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Última Atualização: 28/02/2025.

“Aquele momento em que eu sabia
Que isso parecia tão certo”

Summer Daze — SOOJIN


Inquieta e solitária enquanto seu marido Corlys Velaryon comandava suas frotas em Stepstones, a princesa Rhaenys Targaryen fazia de tudo para se distrair. Entre todas as distrações no calor desse verão, sua favorita era passar um tempo com Waters, a espirituosa filha bastarda de um cavaleiro de confiança que morrera a serviço da Casa Velaryon. crescera em Driftmark e, desde cedo, tornara-se uma presença silenciosa e constante na vida de Rhaenys. E a cada dia que se passava, as duas pareciam mais e mais próximas.
Em outra tarde dourada e quente, elas escaparam de High Tide e foram até uma pequena enseada isolada. Fora quem apresentara aquele paraíso escondido à Rhaenys muitos anos atrás. Lá, elas costumavam buscar consolo para as mazelas da vida. Agora, fazia um certo tempo que não iam até lá juntas e, diferente de todas as outras vezes, o nervosismo inundava a princesa.
Seu coração acelerou-se ao aproximarem-se do local. Lembranças de momentos roubados que compartilhara com Waters bem ali inundavam sua mente. Os olhares furtivos que lançava à mulher mais jovem eram tingidos de expectativa e um tantinho de culpa. Jamais sentira-se assim sobre ela, mas algo havia mudado nas últimas semanas. Não sabia explicar.
e Rhaenys desmontaram dos cavalos e os prenderam em uma árvore próxima. Os sussurros suaves do mar misturavam-se ao farfalhar das folhas sob a brisa suave. Era um dia belo e perfeito. A princesa acompanhou a outra até a costa, até aquele paraíso perdido que pertencia somente a elas. Seus pés descalços afundavam levemente na areia quente e molhada, uma sensação boa demais para não ser apreciada.
— É sempre tão lindo aqui, não é? — despiu-se para ficar apenas com suas roupas de baixo, e foi na direção do mar. — E a água é tão boa… Nunca decepciona.
Rhaenys tinha a respiração presa na garganta. Era, definitivamente, diferente de todas as outras vezes. Uma expectativa dolorida a atingiu, uma que ela havia tentado reprimir por tanto tempo. Jamais sentira esse tipo de atração estranha. Não por uma mulher.
— Sim — concordou, enfim. Seu vestido se arrastava nas ondas suaves que chegavam à costa. — É lindo, e a água é sempre tão límpida.
Ergueu seu olhar para observar . Seu corpo tonificado brilhava na luz do sol quando a água respingava sobre ele. Rhaenys queria se juntar a ela. Em vez disso, apenas a admirava dali enquanto suas emoções estranhas ameaçavam transbordar.
Waters sempre achara que o sobrenome bastardo que carregava era perfeito para ela, afinal amava a água mais do que qualquer coisa. Era por isso que gostava tanto daquele lugar. Sentia-se tão bem enquanto nadava e mergulhava. E hoje as ondas estavam suaves, apenas vez ou outra vinha uma forte. A mulher emergiu do mar e limpou a água do rosto. Avistou, então, a princesa Rhaenys Targaryen, ainda parada lá.
— Venha, princesa — chamou-a e nadou devagar em sua direção. — A água só faz bem, prometo. Eu mesma sou uma Waters, afinal. Já te fiz alguma coisa que não fosse boa?
A mulher mais velha hesitou por um segundo antes de se deixar levar. Abriu os botões do vestido e puxou-o por sobre a cabeça, deixando-a apenas com as roupas de baixo. Ela entrou na água fria, um pé de cada vez. Não ousou desviar o olhar de quando o mar a abraçou com sua graciosidade refrescante. A presença da mulher sempre consumia sua atenção, e o toque da água parecia apenas aumentar sua beleza. Seu sangue correu quente quando se aproximou e seu coração quase saiu pela boca. Não estava mais acostumada a sentir assim; era como se fosse jovem outra vez.
