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Escrita por Saphire

Revisada por Selene

Última Atualização: Fanfic Finalizada

Eu nunca imaginei que escrever uma carta depois de muito tempo iria ser difícil. Mais difícil do que eu esperava.

Me pego observando o pequeno quarto em busca de inspiração. A cama desconfortável, mesmo que eu não a use; as prateleiras de roupa vazias. É apenas um quarto vazio.

A lixeira ao meu lado, lotada de papéis amassados, por diversas tentativas falhas de escrever uma carta. Olho para o papel em branco na mesa, e nada vem à minha mente, nenhuma palavra.

Olho sua última mensagem para mim na tela do computador. Suspiro, jogando minha cabeça para trás. Eu poderia apenas mandar uma curta mensagem, mas seria total arriscado, estragaria todo o plano que tenho feito ultimamente.

Caminho até a janela, frustado comigo mesmo. Passei todos esses meses trocando mensagens com ela, como agora não consigo escrever a porra de uma carta?

Observo a estrada, o ar denso tomando conta da rua vazia, pouco iluminada pela luz da lua e do pequeno restaurante chinês ainda aberto.

Era exatamente isso que eu procurava.

Ando rapidamente até a mesa, fixo meu olhar no papel em branco. Suspiro novamente ao pensar nas palavras exatas.

Um.
Dois.
Três.

Como raios eu começo?

Certo.

“Olá, . Venho aqui porque preciso dizer a você algo de extrema importância.”

Olho para a carta, relendo a frase diversas vezes. Não. Não. Suspiro, já irritado, passando a mão pelos meus cabelos. Estou sendo muito formal, é como se eu não falasse com ela há décadas. Certo, de novo.

“Hellou,

.

Devo confessar que estou um pouco nervoso. Para ser sincero, sempre fico nervoso quando o assunto é você.

Suponho que deva se lembrar do restaurante chinês, não é? Já que tem uma ótima memória… Perdão por ter demorado tanto para chegar nesse assunto, eu pensei que... que poderíamos nos encontrar finalmente.
Por favor, não ache estranho o fato de eu mandar uma carta quando poderia apenas enviar uma mensagem, é um caso de extrema segurança.

Caso você queira, sabe onde encontrar todas as informações do local.


De: ;)
Para: .”

Reviso a carta diversas vezes, nervoso. Creio que está ótimo, basta apenas entregar a carta aos correios.


Falta dois dias para o encontro, e até o momento não recebi uma resposta, ela realmente não vai vir? A angústia de pensar em ser rejeitado é imensa. Nos últimos dias procurei coisas em que ela goste, flores, doces, acessórios, mas sem nenhum sucesso.

Ando pela rua cabisbaixo, tentando encontrar algo que combine com ela. Paro em frente a uma floricultura, caminho devagar observando cada uma delas, girassóis, rosas brancas, margaridas...

Tulipas amarelas.

Por algum motivo, me faz lembrar dela. Perfeito.


Hoje é o dia.

Totalmente nervoso, por ainda não possuir uma resposta dela. Ela vai vir, tenho plena certeza.

Tomei um banho quente para relaxar, coloquei uma roupa confortável, calça e uma blusa gola alta. Faltava algumas horas, porém queria me certificar de estar tudo certo para que não ocorra nenhum problema.

A cada milésimo segundo ficava angustiado, por pensar em finalmente vê-la, tocá-la, sentir sua respiração perto da minha, beijá-la.

Amá-la.

Observei a estrada pela fresta da janela, o ar o mesmo de sempre, denso. O que me faz ficar ainda mais nervoso.

Dando a hora, me retirei daquele pequeno quarto, com o buquê de tulipas amarelas em mãos. Ao longo do caminho me deparo com diversas pessoas olhando fixamente em minha direção, talvez sejam as flores, talvez estejam se perguntando para onde um cara todo de preto está indo com um buquê colorido em mãos.

Um buquê que nem sei se terei a oportunidade de entregar a ela.

Paro do lado do restaurante, observando cada pessoa que passe pela minha vista, tentando procurar quaisquer vestígios dela. Logo percebo uma mulher de olhos claros, alta, cabelo escuro, usando um vestido curto. Perdida, olhando aos arredores e seguidamente fixando seu olhar em uma carta.

A minha carta.

Sinto a adrenalina correr em meu corpo quando seus olhos se encontram com os meus, ela me olha fixamente, como se já soubesse quem eu sou. Engulo em seco e me aproximo, dando passos lentos.

