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Revisada por: Saturno 🪐

Última Atualização: Agosto/2024.

Hunt you like a savage
(Caçar você como um selvagem)


Meus saltos batiam contra o chão com certa força enquanto eu caminhava com um destino certo, sem desviar das pessoas, elas que saíssem da minha frente. E elas saíam mesmo. Talvez fosse por causa do meu olhar, ou, quem sabe, da minha postura intimidadora totalmente chamativa de andar, com passos firmes e queixo erguido. É, eu não olhava para baixo e nem para os lados, a não ser que algo chamasse muita atenção. Como agora, achando exatamente o que eu queria.
Um homem, que olhava as pessoas passando. Ele estava encostado no capô do carro. Suas roupas me diziam que ele era dono daquele lugar, o rei mesmo, porque aquele ouro em seu pescoço não era falso, muito menos as pedras que faziam parte de seus anéis, que compunham aquela mão bonita. Suas botas de bico fino com uma biqueira de ouro na ponta e muito bem engraxadas me diziam que alguém deveria ter polido o couro delas com a língua. Já seus olhos , indicavam estar caçando alguém, provavelmente uma garota gostosa para foder, que obviamente não seria eu, porque meu negócio era um pouco diferente do habitual.
!
A voz de me fez virar o pescoço para olhá-la, vendo minha amiga se aproximar com um sorriso.
— Pensei que tinha arranjado algo de mais interessante para fazer — brincou.
Sorri de lado com aquilo.
— Eu até tentei — rebati, fazendo a garota rir. — Quem é o gângster? — perguntei, me fazendo de sonsa, inclinando de leve a cabeça na direção do cara, para que soubesse de quem eu falava.
Eu sabia quem ele era, mas eu precisava fingir um pouco.
— Está falando do St. Jimmy? — Virou seu rosto bruscamente. Nem para disfarçar.
— Não sei. Esse é o nome dele? — Segurei o riso em minha garganta.
Então resolvi fazer o mesmo, dando de cínica. Se era para olhar, vamos olhar.
— É, o cara das joias.
— É o St. Jimmy mesmo. O nome dele é . Ele é o chefe do tráfico da região.
Ergui uma sobrancelha sobre aquilo, fingindo estar chocada. Era ele mesmo que eu queria.
— E também comanda outras coisas.
Fiz um pequeno bico, enquanto ouvia minha amiga falar sobre o cara, parecendo que sabia tudo sobre, até mesmo a cueca que estava usando hoje.
— Por que chamam ele de St. Jimmy?
Continuei com os meus olhos naquele homem, que, diga-se de passagem, era uma delícia. Ele estava distraído, olhando ainda as pessoas passando à sua frente, com até mesmo certo descaso no olhar.
— Não sei. É como ele se apresenta. Dizem que ele não gosta do nome de batismo.
riu fraco, me fazendo encará-la, tentando achar a graça.
— Jimmy é horrível, acho bem mais agradável...
St. Jimmy tinha uma placa bem grande de perigo pendurada em seu pescoço, mas isso não me intimidava nem um pouco. Queria chamar sua atenção, e era isso que eu faria. Estava afim de me divertir e sentir um pouco de adrenalina correndo em minhas veias àquela noite.

, aonde você está indo? — soltou alto o suficiente para que eu ouvisse agora, mesmo de longe.
As pessoas me olhavam agora com certa surpresa por ver para onde eu estava indo, e isso só me fazia querer rir. Acho que o St. Jimmy assustava mesmo os outros. Uma pena, não é mesmo? Eu nunca fui muito uma pessoa de ter noção, mas a falta dela me fez chegar aonde estou hoje em dia, então estava ótimo.
Parei na frente do homem e o olhei de cima embaixo. Suas sobrancelhas se uniram, entendendo absolutamente nada. Então olhei por cima de seu ombro, encarando o Maserati do ano, preto com dourado. Sorri de lado minimamente, já virando e indo para a lateral do carro, e passando meu indicador pela lataria muito bem polida, deixando a ponta da minha unha arranhar ela de leve.
— Gostou? — perguntou.
Seu sotaque era forte, mostrando que não era dali. Britânico ou francês, quem sabe italiano, não sei ao certo, nunca fui boa com sotaques. Não o olhei, só vi que se aproximava pela minha visão periférica.
