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Revisada/Codificada por: Luasi

Última Atualização: 18/07/2024

A Sala Comunal da Sonserina estava cheia demais para o gosto de e de seu melhor amigo, Draco Malfoy. Por mais que a vontade de ambos fosse ficar longe de todos aqueles adolescentes barulhentos, o jovem bruxo não queria que a amiga fosse para seu dormitório antes de convencê-la a ajudá-lo mais uma vez. A garota, por sua vez, já estava cansada de ajudar o sonserino sem ter ao menos um detalhe dos planos do amigo antes de botar em prática. No entanto, se não fosse pela ajuda dele no primeiro ano, provavelmente não teria se enturmado com os outros alunos da sua casa por causa de sua timidez, e isso sempre a fazia aceitar sem muitos questionamentos, o que resultava em um dos dois perdendo pontos para a Sonserina ou pior, recebendo uma detenção.
Não era a intenção de Malfoy se tornar amigo de , já que se aproximou dela apenas pela amizade entre suas famílias. Ele foi o primeiro a falar com na primeira semana de aula, depois insistiu para que ela participasse das brincadeiras da Comunal, fez dela o seu par em todas as aulas que tinham juntos e a arrastou para todos os jogos de quadribol da Sonserina (e alguns da Grifinória pelo simples prazer de torcer contra).
Draco foi seu primeiro beijo (apenas para que ela aprendesse a beijar), esteve ao seu lado quando seu coração se partiu pela primeira vez; quando sua mãe viajou para os Estados Unidos e ela teve que passar o Natal em Hogwarts, ele ficou no castelo com ela. Quando deram por si, os dois se tornaram inseparáveis. sentia-se no dever de ajudá-lo sempre que possível, mas daquela vez, a missão seria um tanto insuportável.
A morena olhou para o convite em suas mãos, depois olhou para o amigo que sorria forçadamente para ela, e voltou a encarar o pedaço de pergaminho que o professor Horácio Slughorn lhe entregou naquela manhã. Mais um convite para mais um jantar entedioso que o professor entregava para os alunos exemplares ou famílias importantes; se encaixava em ambos. Ela foi ao primeiro jantar e os cinco primeiros minutos foram o suficiente para fazê-la se arrepender, então ela não compareceu em mais nenhuma dessas reuniões e a festa de Natal não seria uma exceção.
— Desculpa, Draco, mas dessa vez não dá.
— Mas,
— Não me chame assim! — ela retrucou, cruzando os braços. Ela não resistia quando Draco a chamava pelo apelido em seus raros momentos de bondade (ou quando ele queria algo dela).
— Mas o Potter vai estar lá e o idiota não sai do meu pé! Ele acha que estou tramando algo.
— E você não está?
Draco revirou os olhos e se jogou no sofá de couro, sem responder nada. Isso era algo que irritava profundamente: a forma como ele mudava de assunto ou simplesmente ficava em silêncio ao invés de esclarecer o que parecia estar escondendo há meses. Isso também era motivo de chateação por parte dela, pois, se eram melhores amigos, por que o loiro de repente não confiava seus segredos a ela?
— E o que tem a ver o Potter ir nessa festa? Isso definitivamente não me faz querer ir — ela resmungou, sentando ao seu lado.
— Eu preciso fazer uma coisa hoje à noite e eu sei que minha melhor amiga que, coincidentemente, é a garota mais gata e gostosa de Hogwarts, vai conseguir mantê-lo dentro do jantarzinho do professor.
O rosto de ficou vermelho como se alguém tivesse esfregado morangos em suas bochechas, ela levou as mãos ao rosto apenas para se certificar de que ele estava quente de vergonha. Draco deu um sorriso torto, ele sabia exatamente como fazer sua amiga ceder aos seus desejos.
— Como sabe que ele vai? — ela murmurou, emburrada, começando a sentir a derrota.
— O ouvi convidando a Di-lua Lovegood.
— Luna? — ela o questionou com surpresa na voz. — Por Merlin, por que ele convidaria aquela garota?
O jovem deu de ombros e se levantou, segurando o rosto ainda vermelho de pelo queixo e obrigando-a a encará-lo.
, eu não iria te pedir se não fosse extremamente importante — ele falou, vendo-a desviar os olhos para o lado para não olhar diretamente para os olhos cinzas do amigo. — Prometo te contar tudo um dia, mas, por favor, me ajude só hoje.
— “Só hoje” — ela repetiu com desdém, o fazendo rir. — Ok, eu vou. Mas não vou beijá-lo, está bem? Apenas distraí-lo.
— Pelo menos uma dança?
Uma. E tente não demorar com seja lá o que vá fazer — ela respondeu e Draco, tomado pela empolgação, lhe deu um beijo demorado na bochecha. Ela fez uma careta, limpando o local com a manga de suas vestes. — Credo, Malfoy!
— Ah, , a minha língua já esteve dentro dessa sua boquinha linda.
— E eu tenho vontade de lançar um Obliviate em mim mesma toda vez que lembro disso.

