a sempre ganhavam — completou, com uma careta, e todos olharam pra gente.

— Mentira? — George nos olhou. —Elas parecem ser tão....

— Na linha — Fred completou, e eles olharam estranho pra gente, com caras confusas e duvidosas.

— Se vocês não estão acreditando nisso, vão achar um absurdo o que eu vou falar agora. — ergueu uma sobrancelha para a dupla ao meu lado.

— O quê? Além disso eram as melhores alunas? — Gina perguntou, claramente a primeira coisa que veio em sua mente, e sorri pra ela, sabia que a seguir viria um dos muitos discursos dramáticos da .

— Escuta — e eu dissemos juntas como sempre, e Hermione deu uma risadinha.

— Vocês estão na presença da melhor artilheira da Haus Feuer por dois anos consecutivos, a detentora dos melhores passes e dos pontos mais bonitos, Katherine MacGyver. — Todos rimos com a descrição feita por da minha irmã.

— É verdade, ? — Gina questionou. Era nítido que essa era a pergunta que todos queriam fazer.

— Mesmo a descrição tenha sido um pouco dramática, sim, é verdade. — Os meninos a olharam com clara admiração. — Fui eleita a melhor artilheira. — Ela deu um sorriso diabólico e olhou pra mim. — Mas não é só isso, né, ?

— É claro que não, minha amada amiga. — Olhando pra mim de um jeito travesso que me fez rir, continuou: — Temos em nossa presença também, eleita por três anos consecutivos a melhor atacante da Haus Feuer, com os melhores dribles, ataques, finalizações e defesas. — Os olhos da Gina brilhavam de emoção, ela era claramente apaixonada por quadribol. — A ex capitã da Haus Feuer por dois anos, a melhor atacante que a Durmstrang já teve em anos, que entrou em seu primeiro ano no time por ter desafiado o capitão num mano a mano no quadribol e obviamente ter ganhado. A linda, majestosa, brilhante, radiante, Evangeline MacGyver.

Todos me olharam com caras surpresas, e deu para ouvir meu pai dizendo "essas são as minhas garotas".

— Você era a capitã? — Gina exclamou. Até aquele momento, eu não sabia que uma pessoa podia pular tanto em tão pouco tempo.

— Sim, depois que ela se tornou a capitã, não importava a estratégia do outro time, porque a gente sempre ganhava, né, Eve? — passou o braço pelos meus ombros e me puxou pra perto dela.

— E você, ? — Mesmo tendo feito uma a pergunta pra , Rony não tirava os olhos da .

— A era a artilheira da Haus land, quase tão boa quanto a , quase. — ao meu lado riu enquanto a , ao lado da Hermione, deu de ombros.

— Não dá pra competir com as duas, elas nasceram em cima de uma vassoura. — Rony virou a cabeça muito rápido pra , e ela riu. — É uma forma de dizer, ruivo, calma aí.

Andamos mais um pouco enquanto conversávamos, Fred e George perguntando o tempo todo sobre as nossas pegadinhas e nossas estratégias, Gina querendo saber mais sobre a nossa forma de jogar quadribol. Rony perguntava das comidas da Durmstrang, Hermione perguntou das matérias se eram muito diferentes de Hogwarts. Harry foi mais tímido e perguntou se Londres continua como nos lembrávamos, quando tio Arthur encontrou com o Sr. Amos Diggory que iria com a gente.

— Amos, chegamos aqui antes do esperado — tio Arthur falou enquanto apertava a mão do senhor à sua frente.

— Sim, estou vendo. — Deu uma rápida olhada para nós e reconheceu os meus pais. — Carter, Morgana, é um prazer conhecê-los pessoalmente. — Parou de falar com meus pais para olhar pra cima da árvore. — Querido, seus ídolos do quadribol estão aqui embaixo, vamos, desça.

Todos não entenderam a frase, até um garoto simplesmente pular ao meu lado, me fazendo soltar um grito pelo susto, o que fez ele rir.

