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Codificada por: Cleópatra

Finalizada em: 22/12/2024

Seungkwan ofereceu gentilmente o braço para assim que eles desceram do carro e encararam o prédio onde a família de Hoshi morava.

O prédio à frente deles era um monumento de modernidade e sofisticação. Uma torre de vidro e aço reluzia sob a luz do sol, suas linhas retas e elegantes destacavam-se contra o céu azul de Seul. A entrada principal era marcada por um arco amplo e luminoso, decorado com paineis de mármore branco e vasos ornamentais com plantas cuidadosamente podadas. O porteiro, vestido impecavelmente, abria as portas automáticas para os visitantes, revelando um vislumbre do luxuoso saguão interior, iluminado por lustres de cristal.

estava fascinada. Seus olhos brilhavam como se ela estivesse desvendando um tesouro a cada detalhe. Ela observava tudo com uma mistura de curiosidade e encantamento, desde os reflexos das janelas até o movimento ágil e eficiente das pessoas ao redor.

Seungkwan não podia evitar notar. Ele segurava o braço dela com cuidado, mas seus olhos não deixavam de percorrer o rosto de , capturando cada sorriso espontâneo e expressão de admiração. Ele achava encantador como cada descoberta parecia nova para ela, como se Seul fosse uma terra de sonhos e sua exploradora mais dedicada. Ele esboçou um pequeno sorriso, apreciando aquele momento único, onde os olhares dela traduziam mais do que qualquer palavra poderia dizer.

olhou para cima, ainda segurando o braço de Seungkwan, e comentou, com um sorriso que misturava surpresa e familiaridade:

— Sou de uma cidade grande, você sabe, mas os prédios de Seul sempre me surpreendem com sua grandiosidade. Parece que eles desafiam o céu, como se estivessem dizendo que tudo é possível aqui.

Seungkwan abriu a boca para responder, mas foi interrompido pelo som agudo de uma buzina no trânsito próximo. Antes que ele pudesse tentar de novo, algo diferente capturou a atenção deles: os primeiros flocos de neve começaram a cair, leves e silenciosos, contrastando com a agitação da cidade ao redor.

ergueu a mão livre para capturar um floco na palma. Seus olhos brilhavam ainda mais sob a luz do inverno, refletindo uma mistura de encantamento e nostalgia. Ela olhou para Seungkwan, como se quisesse compartilhar aquele momento especial com ele, e ele se viu incapaz de desviar o olhar.

Uma memória surgiu em sua mente, algo que ele ouvira tantas vezes enquanto crescia: a crença de que, se você presenciasse a primeira nevasca do ano com alguém, isso significava que estavam predestinados, interligados por algo além de suas próprias escolhas.

Seungkwan sentiu o coração bater mais forte. Ele observou mais uma vez, notando como a neve parecia intensificar a aura dela, e se perguntou, com uma mistura de nervosismo e expectativa, se aquele instante era um sinal do destino brincando com eles.

Seungkwan sorriu, lembrando-se de como estava ansiosa por aquele momento. Desde que ela havia chegado a Seul, há cerca de dez meses, não parava de falar sobre a neve. Era quase uma contagem regressiva; ela mencionava o frio que começava a anunciar o inverno, perguntava aos amigos sobre a primeira nevasca e até planejava o que faria quando finalmente visse a neve cair.

Agora, vendo os flocos caírem cada vez mais intensos, parecia uma criança diante de um sonho realizado. Seu sorriso era contagiante, e seus olhos brilhavam com emoção enquanto ela pulava, tentando capturar os flocos antes que eles se dissolvessem no ar.

— São tão leves! — ela exclamou, rindo, quase sem fôlego.

Antes que ela pudesse tentar de novo, Seungkwan segurou suas mãos, interrompendo os movimentos. parou e olhou para ele, ainda sorrindo, com as bochechas coradas pelo frio. Seungkwan, por um momento, esqueceu-se de tudo ao redor. A crença voltou à sua mente: "Se você declarar o seu amor durante a primeira neve do ano, vocês ficarão juntos para sempre."

Ele abriu a boca para dizer algo, o coração acelerado com a ideia de falar o que sentia, mas foi interrompido pelo toque insistente de seu celular. Seungkwan suspirou, pegando o aparelho com uma mistura de alívio e frustração.

— Oi Hoshi… — ele atendeu, virando-se um pouco para o lado.

— Seungkwan! Onde vocês estão? — a voz animada de Hoshi soou do outro lado da linha. — Estamos todos aqui, só faltam vocês dois. Ficamos preocupados!

— Já estamos chegando — ele respondeu, lançando um olhar para , que agora observava os flocos de neve com um sorriso sonhador.

— Não demorem! — Hoshi insistiu antes de desligar.

Seungkwan guardou o celular e voltou os olhos para . Ela parecia tão feliz, tão encantada, que ele não pôde evitar sorrir também. Talvez aquele momento, mesmo interrompido, fosse o começo de algo que ele nem sabia como descrever. Afinal, a neve sempre trazia consigo suas próprias histórias e promessas.

☃️☃️☃️

O porteiro abriu a porta automática com um gesto educado, sorrindo para Seungkwan e enquanto os liberava para entrar. Seungkwan agradeceu com um leve aceno de cabeça e estendeu o braço novamente para , que o aceitou com um sorriso caloroso.

Eles caminharam lado a lado pelo amplo saguão do prédio, onde o chão de mármore brilhava sob os lustres de cristal. parecia ainda mais fascinada com os detalhes do lugar, mas logo que começaram a subir as escadas para o apartamento de Hoshi, ela desviou sua atenção para a conversa.