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Algumas horas mais tarde, em seu dormitório, abriu os olhos quando Pansy Parkinson terminou de maquiá-la e caminhou, receosa, até o espelho comprido no dormitório feminino da Sonserina. Ela abriu a boca, impressionada com o que a amiga, que sorria largo pelo reflexo, fez em seu rosto. A maquiagem, juntamente com o vestido longo, preto e básico, e os saltos da mesma cor fizeram finalmente concordar com Draco Malfoy: ela era linda e gostosa, ou pelo menos era como se sentia naquela noite.
— Gostou? — Pansy perguntou ao ajeitar os cabelos compridos da amiga por cima dos ombros.
— Eu amei, Pansy! Sério, obrigada! — A morena se virou e abraçou forte a amiga com um sorriso genuíno no rosto. — Se não fosse por você, eu provavelmente teria desistido antes mesmo de tomar banho.
— É uma pena você desperdiçar tudo isso — Pansy apontou para o corpo de — na festa daquele idiota.
— O que o Draco não pede sorrindo que nós não fazemos chorando, não é mesmo?
Pansy fez uma careta, concordando com , pois ela mesma, talvez por motivos completamente diferentes, considerava muito difícil dizer não ao amigo.
Acompanhada por Parkinson, saiu do dormitório com passos lentos até parar em frente ao sofá preto, diante a lareira, onde Draco lia um livro com uma atenção surpreendente, esperando por ela. Pansy teve que pigarrear alto para que ele finalmente reparasse na amiga e, quando reparou, sentiu seu queixo cair no chão. Em todos os anos de amizade, Malfoy nunca a viu tão arrumada e nunca pensou que poderia ficar mais bonita do que já era. Era uma pena que ela usasse toda essa beleza, pelo menos por uma noite, para distrair Harry Potter. O desperdício chegava a dar pena. Entretanto, sua missão era mais importante e, conhecendo como conhecia, ela iria se divertir depois de algumas taças de hidromel que Slughorn dava sem dó para os alunos favoritos.
— Você está sensacional, — ele exclamou, segurando-a pela mão e girando-a. sorriu para o amigo, se sentindo mais confiante do que nunca. — Agora lembre-se, só o que precisa fazer é ficar de olho no imbecil e não deixar que ele saia de lá, não vai ser difícil.
— Você está me devendo uns dez sapos de chocolate, Malfoy.
— Comprarei toda a Dedos de Mel para você, querida — ele respondeu com seu típico sorriso torto e revirou os olhos, mas não conteve um sorriso.

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Era impressionante como Horácio Slughorn transformava sua pequena sala de aula em um enorme salão para seus jantares extraordinários. Nessa festa de Natal não foi diferente, parecia que ele havia convidado o dobro de pessoas e foram necessários diversos garçons para o evento. Harry Potter observou Neville Longbottom passar por ele com a bandeja trêmula em suas mãos e um sorriso tímido no rosto. Em seguida, viu Luna Lovegood, seu par naquela noite, dançar engraçado no meio do salão com alguma amiga da Corvinal. Qualquer distração era bem-vinda para que ele aguentasse o professor tagarelando por horas em seu ouvido sobre suas fantásticas conquistas. Harry até gostava quando Horácio contava histórias de seus pais, principalmente de sua mãe — que era a aluna favorita do bruxo —, só que naquela festa ele havia bebido hidromel demais e Harry, hidromel de menos.
Ele sorriu e assentiu para o professor em resposta a algo que ele não prestou muita atenção, lembrando-se do quão importante era ele estar ali naquela noite. Precisava convencê-lo de lhe entregar a lembrança que Dumbledore tanto queria, porém, quanto mais tentava, mais impossível a missão parecia. Em mais uma busca por distração, Harry voltou seu olhar para a porta no exato momento em que passou por ela, usando um longo vestido preto que parecia ser a continuação de seus cabelos negros e lisos. O grifinório já havia reparado na colega diversas vezes, afinal, raramente desgrudava de Draco Malfoy e, ultimamente, ele também não.
Contudo, nunca reparou nela daquele jeito. estava absurdamente linda, mesmo para uma sonserina que fazia questão de olhá-lo com desdém e nojo todas as vezes que se cruzavam. Mas não naquela noite, onde tudo parecia estar diferente. Ela não estava com Malfoy e seu sorriso lindo, claramente direcionado a Potter, não indicava nenhum pingo de repulsa. caminhou, ou melhor, desfilou até a mesa de bebidas e se serviu de uma taça de hidromel, voltando a olhá-lo e sorrindo ao perceber que os olhos do garoto a acompanharam por todo o caminho. “Fácil demais”, ela pensou ao levar a taça de prata aos lábios, sem quebrar o contato visual. Porém, seu sorriso se desfez ao ver o professor acenando para ela.
! — Ela ouviu o professor exclamar animado, puxando Harry pelo braço até onde ela estava. O jovem parecia envergonhado demais, evitando olhar para a morena a todo custo. — Uma das minhas melhores alunas! Que bom te ver aqui, senti sua falta nos últimos jantares.
