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Revisada/Codificada por: Calisto

Última Atualização: 09/09/2024
HELL


A origem do termo "inferno" é latino, infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior". Origina-se da palavra latina pré-cristã infernos, "lugares baixos", infernus.
O uso do plural, infernos, indica mais o caráter de submundo e mundo das profundezas do que caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo singular, inferno.

"No inferno de Dante, não vemos grades, são almas condenadas
às ações determinadas, não existe liberdade de ou para. Os diabos
dão as ordens como únicos indivíduos políticos, então você tá
no inferno e tem que obedecer, você já tá morto, agora é só suplício."

~Bruno S Barbosa~




• Íncubo, conforme lendas e tradições, é um demónio na forma masculina que procura mulheres adormecidas a fim de ter uma relação sexual com elas. A versão feminina é chamada de súcubo.


😈✝️


O Submundo é um lugar que existe a milhares de anos, local que pode ser facilmente confundido com o inferno. Porém, com uma diferença em quesito significado: o submundo pode ser atribuído apenas a mundo dos mortos, local abaixo do mundo dos humanos; já o inferno, como lugar de condenação, desespero, lamúrias, local para almas pecadoras, desoladas e submetidas a penas eternas.
Um lugar onde os mortos podem habitar é composto por criaturas infames, das mais diversas espécies, das mais tradicionais as mais assustadoras como: La Santa Compaña¹, Vampiros, Bruxas, Lobisomens, Wendigos², Gigantes, Ogros e os famosos Demônios.
Não que de certa forma não fossem todos conhecidos como Demônios, pela má fama de aterrorizar, matar, estrangular, absorver ou até mesmo se alimentar.
Dentre os demônios, estão os chamados Íncubos ou Súcubos, e bem aqui a verdadeira história começa.