— Achei que esse dia nunca chegaria. — , por fim, diz, abrindo um sorriso de orelha a orelha, com seus lindos olhos claros sendo iluminados pelo luar.

— Você é ainda mais fascinante pessoalmente. — Olho-a de cima a baixo, lentamente, admirando seus detalhes. Ela estava linda, um vestido vermelho colado junto a uma jaqueta, seu cabelo grande e escuro balançando pela densidade do ar. Deslumbrante.

— Certo. Eu não esperava por isso. — Uma risada escapou de sua boca enquanto passava a mão pelos cabelos. — Eu agradeço, tentei vir com minha melhor roupa para esse grande evento.

— Grande evento? — Soltei um riso nasalado.

— Pra mim é um grande evento. — Cruzou os braços, tentando parecer séria. — Bom, essa roupa combinou com você. É exatamente como eu imaginava o seu estilo. — Lançou seus braços para trás, e a percebi olhando o buquê em minha mão.

— Ah... me desculpe, são para você. — Me aproximei cada vez mais, com o meu corpo quase colado ao seu, e assim, entreguei o buquê. estava paralisada observando as flores cor de verão, engoli a seco, passando minha mão pela nuca. — Eu espero que goste, não sei se é a que você gosta, mas-

— Tulipas amarelas. São as minhas favoritas. — Os seus olhos iluminaram-se, se encontrando com os meus. Uma forte onda de arrepios subiu ao meu corpo, seu olhar intenso, aquele que me prende a cada milésimo de segundo. O seu olhar impecável a cada momento se tornando cada vez mais intenso.

Pousei minha mão sobre seu rosto, macio e delicado, acariciando seu queixo, logo passando meus dedos por seus lábios. Olhei para , de olhos fechados, se aproveitando do meu toque. Por fim, não aguentando mais esperar, juntei nossos lábios em um selinho duradouro.

Pude sentir a mão de sobre minha nuca, seu toque forte como se não quisesse soltar, fazendo meu corpo se aquecer.

Aos poucos nos afastamos, me olha com fervor, uma risada gostosa escapando de seus lábios, me fazendo entrar em êxtase.

— Bom, é... está muito frio aqui fora, podemos entrar? — Sua voz me despertou.

— Hm? Ah, sim! Claro. Vamos. — Segurei em seu braço e fui em direção à porta do restaurante, exageradamente iluminado.

— Podemos continuar mais tarde, quem sabe. — falou, me puxando rapidamente para dentro do restaurante, pude perceber um sorriso lateral crescendo em seus lábios.

Entramos no restaurante, indo direto para uma das mesas vazias no canto da janela.

— Olá, sejam bem-vindos ao nosso restaurante. — Um garçom chegou rapidamente, com um sorriso no rosto, entregando o cardápio. — Que tal dar uma olhada no nosso delicioso cardápio?

— Agradeço. — pegou o cardápio, analisando-o. — Hum... hum... — Virou-se pra mim com o rosto confuso. — Me ajuda.

— Você não sabe o que quer? — Respondi com um breve riso.

— Eu nunca comi essas coisas.

— Você disse que gostava.

— Esqueça isso — sussurrou, me dando um tapinha.

— Haha, certo. Hm.. eu recomendo frango gong bao e dumpling.

— E é bom?

— Se fosse ruim eu não recomendaria.

— Ei! Certo, pra mim pode ser esses dois, por favor! — falou, me entregando o cardápio. — E você? — apontei com o dedo para um dos pratos. — Hum.. e um porco agridoce pra ele!

— Anotado. Mais alguma coisa? — perguntou o garçom. sacudiu a cabeça, negando, e então o garçom se retirou.

— Se essa comida for ruim eu te mato — sussurrou.

— Eu te garanto que não é. — E então o silêncio caiu sobre o ambiente, não era desconfortável, muito pelo contrário, ficar ao lado de era confortável.

— Desde quando gosta de comida chinesa? — quebrou o silêncio.

— Bom... quando eu era criança minha mãe vivia fazendo dumplings, ela amava cozinhar. Lembro que eu e ela fazíamos juntos, era divertido — falei, vendo concentrada em minhas palavras.

— Devo imaginar que realmente era. Como ela está hoje? — Sorriu.

— Hoje em dia ela possui um restaurante — eu disse, me virando totalmente para .