— Estive ocupada — ela respondeu com desdém, sem tirar os olhos do grifinório. — Mas obrigada pelo convite, não podia perder essa festa por nada.
Harry finalmente a encarou com a testa franzida, sua feição entregando o quão desconfiado ele estava. Por que foi sozinha? Ele estava ali por necessidade, mas por que ela iria justo para a festa depois de faltar em todos os jantares? Potter não sabia a motivação dos demais alunos presentes, mas ninguém em sã consciência viria por livre e espontânea vontade.
Slughorn olhou com adoração para e Harry, seus olhos brilhantes e pesados por causa da bebida acusavam a ideia que ele acabara de ter.
— Sabe, Harry, a sempre me lembrou muito a sua mãe! Não na aparência física, claro, apesar de ambas serem jovens de uma beleza excepcional, mas é tão inteligente, rápida e perspicaz quanto sua mãe era.
O professor apoiou o peso nos ombros de Harry e apontou para o aluno que fez uma careta ao sentir seu hálito alcoólico tão perto de seu rosto.
— E você é o James todinho! A não ser, é claro…
“Pelos olhos” Potter completou em sua mente ao mesmo tempo que o professor falava em voz alta. Ele engoliu em seco, incomodado com o rumo da conversa. Não acreditava que tivesse qualquer coisa parecida com sua mãe, de jeito algum. Para começar com o fato de uma ser da Grifinória e ter dado a própria vida pelo filho e a outra ser da Sonserina e melhor amiga de um de seus muitos inimigos. Não, elas não tinham nada a ver.
— Vou deixar os dois pombinhos a sós — disse Slughorn, soltando Harry e se afastando dos dois.
— Pombinhos? — eles falaram ao mesmo tempo e se olharam, desconcertados, quando repararam no que fizeram.
Potter começou a procurar por Luna e Hermione, mas as duas pareciam ter desaparecido da festa que, a essa altura, estava começando a ficar lotada. ficou observando o bruxo, prestando atenção em seus detalhes enquanto ele estava distraído. O grifinório não era de se jogar fora, ela percebeu; pelo menos naquela noite, com seu sobretudo preto e camisa social vinho, cabelos arrumados (o máximo que os fios rebeldes permitiram), ele até parecia decente. Céus, dez minutos naquela festa e ela já estava enlouquecendo. olhou para a bebida escura em sua taça e fez uma careta, perguntando a si mesma se havia algo a mais naquela bebida a fazendo delirar a ponto de querer dançar com Harry Potter. Por fim, deu de ombros e virou a bebida inteira de uma vez. A reação do garoto que agora a observava foi levantar as sobrancelhas, surpreso com o ato.
— O que foi, Potter? — ela perguntou, largando a taça vazia na bandeja de Longbottom, que passava no momento, e pegando uma nova.
— Nada, só fiquei impressionado — disse Harry, apontando para a taça da garota. — Acho isso aí bem forte.
— Você se acostuma — ela falou, oferecendo a taça para o garoto que negou, fazendo-a revirar os olhos. — Careta…
Harry, tomado pela vontade de provar que ela estava redondamente enganada, pegou a taça e virou o líquido todo na boca, sem conseguir evitar uma careta ao sentir a bebida queimar sua garganta, se segurando para não vomitá-la no mesmo segundo. riu alto, se divertindo com a reação do garoto. Sem perceber, Potter estava rindo junto, por um segundo se esquecendo do motivo de estar ali. pegou mais duas taças na mesa e entregou uma a Harry, brindando com ele antes de tomar um gole. O colega a olhou, confuso, mas também tomou um gole, percebendo que ela tinha certa razão; a bebida ficava melhor quando se acostumava com a queimação.
— Ao que estamos brindando? — ele perguntou, começando a olhar em volta novamente em uma última tentativa de achar suas amigas.
— A nós — ela respondeu, conseguindo a atenção dele de volta. Se sentiu estranhamente satisfeita com isso. — Por aguentar essa festa horrorosa.
Harry não conseguiu conter um sorriso quando ouviu o motivo do brinde. Realmente, a festa estava um saco, o que o fez se questionar de novo por que a garota estava ali. Antes que pudesse perguntá-la, ela disse:
— Vamos dançar? — E virou novamente a bebida inteira, o incentivando a fazer o mesmo, e assim ele fez. — Se não pode contra eles…
— Junte-se a eles — Potter completou, recebendo um sorriso em resposta antes de ser arrastado para a pista de dança.
Havia apenas um problema: Harry Potter não sabia dançar. Suas habilidades não eram boas o suficiente para a música que estava tocando ou para a garota que o convidou para dançar e ele se arrependeu de não ter recusado o convite quando ainda dava tempo, quando seu cérebro ainda não estava inundado por mais uma dose de álcool. Não soube muito bem o que fazer com o seu corpo quando chegaram à pista de dança, mas, mesmo se soubesse, o transe que o corpo de causou nele o deixou paralisado. A bruxa dançava sensualmente, combinando os movimentos com a melodia calma da música e passando as mãos pelo corpo como se a canção tocasse sua pele. Potter passou a mão na nuca, que parecia esquentar de calor, sem conseguir tirar os olhos dos movimentos da garota. Ela continuava próxima demais dele, mas parecia nem perceber o efeito que causava em Harry e mais alguns convidados em volta que a encaravam com surpresa e encanto. abriu os olhos novamente e olhou com intensidade para o garoto, percebendo que o mesmo continuava parado no lugar.