Waters estendeu a mão para ela quando parou de nadar; um apoio para assentar os pés no fundo e manter-se de pé. No entanto, seus dedos se entrelaçaram e um arrepio subiu através de Rhaenys. Ela puxou a mulher mais nova para perto e estudou seu rosto.
— Você tinha razão — murmurou. — A água faz mesmo bem.
— E eu também faço. — sorriu ao aumentar o aperto na mão de Rhaenys. — Venha comigo um pouco mais para o fundo. Podemos ir devagar, pé por pé, tudo bem?
Rhaenys apenas assentiu e permitiu que a levasse mar adentro. A água subia a cada passo cuidadoso e logo já estava na altura de seus peitos; seu frescor contrastava com o calor do sol de uma maneira agradável. Era impossível negar a tensão entre as duas, tão tangível quanto o mar ao redor delas.
… — Rhaenys forçou-se a falar, antes que a outra pensasse que ela estava agindo de forma estranha. Seu polegar acariciava a mão de debaixo d’água. — Há algo… em que estivesse pensando. Sobre nós
— Cuidado, tem uma onda vindo. Não se esqueça de pular para manter seu lindo rostinho acima da água — avisou, e elas assim fizeram. — Mas sobre nós… — sabia que o assunto poderia ser sobre o que a nobre princesa sentia por ela, porém não podia ir direto ao ponto. — Nunca te agradeci pela gentileza que demonstrou a mim quando eu era mais jovem, especialmente quando os outros me rejeitavam por causa do meu nascimento bastardo. — Afirmou o aperto na mão dela. — Eu agradeço. De verdade.
— É uma honra, mesmo. — Sorriu e afastou uma mecha de cabelo que caíra sobre os olhos de . Estava prestes a dizer mais quando outra onda as atingiu, lavando suas cabeças. O mundo ficou embaçado por um momento, mas logo tudo voltou ao normal.
— Acho que viemos muito longe. Deveríamos voltar um pouco, para onde as ondas nos permitam conversar — sugeriu e ambas voltaram um pouco mais para a beirada, mas nem mesmo a água calmante contra suas peles podia esfriar o calor da expectativa que corria em suas veias. — Então… Como estão as coisas em High Tide na ausência de Lorde Corlys?
— Está… quieto — suspirou. Uma pontadinha de culpa a atingiu, mas a imagem de logo fez a emoção danosa se desvanecer. — Muito quieto.
— E solitário, talvez? — ergueu as sobrancelhas.
Rhaenys hesitou por um instante. A pergunta havia tocado um acorde dentro dela.
— Sim — admitiu, por fim. — Estou solitária.
A palavra era um peso sobre seu coração. O silêncio de High Tide, de sua cama, era um lembrete constante da ausência de seu marido. Outra ausência para lutar as guerras dele, dessa vez junto do príncipe Daemon. Ainda assim, quando fixava o olhar nos olhos de Waters, um tipo diferente de solidão a puxava — um anseio que nem mesmo a presença de Corlys poderia satisfazer no momento.
— Eu sei como é essa solidão — disse . — Mas só às vezes.
— Você…? — Rhaenys inclinou a cabeça e franziu a testa. — O que quer dizer com “só às vezes”?
— Bem, como você sabe, eu não tenho amantes em tempo integral. — Deu de ombros. Ela não havia se casado nenhuma vez em seus trinta e tantos anos de vida. — Mas não me sinto solitária o tempo todo, porque não estou sempre sozinha… Não sei se entendeu o que eu quis dizer.
Rhaenys tinha, sim, entendido. E a implicação enviara uma onda ardente de ciúmes através dela. Ela sabia sobre os… namoricos e cortejos de Waters, tinha ouvido sussurros e mais sussurros sobre seus supostos encontros secretos. Tentara ignorá-los, é claro, mas agora que os ouvira da boca da própria … Sabia que não tinha direito algum de ter ciúmes, porém seu coração e corpo não ouviam a razão quando estava perto daquela mulher. Não mais.
— Você tem… amantes — disse devagarinho. As palavras soavam como ácido em sua língua. Por mais que tentasse soar neutra, sua voz esfriara. As ondas batiam em sua cintura tão revoltas e confusas quanto o interior da princesa.