— Ah, sério?! Onde fica esse restaurante? Quem sabe um dia eu passe lá! — disse ela entusiasmada, seguidamente pegando um copo de água.

— É esse aqui. — cuspiu a água com a face surpresa.

— O quê?! Como que você... — falou, limpando a água do seu rosto, não pude evitar soltar um riso. — Ei, não ria! É sério, cadê ela? Ela tá aqui? — Olhou ao redor, procurando por alguma figura feminina.

— Creio que ela não esteja, não precisa se preocupar.

— Você sempre vem aqui? Tipo, pra vê la...

— É a segunda vez que venho aqui, na primeira quando foi inaugurado, eu a vi depois de muito tempo, mas ela não me viu. Foi melhor assim.

— Se ela tivesse te visto, o que você faria? — perguntou.

— Eu não sei... provavelmente fugiria, como sempre fiz. — me lançou um olhar carinhoso.

— Eu aposto que ela iria gostar de ver você. — Lancei um sorriso, assentindo.

Poucos minutos depois o garçom chegou com duas bandejas, a minha e a de .

— Aqui está! Espero que gostem, qualquer coisa só me chamar — disse o garçom, dando uma apertadinha no meu ombro e se retirando logo depois.

— Humm, está com uma cara boa! — olhou para o prato, curiosa.

— Experimente. — então mordeu um dumpling, seus olhos brilharam ao mastigar a comida.

— Nossa! Como eu nunca comi uma perfeição dessa antes?! — exclamou, pegando mais um dos bolinhos. — Você estava totalmente certo!

— Haha, não disse? Experimente o outro prato. — Examinou o prato por cima, pegando um pouco e experimentando. Parou por alguns segundos, fazendo uma expressão confusa, assim comendo mais um pouco.

— Não sei qual é melhor, esse ou o bolinho. Os dois são ótimos! — pegou mais um pedaço.

— Fico feliz que gostou, quer experimentar o meu? — perguntei, empurrando meu prato em sua direção. não hesitou em pegar.

— Hum... você tem um bom gosto pra comida, tenho que admitir. Sua mãe também está de parabéns por esse restaurante. — Soltei um riso com a sua última frase. estava mais concentrada em comer do que em qualquer outra coisa.

— Você quer um dumpling? — perguntou.

— Aceito. — pegou um dos bolinhos, levando em direção à minha boca, mordisquei um pedaço. O gosto do bolinho não mudou, era o mesmo que fazia com minha mãe.

— E aí? — me olhava esperançosa.

— Me lembra infância.

Quase uma hora depois dentro do restaurante, resolvemos ir embora. queria dividir a conta, mas obviamente recusei, ela ficou furiosa, mas não insistiu.

Estava fresco ali fora, a rua estava totalmente vazia e iluminada pelos postes. E lá estava ela, , fazendo carinho em um gato preto, a observei acariciando o animal, seus cabelos balançavam pelo vento, seu sorriso iluminado fazia todo o meu corpo ferver.

— O que faremos agora? — perguntou, soltando o gato.

— Eu não pensei nisso.

— Aquele ali é o hotel que você está hospedado, não é? — falou, apontando pro hotel.

— Correto. Quer ir até lá? — perguntei, desviando o olhar.

— Óbvio! Estou curiosa pra ver seu computador pessoalmente — ela confessou, me puxando em direção ao hotel.

Digamos que meu convite para o hotel não foi na intenção de mostrar o computador.

Adentramos o hotel vazio, com aspecto velho, naquele momento não havia ninguém na recepção, então apenas fui em direção ao elevador. olhava tudo ao seu redor, totalmente observadora.

Chegamos no quarto escuro, não parecia surpresa com o quarto, ela caminhava olhando aos arredores com um sorriso.

— Esse quarto exala Jake. — parou em minha frente.

— Esse Jake é sem graça então — falei, ouvindo um riso escapar de .

— Não achei sem graça.

— Mesmo?

— Mesmo. — Assentiu. — O que é aquilo? — falou, apontando em direção à cama.

— Ah, isso... são quadros — confessei, coçando a nuca.

— Uau. São seus? — se aproximou da cama, apenas concordei com a cabeça. — Não sabia que desenhava.

— É... já faz um tempo. Era meu passatempo preferido quando eu era adolescente, mas depois de tudo acabei deixando de lado, porém sempre carrego esses dois comigo.

— São realmente lindos. Você tem um talento incrível, sabia? — Pegou um dos quadros, observando-o.