— Sinto muito por tê-la assustado, não foi a minha intenção. — Olhando de perto, ele até que era bonitinho. Ok, seja realista, , ele era bonito pra caramba. — Se permitir, posso me desculpar de forma apropriada por isso. — Seus olhos castanhos tinham um brilho provocante e atraente.

— Ela até permitiria, se você não tivesse falado alto o suficiente para o pai dela escutar — meu pai disse colocando a mão no ombro do rapaz, que se virou devagar para ver o meu pai, que o olhava com uma ameaça brilhando em seus olhos azuis e se inclinou para falar no ouvido do mais novo, porém eu ouvi. — Se fizer um encontro perfeito, se ela gostar e mandar uma carta pra mim ou pra Morgana, tem a minha aprovação. — Ao terminar a frase, deu um tapa um pouco exagerado nas costas de sua vítima, vulgo Cedric Diggory.

— Desculpe, Carter, não imaginava que o Cedrico daria em cima de sua filha. — Amos estava envergonhado e um tanto desesperado.

Assim que o Cedrico chegou perto do pai e esse lhe chamou a atenção, meu pai se aproximou de mim, da e da .

— Vocês duas têm a função de estragar qualquer coisa que ele planeje, entendido, meninas?

— Sim, capitão — e disseram baixo, ou alguém escutaria o plano diabólico deles.

— Vocês são péssimos — eu disse, rindo aos três.

Amos e tio Arthur nos chamaram para continuarmos a caminhada, com isso meu pai foi para a frente. Assim que a brecha foi criada, Gina, Hermione, e se juntaram à minha volta.

— Mal chegou e já está assim? — Gina provocou.

— Um dos mais bonitos de Hogwarts já está de olho em você — Hermione disse, cutucando as minhas costelas.

— E aí, futura Senhora Diggory? — sorria.

— Quero ser madrinha, viu? — minha irmã implicou.

— Dá pra vocês pararem com isso? — Dava para sentir minhas bochechas quentes, o que só as fez rirem mais, mas, no meio das risadas, fomos interrompidas por um ruivo, que começou a agir estranho.

— Se eu fosse você, MacGyver, não teria tantas expectativas, há boatos de que ele se envolve com garotas e simplesmente muda de atitude e aparece com outra — Fred disse atrás de mim. — Não vá se envolver e depois quebrar a cara. — Ao passar entre mim e , olhou nos meus olhos e foi para perto do irmão gêmeo que estava à nossa frente.

Eu e as meninas nos olhamos assim que o ruivo saiu de perto.

— Eu nunca vi o Fred tão estranho assim — Gina disse, coçando a nuca. — Ele normalmente faria uma brincadeira com você sobre o Diggory, não agiria assim feito um....

— Mal humorado? Esquisitão? — Gina concordou com a . — Com a cara de quem comeu e não gostou? — Hermione e Gina olharam imediatamente para com caras estranhas e começamos a rir.

Porém nossas risadas foram interrompidas por um Rony reclamão.

— Por que estamos indo tão cedo? Ainda são 7 da manhã — perguntou, arrastando os pés ao lado do Potter.

— Você vai gostar de saber, garoto. — Meu pai olhou pro ruivo por cima dos ombros. — Qual o seu jogador favorito? — Meu pai se virou e começou a andar de costas.

— Obviamente é o Viktor Krum, da Bulgária — Rony disse com tanta empolgação que pareceu voltar a vida, e meu pai olhou para mim e pra .

— Então você não vai se importar em chegar mais cedo. — Rony olhou pra com uma cara de interrogação gigantesca.

— Claro que vou me importar. Eu poderia estar dormindo — disse, jogando os braços pra cima, quase batendo na cabeça do Harry.

— Ok então, você fica na barraca dormindo e o resto de nós vai assistir ao treino da Bulgária, o que acha? — O garoto olhou para mim na mesma hora.

— O QUÊ?! Veremos o treino da Bulgária? Mas como? Somente pessoas próximas aos jogadores podem assistir. — Sua pergunta fez os olhos da brilharem.