— Você não está dançando, Potter.
— E-eu não sei dançar.
— Ora, todo mundo sabe dançar — ela respondeu, aproximando mais ainda seu corpo do dele. — Você só não encontrou a parceira certa ainda.
Harry engoliu em seco, completamente desconcertado. passou as mãos delicadamente pelos braços do bruxo e segurou as mãos dele, balançando-as no ar e arrancando uma risada sincera. A sonserina levou as mãos dele até sua cintura e voltou a se movimentar, sem quebrar o contato visual. Mesmo desengonçado, Harry começou a se mover no mesmo ritmo que o dela, e as mãos, antes perdidas, apertaram a cintura de com uma certa firmeza que impressionou a garota. Querendo evitar que ele reparasse no quão corada ela estava ficando, virou de costas, sem descolar seus corpos, e continuou dançando e ignorando o calor subindo pelo seu corpo. Potter estava igualmente vermelho, não soube dizer se o calor em seu corpo era por ter o de em suas mãos ou o álcool fazendo efeito em seu sangue, no entanto, ele percebeu que estava gostando daquilo mais do que deveria. Suas mãos formigavam deliciosamente na cintura dela, ele teve medo de apertá-la mais e machucá-la ou espantá-la e ele definitivamente não queria isso; se possível, a queria ainda mais perto.
Em um ato de coragem — ou loucura —, Harry levantou uma de suas mãos e afastou os cabelos negros da garota, expondo seu pescoço perfumado. se arrepiou inteira e fechou os olhos quando ele aproximou seu rosto e roçou os lábios em sua pele; a jovem se odiou por gostar tanto do toque. O que raios estava acontecendo com ela? Não era para ela estar ali, se derretendo aos toques de Harry Potter; ela deveria estar observando-o de longe, apenas para impedi-lo de sair da festa caso fosse necessário.
E ela tinha essa consciência, ambos tinham, mas estavam imersos demais na dança, alheios a todo o resto que estava acontecendo em volta, alheios aos olhares curiosos dos demais alunos, até ouvirem o zelador Filch abrir a porta com certa brutalidade, arrastando um Draco Malfoy um tanto desesperado pelo braço. arregalou os olhos e parou de dançar, sentindo o corpo de Harry enrijecer atrás dela.
Idiota — ela sussurrou entre dentes, vendo Potter se afastar dela para tentar entender o que estava acontecendo.
Ela obviamente foi atrás, se juntando ao grupo onde estavam Draco, Slughorn, Filch e Severo Snape, que a garota nem ao menos percebeu que estava na festa. lançou um olhar raivoso em direção ao melhor amigo, que encolheu os ombros, tendo a decência de parecer envergonhado, mesmo que por breves segundos.
— Eu o peguei perambulando pelos corredores, professor! Disse que estava vindo para a sua festa! — Filch rosnou, apertando mais o braço de Draco e o fazendo resmungar de dor.
— Ora, eu não lembro de ter convidado você, Malfoy — Slughorn falou com a face confusa.
Filch parecia estar sentindo prazer em apertar cada vez mais o braço do aluno que olhava com certo desespero para a melhor amiga. Xingando-o mentalmente, decidiu agir a seu favor.
— Solte ele! Não está vendo que o está machucando!? — exclamou com raiva.
Mesmo querendo matá-lo pela burrice de ter sido pego, ela odiava ver seu amigo sentindo dor ou se machucando, o que tinha acontecido com certa frequência no último ano. Todos a olharam com surpresa, com exceção de Snape; ele a olhava com desconfiança evidente. Mas ele agarrou o outro braço de Draco com um pouco mais de delicadeza e fez Filch o soltar.
— Você o trouxe como acompanhante, ? — Severo perguntou com sua voz tediosa.
mordeu a parte interna da bochecha e trocou o peso de uma perna para outra, claramente nervosa. Ela pensou em mentir e dizer que sim, ele era seu convidado, para que o amigo não ganhasse uma bela detenção, como acontecia com ela frequentemente na época em que Dolores Umbridge era diretora; ela sentiu calafrios só de lembrar na detenção que a mulher lhe deu no ano anterior por roubar a vassoura de Draco que manteve confiscada em sua sala exageradamente rosa. Por outro lado, ela sabia bem que Draco Malfoy não sofreria consequências nas mãos de Snape.
— Não — ela respondeu, dando de ombros. — Eu vim sozinha.
Por um breve segundo, Draco a fuzilou com o olhar, irritado por ela não ajudá-lo, mas sua feição se aliviou quando viu apontar disfarçadamente para Potter e lhe lançou um breve sorriso antes de ser arrastado por Severo Snape para fora da festa. Os olhos de Harry transbordaram curiosidade enquanto ele observava os dois deixarem a festa. Ele finalmente se virou para , sentindo uma pontada de tristeza por não poder mais dançar com ela naquela noite.