— Apenas tinha quando era adolescente. — Me aproximei, pegando o outro quadro. — Lembro quando desenhei esse, estava voltando do colégio e vi um senhor sentado no banco com seu cachorro. Eu achei aquilo muito... fofo, perguntei a ele se eu poderia desenhá-lo e ele aceitou, quando mostrei o resultado ele ficou deveras contente.

— Você fez o dia dele, sabia?

— Duvido muito.

— Quer tentar? — se aproximou, colocando sua cabeça em meu ombro, e apontou pro quadro em minha mão. — Anda, por que não tenta? — Sorriu.

— O que eu deveria desenhar? — indaguei com uma olhada lateral.

— Hm... a janela?

— Janela?

— Paisagem? — Olhou para cima, como se tivesse pensando.

Você. — falei.

— Calma, tô pensando. — Cruzou os braços.

— Posso desenhar você. — sugeri, fazendo se virar para mim.

— Eu?!

— Se quiser...

— Claro que quero! — Seus olhos brilhavam como o brilho da lua. — Onde eu deveria ficar?

— Hm... que tal ali? — Apontei para o pequeno sofá.

— Ótimo. — Foi em direção ao sofá, sentando-se, retirando sua jaqueta, agora com seus ombros mais expostos e o decote mais colado, arrumou seus cabelos e colocou-os para o lado, se deitando um pouco; encostando-se no braço do sofá. Desviei o olhar de , podia sentir todo o meu corpo queimar, ela era deslumbrante e vê la assim me fazia ter enormes arrepios pelo corpo. — Se você continuar demorando eu vou ficar com vergonha.

— Ah, perdi o foco por alguns segundos, me perdoe — admiti, pegando um dos lápis. — Vamos começar.

— Acha que assim está bom? — perguntou sem me olhar, na mesma posição.

— Você está de fato cativante. — falei por fim, começando a fazer os rascunhos de seu rosto, o quarto estava em silêncio, o único som que podia se ouvir era um curto riso de .

Observei-a por alguns segundos, seu rosto estava virado para a parede, com o braço apoiado, o maxilar perfeitamente definido. Seu olhar mais iluminado que o brilho de uma Superlua. Ela era a mulher mais brilhante para qual já olhei, era luz, o tipo de pessoa que qualquer um nota tal presença.

Seu vestido avermelhado estava colado ao seu corpo, suas pernas delicadas à mostra. Era impossível parar de admirá- la. A cada momento que se passava eu perdia ainda mais o foco, vê-la assim em minha frente me fazia ter ondas imensas de adrenalina. Meu desejo de querer agarrá-la aumentava, o desejo de querer beijar seus lábios macios até todo o ar do meu pulmão se esgotar. Poder sentir todo o seu corpo delicado e ardente sobre o meu.

Engulo em seco quando vejo me fitar com os olhos cintilantes.

— O que tanto observa? — perguntou.

Seus detalhes. — falei olho a olho.

— Ei, você quer que eu fique com vergonha... — Um rubor subiu pelo rosto de .

— Vou continuar — falei, voltando a olhar para o papel. virou novamente seu rosto para a parede.

Com certeza eu não iria conseguir continuar, ainda mais ao perceber a alça do seu vestido caindo lentamente e aos poucos revelando um pouco do seu seio. Tento focar no desenho, mas a parte desnuda dela envia uma onda de calor por todo o meu corpo. Arrepios sobem por mim, posso sentir meu rosto esquentando a cada segundo.

Caralho.

— O que foi? — perguntou arqueando a sobrancelha. — Você está desconcentrado.

— Não consigo me concentrar vendo você assim. — revelei.

— Você não precisa terminar. — me olha com um sorriso um tanto malicioso. — Quem sabe depois. — Ela levanta devagar, vindo em minha direção. Me levanto também, soltando o que tinha na minha mão, dou alguns passos à frente, ficando corpo a corpo com . Ela passa sua mãos pela minha nuca, me observando.

— Você quer me enlouquecer. — digo, fazendo rir. Envolvo minha mão pela sua cintura, trazendo seu corpo para mais perto, observo seu belo rosto, passo minha mão pela sua boca e olho para , ela apenas faz um gesto de aprovação com o olhar. Acabo com essa barreira juntando nossos lábios, os lábios macios de se movem lentamente contra os meus.