— É, bonitinho. Isso anda? — rebati, passando a língua em meus lábios lustrosos tingidos de vermelho.
Pude ouvir a risada fraca de , que já estava parando ao meu lado.
— Posso te mostrar se quiser. — Tinha um tom bem sexy em sua voz.
Coitado.
— Quero. — Então estendi minha mão em sua direção, o olhando agora. — A chave, garoto — pedi, abrindo e fechando meus dedos.
— Você não vai dirigir meu carro. — Uniu as sobrancelhas ao pronunciar tais palavras que me fizeram rir.
— Iria ferir seu ego uma mulher colocando a mão no seu volante? — Ergui uma sobrancelha com um sorrisinho no rosto. — Vamos, não seja um menino mimado. Posso deixar que sente no banco do carona se for comportado.
— Quem você pensa…
Meu indicador tocou seus lábios, indicando que ele deveria ficar caladinho. Logo em seguida, sua mão bruta segurou meu pulso com força, me incomodando demais aquele contato.
— Não se atreva a me tocar — rosnou irritado, jogando minha mão para longe dele.
— Ops, acho que já toquei. — Dei uma piscadinha, rindo fraco. — Sempre soube que muito dinheiro fazia o pau encolher.
A ponta da minha língua ficou rodeando meu incisivo com meu sorriso mais aberto agora.
— O que você quer? — perguntou claramente irritado, doido para me enfiar em uma cova rasa.
— Queria dar uma volta no seu carrinho, mas já desisti. Perdeu a graça — disse, jogando meu rabo de cavalo quase em seu rosto e saí andando, me desviando de .
estava parada ao longe, com cara de quem tinha visto o próprio diabo plantado em sua frente. Aproximei dela e sua mãozinha pegou a minha e saiu me tirando daí, me obrigando a dar passadas curtas e rápidas para acompanhá-la. Assim que parecia estarmos fora de vista do , minha amiga parou e se virou, me encarando.
— O que você pensa que estava fazendo? Ficou doida de vez?
Aquilo só me fez rir, vendo a garota toda nervosinha.
— Oswald não vai te proteger do St. Jimmy se ele quiser fazer algo contigo.
Ozzy, meu velho marido, realmente não poderia me proteger ali naquele território, mas eu sabia me cuidar sozinha.
— Ele não vai fazer nada comigo, relaxa. — Joguei uma mecha de cabelo dela para trás de seu ombro. — Ozzy nem precisa saber que estive aqui. — A olhei de forma bem sugestiva.
— Mas ele vai saber se você aparecer em um saco preto — alertou.
Tudo o que fiz foi rir de novo.
— Você está nervosa demais. Vem, vamos procurar algo para beber. — A puxei pela mão para que entrássemos na enorme mansão.
O lugar era enorme e estava tão lotado quanto o lado de fora. Tinha umas mulheres nuas dançando em pole dance em plataformas altas, e outras fazendo aquela dança com tecidos que vinham presos do teto, eu não sabia o nome daquilo. Tocava uma música sensual que eu não fazia ideia de quem estava cantando, mas dava vontade de mexer meu corpo lentamente junto à batida.
Paramos em um dos bares onde os bartenders faziam uns malabarismos com as coqueteleiras, além de serem gatos demais. Apoiei meus cotovelos no balcão, esperando qualquer um deles vir me atender, até que um moreno extremamente gato e sexy veio até o meu encontro.
— O que você deseja? — perguntou. A sua voz rouca deliciosa me arrepiou.
— Você nu na minha cama com alguém, mas seria pedir demais no momento. Porém, quero um sex on the beach no momento. E, se possível, o seu número — pedi, vendo que aquilo só tinha feito com que ele sorrisse de um jeito safado.
— Sério, como você consegue essas coisas?
estava ao meu lado, me encarando de forma chocada.
— Se eu falasse isso para um bartender, ele iria rir da minha cara.
— O lance está no jeito que você fala, não o que você fala — contei a ela o grande segredo da coisa toda, como se já não soubesse daquilo. — E no olhar também. — Lhe dei uma piscadinha.
Minha amiga rolou os olhos.
— Sinceramente, nunca vou entender — bufou, parecendo contrariada.
Eu ri daquilo e até iria responder, mas minha linha de raciocínio foi cortada quando senti um corpo atrás de mim. Meus olhos desceram rapidamente para as mãos que me cercavam agora no balcão, reconhecendo os anéis na mesma hora.