😈✝️


O sub, como mais procurado e chamado, é dividido por classes e níveis.
Os mais fortes são os de Nível Superior, dentro desse quadro se encaixam: os vampiros, os lobisomens, as bruxas, Gigantes e os Demônios.
Os de nível médio, assim como os de baixo nível, não são classificados como importantes ou inteligentes.
E aí é que tá. Um certo Íncubos, chamado Park Jimin, de porte pequeno dentre os outros, deveria se encaixar no nível superior, mas foi rebaixado por passar muito tempo sem conseguir se alimentar.
O que muitos deveriam entender, mas não conseguiam simplesmente pelo fato de serem monstros cruéis, era que o baixinho se identificava com suas presas pelo sentimento, pelo amor em poder consumi-las.
Park Jimin nunca se apaixonou, esse era seu maior desejo, sabia muito bem que demônios não podiam se apaixonar, mas para ele isso poderia ser considerado balela de quem tinha medo.
Exatamente por exigir demais em suas caçadas era que sempre voltava fraco sem ter tido uma boa alimentação.
Só encontrava criminosos pervertidos, pessoas normais com pecados até o talo, idiotas que se satisfaziam com qualquer merda e satanistas, que acreditava que poderiam ser consumados pela luxúria subumana.
Para quem não sabe, os Íncubos se alimentam da energia sexual, seja produzida em seu próprio mundo, ou no mundo mortal.
Ouve-se dizer que os Íncubos e os Súcubos são conhecidos como parasitas, pois precisam da energia de outros para poder viverem.
Em determinados pontos do Sub, há bancas onde vende uma poção de energia para alimentação dos Íncubos de nível mais baixo e médio. Através de trabalhos coordenados, conseguem fazer a compra dessas poções.
Jimin já estava a bastante tempo fazendo uso delas, pois não encontrava de modo algum um humano que realmente lhe interessasse.
Diziam que os Íncubos, no caso os homens, tendiam a se relacionar apenas com mulheres, mas para o little red devil não era bem assim. Ele não se sentia à vontade consumando fêmeas, achava mais atraente os homens.
Experiências passadas o tornaram gay como os humanos costumam rotular. Nada agradável para os de sua espécie, por isso mais ainda seu descontentamento pelo Sub.
Passados anos e anos, vinha tentando agradar seu chefe Satã para que o deixasse ir até o mundo mundano. Missão essa nada fácil, além de favores do Sub, o baixinho ruivo tinha que fazer favores sexuais para que assim então seu desejo de retornar a terra seja realizado.
— Quer dizer então que meu amado little red devil quer ir para o solo humanoide? — disse, olhando em direção ao baixinho que se enrolava em seus lençóis após uma noite exaustiva de sexo prolongado pelo seu mestre.
— Sim, mestre, eu queria dar uma explorada, não aguento mais consumir Dentrulys³, sinto que não está me fazendo bem. — Exibiu uma feição chorosa, para ver se conseguia amolecer o coração do seu atual amante.
Depois de muita troca de olhares, foi decidido.
— Tudo bem, seu aniversário está chegando certo. — O menor concordou com a cabeça. — Então te darei passe livre para ir ao mundo mortal.
Ao escutar tal declaração, Jimin levantou abruptamente da cama, mesmo com seu corpo desnudo, não se importou, pois sua felicidade ultrapassou até mesmo a vergonha, está que nem deveria ter, pois ali mesmo foi devorado horas antes.
Uma coisa era certa, sua animação foi de 0 a 100, e de 100 a 0 mais rápido do que seu pau levantava ao receber carícias em sua orelha, um de seus pontos mais sensíveis do corpo.
— Porém, tem uma condição, my little. — Seu sorriso se desmanchou ao ouvir Satã.
— E qual seria essa condição, mestre? Suas mãos soavam e suas pupilas se delatavam com tamanha ansiedade.
— Você terá 48 horas para conseguir um alimento digno de suas vontades, se não conseguir, terá que voltar imediatamente para cá.
Satã ou Mestre, por assim dizer, comandava tanto o inferno como o submundo, fazendo assim de Park seu serviçal, ou concubino.
Ele se aproveitava dos serviços do menor, principalmente por saber que era rejeitado pelos de sua espécie e por ser mais fracos dentre os outros.
Park era esperto, por mais que não parecesse, aceitou a proposta, mesmo não gostando dela.
Como que em dois dias encontraria alguém que o chamasse tanto a atenção ao ponto de querer sugar sua energia e entregar seu corpo?
Podiam até achar estranho um Íncubos querer se apaixonar por seu alimento. Mas isso nem se passava na cabeça de Jimin, pois quando ele queria algo do seu jeito, ele conseguia.
— Mas antes de ir, vem cá, quero me lambuzar um pouco mais em suas curvas, my little.
Subiu na cama onde o menor estava, se deitando sobre seu corpo. Ali, naquele local, foi novamente invadido pelo pau do Satanás.
Faltava apenas uma semana para seu aniversário, essa que estava passando como tartaruga. Uma demora que tirava totalmente o sossego de um certo ruivo.
Este estava tão faminto que se satisfez com suas próprias mãos por uma semana inteira.
Houve vezes que seu mestre ainda o conseguia proporcionar um pouco de sua energia, mas não era suficiente. Um demônio alimentando outro, não dava certo.
Por mais que o seu mestre fosse de tamanha realeza, robusto, enorme, gostoso, uma delícia, mas não dava conta, tamanha era sua fome, só um humano de seu agrado para saciar essa vontade.