, eu… hum… preciso… ir ao banheiro… — ele apontou, desajeitado, para a porta e ameaçou se afastar da garota.
Ela arregalou os olhos, entendendo claramente as intenções do grifinório, seu cérebro tentando trabalhar em meio ao desespero. Nunca ficou tão feliz em ver Longbottom, que se aproximou com sua bandeja balançando em mãos e algumas taças tremulando em cima dela. Aproveitando um segundo de distração de Harry que tentava apressadamente encontrar Luna no meio dos convidados, puxou sua varinha presa na perna e apontou para as pernas de Neville e sussurrou “confundus”, fazendo que que ele tropeçasse bem na frente de Potter, derrubando toda a bebida avermelhada em cima do garoto. Pelo cheiro adocicado, ela percebeu ser vinho tinto. Perfeito, pensou, tentando reprimir um sorriso vitorioso.
— Céus, Neville! Tem como ser menos idiota? — ela esbravejou com o garoto, pegando um pano na mesa próxima e fingindo secar a camisa de Harry que estava vermelho de raiva, claramente se segurando para não xingar Neville de todos os nomes possíveis.
— D-desculpa Harry, n-não sei o q-que aconteceu! — gaguejou Neville, tentando ajudá-la na limpeza.
— Deixa, esquece! — Harry exclamou, se afastando dos dois. — Preciso ir!
— Não! — exclamou, sem conseguir conter o tom de desespero. Ela se meteu na frente dele, o impedindo de sair. — Isso é vinho, Potter! Se demorar para limpar, irá manchar!
— Eu não me importo!
— Ah, mas deveria! Reconheço uma roupa cara quando vejo uma.
Harry franziu a testa, começando a se irritar e desconfiar da garota. Parecia até que ela estava tentando mantê-lo ali dentro, como se soubesse sua intenção de ir atrás de Draco. No entanto, a roupa de fato era cara, e havia sido um presente de seu falecido padrinho, ele não queria perdê-la.
— Vamos, o banheiro dos monitores é aqui perto — ela falou e, sem dar tempo para que ele respondesse, o puxou pela mão pelo corredor, torcendo para não encontrar seu melhor amigo e o professor pelo caminho.
O único som pelos corredores vazios da escola eram os saltos de que andava determinada em direção ao banheiro dos monitores, um dos privilégios que conquistou ano passado ao se tornar monitora da Sonserina juntamente com Draco. Ela amava aquele lugar, lhe trazia muita paz em momentos de desespero, como aquele.
Bolhas dançantes — ela murmurou.
— Você não deveria deixar qualquer um ouvir a senha — Harry falou, adentrando o cômodo que ele já conhecia bem.
— Se eu tivesse medo desse "qualquer um", certamente não falaria.
— Você não tem medo de mim? — ele a questionou, parando em frente à uma pia com espelho e analisando o estrago que Neville fez em sua camisa.
— Ah, Potter — ela gargalhou com vontade. Se apoiou na bancada de costas para o espelho e cruzou os braços. — Fala sério.
Harry a olhou de soslaio e não respondeu nada. Ele pegou uma toalha e a molhou na água quente que saía da torneira, tentando inutilmente esfregar sua camisa. revirou os olhos, impaciente com a lerdeza do garoto.
— Você tem que tirar isso — ela resmungou, se aproximando dele por trás e puxando o pesado casaco preto para baixo, o jogando no chão. sorriu ao ver os pelos na nuca do jovem se arrepiarem.
Ela o virou e começou a desfazer o nó de sua gravata, seus olhos sustentando os dele que acompanhavam seus movimentos com atenção. Lentamente, puxou a camisa social de dentro da calça do garoto e começou a abrir os botões, um por um, vendo-o umedecer os lábios sem quebrar o contato visual. A bruxa não pôde deixar de reparar no corpo do garoto que, ao decorrer dos anos e com os treinos de quadribol, conseguiu adquirir certa definição. Ela limpou a garganta e se afastou, sentindo o rosto esquentar. Harry não tirava os olhos dela, estudando cada um de seus movimentos enquanto ela enfiava sua camisa embaixo da torneira com água quente, os dois se mantendo em um silêncio insuportável.
— Por que estamos aqui, ?
o olhou pelo espelho, sem entender a pergunta. Ela apontou para a camisa como se fosse óbvio, e ele negou na mesma hora.
— Eu sei que você não está preocupada com minha camisa.
precisava pensar rápido, pois estava sentindo o bruxo escapando por seus dedos. Não sabia de quanto tempo Draco precisava para se livrar da bagunça em que havia se metido, então precisava mantê-lo ali dentro o máximo possível, por seu amigo.
Ao menos, era nisso que queria acreditar.