Sorri.
Acho que eu tinha conseguido a atenção do St. Jimmy.
O seu ar bateu na curva de meu pescoço, indicando que seu rosto estava bem perto da minha pele, sentindo como meu perfume doce era gostoso, certeza.
— É muito atrevimento seu vir ao meu território sem ser convidada e ainda se aproveitar da minha festa — sussurrou em meu ouvido.
Aquilo me arrepiou, mas isso não me abalou.
— Não sei do que está falando — rebati de forma divertida.
me olhou, achando que eu estava falando com ela, então seus olhos se arregalaram vendo ali. Pisquei para ela, dando um sorriso de lado. Logo senti o corpo do sujeito que estava atrás de mim me empurrar de leve contra o balcão, indicando que não tinha gostado nada da minha resposta, mas se afastou um pouco em seguida, me deixando aliviada com aquilo.
Umedeci meus lábios, os sentindo levemente secos. Até que o bartender gato voltou com meu drink e um guardanapo com seu número. Coloquei entre os meus peitos. O olhar do barman ficou um pouco estranho quando viu o seu patrão me cercando como se eu fosse uma ovelhinha. Sorri para ele, que apenas assentiu com a cabeça e saiu andando para atender outras pessoas.
— Você está assustando as pessoas. Se afasta — mandei, já pegando meu sex on the beach e dando um gole.
não se afastou em nada e isso me incomodou, porque seu corpo estava quase tocando o meu.
— Hm, delicioso. Quer? — ofereci para ele, já que tinha enguiçado ali atrás de mim.
— O que você quer? — questionou.
Apenas dei de ombros, bancando a sonsa.
— Você sabe que as mãos do velho Ozzy não podem te alcançar aqui.
Não me surpreendeu em nada ele ter descoberto de onde eu era.
— Talvez eu não queira as mãos dele em mim — respondi.
Me virei de frente para , pegando o canudo de papel da minha bebida com a minha língua, o enroscando com ela.
— Talvez eu só queira me divertir. — Ergui uma sobrancelha, bebendo do meu drink e olhando em seus olhos, que não pude identificar a cor por causa da luz vermelha.
— Jeito perigoso de se divertir — disse, me olhando de volta nos olhos.
Eu podia ver até mesmo sangue escorrendo por eles de tão assassinos que me encaravam.
— Posso te dar muita diversão se você quiser. — Chegou com seu rosto perto do meu.
Eu ri daquilo.
— Não quero ficar com você, . — Deixei seu nome sair pelos meus lábios de forma arrastada, vendo que agora tinha mudado totalmente o jeito que me olhava. — Mas você pode fazer parte da minha diversão.
— E como ela seria? — quis saber, mas não se afastou.
Seus lábios quase tocaram os meus quando se moveram.
— Me deixe ver você transando com alguém — contei, sentindo meus olhos brilharem enquanto eu colocava o canudo da minha bebida entre nossos lábios, tomando mais daquele líquido doce.
ficou me olhando por alguns segundos antes de rir fraco.
— Estou falando sério. Voyeur. Nunca experimentou? — perguntei, vendo como agora ele tinha entendido que eu realmente falava sério. — Você é gato e aposto que é gostoso. Seria uma delícia te ver fodendo loucamente com alguém. Você escolhe, não me importo se for com outro homem ou uma mulher.
— Você é louca, sabia?
Sua indignação me fez rir, não seria a primeira e nem última vez que alguém me falava aquilo.
— E por que não se junta a nós na cama?
— Transar com alguém não me excita. — Dei de ombros, não me importando com nada daquilo.
— E me escolheu por quê? — Seu olhar estava curioso sobre mim agora.
Sorri de lado.
— Isso é um mistério. — Levei meus lábios até seu ouvido e sussurrei tais palavras. — Você aceita? — perguntei, deixando a ponta de meu nariz passar por sua orelha de leve.
— Você vai se tocar enquanto observa?
Ri fraquinho.
— Talvez. Depende se me der vontade na hora — respondi com sinceridade.
— Vou pensar no seu caso — disse, por fim, e se afastou de mim, já se virando de costas e indo embora.