— Às vezes — confidenciou. — Sabe por que nunca me casei, princesa?
— Não — respondeu, mas ela queria. Queria saber, desejava entender.
— Porque estes amantes dos quais falei… — hesitou antes de se decidir se contava ou não. No entanto, acreditava que podia confiar em Rhaenys e seus atuais desejos. — Minhas amantes são todas mulheres. Sempre foram. Nunca houve homem algum.
Os olhos de Rhaenys se abriram mais. , no entanto, não se surpreendeu com o espanto da outra, apesar de que esperava algo menos claro do que um arregalar daqueles lindos olhos. Era óbvio para ela que a princesa tinha ao menos uma noção de que sua amiga bastarda também gostava de mulheres. Porém não tinha ideia de que elas eram as únicas que faziam o seu tipo.
Rhaenys fora atingida por uma violenta enxurrada de compreensão, e uma torrente de emoções rodopiou dentro dela quando o mundo pareceu se inclinar. Era uma confirmação de que suas hipóteses e muitos dos sussurros sobre a mulher eram verdadeiros. Mais do que isso, era a prova definitiva que seus desejos podiam ser mais do que pensamentos sem fundamento que navegavam em sua mente quando olhava para Waters. Quase se afastou com o choque por algo platônico ter se tornado possível de repente. E pior ainda, por isso parecer tão certo. Seus pés, contudo, mantiveram-se cravados no chão.
— Entendo — murmurou, enfim.
Sua mão tremia sob o aperto da dela e as bochechas esquentaram. Não podia negar o efeito arrebatador que aquelas palavras tiveram sobre ela, e nem a maneira como seu coração errava uma batida ao pensar em com outra mulher.
— Achei que não ficaria tão surpresa assim — comentou Waters. — Pelo jeito que olha para mim, pensei que… — A frase de foi cortada quando uma forte onda quebrou sobre ela. Rhaenys, porém, manteve o equilíbrio e segurou a mulher, impedindo-a de ser levada para baixo.
— Cuidado — murmurou Rhaenys, sua voz carregada de preocupação e um certo alívio. Ajudou a a se levantar e a guiou para onde a água era um pouco mais baixa. Rhaenys agarrou os ombros dela. — Você está bem?
Agora tinham a água até a cintura e seus corpos quase se tocavam. Estavam tão perto, que podiam sentir o calor compartilhado. A respiração de acelerou e ela assentiu em resposta à pergunta da mais velha. Permaneceram em silêncio por algum tempo, molhadas e sem fôlego sob a luz do sol. Perdidas na proximidade, a tensão brilhava entre elas.
— Eu te admiro tanto, sabia disso? Sua coragem, graça e força. — colocou uma mecha do cabelo de Rhaenys atrás da orelha. — Você é a Rainha Que Nunca Foi, mas deveria ter sido. Qualquer um com alguma coisa na cabeça sabe disso.
Seu coração palpitou e o toque lhe causou um arrepio que nada tinha a ver com a água fria.
— Pare — murmurou Rhaenys, seus olhos fixos nos dela.
Sua mente e corpo eram uma confusão caótica de culpa, vergonha e desejo. Queria empurrar para longe, negar a verdade em suas palavras. No entanto, estava congelada no lugar, atraída para Waters e nada mais.
— Por quê? — perguntou a mais nova. — Só estou te dizendo a verdade, princesa.
Um nó se formou na garganta de Rhaenys. Ela queria responder, discutir, mas nenhum argumento se engendrou. Tudo o que conseguia fazer era olhar para a mais jovem. Deveria se afastar, montar em seu cavalo e retornar para a segurança de High Tide. Sabia que aquilo era errado, ainda assim, seus pés pareciam tão afundados no lugar, que a tornavam incapaz de se mover para longe. A mera presença de Waters influenciava seu corpo e desejos, tal como a lua fazia com as marés.
— Você não precisa me bajular — sussurrou Rhaenys, meio sem jeito.