— Então, como o DK conseguiu convencer todo mundo a participar desse amigo secreto? — perguntou, lançando-lhe um olhar curioso.

Seungkwan soltou uma risada leve, ajustando o ritmo para acompanhar os passos dela.

— DK tem esse jeito meio desajeitado, mas ele sabe como envolver as pessoas. Acho que ninguém conseguiu dizer não quando ele apareceu com aquele sorriso exagerado e começou a falar sobre o espírito de fim de ano.

riu junto, a melodia de sua risada enchendo o ambiente ao redor deles.

— Ele é mesmo um estrategista disfarçado. Aposto que planejou tudo enquanto fingia ser despretensioso.

— Exatamente! — Seungkwan concordou, olhando para ela. Ele não conseguia desviar os olhos por muito tempo; o modo como ela falava, com animação e charme, o hipnotizava. Era como se ela fosse a única pessoa no mundo naquele momento.

— E você? Pegou quem? — perguntou, inclinando ligeiramente a cabeça enquanto o observava.

Seungkwan hesitou por um instante, tentando disfarçar o nervosismo.

— Ah, não posso contar. Regras do amigo secreto, lembra? — Ele deu de ombros com um sorriso travesso.

— Certo, certo. — Ela suspirou dramaticamente. — Só espero que quem me pegou saiba que eu sou bem exigente.

— Tenho certeza de que será algo especial, mesmo para alguém exigente como você — ele respondeu, com um brilho nos olhos que não percebeu completamente.

Enquanto subiam, Seungkwan sentia seu coração bater mais rápido a cada passo. Cada gesto dela, cada palavra, parecia puxá-lo para mais perto de algo que ele ainda não sabia se deveria explorar. Mas, ali, com ela ao seu lado, parecia impossível querer estar em qualquer outro lugar.

Quando chegaram ao andar certo, Seungkwan apertou a campainha do apartamento, e o som ecoou suavemente pelo corredor silencioso. A porta se abriu em poucos segundos, revelando Hoshi, que exibia um sorriso largo e acolhedor.

— Finalmente! — ele exclamou, gesticulando para que entrassem. — Achamos que vocês tinham se perdido na neve.

— Claro que não, só estávamos aproveitando a paisagem — Seungkwan respondeu com uma risada leve, enquanto acenava em cumprimento.

O apartamento da família de Hoshi era tão impressionante quanto o prédio. O espaço era vasto, com uma sala de estar decorada em tons neutros e toques modernos. Grandes janelas iam do chão ao teto, oferecendo uma vista panorâmica da cidade de Seul, que agora estava sendo lentamente coberta pela neve. Um lustre imponente pendia do teto alto, iluminando o ambiente com uma luz suave.

— Uau, Hoshi, isso aqui é incrível! — comentou, olhando ao redor com admiração.

— Bem, minha mãe gosta de manter as coisas... elegantes — ele disse, com um toque de orgulho disfarçado, enquanto passava a mão pelos cabelos. — Mas esqueça isso, venham! Todo mundo já está aqui esperando.

Ele os guiou até a sala de estar, onde o restante do grupo já estava reunido. A mesa ao centro estava coberta de petiscos e bebidas, e um pinheiro de Natal decorado com luzes coloridas e enfeites brilhantes ocupava um canto estratégico do cômodo.

— Então, como está o clima lá fora? — DK perguntou animado, enquanto se levantava para cumprimentá-los.

— Frio, mas mágico — respondeu, sorrindo, enquanto tirava o casaco pesado que Seungkwan prontamente segurou para ela.

— Ah, a primeira neve sempre tem essa energia especial, não é? — comentou Hoshi, com um sorriso de cumplicidade que fez Seungkwan desviar o olhar rapidamente, tentando esconder o leve rubor que sentia ao lembrar da crença popular.

E para Seungkwan, o apartamento de Hoshi parecia um cenário ideal para algo especial acontecer — e ele não podia evitar pensar que a presença de tornava tudo ainda mais significativo.

Assim que e Seungkwan entraram completamente na sala, os outros membros começaram a se levantar para cumprimentá-los. Jeonghan foi o primeiro, aproximando-se com seu jeito elegante e um sorriso caloroso.

— Achei que vocês iam se atrasar mais. Parece que a neve deixou tudo ainda mais especial, não é? — ele comentou, lançando um olhar sugestivo para Seungkwan, que desviou os olhos rapidamente.

, alheia ao tom de Jeonghan, sorriu.

— Especial mesmo! Essa é a minha primeira nevasca, e tudo parece saído de um filme.

Joshua apareceu logo atrás, oferecendo um cumprimento cortês.

— Seja bem-vinda à nossa loucura, . Aposto que DK já te avisou sobre como somos imprevisíveis.

— Ele me deu alguns spoilers, sim — respondeu rindo, enquanto Minghao se aproximava com um aceno discreto.

— Parece que o amigo secreto vai ser mais divertido do que eu pensei. Bem-vinda, , e Seungkwan... sempre pontual, hein? — ele provocou com um sorriso travesso, recebendo um olhar repreensivo, mas divertido, de Seungkwan.

Pouco a pouco, os outros membros foram se aproximando. Dino, sempre animado, praticamente saltou para cumprimentá-los.

! Você precisa me contar o que achou do inverno coreano até agora!

— Bem gelado, mas vale a pena! — ela respondeu, rindo da empolgação dele.

Até mesmo o sempre reservado Wonwoo deu um sorriso discreto enquanto acenava.

— Que bom que você veio. Tenho certeza de que vai se divertir.

Entre as interações, alguns membros da equipe de staff também vieram cumprimentá-la. Alguns rostos eram familiares para , já que ela havia sido recentemente contratada como uma das novas coreógrafas estrangeiras da Pledis.