— O que... O que... O que você falou com ele? — parecia estar se engasgando do meu lado perguntando aquilo. — Ele ia te beijar, amiga! Por que você não o beijou? Por Odin! Eu não te entendo!
— Às vezes nem eu entendo. Se um dia conseguir, me conta.
Dei um tapinha em seu ombro e saí andando para um lugar que desse para dançar agora. Parei onde achei espaço suficiente para nós duas dançarmos sem que fosse muito apertado por causa da quantidade gente que tinha naquele lugar. O canudo estava entre meus lábios enquanto meu corpo se movia de forma lenta de um lado para o outro, fazendo meu rabo de cabelo volumoso balançar de um lado para o outro. Minhas unhas longas batiam no vidro do copo como se tocasse as notas da música que ecoava pelo lugar. Passei a mão em minha nuca, apertando de leve, não pensando em nada, apenas deixando o som entrar em meu corpo e o eletrizar do jeito que quisesse.
Ficamos aí por muito tempo, dançando, indo no bar, pegando mais bebidas e voltando. Aquela noite até que estava sendo agradável e eu tinha conseguido o que queria, então iria aproveitar.
Fechei brevemente meus olhos, deixando meus lábios entreabertos, e nisso senti alguém tocando minha cintura. Abri meus olhos, vendo um cara, o qual não fazia ideia de quem era, agora dançando entre mim e . O olhei por inteiro. Ele era bonitinho, mas o fato de ter me tocado não me permitiu gostar dele. Eu tinha um leve problema com toques em meu corpo, ainda mais sem a minha permissão. Então isso me fez dar um passo para trás, abrindo espaço para o sujeito sair dali.
Ele me olhou sem entender nada.
— Você está me atrapalhando a dançar — avisei, para se tocar logo e dar o fora.
Em vez de sair dali como um cara consciente faria, ele apenas pegou minha cintura com certa brutalidade, pronto para me arrastar para perto dele, mas não deixei que tivesse tempo para isso e lhe dei uma bela joelhada no saco, fazendo com que se curvasse para frente.
O empurrei para o lado para que saísse dali, só que sua mão bruta pegou meu pulso com força, então automaticamente joguei minha bebida em sua cara.
Abusado!
Isso fez com que pegasse meu pescoço com força e já soltei o copo, deixando que caísse no chão e se espatifando em vários pedaços. Senti os cacos até mesmo rebaterem contra a pele de minha perna. Rapidamente, meus dedos puxaram a lateral da minha saia jeans para cima, me permitindo pegar o canivete pequeno que eu tinha escondido ali. Apertei o botão para sua lâmina sair e toquei com sua ponta exatamente onde ficava a carótida do homem, que agora me olhava com certa surpresa. estava parada ao meu lado, com sua típica cara assustada. Ela ainda não tinha se acostumado comigo depois de tantos anos?
— Garota errada, benzinho — disse, mostrando que eu não tinha receio algum de afundar aquela merda em seu pescoço.
Ele não falou nada, apenas me soltou. Seus olhos viram algo atrás de mim. Então me empurrou de leve para trás. Antes de abaixar meu canivete, virei meu rosto, espiando por cima do meu ombro, vendo o St. Jimmy bem ali, parado, com seu olhar assassino.
Sorri.
Então voltei a encarar o cara na minha frente e tirei a lâmina de seu pescoço.
— Sua…
Ele ia começar a falar algo, mas a voz de invadiu nossos ouvidos.
— Cale a boca, antes que eu atire na sua cara — ordenou em um tom bem rude.
Eu gostei bastante daquilo.
— Acho que é hora de dar tchau — falei com o sujeito, acenando com a mão para ele sair logo dali.
Foi isso que fez, sem falar nada. Me virei, olhando para o St. Jimmy agora.
— Obrigada, mas estava tudo sob controle — agradeci, o olhando de baixo, já que, mesmo com salto, ele ainda era mais alto do que eu.
— Eu percebi — soltou em tom de ironia.
Ergui uma sobrancelha.
— Ainda está querendo se divertir?
— Sempre quero me divertir. — Sorri abertamente para ele.
Olhei para a , já levando meus lábios até o ouvido de minha amiga.
— Vou brincar um pouco. Não precisa me esperar — avisei.
Os olhos da minha amiga se arregalaram.
— Toma cuidado — pediu.
Apenas assenti. Dei um beijo em sua bochecha.