— Simples, cenourinha, a e a se tornaram próximas aos jogadores da casa delas e o apanhador era ninguém mais, ninguém menos que Viktor Krum — disse e Rony olhou pra nós de boca aberta. — Ainda mais depois que a se tornou a capitã, ele fazia parte do quarteto mais famoso da Durmstrang com a gente. — Dessa vez, até as meninas estavam impressionadas. — Éramos a elite da Durmstrang, mesmo eu sendo de uma casa diferente da deles.

— Então o nosso passe de entrada pro treino é a e a ? — Harry perguntou com uma carinha debochada pra , fazendo todos rirem.

— A também, testa rachada, não se esqueça dela — minha irmã disse, rindo como todo mundo.

— Você é a primeira que não me chama de "O Eleito" — Harry disse, olhando pro chão e com as bochechas um pouco vermelhas. — E eu gostei, Testa Rachada parece bom.

— O que acha de Raio? — sugeriu.

— Que tal cicatriz? — ajudei.

Harry concordou com os dois apelidos, rindo junto com todos os mais novos, e estávamos chegando perto da chave de portal.

— Vocês são péssimas, sabiam? — Hermione falou atrás da gente.

— A culpa não é nossa que o Harry tenha feito uma tatuagem no meio da testa com um ano de vida — eu disse, dando de ombros, fazendo o Potter rir mais ainda.

— Beleza, crianças, a zoação tá maneira, mas, se quiserem ver o treino, apertem o passo. — Meu pai parou na nossa frente e começou a bater palmas. — Vamos acelerar, crianças!

— Ver você falando assim me lembra a época que você era capitão da Sonserina, mas nunca conseguiu ganhar de mim. — A provocação da minha mãe surtiu efeito no meu pai, que olhou pra ela no mesmo instante com um brilho ameaçador nos olhos.

— Porém, quem era o melhor em Poções, Runas e Trato das Criaturas Mágicas? Hein, quem era?

— É sério? Vocês vão começar a discutir quem era o melhor em que agora? — perguntou, cruzando os braços.

— Vocês poderiam, por gentileza, se não for incomodar, agilizar aí pra gente subir logo essa colina meio íngreme? — perguntei aos dois. — Depois vocês continuam a disputa de vocês sobre quem era o melhor nisso, quem era o melhor naquilo, beleza? — continuei, esperando uma resposta dos dois.

, você me lembra muito a sua mãe na época da escola. Ela tinha essa aura de liderança que você também tem. — Meu pai bagunçou os meus cabelos quando passei por ele e vi mais à frente Cedrico, assistindo a cena e sorrindo.

— Fazer o que, é de família. — Dei de ombros e meu pai riu e fez a mesma coisa com o cabelo da e da .

Ao passar pela minha mãe, ela me ajudou a voltar o meu cabelo para o lugar. E esse foi o único momento até ali em que parei e pude pensar com calma. Por que diabos o Fred, que antes estava cheio de papo com a gente, fazendo piada e rindo, agora estava quieto, com a cara fechada e nem sequer sinal do garoto problema que ouvi boatos? Bom, fosse o que for, não ia me preocupar no momento.

Ao passar ao lado do Cedrico, senti uma carícia no braço e, por mais que o garoto fosse bonito, eu sabia que o destino dele não era comigo, algo sussurrava no meu ouvido. Em resposta, lhe dei uns tapinhas no ombro.

Ao terminar de subir o pequeno morro íngreme, cheguei na chave de portal. Que dessa vez era uma bota incrivelmente velha. Esperei pelas meninas que, ao contrário de mim, da e da , pareciam que teriam um ataque cardíaco.

— Pra quem é tão fã de quadribol, você tá quase morrendo, Gina — eu disse, rindo após a ruiva passar por mim com uma respiração extremamente ofegante. — Desse jeito, não vai conseguir acompanhar a gente.

— Você fala como se você fosse a pessoa mais rápida do mundo, quero só ver, pimentinha — George disse, apoiando o braço na minha cabeça.

— Você não sabe do que ela é capaz de fazer até com a pior vassoura do mundo. — tirou o braço do ruivo da minha cabeça aos tapas.

— Duvido muito — Fred disse baixo, mas o suficiente para que eu escutasse.

— Certo, Weasley, quer apostar o que nisso? — Parei de frente dele, o impedindo de passar.