! — exclamou uma das assistentes de produção, uma mulher mais jovem que parecia ter uma relação amigável com os artistas. — Finalmente nos encontramos fora do trabalho. Acho que já ouvi uns dez elogios seus nos ensaios!

riu, envergonhada, e olhou para Seungkwan como se buscasse confirmação.

— Eu diria que eram uns quinze elogios — ele comentou com um sorriso.

Outra pessoa da equipe, um dos técnicos de som, acenou para ela do outro lado da sala.

— Ah, , você finalmente conheceu o grupo inteiro! Bem-vinda oficialmente à família, embora já seja uma parte importante dela nos bastidores.

sorriu agradecida, sentindo-se mais à vontade.

— Obrigada. Vocês são incríveis, de verdade. Trabalhar com todos tem sido uma experiência maravilhosa.

O clima era leve e alegre, com conversas paralelas e risadas ecoando pela sala. sentia-se acolhida, como se já fizesse parte daquele círculo há muito tempo. Enquanto isso, Seungkwan a observava em silêncio, mais uma vez encantado com a maneira como ela iluminava o ambiente apenas sendo ela mesma.

Enquanto conversava animadamente com alguns staffs sobre os ensaios e as coreografias, Seungkwan permaneceu um pouco mais afastado, observando-a com um sorriso nos lábios. Era impossível não notar o brilho nos olhos dela enquanto falava com paixão sobre dança. Ele nem percebeu quando uma figura se aproximou silenciosamente por trás.

— Você precisa disfarçar melhor, Seungkwan — a voz de Seungcheol, baixa e carregada de diversão, soou ao seu lado. — Se continuar babando desse jeito, vai ficar óbvio para todo mundo.

Seungkwan se sobressaltou, virando-se para o líder, que exibia um sorriso provocador.

— Eu... o quê? Não estou babando — ele retrucou, tentando soar indignado, mas a maneira como desviou o olhar para imediatamente entregou tudo.

Seungcheol riu, cruzando os braços.

— Claro, claro. Só que não sou só eu que notei. Jeonghan já está comentando ali no canto.

Seungkwan lançou um olhar rápido na direção de Jeonghan, que estava em uma conversa casual, mas claramente lançava olhares significativos na direção deles. Ele suspirou, pressionando os dedos contra as têmporas.

— Não é o que você está pensando.

— Não? — Seungcheol arqueou uma sobrancelha. — Então você não estava a um segundo de suspirar como se estivesse em um filme de romance enquanto olhava para ela?

Seungkwan abriu a boca para responder, mas Seungcheol ergueu a mão.

— Relaxa, não estou aqui para te envergonhar... muito. Só estou dizendo que, se você quiser esconder, vai ter que se esforçar mais. Mas, sinceramente? Talvez você devesse parar de esconder.

— É complicado — Seungkwan respondeu em um tom baixo, lançando um olhar rápido para , que agora ria de algo que Minghao tinha dito.

— O que é complicado? Você gosta dela. Todo mundo pode ver isso. E, pelo que parece, ela gosta de estar perto de você. Só pense nisso, ok?

Antes que Seungkwan pudesse responder, Seungcheol deu um tapinha em seu ombro e se afastou, deixando-o sozinho com seus pensamentos. Ele olhou novamente para , que agora estava olhando ao redor da sala, e não pôde evitar sorrir ao perceber o quanto a presença dela tornava tudo mais leve e especial.

☃️☃️☃️

Hoshi, sempre animado, bateu palmas novamente para organizar o grupo.

— Certo, pessoal, todo mundo prestando atenção! Vamos começar e, sem roubar a vez de ninguém, ok?

Jeonghan, é claro, foi o primeiro a se levantar, pegando um presente elegantemente embrulhado.

— Bom, meu amigo secreto é uma pessoa que muitas vezes parece calmo demais, mas que sempre surpreende quando menos esperamos — começou ele, lançando olhares pelo círculo. — E que, na verdade, foi fácil de escolher um presente porque ele é sempre tão estiloso que me deu várias ideias.

Minghao riu baixinho, já sabendo que era ele, e levantou as mãos.

— Não sei se isso é um elogio ou uma crítica, mas eu aceito.

Jeonghan entregou o presente com um sorriso satisfeito, enquanto os outros riam e brincavam com a interação.

A sequência seguiu animada, com cada participante criando discursos criativos ou engraçados sobre seus amigos secretos. Joshua presenteou Dino com um cachecol tricotado por sua mãe, arrancando risadas e uma pequena competição de "quem é o melhor maknae". DK, sempre extravagante, entregou um presente para Vernon, mas não antes de fazer uma longa introdução cheia de piadas internas.

Quando finalmente chegou a vez de , ela se levantou um pouco nervosa, segurando o presente que havia trazido.

— Ok, eu não sou tão boa com discursos como vocês, mas vou tentar... Meu amigo secreto é alguém que me fez sentir muito bem-vinda desde que cheguei aqui. Ele é gentil, engraçado e tem uma energia que sempre ilumina qualquer sala.

Enquanto ela falava, Seungkwan tentou disfarçar o sorriso, mas sua expressão de expectativa era evidente.

— E também... ele fala tanto que às vezes me deixa sem saber como responder! — completou , rindo.

Todos olharam diretamente para Seungkwan, que tentou parecer surpreso, mas falhou miseravelmente.

— Sou eu, não é? — ele perguntou, arrancando risadas do grupo.

confirmou, entregando a ele um pacote cuidadosamente embrulhado.

— Espero que você goste — disse, ansiosa.

Seungkwan abriu o presente, revelando um conjunto de velas aromáticas e uma playlist personalizada escrita em um pequeno cartão.