— Se estivesse te bajulando com mentiras deslavadas, até concordaria, mas só falei verdades. — Sorriu de lado. — Sem mencionar que eu não estava fazendo isso porque precisava, mas sim porque queria.
… — murmurou em um tom suave, manchado por dor, por desejo. A proximidade física a fazia tremular como um belo estandarte ao vento; ou talvez fosse apenas a água fresca que causava o leve tremor.
— Sim…? — Waters umedeceu os lábios.
Rhaenys fixou o olhar no movimento da língua da mulher. Sua respiração falhou com a expectativa. Aumentou o aperto de seus dedos no ombro de e voltou a olhá-la nos olhos, seus rostos a apenas um pequeno suspiro de distância. Um dilúvio de emoções a atingiu em cheio e a princesa aproximou um pouco mais seu corpo do dela.
— Eu… — começou, mas seus pensamentos coerentes agiam como a água na orla, sempre indo e vindo. Era difícil formar uma frase completa e inteligente enquanto sentia-se tão dividida. Parte dela queria se virar e fugir, enquanto a outra implorava que reivindicasse os lábios de como se fossem território seu.
— Você já esteve com uma mulher? — perguntou , muito baixo e devagar. Temia assustar Rhaenys se fosse muito incisiva e calorosa, e não queria que a mais velha fosse embora.
— Não — respondeu em um tom quase inaudível.
Aquela admissão parecia uma meia-verdade. Nunca havia, de fato, estado com uma mulher, porém já havia imaginado isso com uma certa frequência… principalmente nas últimas semanas, quando se encontrava por perto.
— A parte do beijo é exatamente a mesma coisa, e isso já é um bom começo. Homem ou mulher, não faz diferença. É só beijar — provocou. — Você quer me beijar, princesa?
— Você sabe que sim.
A honestidade escapara de seus lábios entreabertos antes que sequer pudesse raciocinar. Suas bochechas esquentaram, contudo, pela primeira vez em muito tempo, não se importou. Só precisava puxá-la para mais perto, inclinar a cabeça e acabar com a mínima distância que ainda restava entre elas.
— Eu sei, sim, mas você não está fazendo isso — indicou. — Você quer que eu te beije?
Rhaenys sempre se considerara corajosa e, para falar a verdade, ela era. Com , no entanto, a coragem se escondia e ela se sentia uma jovem menina outra vez. Por isso, a oferta da mais jovem acalentou-lhe com um tantinho de alívio.
— Sim — sussurrou. — Sim, eu quero… Quero que me beije, por favor.
— Não precisa de tanta cortesia comigo, princesa. — acariciou seu rosto. — Seu desejo é uma ordem.
A boca dela capturou seus deliciosos lábios e o calor floresceu no peito de Rhaenys como preciosas rosas azuis de inverno. Uma onda vertiginosa de sensações a invadiu quando o gosto de a dominou. Deslizou suas mãos para os cabelos molhados da mulher, puxando-a contra si, como se fosse possível estar ainda mais perto. A água fria do mar contrastava com o quente aglomerado de emoções que percorria seu corpo. As mãos de escorregaram pelas costas de Rhaenys até pararem em sua cintura. Seu coração batia sem parar em uma sinfonia de desejo, de necessidade.
Rhaenys Targaryen estava perdida, perdida nos lábios de Waters. Uma bastarda. Uma mulher. A sensação do corpo dela contra o seu, o gosto dela… Deuses, ela não queria distanciar-se daquele momento nunca mais. Ela amava aquilo. E queria mais, ainda que soubesse que este não era o lugar certo para isso.
Afastou seu rosto e olhou nos olhos da mulher. Gostaria de se afogar nela e em seu abraço. A névoa havia se dissipado de sua mente, e conseguia, enfim, entender seus anseios, suas vontades. Deu mais um beijo naqueles lindos lábios, e lhe mordeu levemente e abriu um sorriso glorioso.
— Você não tem ideia do efeito que tem em mim. — Rhaenys pôs a mão no rosto de e acariciou o local.