😈✝️


Com apenas um dia faltando para sua ida, Jimin organizava suas coisas para ser lançado ao mundo mortal.
Como um demônio do sexo e da luxúria, ele gostava mesmo era do luxo. E sabia muito bem que com seus encantos e beleza deslumbrante, não seria difícil achar uma presa para si.
O problema mesmo seria esconder suas asas, vermelhas por sinal. Fazia tanto tempo que não se disfarçava como um humano que já nem lembrava como as esconder. Esse seria seu infortúnio.
Com o passar do dia, seu treino para esconder suas asas e sua ansiedade para sua passagem do dia seguinte, tudo se tornou exaustivo.
Jimin estava fraco, com fome, com saudade de obter um contato mais íntimo com alguém que gostasse. Por isso, cada mísero esforço feito era um desastre para seu pobre corpinho.
Deitado em seus aposentos, sem ter o que fazer, sem que seu mestre lhe chamasse e em busca do sono, se revirou em seu leito, esperando um bom descanso.
O inferno era logo ali, fazendo com que os choros de desespero ecoassem por suas paredes.
As lamúrias ouvidas de cada alma pecadora era um deleite de fato, mas para sua má sorte, hoje estava sendo um pesadelo.
— Que droga, essas almas bem que poderiam ser mais silenciosas, não sabem sofrer caladas não — esbravejou, puxando sua coberta até a altura da cabeça.
— Não aguento mais. — Levantou, furioso, saindo do seu quarto.
Ao passar pelo corredor do castelo tenebroso, moradia de demônios e outras criaturas, esbarrou em uma Súcubo, essa que o detestava. Totalmente recíproco esse sentimento de desgosto e desprazer em ver sua faceta enojante.
— Cuidado, você não tem olhos, não, oh, baixinho do cabelo de fogo? — Riu ao atazanar a vida do pobre.
— Olhos eu tenho, mas pelo visto, noção você não tem, DE PERTUBAR MINHA PACIÊNCIA UMA HORA DESSAS — gritou, aumentando de tamanho, ficando da altura da demônia.
Alguns Íncubos tinham poderes, e o de Jimin era ficar do tamanho que quisesse.
— Calma, ruivinho, eu estava brincando, o que deu em você, hein? — Suas mãos tremiam, ela gostava de atentar o juízo do menor, mas tinha um medo do estrago que aquele baixinho poderia fazer com si.
— Eu não tenho nada, só quero que saia da minha frente e siga o seu caminho, puta enrugada.
Saiu batendo os pés, tamanha era sua raiva.
— Alguma coisa ele tem, isso é certo. — Saiu do corredor, pensativa, era raro ver Jimin de mal humor, mesmo quando ela o importunava, mas hoje, pelo visto, não estava sendo um dia bom para ele.
O ruivo foi atrás do seu mestre para tentar distrair seus pensamentos enquanto a longa noite antes de sua partida não passava.
Mas ao chegar próximo ao seu quarto se deparou com uma hedionda orgia, aquilo lhe chamou atenção, por que não foi convocado para se deleitar dos prazeres da carne?
— Eu posso ver você, Jimin, entre, venha participar do meu divertimento. — Com o timbre grave da voz de Satã, Jimin se assustou, não teve coragem de entrar, fazendo com que voltasse para seu quarto.
Não saía de sua cabeça a cena, mais de dez criaturas diferentes, apreciando a libertinagem que só seu mestre era capaz de ludibriar com seus poderes de sedução.
— Ódio, estou perto de ir embora, e nem para ser convidado, vou provar para ele que consigo sim um amor que possa me satisfazer melhor que ele.
Querendo ou não, Jimin criou certo afeiçoamento por seu mestre. Ele foi seu primeiro, lhe ensinou tudo que sabia, pois, se dependesse de seus descendentes, ele não seria nada de útil no Sub.
Deitou-se em sua cama, pensando no que viu, isso pegou boa parte de sua noite, porém, sem perceber, adormeceu pensando em seu mestre.

😈✝️


Raiando o dia, coçando os olhos e espreguiçando seu corpo, Jimin se levantou, mas, ao se dar conta de que em poucas horas estaria na caça de seu alimento amado, sua felicidade retornou a todo vapor.
Com suas coisas prontas, asas escondidas e totalmente arrumado para matar, saiu em busca de Satã, este que o levaria até a passagem.
Ao se aproximar de seu quarto, lembrou da cena da noite anterior, isso ainda o importunaria demais, porém sua ansiedade por uma aventura superava tudo.
— Mestre, está aí? — perguntou, dando 3 batidas na porta.
Esta que foi aberta em seguida.
— Oi, little, já está pronto? Sinto sua ansiedade a quilômetros. —Sorriu lindamente, e Jimin sentiu suas pernas fraquejarem com tamanha beleza.
— Sim, vamos? — Passou sua mão ao redor do seu braço. — Me guie!
Com um sorriso no rosto, foi encaminhado até o portal no qual chamam de "A PASSAGEM".
Ao chegar em frente à fresta luminosa, pararam e Satã o virou para encarar seus orbes.
— Você vai ficar bem, né, my little? — Passou a mão em seu rosto gordinho, apreciando seus lábios carnudos.
— Sim, mestre, vou ficar bem, e pretendo encontrar alimento antes das 48 horas.
Ele concordou e deu espaço para que Jimin caminhasse até a fresta.
— Até mais, mestre! — Deu um leve aceno e se abaixou em sinal de respeito.
— Até, Jimin.