— Velas? Você acha que eu preciso relaxar? — brincou, arrancando mais risadas.

— Talvez — respondeu com um sorriso, enquanto ele lia atentamente a playlist, surpreso com o cuidado nos detalhes.

Ele, com um sorriso confiante segurou o presente que havia comprado:

— Bem, a pessoa que eu tirei foi um desafio — começou ele, olhando ao redor do grupo. — Porque essa pessoa é nova, mas já conquistou o coração de todos aqui. É alguém que traz uma energia única, apaixonada, e que está constantemente nos inspirando com seu trabalho.

Alguns membros trocaram olhares, mas começou a suspeitar. Seungkwan prosseguiu:

— Ela também é extremamente talentosa, dedicada e, acima de tudo, uma pessoa incrível de se ter por perto. Então, ... — ele disse, virando-se para ela com um sorriso, entregando o presente.

ficou surpresa ao ser mencionada novamente e pegou o pacote com um sorriso emocionado.

— Eu... obrigada, Seungkwan. De verdade.

Ela abriu o embrulho, revelando as elegantes luvas de inverno. Os outros membros aplaudiram e começaram a brincar com Seungkwan, comentando como ele claramente havia colocado esforço no presente.

— Luvas combinam com neve, né? — comentou Jeonghan, piscando para Seungkwan, que revirou os olhos, mas não conseguiu conter o sorriso.

O círculo seguiu com mais presentes e discursos animados, enquanto ainda admirava as luvas, sentindo o coração aquecido pelo cuidado que Seungkwan demonstrava, mesmo que ele tentasse disfarçar.

☃️☃️☃️

O ambiente do apartamento estava cada vez mais acolhedor, com risadas e conversas ecoando pela sala enquanto todos desfrutavam das comidas e bebidas especiais preparadas para a ocasião. , como sempre, se mostrava animada e envolvida com todos, sua energia cativando cada membro do grupo e os poucos staffs presentes.

Seungkwan, sentado próximo a ela, observava cada interação com atenção. parecia estar se adaptando cada vez mais ao ambiente, e isso o deixava orgulhoso... e um pouco inquieto.

Enquanto ele distraidamente mastigava um pedaço de mandu, sua atenção foi atraída por uma cena que, para ele, parecia se desenrolar em câmera lenta. estava rindo de algo que Hoshi havia dito e, ao notar um pequeno resquício de molho no canto da boca do amigo, pegou um guardanapo e, sem cerimônia, limpou.

— Pronto, agora sim está apresentável — disse com um sorriso brincalhão, enquanto Hoshi retribuía o gesto com uma risada leve.

Seungkwan sentiu um leve aperto no peito. Ele sabia que era algo bobo, mas não conseguiu evitar o ciúme que subiu à superfície. Ele desviou o olhar, fingindo estar muito interessado em seu prato, mas a sensação persistia.

Jeonghan, que estava sentado ao lado, notou imediatamente a mudança na expressão de Seungkwan.

— Não acredito — disse ele, inclinando-se para mais perto. — Você está com ciúmes, não está?

— Do quê? — retrucou Seungkwan, tentando parecer indiferente, mas falhando miseravelmente.

Antes que Jeonghan pudesse responder, Joshua e Mingyu, que estavam próximos, se juntaram à conversa.

— Do Hoshi, claro — respondeu Mingyu, rindo. — Você viu a cara que ele fez quando limpou o canto da boca do Hoshi?

— Gente, isso é coisa da cabeça de vocês — disse Seungkwan, embora sua expressão o traísse.

Joshua balançou a cabeça com um sorriso compreensivo.

— Seungkwan, ninguém está dizendo que você não pode sentir ciúmes. Isso é normal. Mas você não acha que está exagerando? é gentil com todo mundo, e isso inclui você.

— Isso mesmo! — acrescentou Mingyu. — Na verdade, ela provavelmente é mais gentil com você do que com qualquer um de nós.

— Eu só... não quero interpretar errado, sabe? — disse Seungkwan, suspirando.

Jeonghan deu uma risada curta e deu um tapinha no ombro do amigo.

— Escuta, Seungkwan, você precisa parar de pensar tanto. está aqui, curtindo a noite, e você está aí, remoendo uma coisa tão pequena. Relaxa e aproveita.

Joshua assentiu.

— E quem sabe, em vez de ficar se preocupando, você pode... não sei, ser um pouco mais direto com ela?

Seungkwan suspirou novamente, mas os conselhos dos amigos o fizeram refletir. Ele olhou para , que agora conversava animadamente com DK, e sentiu seu coração se aquecer um pouco.

Talvez eles estivessem certos. Talvez fosse hora de deixar as inseguranças de lado e simplesmente aproveitar o momento, como ela parecia fazer tão bem…

Seungkwan estava perdido em seus pensamentos, observando interagir com DK e outros membros do grupo. Havia algo na maneira como ela gesticulava, ria e parecia se conectar com todos que o deixava encantado. Mas, ao mesmo tempo, fazia um nó apertar em seu peito.

Então, de repente, percebeu o olhar dele. Seus olhos encontraram os dele, e ela sorriu de maneira calorosa e acolhedora.

— Ei, Seungkwan! — chamou ela, fazendo um gesto com a mão, como se dissesse: "Vem pra cá!"

Seungkwan sentiu seu coração acelerar, mas logo foi tomado por uma sensação desconfortável. "O que eu estava esperando?", ele pensou. Para ela, aquilo era tão natural. Ele era só mais um amigo no meio de todos os outros. É claro que ela o chamaria sem pensar duas vezes, porque era isso que fazia: ela se conectava com todos.

— Tolo, Seungkwan... só mais um amigo — murmurou para si mesmo, soltando um suspiro discreto.