— Ora, se quer tanto uma mancha, então, pronto, fique com uma! — ela exclamou, jogando a camisa molhada nele, que desviou, deixando-a cair no chão. — Eu sou muito idiota, eu queria te ajudar porque realmente achei que você tinha gostado de dançar comigo…
— E-eu gostei! — ele falou, segurando a mão da garota e impedindo-a de sair. — Desculpa, só achei estranho porque você é melhor amiga do Malfoy e vocês me odeiam…
Ele te odeia — ela o corrigiu, dando de ombros. — Somos amigos, mas não a mesma pessoa.
— Então você não me odeia? — ele perguntou, e ela negou. Harry a puxou para mais perto e ela não resistiu. — E você gostou de dançar comigo?
assentiu, envergonhada. A essa altura, ela certamente poderia ir embora e deixá-lo ali. Seu teatro já havia funcionado e ele perderia um bom tempo tentando limpar a camisa sozinho. Mas ela não quis, e um certo desespero cresceu dentro dela pois aquilo não era normal. Aquele era o Potter, o garoto que seu melhor amigo odiava, e ela não deveria sentir tanta vontade de tocar sua pele exposta. "Mas não vou beijá-lo", ela afirmou para Draco, e agora repetia a frase em sua cabeça em uma tentativa falha de convencer a si mesma a resistir.
— Então vamos dançar de novo — ele falou, puxando-a com delicadeza pela cintura e tentando não mostrar o quão trêmula sua mão estava.
— Mas e sua camisa? — ela perguntou, encostando a cabeça em seu peito.
— Eu acho que quero uma mancha — ele respondeu com uma risada rouca, a fazendo rir junto.
Eles começaram a dançar lentamente no ritmo da música ambiente que sempre tocava no banheiro. Que situação mais inusitada, nem em mil anos os dois se imaginariam dançando uma música lenta, muito menos em um banheiro perfumado.
dedilhou os dedos pelo braço de Harry, sentindo os músculos ficarem tensos em sua mão. Suas mãos delicadas foram para as costas do apanhador da Grifinoria, acariciando a pele arrepiada. Potter abaixou a cabeça e colocou o rosto no pescoço da bruxa, voltando a sentir seu aroma delicioso. Deveria ser crime uma garota ser tão bonita e ainda por cima tão cheirosa. Se pudesse, Harry decretaria cinquenta anos de prisão em Azkaban pela forma como ela estava fazendo-o se sentir.
— ele sussurrou no ouvido dela, sem ter muita certeza de como dizer que a queria, que a dança era só uma desculpa vergonhosa para que ele pudesse tocá-la novamente.
No entanto, pareceu entender apenas pela forma como seu nome saiu sofrido dos lábios dele. Lábios esses que agora olhava com desejo, seus dedos tocaram a pele macia e avermelhada, como se quisesse se certificar de que eram reais antes de beijá-lo. E com seus próprios lábios ela confirmou o quão gostosa era a boca de Harry Potter. Ela deu passagem para a língua igualmente macia de Harry intensificar o beijo, fazendo as pernas de ambos ficarem bambas. Potter apertou a cintura de quando ela puxou levemente seus cabelos, deixando escapar um gemido que foi abafado pelo beijo.
Sem quebrar o delicioso contato, guiou seus passos até que pudesse se sentar na bancada. O vestido de seda subiu por suas pernas, convidando o grifinório a se encaixar entre elas e assim ele fez. Suas mãos ainda apertavam com firmeza a cintura de que, impaciente, pegou as mãos dele e levou até suas coxas semi cobertas pelo tecido macio.
Harry paralisou, sem saber muito o que fazer em seguida. Nunca passou disso com sua primeira e única namorada, a corvinal Cho Chang, e percebeu, pelo olhar luxurioso de , que ela não queria ficar apenas nos beijos e carícias. Contra sua própria vontade, ele interrompeu o beijo e a olhou com receio, ambos estavam ofegantes.
— O que foi? — ela perguntou, preocupada. — Fiz algo errado?
— Não, não é isso! É que… Eu não… Nunca fiz… — Harry não conseguia completar as frases. Ele viu no espelho atrás de o seu rosto ficar púrpura; era constrangedor demais admitir que era virgem.
— Está tudo bem, Potter. Se não quiser fazer nada, podemos simplesmente ir embora.
Mas eu quero, ele pensou na mesma hora, e não teve coragem suficiente de falar em voz alta. Ao invés disso, voltou a beijar como se quisesse provar a ela o que estava pensando. Suas mãos subiram com o vestido e escorregaram audaciosamente para suas nádegas, apertando-as com vontade e puxando-a contra si. gemeu em aprovação, sorrindo durante o beijo. Ela se agarrou mais aos ombros largos do garoto e entrelaçou as pernas em volta dele, puxando-o para mais perto e sentido sua ereção ganhar vida. Ela desceu as mãos até o cinto de couro que prendia a calça do bruxo e o desafivelou com uma rapidez impressionante. Em segundos, Harry já estava chutando a peça de roupa para longe, junto com seus sapatos.