O beijo aos poucos vai ficando intenso. me puxa ainda mais para perto pela gola da minha camisa. Pego em sua coxa, a puxando para cima, sinto o tecido fino do seu vestido levantar. Com a minha mão em sua coxa, lentamente, deito na cama ao lado.

rapidamente me faz deitar na cama, fazendo com que ela fique por cima. A visão esplêndida que eu tenho é a de ofegante, sorrindo, seu vestido para cima e sua boca um tanto vermelha.

— Pensei que isso nunca passaria da minha imaginação. — digo, analisando seu corpo.

— Então quer dizer que você já se imaginou nesse cenário? — riu.

— Quem sabe. — falei, pousando minha mão em seu pescoço.

Solto um suspiro quando a sinto se mover lentamente para cima e para baixo, causando um atrito gostoso entre nós. Agarro sua cintura e levanto meu quadril, tornando o movimento mais intenso. Ouço um gemido baixo escapar, me deixando desesperado, era quase como se a qualquer momento eu não fosse mais conseguir me controlar. Puxei-a pelo pescoço e iniciei um beijo agressivo e intenso.

Nossas línguas se mexiam em perfeita sincronia. Podia ouvir soltar pequenos gemidos a cada vez que se movia mais. A forma como ela lambia a minha língua e se esfregava no meu pau me deixou no limite. Inverti nossas posições, ficando por cima dela. Parei por um segundo para observá-la, seu peito subindo e descendo ofegante pelo nosso beijo segundos atrás, seus lábios avermelhados e inchados com um leve sorriso ladino, e a forma como ela me encarava… como se esperasse ser devorada por mim… era demais. Passei a mão por todo o seu corpo, até que chegasse a barra de seu vestido, subindo-o até sua cintura e deixando a calcinha exposta.

Grunhi em satisfação, passando a palma da minha mão sob seus glúteos devagarinho, me deliciando com a sensação de tê-la finalmente aqui, entregue a mim.

— Você é linda — murmurei entre um suspiro.

Explorei cada detalhe dela com as minhas mãos. Apertei com força, sentindo sua maciez. soltou um gemido sôfrego, o que me fez sorrir, puxando-a para mim e fazendo meus dedos deslizarem por sua barriga. Devagar, comecei a descer, ultrapassando sua calcinha e encontrando sua parte íntima. Era macia, deliciosa de tocar. O que eu comecei a fazer.

— Jake, você... — começou num suspiro, mas não conseguiu terminar a frase.

Enterrei o rosto em seu pescoço, inalando o cheiro dela e deixando um beijo em sua pele conforme explorava a parte íntima de . Ela começava a ficar molhada. Na esperança de ter mais disso em meus dedos, mergulhei-os dentro dela.

— J-Jake... — ofegou, soltando um gemido alto que me atingiu em meu ponto mais sensível.

Continuei movimentando meus dedos dentro dela devagar, as pontadas abaixo de mim intensificando-se cada vez mais. Eu estava duro demais. Não sabia quanto tempo mais aguentaria.

As pernas de se amoleceram em volta de mim, abrindo-se para que eu continuasse lhe tocando. Aumentei meus movimentos. Ela se mexeu, encostando o corpo contra mim e deixando sua bunda ir de encontro à minha parte de baixo. Um arrepio me atingiu. Mordi os lábios quando a queimação aumentou, acariciando-a até que seu orgasmo chegasse.

— Ah... Jake... — gemeu em um pingo de voz.

Sorri mais uma vez, acariciando-a mais um pouco ali dentro conforme seu corpo se desmanchava em cima do meu.

— Você gostou, meu bem? — sussurrei para ela.

murmurou um ”uhum" quase que inaudível.

Então ela se virou para mim, e imediatamente senti falta do seu calor em meu pênis. Olhei em seus olhos, vendo que, mesmo pela penumbra, ela estava corada, o nariz e as bochechas mergulhados em um tom rosado muito atraente. Seus olhos estavam dilatados para mim, com uma expressão pidonha. Isso só serviu para me deixar ainda mais duro. mordeu os lábios, e notei que ela erguia sua calcinha. Estava prestes a perguntar se havia algum problema quando subiu em cima de mim, me deixando de costas sobre a cama e pegando no cós da minha calça, desabotoando-a.

— Agora é a minha vez — ela disse baixinho.

Outro arrepio me atingiu.