• Vamos a algumas explicações:
¹ La Santa Compaña: A Santa Compaña é uma procissão noturna de almas em sofrimento que, cobertas por um pano preto e carregando uma cruz. Anunciam a sua passagem com um sino tocado pelo último membro da procissão.
² Wendigos: É uma criatura sobrenatural, maligna e antropofágica. O Wendigo também reforçou o tabu que envolve a prática do canibalismo entre estes povos. Eles vivem nas profundezas da floresta e aparecem em contos sobrenaturais desumanos e hediondos.
³ Dentrulys: Poção para alimentar um Íncubo ou um Súcubo de nível médio e baixo, deve ser consumido de tempos em tempos para manter o indivíduo alimentado.




• Muito conhecida no submundo, "A Passagem" é uma rachadura em uma das principais paredes do inferno ligada diretamente com o mundo dos humanos.
Usada principalmente no período medieval, onde as bruxas que habitavam na terra usufruíam da mesma para fazer contato com o mundo dos mortos.
Agora, depois de muitas coisas terem mudado, se encontra escondida da vista dos humanos, sendo somente usada com a permissão de Satanás.
😈✝️
Após sua despedida não muito agradável, Jimin passou pelo portal, mas, antes de poder ter o vislumbre da liberdade, foi puxado de volta.
— Espere! — gritou, agarrando Park pela cintura. — Não vá ainda. — Totalmente confuso, o menor se ajeitou em seus braços após ser acalorado por um abraço reconfortante.
Tentando se afastar, sentiu que a mão de Satã pesou mais ainda, apertando com um pouco mais de força sua cintura.
— Não queria que fosse antes de fazer uma coisa. — Park pendeu a cabeça para o lado, tentando adivinhar o que passava na cabeça de seu mestre.
— O quê? — ousou perguntar, tentando fugir do seu aperto.
Mas, sem obter resposta, foi pressionado na parede ao lado da passagem. Em um momento de distração ao fechar os olhos pela pancada, sentiu a presença dos lábios magros sobre os seus.
Tentou o afastar, mas seu aperto e seu beijo molhado não deixaram que isso acontecesse. Por um breve minuto, cedeu, mas quando caiu em si, notou o que estava a fazer.
Deixou-se brevemente ser manipulado pelos truques de Satã.
— Mestre, não — ditou após empurrá-lo para longe. — Não faça isso, por favor, você sabe que não consigo. — Limpou sua boca se afastando lentamente.
Por mais que seu beijo fosse demasiadamente gostoso, não podia ficar com seu mestre; além de não sentir o mesmo por si, Jimin estava determinado a encontrar seu amor no mundo mortal.
— Não force algo que sabemos que não existe. Para de bater nessa mesma tecla, Yoongi — pronunciou um nome conhecido por poucos e, após dito e ter deixado o próprio Satanás boquiaberto, atravessou a fresta sem olhar para trás com um peso em seu coração, pois sabia as consequências de ir contra as vontades de seu mestre. Mas ele não estava nem aí, só queria ir logo atrás do sabor da luxúria e da libertinagem que tanto almejava através do amor por alguém que iria saciar sua fome e seus desejos.
😈✝️
Através da fresta luminosa que cegava qualquer um que a ousasse atravessar, havia um parque, este que ficava em uma mureta escondida pelas árvores, essas que depois delas se encontrava a igreja central de Seul.
Para Jimin, não era tão importante, até porque ele estava atrás de alimento e não da casa de Deus.
— Finalmente — pronunciou ao olhar para cima e sentir o ar puro que a terra emanava aos seres vivos. — Isso aqui é tão bom, se eu pudesse, nunca mais voltava para o Sub.
Jimin, como sempre muito curioso, atravessou aquelas árvores em sua frente para seguir caminho na busca de ser saciado.
Ao atravessá-las, avistou várias e várias pessoas saindo da igreja. Um calafrio atravessou sua espinha.
Complicado não, além. Sua percepção para busca aumentou constantemente enquanto procurava que lhe agradasse.
Nada dali lhe interessava, então continuou andando sem rumo até que avistasse alguém de seu agrado.