Ele decidiu não ir até ela. Em vez disso, apenas deu uma piscadela casual e amigável na direção dela antes de abaixar a cabeça novamente, fingindo estar ocupado com seu prato. sorriu de volta, um pouco confusa, mas não insistiu.

Ao seu redor, Joshua e Mingyu estavam claramente atentos à interação.

— Sério, uma piscadela? — provocou Mingyu, rindo.

— Isso foi... corajoso? Não, não foi — disse Joshua, tentando conter o riso. — Você podia simplesmente ter ido até ela!

— Vocês dois podem, por favor, me dar um pouco de paz? — retrucou Seungkwan, com as bochechas levemente coradas.

Jeonghan, que havia acabado de se juntar ao grupo de novo, não perdeu a oportunidade de provocar.

— Ele está fugindo, típico.

Cansado das provocações, Seungkwan decidiu se levantar.

— Eu vou pegar um ar. Aproveitem para se divertir sem mim, senhores irritantes.

Sem esperar por mais comentários, ele caminhou em direção à parte externa do apartamento, uma sacada nos fundos que oferecia uma vista serena da cidade de Seul.

O ar frio de dezembro e os flocos de neve o receberam com um alívio imediato. Ele se encostou na grade, observando as luzes da cidade brilhando contra o céu escuro, enquanto tentava organizar seus pensamentos.

Longe do burburinho e das risadas lá dentro, Seungkwan finalmente teve um momento para si. Mas, mesmo ali, a imagem de e seu sorriso não saíam de sua mente.

Ele estava quieto na sacada, o vento frio batendo suavemente em seu rosto, mas ainda assim sentindo um calor incômodo no peito. Ele se apoiou na grade, tentando se distrair com a vista da cidade, quando ouviu passos suaves se aproximando.

Ele não precisou virar para saber quem era. O perfume doce e o som de risadas contidas indicavam que havia decidido sair. Ela apareceu ao lado dele, inclinando a cabeça para olhar diretamente em seus olhos.

— Ei, tudo bem? — perguntou ela com uma expressão gentil, mas curiosa. — Você está bem?

Seungkwan hesitou por um momento, mas logo sorriu sem muita convicção.

— Ah, só... só um pouco de azia — respondeu ele, tentando parecer descontraído. — Acho que comi algo pesado demais lá dentro.

franziu o cenho, preocupada, mas não insistiu. Ela sabia como ele podia ser teimoso.

— Não deve ser nada grave, né? Se precisar de algo, é só chamar. — Ela deu um sorriso reconfortante e o olhou por mais um segundo antes de observar a paisagem.

Seungkwan a olhou por um momento, seu sorriso um pouco mais sincero agora. Apesar de ainda estar um pouco desconfortável com a situação, a presença dela o acalmava de uma forma que ele não conseguia explicar.

— Obrigado, . Mas acho que vou ficar bem. Só preciso de um tempo para meu organismo processar tudo.

Ela acenou com a cabeça, aceitando sua resposta, mas parecia ainda querer dizer algo. No entanto, ela simplesmente permaneceu ao lado dele, desfrutando da companhia mútua em silêncio.

Seungkwan observava ao seu lado, em silêncio, enquanto os dois encaravam as luzes de Seul cobertas pelo manto suave da neve. Ele podia ver como os flocos se acumulavam delicadamente nos cabelos dela, brilhando à luz da cidade. parecia completamente encantada com a cena, um pequeno sorriso de admiração em seus lábios.

O coração de Seungkwan apertou enquanto uma memória lhe vinha à mente. Ele se lembrou da crença popular tão falada por seus avós e até mesmo pelos amigos: "Se você se declarar durante a primeira neve do ano, vocês estarão destinados a ficarem juntos para sempre."

Ele olhou para a neve caindo suavemente, seus pensamentos se misturando com a ansiedade que crescia dentro dele. Não era como se ele fosse supersticioso, mas havia algo na crença que, naquele momento, parecia incrivelmente verdadeiro.

Seungkwan desviou os olhos para novamente. Ela ainda estava absorta na vista, os olhos brilhando como estrelas refletindo a magia da neve. Ele sabia que era um momento perfeito, mas também sabia que havia um risco.

"E se ela não sentir o mesmo?" O pensamento ecoou em sua mente, carregado de dúvidas. Mas logo veio outro: "E se ela sentir?"

A neve continuava a cair, silenciosa e constante, como se o universo conspirasse para que aquela crença popular se tornasse real.

— Lindo, não é? — disse, quebrando o silêncio, mas sem desviar os olhos da cidade coberta de neve.

— Sim... — Seungkwan respondeu, a voz mais suave do que ele esperava. — É mágico.

Ele respirou fundo, a crença dançando em sua mente, tentadora e perigosa. Talvez fosse apenas coincidência, mas, enquanto estava ali, ao lado dela, parecia impossível ignorar o significado daquela primeira neve.

Seungkwan respirou fundo, ainda observando a neve cair. Ele decidiu quebrar o silêncio com algo que soasse casual, mesmo que estivesse longe disso em seu coração.

— Você sabia que, na Coreia, dizem que se você assistir à primeira neve do ano com alguém, vocês estão destinados a ficarem juntos? — comentou, com um sorriso de canto, tentando parecer despreocupado.

virou-se para ele, surpresa, e seus olhos se arregalaram ligeiramente antes de uma cor quente subir em suas bochechas. Ela abaixou o olhar por um momento, mordendo levemente o lábio, e sua reação fez Seungkwan sorrir de verdade dessa vez.