Virei e ergui minha mão até a altura de minha cintura, esperando que a pegasse. Ele a olhou por um instante antes de pegá-la. Então me guiou por entre as pessoas daquela festa, que nos olhavam agora como se fôssemos celebridades. Tinha ciência de que alguns ali deveriam saber quem eu era, mas St. Jimmy era o dono da festa, e vê-lo comigo atraía muita atenção.
Isso me fez sorrir.



I see a red door and I want it painted black
(Eu vejo uma porta vermelha e quero pintá-la de preto)


Subimos as escadas lentamente, conforme as pessoas iam abrindo espaço para que nós passássemos. Estávamos carregando os olhares de todos no nosso caminho, era o que eu sentia, e isso fazia meu corpo esquentar, juntamente a um arrepio que subia pela espinha. Eu não olhava para os lados, apenas para frente, com a cabeça erguida e o queixo levemente levantado.
Às vezes, virava o rosto e me permitia ver seus olhos intensos invadindo os meus de forma que parecia enxergar minha alma, e, naqueles segundos, o ar ficava preso dentro dos meus pulmões. Era como se ele pudesse ver minhas verdadeiras intenções ali, mas aquilo não me intimidava ou me fazia parar.
Eu iria até o final.
Chegamos a um corredor que tinha uma iluminação verde escura. Ali não estava cheio como lá embaixo. Algumas pessoas estavam apenas conversando, fumando e bebendo, e outras se pegando, se escorando pelas paredes e móveis, sem tempo a perder, algumas até mesmo transando ali mesmo, sem se importar com os demais ao redor. Meus olhos captavam aqueles corpos, sentindo o tesão me tomando. Senti a mão de apertando a minha, indicando que eu não deveria olhar para eles, o que me fez estreitar os olhos de leve em sua direção.
Ciumento? Talvez.
Então paramos quando chegamos a uma porta de madeira tão escura quanto a noite. Senti a adrenalina correndo em minhas veias, ansiosa para entrar logo ali, enquanto eu respirava fundo e apertava a mão de St. Jimmy para que abrisse logo a porta e começássemos aquilo.
Porém nada aconteceu, e isso me fez erguer a cabeça para olhar seu rosto, tentando entender o motivo da demora.
— Quero que olhe dentro dos meus olhos o tempo todo, ou eu vou parar na hora e você não terá mais sua diversão.
Reprimi meus lábios com seu pedido.
— Então me prenda com eles — rebati, erguendo as sobrancelhas.
Fiquei olhando dentro dos seus olhos intensos, que agora quase não podiam ser vistos por conta de suas pupilas fortemente dilatadas.
— Não serão só eles que irei prender.
A sua resposta fez meu corpo esquentar e uma parte da minha mente se acendeu em alerta também. Eu sabia que ele poderia estar falando aquilo de forma literal, já que eu era casada com Ozzy e poderia me usar como barganha para algum dos seus negócios, mas me mantive ali, o encarando com um olhar desafiador. Eu nunca fui de recuar e agora não seria diferente.
— Iremos ver — o desafiei, deixando meus olhos mais intensos nos seus.
Um pequeno sorriso apareceu nos lábios de St. Jimmy, e eu olhei para ele por um momento bem curto, antes de voltar a fitar seus olhos, que tinham um toque de malícia. Não queria negar, e não iria, eu gostei disso. Fazia meu corpo desejar dar o próximo passo, o qual poderia ser simplesmente para a minha morte.
Finalmente, abriu a porta do quarto, que tinha uma iluminação rosa bem gostosa que oscilava para vermelho e depois voltava para o rosa. Meus olhos captaram uma mulher de pé na janela. Ela tinha um corte de cabelo curto, na altura do queixo, reto e com franja, os fios eram tão escuros quanto a porta do lugar, a qual fechei atrás de mim. Tinha um belo divã de frente para a cama, que ficava posicionada exatamente no meio do quarto enorme, com sua estrutura de ferro que fazia parecer um enorme cubo. Umedeci meus lábios novamente, os sentindo secos, assim como minha boca, em pura ansiedade.