Parou por um segundo e se escorou em uma cerca. Cerca essa que era de uma casa azul na beira da rua.
Muito bonita por sinal. Gostaria de ter uma casa assim se fosse humano. Mas, como nem tudo era como queríamos, ficava meio difícil.
Se aproximou um pouco mais, talvez os moradores lhe agradassem de certa forma.
Ao chegar mais perto de uma das janelas, essa na qual tinha uma árvore ao lado, conseguiu ver um garoto se despindo.
A vista lhe chamou a atenção, com certeza era um garoto pelado que ia totalmente de acordo com seu gosto.
Sentiu uma leve conexão, mesmo não conhecendo tal pessoa.
Ficou admirado, jamais havia visto tamanha beleza em uma pessoa só.
— Acho que achei. Satã, coitado, vai ficar desolado. — Jimin sabia que Yoongi sentia algo por si, mas ele não faz seu tipo, e não era seu alimento ideal.
Por mais que foder com o Satanás não fosse para qualquer um, tinha que ter muita energia para aguentar todo aquele fogo. Jimin que o diga, para sua sorte, nasceu um íncubos.
Voltando ao seu raciocínio, decidiu estudar mais sobre aquele humano, o queria para si, e com certeza iria conseguir.
Mas antes mesmo de sair de seu esconderijo, ouviu gritos de pura fúria vindo de dentro da casa.
— Porra, Jeon Jungkook, o que foi que eu te disse sobre fumar, caralho! — Jimin se espantou, se escondendo mais ainda atrás da árvore que estava.
— Foda-se o que você pensa, já te disse, só sou o tal "bonzinho", como você me rotula, dentro da igreja, mas você sabe muito bem que aquele não sou eu, então cala a boca e me deixa e paz. — Ele se levantou, batendo de frente com o homem ranzinza
Jimin arregalou os olhos e riu de canto. Tamanho era o afronte daquele garoto, aquilo o agradou mais ainda.
Interessante.
Não tardou até a saída de Jimin daquela janela, mas com certeza voltaria para conhecer aquele humano melhor.
Procurou um lugar para passar a noite, com sua beleza, não foi difícil de encontrar. Em um hotel que achou por um acaso, resolveu usar o que mais tinha de valor — trouxe algumas de suas joias e com isto conseguiu alugar por pelo menos 1 semana.
Depois de uma noite maravilhosa de sono, Jimin acordou com toda sua disposição.
Resolveu voltar à casa onde viu seu lindo humano.
Ao se encostar novamente na mesma árvore de antes, encontrou o garoto se arrumando, provavelmente iria sair.
Jimin então se propôs a segui-lo, essa era uma oportunidade que não podia ser perdida.
Entre sombras e árvores, seguiu o velho ranzinza que com si arrastava seu lindo garoto moreno até a igreja que não ficava tão longe dali.
Novamente aquele arrepio em seu corpo o fez estremecer.
— Ah, não, não pode ser, por que você tinha que ser da igreja? — se perguntou, esfregando suas mãos em seu rosto e bagunçando levemente seus fios vermelhos. — Isso não vai me impedir de tê-lo, você será meu.
Jimin esperou até que todos saíssem do local, esperou sentado em um banco do outro lado da rua.
Claramente não passou despercebido entre os olhares humanoides.
Sua beleza incomum chamava atenção por onde passava e isso claramente não passou da vista do garoto o qual Jimin tanto observa de longe.
Após perceber que foi notado, seu sorriso ladino só cresceu. Mas o que ele não esperava era que o garoto do outro lado da rua fosse retribuir tal ato.
Jimin sentiu seus batimentos cardíacos acelerarem. Que sorriso era aquele, pensou.
Porém, como nada era fácil, o garoto foi arrastado por seu pai até sua casa.
Seu sorriso morreu ao notar que aquele velho nojento levou sua presa, seu menino, seu garotinho do cabelo cor de ébano.
— Eu vou atrás de você, pode esperar.
Sem perder tempo, os seguiu.
Avistou um pouco de longe o mais velho dando um sermão no garoto, este que lhe ignorava totalmente.
— Mas que porra está acontecendo ali? Na frente dos outros, são de um jeito, mas quando estão sozinhos, são de outro, que estranho.
Chegou de fininho, passando pela cerca e se escondendo novamente atrás daquela árvore.