— Ah, é só uma dessas superstições, sabe como é — ele acrescentou, rindo suavemente, tentando aliviar a tensão no ar. — Nada sério, claro.

riu um pouco nervosa, mas o rubor em suas bochechas continuava evidente.

— É? Interessante... — murmurou ela, quase para si mesma, enquanto desviava o olhar para a cidade.

Seungkwan observou-a mais uma vez antes de pigarrear.

— Bom, acho que vou voltar lá para dentro. Está começando a ficar frio. Você vem comigo? — ele perguntou, tentando soar casual.

virou-se para ele, ainda com o rosto corado, e fez um gesto para que ele esperasse.

— Me dá só um momento? — disse ela suavemente, aproximando-se dele.

Seungkwan ficou confuso por um segundo, mas não teve tempo para pensar muito. deu um passo à frente, ficando tão perto que as pontas dos narizes deles se encostaram levemente. O coração dele disparou, e ele sentiu a respiração quente dela contra a sua pele.

Ela ergueu o olhar para ele, os olhos brilhando com a luz da neve.

— Espero que essa superstição seja verdade... — ela sussurrou, quase inaudível.

Antes que ele pudesse responder, se inclinou e uniu seus lábios aos dele em um beijo suave e cheio de emoção. A sensação era como se o mundo ao redor desaparecesse, deixando apenas eles dois e os flocos de neve caindo ao redor.

Quando os lábios dela tocaram os dele, foi como se algo tivesse estalado em seu peito, uma onda de calor que contrastava com o frio do inverno ao redor. Era um beijo suave, hesitante, como se estivesse tateando o momento, mas ao mesmo tempo carregado de emoção. O coração de Seungkwan parecia bater tão alto que ele tinha certeza de que podia ouvi-lo.

Ele fechou os olhos instintivamente, permitindo-se ser levado pelo momento. Seus sentidos estavam completamente dominados. Ele sentiu o leve toque das mãos dela se aproximando de seus ombros, como se buscasse se ancorar. Por reflexo, ele a puxou um pouco mais para perto, a palma de sua mão repousando com cuidado na cintura dela, temendo estragar a perfeição daquele instante.

A neve continuava a cair, cobrindo os dois em um manto branco e suave. A cidade abaixo deles, geralmente tão cheia de movimento e ruído, parecia ter parado. Seungkwan pensou brevemente que talvez fosse mesmo destino, como a crença dizia. Talvez ele estivesse exatamente onde deveria estar.

Quando se afastou ligeiramente, os olhos dela ainda estavam fechados por um breve momento, como se quisesse guardar aquela sensação por mais um segundo. Quando os abriu, encarou Seungkwan com um sorriso pequeno e um brilho tímido, mas encantador, no olhar.

— Espero mesmo que essa superstição seja verdade... — ela repetiu baixinho, enquanto sua voz era quase engolida pelo som da neve ao redor.

Seungkwan ficou ali, encarando-a, sem palavras. O coração ainda corria solto, mas, em meio ao caos interno, ele encontrou a coragem para responder.

— Se não for... — ele começou, a voz rouca e baixa, tentando recuperar o fôlego — a gente inventa a nossa própria.

O sorriso de cresceu, agora mais confiante. Seungkwan sentiu-se tomado por uma coragem súbita, uma necessidade de mantê-la perto, de continuar naquele momento. Mas antes que pudesse dizer algo mais, tomou sua mão e entrelaçou os dedos aos dele.

— Vamos entrar? — ela perguntou, a voz leve e cheia de calor.

Ele apenas assentiu, ainda perdido nos olhos dela, e juntos caminharam para dentro, deixando a neve e a superstição do lado de fora. Porém, em seu coração, Seungkwan sabia que aquela noite seria impossível de esquecer.

☃️☃️☃️

Quando Seungkwan e atravessaram a porta de vidro da sacada, o calor do apartamento os envolveu novamente. soltou a mão dele devagar, mas o toque ainda parecia marcado na pele de Seungkwan, e o sorriso que ela lhe deu antes de se juntar ao grupo o deixou completamente fora de órbita.

Ele observou enquanto era recebida por alguns dos membros, que a incluíram com facilidade na conversa descontraída. O riso dela ecoava pelo ambiente, como uma melodia que ele não conseguia ignorar. Seungkwan ficou ali parado por um momento, como se tentasse absorver tudo o que acabara de acontecer.

Do outro lado da sala, Scoups foi o primeiro a notar a mudança no semblante de Seungkwan. Ele ergueu uma sobrancelha, trocando olhares suspeitos com Jeonghan e Joshua, que estavam próximos. Aos poucos, os três se aproximaram de Seungkwan, que estava perto de uma das mesas, tentando parecer ocupado com uma bebida.

— Você não acha que está parecendo um pouco... diferente? — provocou Scoups, cruzando os braços e olhando diretamente para o amigo.

— Diferente como? — Seungkwan tentou disfarçar, mas sua voz estava um tom acima do normal, denunciando o nervosismo.

— Ah, sei lá... — Jeonghan entrou na conversa, com um sorriso travesso. — Mais... relaxado? Alegre? Ou seria... apaixonado?

Seungkwan quase engasgou com o gole que dava. Ele rapidamente colocou o copo sobre a mesa e olhou ao redor, tentando ganhar tempo.

— Vocês estão imaginando coisas — murmurou, ajeitando o cabelo e desviando o olhar.

— É mesmo? Porque eu tenho certeza de que vi vocês dois entrando juntos agora há pouco — Joshua comentou casualmente, mas com um brilho de curiosidade nos olhos.

— E com as mãos entrelaçadas... — Scoups completou, aumentando o tom de provocação.

— Não era nada disso. só... só queria aproveitar a neve! Vocês sabem como ela é fascinada por isso — Seungkwan explicou, cruzando os braços como se quisesse se proteger das perguntas.