me olhou e eu fiz o mesmo, dando um pequeno sorriso. A mulher se aproximou de nós em passos lentos. Ela vestia um vestido preto e longo, que deslizava pelo chão. O tecido era fino e leve, mostrando que não tinha nada em seu corpo além dele, pois marcava os bicos de seus seios e as curvas de seu quadril. A mulher parou na nossa frente e tocou o rosto de St. Jimmy, o puxando suavemente para ela, então o beijou. A mão dele soltou a minha. Fui dando uns passos para trás até sentir o divã batendo em minhas pernas, sem que eu perdesse um segundo daquela cena gostosa. Me ajeitei ali, deixando minhas pernas cruzadas e apoiando a lateral do meu tronco na guarda lateral do estofado.
pegou a bunda da mulher com vontade, fazendo o tecido do vestido se encolher em sua palma. Meu olhar subiu pelo corpo da mulher até encontrar os olhos de St. Jimmy, que me encaravam de forma intensa. Aquilo me fez respirar fundo e apertar de leve minhas coxas uma contra a outra. Ele a beijava com fervor, enquanto suas mãos a pegavam com brutalidade. Com isso, mordi meu lábio inferior, deixando a carne deslizar pelos meus dentes vagarosamente, vendo as mãos dele agora, de forma sutil, o que era bem contraditório, passarem pela alça fina do vestido dela, o fazendo deslizar pelo seu corpo até cair no chão, deixando seu corpo totalmente escultural à mostra.
As mãos da mulher abriram o restante dos botões da camisa de e a empurraram para trás, fazendo a peça ficar presa nas dobras de seus braços, revelando seu corpo gostoso e com cicatrizes que me fizeram babar. Ele soltou a mulher apenas para tirar sua camisa de vez. Quando voltou a pegá-la, puxou ela para cima com suas mãos fortes, apanhando a bunda volumosa dela e o cabelo em sua nuca, fazendo os fios se enrolarem em seus dedos, a beijando com ferocidade, dessa vez fechando seus olhos.
St. Jimmy caminhou até a parte de trás da cama, empurrando os travesseiros com as pernas e deitou a mulher ali, beijando todo seu corpo, alisando, apertando, chupando sua pele e a mordendo, fazendo ela gemer baixinho enquanto jogava sua cabeça para trás, principalmente quando abocanhou um de seus seios fartos com extrema vontade, enquanto sua mão apertava o outro, até descer. Pelo gemido mais forte que ela deu, certamente havia a invadido com os dedos, o que fez minhas coxas se apertarem mais uma contra a outra, sentindo como elas estavam ficando quentes, me fazendo até respirar mais forte.
— Vai, pega ela com vontade. — Meus lábios se moveram de forma muda.
Mas os olhos dele pareciam ter lido meus lábios. Os seus deslizaram pelo peito da mulher, fazendo o bico dele escapar, voltando a aparecer molhado e bem duro. Lambi meus lábios, puxando um pouco de fôlego com a imagem, deixando meus olhos se fixarem nos de , tão intensos dentro dos meus. Engoli em seco quando suas mãos pegaram as coxas da mulher, as abrindo, e ele se abaixou entre elas, deixando seu rosto na altura de seu ventre e descendo, lambendo agora, tirando um gemido gostoso dela. Respirei bem fundo com aquilo, sentindo que estava começando a ficar molhada, e apertei ainda mais minhas coxas, segurando o estofado do divã.
Então ele começou a chupar a mulher com vontade, olhando dentro dos meus olhos, me deixando cada vez mais excitada com aquela cena, sentindo os gemidos dela me invadindo como se pudesse sentir a língua de fazendo aquilo comigo, deixando meus batimentos mais fortes e causando calor em meu corpo. O rosto dele subia e descia em movimentos precisos, até que se afundou mais entre as pernas dela, arrancando gemidos mais fortes da mulher, que se retorcia de prazer na cama. Minha calcinha começou a ficar molhada com aquilo.
Céus, estava uma delícia.
Estava quase deixando meus dedos invadirem minha saia e me penetrarem, mas não ia fazer isso, não agora pelo menos, precisava de mais, tinha que chegar ao meu limite para fazer tal coisa.
— Eu vou gozar, Jimmy — a mulher avisou, gemendo alto, jogando a cabeça para trás, pegando os lençóis e os puxando com certa força. — Jimmy! — arfou mais alto.
não parava, continuava a chupá-la com ferocidade, e isso fazia minha respiração até mesmo falhar.
Não, pare.