Com cuidado, desceu a minha calça e colocou a mão sobre o meu pênis, me fazendo engolir em seco para me controlar. Fechei os olhos, erguendo o pescoço num ato inevitável, conforme sentia puxar minha cueca para baixo e colocar sua mão macia sobre a minha glande.

Eu estava duro como nunca. Porra. Acho que nunca havia sentido tanto tesão na vida. Nunca havia vivenciado sensação tão boa quanto a de sua mão em meu pênis.

Eu poderia viver assim eternamente. Sabia que a visão de tê-la em cima de mim ocuparia as minhas fantasias de forma ainda mais real agora. E, caramba... acho que eu faria de tudo pra vê-la gozar em meus dedos todos os dias.


Já estava acordado há algum tempo, mas me recusei a abrir os olhos enquanto me sentia ser observado por . Não estava tentando fugir dela, claro, estava apenas tentando processar o que aconteceu na noite anterior, e toda vez que pensava nisso podia sentir meu rosto esquentar.

— Eu sei que está acordado. — Ouço sua voz, ainda sonolenta. — Você não sabe disfarçar as coisas muito bem, sabia disso? — Ela se aproxima, aconchegando sua cabeça no meu ombro.

— Você me pegou. — falo, me virando para , sem saída. Quando enfim me viro, me deparo com a visão mais esplêndida que um ser humano pode ter. Ela estava linda, como sempre, seus olhos grandes iluminados logo se encontraram com os meus, como se tivéssemos tantas coisas a dizer um ao outro, seu cabelo estava preso em um coque bagunçado. Perfeita. Incrível. Apaixonante.

— Como está se sentindo? — diz, apoiando seus braços no meu peitoral.

— Acho que nunca dormi tão bem na minha vida. — Passo minha mão pelos seus cabelos, fazendo leves cafunés. — Me sinto leve.

— Posso ser seu calmante. — me olha com um sorriso um tanto malicioso. — Como um chá de camomila. — Ela vai se aproximando aos poucos do meu rosto.

— Tem certeza disso? — digo, olhando em seus olhos e depois para os seus lábios.

— Claro. — solta um breve riso, juntando nossos lábios em um beijo longo e calmo.

Eu amava beijá-la. Sem dúvidas seus lábios haviam se tornado minha coisa favorita no mundo. Eu nunca queria parar de beijá-la, mas nesse momento, havia algo que precisava ser dito.

... — murmurei entre o beijo. — Eu preciso te dizer algo.

Ela parou o beijo e levantou a cabeça, o suficiente para conseguir olhar no fundo dos meus olhos. De repente, me sentia nervoso. Falar aquilo por mensagem era completamente diferente de ter a oportunidade de dizer olhando em seus olhos. Era tão intenso que eu mal conseguia me lembrar de como respirar. Sua expressão tão relaxada acabou se tornando uma expressão de dúvida diante do meu silêncio. Eu não queria que ela se sentisse assim, ela não deveria. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, eu disparei:

— Eu te amo, — disse enquanto prendia a respiração e analisava sua reação.

Sua expressão se suavizou na hora e ela abriu um sorriso, quase como se estivesse envergonhada, e selou seus lábios nos meus.

— Eu te amo, Jake. — Seu sorriso aumentou, como se estivesse aliviada. — Você é realmente péssimo para expressar seus sentimentos.

Soltei uma risada, aliviado. É, eu realmente era péssimo, mas ela não tinha ideia de como deixava as coisas mais fáceis para mim.

Me inclinei, beijando seus lábios novamente. Onde havíamos parado mesmo?

— Eu realmente acho que você é meu calmante — murmurei entre o beijo. — Nesse caso, acho que preciso testar isso mais uma vez.

— Você é tão sem vergonha. — ri, soltando uma risada nasal.

Nossos corpos se separam brevemente, com se posicionando em cima de mim, ela se inclina, me beijando intensamente enquanto solta gemidos calmos e baixos. Quando os nossos lábios se separam, vejo me olhando ofegante, com o seu corpo delicado subindo e descendo. Eu poderia ficar pra sempre aqui, a observando, cada ponto do seu corpo, seus cabelos, seu olhar, seus detalhes.

Então se aproxima e sussurra:

Como você quiser, Donfort.


Continua...


Nota da autora: Fim da One!!

Agradeço a quem leu e por favor, se puder deixe o seu feedback lá no meu Instagram. Caso seja do seu interesse, tenho outros projetos em andamento e mal posso esperar para trazer mais histórias!

Beijos da Saphire ;)


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