Mesmo com a vontade explícita de Potter, percebeu que teria que assumir o controle da situação ou não sairíam daquilo nunca. Harry estava completamente tenso em seus braços; tinha sua parcela de timidez, mas o garoto, além de tímido, era inexperiente. Então ela tirou seus saltos e desceu da bancada, o deixando completamente confuso. A sonserina levou as mãos até as alças finas do seu vestido e o fez escorregar pelo corpo, ficando apenas com sua calcinha rendada. Potter arregalou os olhos brilhantes, surpreso ao ver que a jovem conseguia sim ficar ainda mais bonita. O corpo de esquentou mais ainda sob o olhar dele. Ela se posicionou atrás dele, não o deixando virar de frente a ela, em uma tentativa falha de, novamente, esconder seu rosto ruborizado — que ele conseguiu ver pelo espelho —, e abraçou sua cintura, encostando os bicos rígidos de seus seios nas costas dele. Ela distribuiu beijos e mordidas fracas em suas costas, sentindo-o se arrepiar inteiro, e levou suas mãos até o peito dele, descendo e arranhando leve e lentamente até encontrar o tecido que queria.
— Relaxa, Potter — ela sussurrou contra sua pele, fazendo-o arquear suas costas. — Eu não mordo.
Harry arfou quando esgueirou sua mão por dentro da cueca box e tocou toda a extensão do seu membro rígido. Com a outra mão, ela abaixou a peça de roupa, o deixando completamente nu. Ela o observou pelo espelho e, por Merlin, nunca pensou que Harry Potter seria tão lindo. Seu corpo inteiro se encaixava perfeitamente ao dela, principalmente a parte que pulsava em sua mão direita. começou com movimentos lentos que fizeram Potter se apoiar na bancada com as duas mãos e deixar cair a cabeça para a frente, arfando ruidosamente. Seus braços tremiam com o esforço que fazia para tentar não se derramar nas mãos dela tão cedo conforme ela intensificava o toque, acelerando cada vez mais enquanto arranhava a barriga dele com a mão livre. o sentiu pulsar, prestes a chegar no ápice, então diminuiu a velocidade, sorrindo para o rosto frustrado de Potter no reflexo do espelho. Harry segurou os pulsos da garota e a puxou para frente, fazendo-a sentar novamente na bancada e retomando o beijo. Poucos minutos longe daquela boca e ele já sentia falta.
Ainda nas rédeas do que estavam fazendo, pegou a mão de Harry e a levou até o meio de suas pernas, arfando quando ele tocou o tecido quente de sua roupa íntima. Ele pressionou seus dedos e afastou o rosto para encará-la, queria ver se estava fazendo tudo certo e, pela mordida que deu nos lábios, contendo um gemido que queria sair alto de seus lábios, com certeza estava. Ela pegou novamente sua mão e a colocou dentro do tecido, Harry não disfarçou a surpresa ao senti-la tão quente e molhada. Como era possível que ele tenha feito aquilo com ela? Ele sentiu seu membro latejar em expectativa. Se já era gostoso sentir em seus dedos, imagina quando ele a preenchesse?
gemeu baixinho quando ele começou a intensificar os movimentos em seu clitóris, sendo incentivado pelas reações da sonserina. Ela jogou a cabeça para trás, fechou os olhos e abriu a boca, permitindo que seus gemidos e incentivos saíssem livres e altos pelos seus lábios. Sem querer, um dedo de Potter escorregou para dentro dela, a fazendo gritar de prazer. Ele parou de mexer sua mão e a observou, incerto se deveria continuar com o toque.
— Potter — ela rosnou, olhando-o com intensidade. — Eu não mandei você parar.
O bruxo gostou do que ouviu. Ele voltou a movimentar seu dedo dentro dela, vendo-a revirar os olhos, em um movimento de vai e vem como ela fizera nele há pouco. se agarrou na bancada de mármore e abriu mais as pernas, completamente entregue a ele. A visão era perfeita demais para o garoto aguentar, ele precisava estar dentro dela logo, mas queria poder fazê-la chegar ao ápice antes, já que a tinha tão entregue e rendida em suas mãos.
Ele lembrou de algo que os amigos mais experientes já haviam feito e contado a ele e decidiu tentar o mesmo. abriu os olhos quando sentiu Potter se afastar e o viu se abaixar na frente dela com os olhos fixos em sua intimidade, sem tirar os dedos de dentro dela. Já que era a primeira vez de Harry, aquilo poderia dar muito certo ou muito errado, mas soube, assim que ele encostou a língua quente em seu clítoris, que seria a primeira opção.
se contorceu na boca do grifinório, soltou alguns palavrões quando ele acelerou o ritmo, os olhos fixos no rosto dela contorcido em prazer para ter certeza de que estava no caminho certo. Ela agarrou seus cabelos pretos, trazendo-o para mais perto — se é que tal coisa era possível — e gritou o nome dele quando chegou ao orgasmo, tremendo, ofegante, em cima da bancada. Harry sentiu seu sabor em cada gota.