— Fascinada por neve ou por você? — Jeonghan soltou, divertido, enquanto Joshua e Scoups riam.

Seungkwan suspirou e esfregou a nuca, já rendido.

— Olha, não tem nada pra contar, certo? Foi só... um momento. Um momento legal, mas nada além disso.

— Um momento legal que te deixou sorrindo como um bobo desde que entrou? — Scoups rebateu, claramente não convencido.

Antes que Seungkwan pudesse responder, Jeonghan colocou uma mão no ombro dele.

— Relaxa, ninguém vai te julgar por isso. Só queremos saber se tem algo aí. Porque, sejamos honestos, não é todo dia que vemos você assim, meio perdido no mundo.

Seungkwan bufou, mas não pôde evitar um pequeno sorriso ao se lembrar do que tinha acontecido.

— Vocês não vão parar, não é? — ele perguntou, já sabendo a resposta.

Os três balançaram a cabeça em uníssono, e Seungkwan suspirou novamente.

— Tudo bem, nos beijamos e foi especial. Ela é especial, tá? Mas... isso não significa que seja algo a mais.

— Ainda — corrigiu Joshua, piscando.

Seungkwan riu, balançando a cabeça.

— Vocês são impossíveis.

— E você está apaixonado — Scoups brincou, antes de dar um leve tapa no ombro do amigo e voltar para o grupo, seguido pelos outros dois.

Sozinho por um momento, Seungkwan olhou na direção de , que ainda conversava animadamente com os outros. Ele sabia que os amigos estavam certos, mas admitir isso para si mesmo era o primeiro passo — e talvez o mais difícil.

A música vibrava pelo grande apartamento, e o clima descontraído estava no auge. Todos estavam dançando na ampla sala de estar, rindo e se divertindo. dançava perto de algumas das meninas da equipe de staff, sua energia contagiante chamando atenção até dos membros que costumavam ser mais reservados.

Seungkwan, do outro lado, fazia o possível para não olhar diretamente para ela, mas era uma batalha perdida. Cada vez que seus olhos cruzavam com os de , um sorriso involuntário surgia no rosto dele. Era como se o restante do mundo sumisse quando ela estava ali.

Scoups, Jeonghan e Joshua, observando a situação, trocaram olhares cúmplices. Não era todo dia que viam Seungkwan tão desconcertado, e, claro, isso era motivo suficiente para eles intervirem.

— Hora de dar uma ajudinha — murmurou Jeonghan, sorrindo travesso.

Antes que Seungkwan pudesse perceber, sentiu duas mãos firmes em suas costas o empurrando para frente. Ele tentou se equilibrar, mas acabou tropeçando e parando bem à frente de .

Ela arregalou os olhos, surpresa, mas logo abriu um sorriso caloroso.

— Seungkwan! Decidiu se juntar a nós, finalmente? — ela perguntou, divertida, enquanto continuava no ritmo da música.

Seungkwan estava prestes a resmungar algo sobre "amigos intrometidos", mas o sorriso de o desarmou. Ele sentiu seu coração bater mais rápido, e a proximidade entre eles parecia queimar sua pele. Ao fundo, ouviu risadas abafadas e incentivos vindos dos outros membros.

— Você vai só ficar parado aí? Ou vai dançar comigo? — provocou, inclinando ligeiramente a cabeça.

Foi nesse momento que algo clicou na mente de Seungkwan. Talvez fosse a música, o clima, ou simplesmente a magia do momento, mas ele decidiu agir. Sem pensar duas vezes, ele deu um passo à frente, encurtando ainda mais a distância entre eles, e segurou delicadamente o rosto de .

Os olhos dela se arregalaram por um breve instante, mas logo suavizaram. Antes que qualquer um dos dois pudesse hesitar, Seungkwan a beijou.

O beijo foi espontâneo e cheio de emoção, como se ele estivesse despejando todo o nervosismo, os sentimentos reprimidos e as inseguranças naquele momento. A sala pareceu congelar por um segundo antes de explodir em gritos e aplausos.

— Isso aí, Seungkwan! — gritou Hoshi, batendo palmas com entusiasmo.

— Finalmente! — exclamou Jeonghan, erguendo os braços como se tivesse vencido uma aposta.

— Isso é o espírito do Natal! — DK gritou, rindo e puxando outros para dançarem novamente.

e Seungkwan se afastaram lentamente, ambos rindo meio sem jeito, mas com sorrisos que não conseguiam esconder.

— Uau... — sussurrou, ainda encarando-o.

— Eu... só pensei que... — Seungkwan começou, mas foi interrompido quando segurou sua mão e sorriu.

— Que foi perfeito? Porque foi.

Ele sorriu, o alívio e a felicidade estampados em seu rosto.

Os dois voltaram a dançar, agora mais próximos do que nunca, enquanto os outros membros continuavam comemorando e provocando. Para Seungkwan, aquele Natal já era, sem dúvida, inesquecível.

O resto do dia foi repleto de risadas, música e muita conversa. Depois do beijo inesperado, e Seungkwan ficaram mais próximos, trocando sorrisos e olhares discretos enquanto os membros continuavam se divertindo. A festa seguiu com todos dançando, tirando fotos e compartilhando histórias, enquanto as luzes do apartamento criavam uma atmosfera aconchegante e alegre.

Conforme o dia avançava e o sol começava a se pôr, as janelas mostravam a cidade de Seul coberta por uma fina camada de neve. Alguns convidados começaram a se despedir, agradecendo pela hospitalidade e pela companhia agradável.

e Seungkwan também decidiram que era hora de ir. Ambos trocaram agradecimentos calorosos com Hoshi e os outros membros antes de pegar seus casacos e se prepararem para enfrentar o frio lá fora.