Pedi com o olhar, sentindo como eu estava ficando cada vez mais molhada com aquela cena na minha frente. A mulher arqueou a coluna em prazer antes de se soltar no colchão, tomando fôlego por ter se desfeito na boca do St. Jimmy.
Mordi meus lábios com aquilo, os soltando e fazendo um bico, respirando agora como se tivesse acabado de emergir de um mergulho profundo. Lambi meus lábios, sentindo minha boca muito seca. Eu precisava beber agora.
Levantei daquele divã, percebendo que tinha sido um erro quando senti que minhas pernas estavam trêmulas por causa da pressão que fiz nelas antes. Então, parei por um instante, segurando a guarda do estofado, fechando meus olhos rapidamente e os abrindo, sabendo que agora precisava dar uns passos mais firmes. E foi isso que fiz em seguida, indo até um balde que tinha champanhe. Segurei o pescoço da garrafa, a puxando para fora do gelo, sentindo como até minhas mãos estavam trêmulas. Tive que colocar a garrafa dentro do balde de volta para que não caísse e quebrasse. Tirei o rótulo de alumínio de sua tampa rapidamente e tentei puxar o arame que a envolvia, mas meus dedos escaparam.
— Precisa de ajuda? — a voz rouca e extremamente sexy de soou em meu ouvido, me deixando arrepiada.
Seu corpo encostou no meu, me fazendo sentir sua ereção bem dura contra minha bunda. Joguei meu corpo para frente e apoiei minhas duas mãos sobre a mesa para que ele desencostasse de mim, mesmo que agora eu tivesse perdido todo o espaço que tinha antes, até para me virar se fosse preciso. Não era bom ter um gângster atrás de mim daquele jeito. Aquilo podia acabar de um jeito terrível.
— Não me encosta, por favor — pedi, em voz baixa, tentando ser educada com ele, sabendo que qualquer palavra errada poderia dar merda.
— Algum problema nisso? — perguntou, mas também não me encostou como antes.
— Eu não gosto que me toquem, só isso — avisei, abaixando um pouco a cabeça e tentando não imaginar aquele homem atrás de mim com aquele pau extremamente duro. — Não é nada pessoal — garanti.
— Aconteceu algo para isso? — quis saber, já dando um passo para o lado e pegando a champanhe, a abrindo com agilidade.
— Gosto de ter controle do que acontece com meu corpo — respondi, dando um sorrisinho fechado.
Então peguei a taça e a ergui para que ele pudesse me servir.
— De parar na hora que eu quiser — continuei.
Meu olhar subiu até encontrar o dele, que desviou em seguida, olhando para a taça que estava em minha mão, a enchendo.
— Obrigada.
Dei um gole generoso e peguei a garrafa depois que ele se serviu.
— Não pararam na hora que você quis?
Sua pergunta me fez virar e sair andando, voltando para o divã.
— Você já acabou? — mudei de assunto, olhando para a mulher deitada na cama, ainda se recuperando do orgasmo que teve.
riu fraco, atraindo a atenção dos meus olhos. Apenas bebi mais um pouco do meu champanhe, esperando pelo restante do show. Seus olhos estavam em mim e ele tinha um jeito meticuloso, como se estivesse olhando cada detalhe meu ou pensando no que tínhamos acabado de conversar, tentando descobrir o que havia por trás das minhas palavras. Aquilo poderia incomodar muita gente, mas não me incomodou. Gostei de como ele fazia aquilo, era como se estivesse me decorando e desvendando. Ele não iria conseguir descobrir nada mesmo. Apenas deixei que ficasse me olhando. Se era aquilo que desejava fazer, pois era tudo que conseguiria de mim, só me olhar e nada mais. Não era nada pessoal, eu fazia isso com todos. Ninguém conseguia se aproximar de mim, pois não permitia tal coisa.
Eu era a rainha intocável.
Era assim que Ozzy me chamava. Ele gostava de usar isso para fingir que tinha domínio sobre mim, como se fosse por causa dele que eu não deixava as pessoas me tocarem, usando um papel com nossos nomes assinados para se vangloriar de que eu era sua. Eu não era dele e nem de ninguém. Às vezes, nem eu mesma era dona de mim, quem dirá uma pessoa. Porém Ozzy sabia disso lá no fundo, mas por vezes fazia questão de esquecer, e eu não me importava também, afinal, era ótimo para os negócios. O problema do ser humano é o fato de ele sempre querer ser proprietário de algo. A sensação de poder os deixa excitados, e quando você tira isso de suas mãos... a coisa toda muda de figura.