— 100 Galeões, princesinha Diggory. — Dava para ver o fogo nos olhos do ruivo.

— 100 Galeões então. — Saí da frente dele e, quando ele passo,u lhe dei uma rasteira, mas, antes que caísse, o segurei e, olhando no fundo dos seus olhos com cor de chocolate, retruquei: — Não me chame de Princesinha Diggory, não me interesso por apanhadores, muito menos loiros. Prefiro batedores, eles têm os braços mais fortes, fica a dica, Weasley. — Lhe dei um peteleco na testa e o empurrei para que ficasse de pé.

— Certo... Entendi — disse, com as bochechas vermelhas.

— Com vergonha, Weasley? — perguntou e Fred coçou a nuca sem jeito

— Esse é o poder que a exerce sobre os caras — disse, rindo com George. — Os valentões viram caras tímidos perto dela.

— Eu não sou tímido. — Fred começou a andar mais rápido para fugir das palhaçadas da , que foi atrás dele.

— O que você disse, irmãzinha? — perguntou. Por eu ter falado baixo, os curiosos não ouviram o que eu disse.

— Até eu fiquei curioso. — George ergueu uma sobrancelha.

— Nada de mais, só que não prefiro apanhadores, muito menos loiros. Que gosto mais de batedores por terem os braços mais fortes. — Dei de ombros e parei entre os dois para pegarmos na bota. Os dois se olharam e deram risadinhas.

— Não acredito que ele ficou vermelho por causa disso. — George não parava de rir. — O Fred realmente nunca esteve cara a cara com uma garota de tanta personalidade e iniciativa como você.

— Se isso foi um elogio, obrigada, Weasley 2.

— Disponha, baixinha.

Estava pegando na bota de acordo com a recomendação do Tio Arthur e, ao olhar para frente, vi minha mãe, que me deu uma piscadinha e apontou o gêmeo mais velho dos Weasley, e fez um joinha como se aprovasse. Ao ver a cena, revirei os olhos e sabia que tinha visto também, pois ouvi sua risada.

Ao final da contagem do Tio Arthur, eu simplesmente tive a pior sensação da minha vida, parecendo que fui colocada em um liquidificador, ou que estava dentro de um furacão. Tudo se tornou um borrão, minha cabeça bateu em alguém, levei uma cotovelada no olho e senti que chutei alguém. Mas, do mesmo modo que a sensação veio de uma vez, tudo parou de repente e caímos todos um por cima do outro.

Menos, claro, Tio Arthur, o Senhor Amos, Cedric e meus pais, que vieram descendo como se vissem degraus invisíveis. Tive raiva deles.

Me apoiei na superfície macia, mas ao mesmo tempo firme para levantar, porém percebi que estava completamente em cima de alguém.

— Poderia sair de cima de mim, cenourinha? — Fred ergueu uma sobrancelha para mim com um sorriso de lado, que ressaltava a pintinha na sua bochecha.

— Claro, mas alguém precisa sair de cima das minhas pernas. — Ao olhar para trás vi George debruçado sobre as minhas pernas, com Harry em cima dele. — Tudo certo George? — perguntei, rindo, e ele me olhou com um sorriso divertido.

— Tudo certo, essa foi a melhor experiência da minha vida, pimentinha. — George ergueu o polegar para mim, e Fred e eu rimos. — Mas tenho certeza que está sendo muito melhor para o Fred — disse, me dando um sorriso debochado, e minhas bochechas ficaram quentes instantaneamente.

— Agora você está combinando com seu cabelo, cenourinha — Fred chamou minha atenção de volta para ele e, ao olhar em seus olhos, me perdi na imensidão chocolate, mas voltei quando me senti ser erguida no ar e fui colocada em pé.

Percebi que era minha mãe, pois era a única com a varinha na mão.

— Estão todos bem? — Mamãe perguntou. Estava ajeitando o cabelo, que havia virado uma juba, quando todos afirmaram estarem bem. — Ótimo, então vamos, pois temos um treino para assistir.


Continua...


Nota da autora: Espero que gostem!

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