— Você tem o dia inteiro para me mostrar… ou mais do que isso, se quiser. — sorriu outra vez e se afastou dela, na esperança de que Rhaenys a seguisse. Saiu da água e deitou-se sobre a areia morna, onde o mar alcançava apenas seus pés. — Venha aqui, princesa. Vamos aproveitar a vista como se fôssemos duas garotas jovens.
E foi o que Rhaenys fez. Seguiu-a até a praia, sem nunca tirar os olhos dela. Sua mera visão já mexia com a princesa em seu âmago. Deitou-se ao lado da mulher e aproveitou o momento. Apesar de toda a maravilhosa vista, ainda observava como se fosse uma cartógrafa obcecada por mapear aquele novo território que acabara de descobrir. Não pôde se conter e estendeu a mão para traçar um caminho suave através de seu corpo.
— Você é tão linda — elogiou-a.
— Eu? — a olhou com um sorrisinho brilhando em seus lábios. — Sou apenas uma mulher comum, princesa. Mas você, você é do sangue da Antiga Valíria. Olhe para você… tão linda.
— Eu posso carregar o sangue valiriano diluído em minhas veias, sim — falou. — Mas neste momento, sob o sol e as ondas, é você quem brilha como uma deusa.
E ela quis mesmo dizer cada uma daquelas palavras. Seus olhos detinham tanta sinceridade que eram quase como uma força física.
— Você está me fazendo corar. — sorriu feito boba.
— Você fica linda quando cora — provocou. — Então não pare, por favor.
— Que os deuses me ajudem! — A mais jovem sacudiu a cabeça e deixou escapar uma risadinha antes de esforçar-se para se controlar. — Rhaenys, eu… Posso te chamar assim?
Franziu o cenho, em dúvida. Jamais havia endereçado qualquer fala à princesa sem usar os títulos. Mas Rhaenys gostou de a ouvir chamá-la pelo nome. Era tão íntimo. E o modo como o pronunciara… tão suave e gentil.
— Sim, , você pode — permitiu.
— Ótimo, porque eu gosto do seu nome. É tão bonito quanto você — lisonjeou-a. — Mas não era isso que eu ia dizer. Rhaenys, minha querida, eu ia dizer que posso ser sua amante até o retorno de Lorde Corlys… se você desejar isso, é claro.
Rhaenys prendeu a respiração por um momento. Não esperava uma oferta dessas. Ainda assim, seu coração já estava retumbando uma resposta positiva. Seu corpo parecia zumbir com a expectativa. Uma amante. Uma amante mulher. Waters. Deuses, isso era bom, e era errado, e era excitante. Não era como se Corlys não tivesse tido amantes também. E ele estava longe, comandando suas frotas em Stepstones. Ela precisava de algo para afastar a solidão e a inquietude. Seria perfeito.
— Sim — disse, por fim. Subiu a mão até o rosto de e envolveu-o em um carinho afetuoso. — Sim, eu gostaria muito disso.
— Então me considere sua amante, Rainha Que Deveria Ter Sido — declarou , e a beijou.
O beijo era uma confirmação, um ato para selar o combinado. Era uma promessa e um começo. Ambas sabiam que o caso poderia nunca florescer completamente em algo duradouro. Mas enquanto estavam ali, com o sol aquecendo suas peles úmidas e as ondas afagando seus pés, o tempo parecia se confundir em uma sinfonia de possibilidades infinitas. As duas carregariam a lembrança do abraço daquele verão aonde quer que seus caminhos as levassem. E pelos próximos dias, percorreriam essa estrada juntas. Depois, tanto Rhaenys quanto encontrariam uma maneira de seguir em frente.
Era isso o que as pessoas sempre faziam.


FIM


Nota da autora: Dedico esta fic a uma colega de escrita que conheci em um projeto que trabalhamos. Aline Cunha, amigaaaa, tu já sabe, mas o nome da pp ser “Alyne” foi por sua causa. Toma aí tua fic fofinha com a Rhaenys. Espero que você e todo mundo que leu até aqui tenha gostado. Deixem um comentariozinho pra esquentar o coração dessa autora aqui, vai.

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Tia Fran ama vcs <3

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