A espera pelo garoto não foi demasiada.
Logo passando pela porta com cara amarrada e sem o notar escondido, se deitou em sua cama, xingando até a última geração do que parecia ser seu pai.
— Aquele filho da puta, na hora que encho meus orbes por uma beleza totalmente incomum, ele me tira de linha. Escroto do caralho, ah, mas ele vai me pagar — esbravejou, totalmente irritado.
O rosto de Jimin se iluminou após escutar seu garoto falando de si.
Esperando calmamente para que ele o olhasse, ficou escorado em seu canto. Com um semblante sexy e emanando luxúria.
— Preciso desestressar — disse o garoto depois de pegar seu celular, discando alguma coisa e o colocando em sua orelha.
Enquanto isso, Jimin fazia uma vistoria por todo seu quarto.
O quarto possuía paredes na cor branca, tinha vários pôsteres e fotos por toda parede, havia também algumas folhas que iam do teto até o chão em alguns cantos e até mesmo no meio do quarto.
Havia também alguns livros jogados no pé da cama juntamente com uma guitarra e um violão que estava entre seus lençóis.
Um quarto normal, para um garoto que não estava nem aí para os preceitos religiosos pelo visto.
— Tae, vamos sair à noite, tô cansadão de ficar só em casa com esse velho maldito que não desgruda.
Jimin voltou a prestar atenção no garoto ao ouvir sua voz e sair de seu transe.
Observou o garoto apertar algo no seu celular e logo depois uma voz de alguém estranho sair por ele.
— Vamos sim, mano, tô doido para encontrar com o Hobi hoje, e relaxa, seu velho é chato assim porque não tem nenhuma buceta ou cu dando sopa por aí pra ele comer. — Jimin, ao ouvir isso, tapou a boca para abafar a risada.
— É, o pior é que o trouxa é pastor, acho difícil querer comer o cu de alguém. — Deu de ombros após se referir de seu progenitor.
Na cabeça de Jimin, só o que passava era "Ele eu não sei, mas tô doidinho para comer o seu, mas se quiser comer o meu também, não tem problema".
Abafou o riso novamente com a mão pelo pensamento inapropriado para o momento, mas esse não passou despercebido pelo garoto.
— Tae, depois nos falamos, preciso resolver um lance aqui. — Após falar com a certa pessoa no celular se virou novamente para encarar seu admirador na janela.
Os dois se encaravam, o garoto do lado de dentro confuso e com um meio sorriso no rosto, e o íncubo do lado de fora com um sorriso provocador em seu rosto.
O garoto se aproximou da janela, a abrindo em seguida. Jimin, atrevido como sempre, não moveu um pé de seu antes esconderijo.
— Quer dizer que você me seguiu até em casa, hein, ruivinho? — perguntou após se sentar na janela de frente para o mais baixo.
— Você não faz ideia das coisas que eu faria para conseguir o que eu quero. — O sorriso do garoto aumentou, conforme o ruivo chegava mais perto.
— Eu me chamo Jungkook, e você, ruivinho? — Cruzou os braços ao notar o quão perto o outro estava de si.
— Meu nome é Jimin, mas pode me chamar de meu amor.
Por sua perspicácia ser gigante, foi convidado a entrar. Teve ajuda do moreno para pular a janela e logo depois estavam frente a frente para uma conversa que não seria uma conversa. Isso era o que Jimin imaginava.
"De hoje você não me escapa, Jungkook". Pensou.
Ali, naquele quarto, começava vossa história.
😈✝️


Continua...


Nota da autora:
OI OI OI MEUS AMORES!!!
Vou deixar a foto do quarto do Jungkook para vocês terem mais noção de como é.
• Avisando novamente aqui gente, o pai do Jungkook é pastor, e é muito homofóbico, vocês irão entender mais na frente do porque ele é assim. Então vão se acostumando com o tratamento dele com nosso menino Jeon.
• Comentem aqui o que vocês estão achando, e o que vocês acham que irá acontecer nesse primeiro encontro dos dois pombinhos.
• Por hoje é só, vejo vocês na próxima att.
Beijos quente, BYE
💋🥵😈✝️

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