Quando chegaram ao carro, hesitou antes de entrar. Ela olhou para Seungkwan, os olhos brilhando como haviam feito mais cedo durante a primeira nevasca.

— Está tarde, mas... será que podemos dar uma volta antes? Quero ver como a neve fica à noite — ela pediu, com uma mistura de entusiasmo e timidez.

Seungkwan sorriu, encantado com o pedido simples, mas cheio de significado.

— Claro. Vamos aproveitar.

Os dois começaram a caminhar pelas ruas tranquilas, agora iluminadas pelos postes e pelas decorações natalinas. A neve caía delicadamente, cobrindo a cidade com um brilho mágico. olhava ao redor, encantada com cada detalhe — as vitrines decoradas, as luzes piscando e as árvores cobertas de branco.

Seungkwan a observava em silêncio, admirando a forma como ela parecia absorver cada momento, como se estivesse vivendo um sonho. A caminhada era lenta, os passos leves, e as palavras entre eles eram poucas, mas carregadas de significado.

Chegaram a um pequeno parque, onde o silêncio era quebrado apenas pelo som da neve sob seus pés. parou por um momento, fechando os olhos e respirando fundo.

— É ainda mais bonito à noite... — ela comentou, olhando para Seungkwan.

Ele sorriu, colocando as mãos nos bolsos para se aquecer.

— É mesmo. Especialmente com a companhia certa.

corou levemente, mas não desviou o olhar.

Eles continuaram andando pelo parque, as mãos quase se tocando enquanto conversavam sobre o dia e as tradições natalinas que cada um tinha. Para Seungkwan, aquele simples passeio pela neve à noite parecia o desfecho perfeito para um dia que ele nunca esqueceria.

☃️☃️☃️

O carro parou suavemente em frente ao prédio modesto onde estava ficando. As luzes da entrada piscavam suavemente, criando uma atmosfera tranquila, mas o coração de Seungkwan estava longe de estar em paz. Ele desceu do carro primeiro, caminhando até o lado dela para abrir a porta. desceu com um sorriso suave, o frio da noite corando levemente suas bochechas.

— Obrigada pela carona — disse ela, enfiando as mãos nos bolsos do casaco.

Seungkwan sorriu de volta, um tanto hesitante. Ele sabia que precisava se despedir, mas algo o impedia de simplesmente deixá-la ali.

— Amanhã você viaja para Busan, não é? — perguntou de repente, virando-se para encará-lo.

Ele assentiu lentamente.

— Sim, bem cedo, na verdade.

Antes que ele pudesse reunir coragem para perguntar se ela queria ir com ele, balançou a cabeça e sorriu, como se já soubesse o que ele estava pensando.

— Ainda não, Seungkwan. Não vamos apressar as coisas, hum? — disse ela suavemente, seu tom cheio de compreensão, mas também de firmeza.

Seungkwan engoliu em seco, o sorriso dele se tornando um pouco tímido.

— Eu só achei que... — começou ele, mas ela levantou uma mão, interrompendo-o com delicadeza.

— Eu vou ficar bem sozinha, não se preocupe. Aproveite seu Natal e o tempo com sua família — disse , com um brilho nos olhos que mostrava que ela realmente queria que ele aproveitasse aquele momento especial.

Ele suspirou, resignado, mas não decepcionado. era prática e sabia exatamente como manter os pés no chão, algo que ele admirava profundamente nela.

— Tudo bem... Mas me promete que vai me avisar se precisar de alguma coisa?

— Prometo — respondeu ela, com um sorriso que tranquilizou o coração dele.

Seungkwan deu um passo à frente e a envolveu em um abraço apertado. descansou o rosto contra o peito dele por alguns segundos antes de se afastar lentamente.

— Boa viagem, Seungkwan, Feliz Natal! — disse ela, com um sorriso que misturava ternura e saudade antecipada.

Ele segurou as mãos dela suavemente, os polegares acariciando as costas delas enquanto respondia:

— Feliz Natal, . E... obrigado por tornar esse ano tão especial.

Os olhos dela brilharam com a sinceridade na voz dele, e sentiu uma onda de emoção inesperada. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Seungkwan inclinou-se ligeiramente, o rosto se aproximando do dela. ergueu o olhar para ele, e o mundo ao redor pareceu silenciar quando seus lábios se encontraram.

O beijo era lento, cheio de significado, um adeus momentâneo que dizia mais do que qualquer palavra. O frio da noite contrastava com o calor que se espalhava entre eles, e ambos pareciam querer guardar aquele momento como uma promessa não dita.

Quando finalmente se afastaram, Seungkwan abriu os olhos devagar, encontrando o olhar de , que ainda parecia perdida na intensidade do momento. Ele sorriu, uma mistura de emoção e timidez.

— Eu... vejo você em breve, .

Ela assentiu, o sorriso voltando aos lábios, embora os olhos ainda carregassem a emoção daquele instante.

— Até logo, Seungkwan.

Ela se virou, caminhando até a entrada do prédio, enquanto ele permaneceu parado, observando-a desaparecer para dentro. Somente quando a porta se fechou atrás dela, ele soltou o ar que nem percebeu estar segurando, antes de entrar no carro.

No caminho de volta, um sorriso tranquilo iluminava o rosto de Seungkwan. A despedida havia sido mais do que ele esperava, e aquela noite ficaria para sempre em sua memória como o início de algo extraordinário.

— Que Natal! — ele sorriu para si mesmo enquanto tamborilava os dedos no volante. — Obrigada Nevasca…


Fim.


Nota da autora: Espero que gostem!

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