As pessoas são capazes de tudo para ter poder sobre as coisas, e eu podia ver claramente nos olhos do St. Jimmy que ele não era diferente. Nem eu era, para ser totalmente franca. Afinal, quem não gosta de poder, nem que seja o menor deles? Nem que seja o simples poder de escolher o que deseja tomar ou comer. Qualquer coisa. Fazíamos isso o tempo inteiro sem nos dar conta. Prive uma pessoa e ela te mostrará quem é, ou dê poder a ela que você poderá ver sua verdadeira face. No caso, já tinha poder, e agora eu estava vendo o que ele era capaz de fazer se eu tirasse isso de suas mãos.
Vamos, me surpreenda, St. Jimmy.
Era o que meus olhos diziam para ele.
Segui seus movimentos, o vendo pegar uma enorme taça lotada de diferentes tipos de camisinhas. Ele veio caminhando lentamente em minha direção, com sua ereção fortemente marcada em sua calça justa, bem na altura do meu rosto. parou na minha frente. Permiti-me descer o olhar por seu corpo, vendo com mais detalhes suas cicatrizes, curvas e seu belo corpo definido e forte. Ele sabia que era gostoso e abusava disso.
Encarei a taça estendida na minha frente. Ele queria que eu escolhesse qual deveria usar. Estava achando que me deixar no controle o faria tê-lo de volta? Ou estaria apenas me provocando? Talvez os dois. Não dava para saber, pois não o conhecia direito, mas ele não me pareceu ser gentil, não parecia ser de seu feitio, muito menos submisso.
De qualquer forma, eu precisava escolher qual camisinha iria usar para poder me divertir. Peguei uma de morango e a ergui para ele.
— Pega mais.
Sua voz baixa e rouca me fez erguer meus olhos para encarar os seus tons.
— Pretende foder ela quantas vezes essa noite? — perguntei para saber quantas eu deveria escolher, e aquilo o fez sorrir de lado.
— Quantas vezes você quiser.
Sua resposta quase me fez unir as sobrancelhas, mas me mantive, e enfiei a mão no pote pegando várias.
— Que gulosa — comentou, rindo fraco.
Dei uma pequena risada.
Então, as soltei e apenas comecei a passar meu indicador pelos pacotinhos, escolhendo quais ele poderia usar. Peguei uma hot e outra sensível, que era mais fina. Fiz um pequeno bico, pensando em pegar mais, porém só fiquei com aquelas três na mão mesmo. Qualquer coisa, escolheria mais depois. Então lhe entreguei as camisinhas, que ele colocou no bolso da calça, enquanto já se virava e colocava a taça em uma mesa livre ali perto, mas já se virando e tirando os pacotinhos do bolso, vendo quais eram. Fez um biquinho de leve em seus lábios perfeitamente desenhados.
— Você já provou essa de morango? — perguntou, dando uns passos lentos para mais perto.
— Já. É gostosinha, doce e tem um cheiro de chiclete de morango. Dá vontade de chupar ainda mais — comentei, sorrindo de leve, o vendo parar na minha frente.
— Hm, quer dar as honras?
Seu tom safado me fez rir de leve, mas não deixei de olhar para o volume que ainda marcava sua calça preta.
— Não, obrigada. Eu apenas vejo de longe mesmo — disse, apontando com o indicador para ele e depois para a mulher.
— Ok.


Continua...


Nota da autora: Oieeeee, olha eu aqui de volta. Tudo bem, pessoas? Espero que sim. Venho com St. Jimmy novamente para vocês, porém não vai acabar como a shortfic, ela vai contar com mais uns dez capítulos mais ou menos a mais, e alguns pequenos pontos reescritos nas partes antigas. Nessa versão, eu vou mandar os capítulos menores para não ficarem tão grandes e cansativos, porém é a mesma coisa, mas eles vão ser divididos mais vezes.

🪐


Nota da Beth Saturno: Que cena deliciosa, até eu fiquei afetada aqui com esse macho gostoso kkkk. E ela assistindo tornou tudo ainda melhor, ADORO essa pp. Continue logooo!

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