Potter levantou com um sorriso torto e satisfeito no rosto que tirou toda a sanidade que ainda restava em . A garota se posicionou na beirada da bancada e o segurou pela cintura, fazendo-o rir surpreso, e o puxou novamente para perto até sentir seu membro duro roçar sua intimidade, abafando o gemido rouco dele com um beijo. o segurou, se deliciando com a pulsação em sua mão delicada, e o posicionou em sua entrada. Como puro reflexo, Harry agarrou as coxas dela com força, sentindo o prazer tomar seu corpo inteiro quando suas paredes quentes e apertadas o envolveram. Ele estava certo, a sensação era muito melhor.
continuou segurando-o por trás, auxiliando-o nos movimentos e na velocidade. Seus gemidos se misturavam com os dele em uma perfeita sinfonia. Ela rebolava enquanto ele estocava cada vez mais rápido, suas mãos afundadas na pele macia da garota de forma que deixariam marcas no dia seguinte.
— Harry arfou, o nome da garota escorregou por seus lábios de forma deliciosa.
— Potter — ela gemeu, se segurando na nuca dele. — Olhe para mim.
E ele a obedeceu, olhando para os olhos castanhos mais lindos que já viu na vida, ao passo que intensificava os movimentos dentro dela. Ele a sentiu se contrair novamente, como fez em seu dedo, então se deixou derramar dentro dela, sentindo seu primeiro orgasmo enquanto ela já estava em seu segundo. Harry apoiou a cabeça no ombro dela, tentando recuperar o fôlego e sentindo-a fazer o mesmo. Ele saiu de dentro dela e apoiou suas mãos ao lado de seu corpo nu, o mais belo que ele já havia visto. Era maravilhoso beijá-la depois do que fizeram, ele poderia passar a vida inteira fazendo-a gozar e não se cansaria.
interrompeu o beijo e apoiou as mãos no peito de Harry, tocando-o pela não sabia mais qual vez, mas se maravilhando como se fosse a primeira. Porém, como um balde de água extremamente gelado, ambos se lembraram de todo o contexto da situação. o olhou, culpada, enquanto vestia sua roupa, ela não deveria ter ido tão longe assim com a missão de distraí-lo. E Harry não deveria estar ali, ele deveria estar na festa, tentando convencer Slughorn a lhe dar a lembrança ou indo atrás de Snape e Malfoy para descobrir o que estavam tramando.
Foi aí que tudo fez sentido para Harry. Ele quis dar um prêmio à pela ótima atuação; agora era claro para o bruxo que ela o seduziu apenas para impedi-lo de seguir seu melhor amigo. Potter nunca se sentiu tão usado e burro em toda a sua vida. Queria rasgar as roupas que vestia de tanta raiva que sentia no momento, e ele a olhou sem disfarçar o sentimento. entendeu no mesmo instante.
— Eu não acredito que você fez isso.
— Harry, eu…
— Nem tente explicar, ! — ele exclamou, irritado, assustando-a. — Eu sabia que estava bom demais para ser verdade! Toda essa história de que gostou de dançar comigo e que não me odeia…
— Eu não menti! — ela retrucou, com lágrimas nos olhos.
— Ah, claro! E vai me dizer que não me trouxe aqui para me manter longe do Malfoy? — ele a questionou e , indefesa, não conseguiu negar. — Eu sou muito burro em acreditar na melhor amiga de Draco Malfoy! Muito burro! Um idiota!
Harry colocou a gravata de qualquer jeito no pescoço e se afastou em direção à porta. Dessa vez, não o impediu, apenas deixou as lágrimas rolarem pelo rosto e se sentou no chão aquecido do banheiro. Ela olhou para o lado, a vista embaçada pelas lágrimas, encontrando o sobretudo preto que Potter deixou para trás. agarrou o tecido e sentiu o perfume amadeirado do garoto lhe torturar. Naquele momento, ela decidiu duas coisas: aquela não seria a primeira e última vez deles, e ela nunca mais faria um favor para Draco Malfoy.



FIM.


Nota da autora: Oi, meus amores!! ♥️ THE DISTRACTION VOLTOU PARA NÓS!!
Reescrita, melhorada, e ainda mais especial, pois está na casinha nova! Quero muito agradecer a todos que esperaram tanto tempo pelo retorno dessa autora aqui, que não desistiram de mim. Quero agradecer à Luasi, por ser uma beth maravilhosa, e à Elena, por ser a melhor inspiração de protagonista que eu já tive!
Por fim, um adendo: eu amo Harry Potter, amo as histórias que crio e leio dentro desse universo, mas não concordo e não compactuo com as atrocidades que a autora da saga falou e continua falando em relação às pessoas transsexuais. As pessoas trans e toda a comunidade LGBTQIA+ merecem respeito, e a JK Rowling é uma velha nojenta que a única coisa boa que fez na vida foi a saga mesmo. Vou deixar aqui o link de uma ong que acolhe pessoas trans e travestis para que possamos ajudá-las a terem o mínimo de dignidade: Casa 1 - https://www.casaum.org/

🪐

Nota da beth: Só quem viveu o surto de euforia e produtividade da autora Patricia D. sabe o que foi o início do universo de TD hahahahaha felizmente posso dizer que acompanhei de camarote todas as etapas, TD tem um espacinho especial aqui 💜

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