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Última Atualização: Fanfic Finalizada.
Através de cartas eles conversavam por longos anos. Tudo começou com uma pequena confusão da coruja de , que errou a rota do endereço da carta, a mesma carta que continha as últimas palavras de amor para o antigo dono de seu coração, um amor não correspondido.
Com educação, o garoto respondeu à carta e, desde aquele dia, nunca mais deixaram de conversar. Independente do lugar, as corujas levavam as cartas. Nunca se viram e tampouco quiseram mandar uma foto de ambos, gostavam de imaginar como seria o primeiro momento, o primeiro encontro. E não imaginavam que aquele momento chegaria.
A última carta que havia enviado tinha mais borboletas azuis desenhadas do que qualquer outra que ele havia recebido, junto com um pequeno convite com o nome da escola em letras douradas: Beauxbatons. O convite era para um baile, um baile anual que sempre tinha para todos os alunos, podiam convidar bruxos e bruxas de fora, e ele estava sendo convidado para o baile. E sim, ele aceitou.
Para todo o processo teve a ajuda e a autorização de seu pai, afinal, teria que viajar sozinho, e, bom, usaria os artefatos mágicos para poder favorecer e chegar mais rápido.
Seria apenas uma noite, mas a noite que já deixava a melhor e pior sensação de borboletas em seu estômago.
Usou o feitiço que havia lhe informado na carta, e pôde jurar que pequenas borboletas saíram da ponta da sua varinha. Em poucos minutos ou até mesmo segundos ele estava na frente do grande castelo de Beauxbatons. O gramado verde, os portões bem limpos e dourados, as paredes de fora eram brancas, tão brancas que davam o contraste perfeito com os telhados azuis escuros. Até mesmo o perfume do terreno era totalmente diferente de Hogwarts.
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Na porta de entrada, uma garota de fios escuros, vestes azuis e chapéu azul o esperava. A postura bem alinhada, com as mãos para atrás e um pé na frente do outro; até isso era lindo naquele lugar.
O garoto se aproximou com a pequena mala de mão, ajeitou seus fios loiros e deu um sorriso tímido.
— Oi, bem-vindo à academia Boauxbatons.
— Obrigado, eu vim para o baile anual, fui convidado. – Ajeitou a mala em seu corpo e abriu com cuidado, depois de apalpá-la, achou o cartão de convite para o baile. – Esse. – Mostrou.
— Sim, é um prazer tê-lo em nosso baile, você precisa se trocar?
— Só a blusa.
— Suba dois lances de escada, vire à direita depois à esquerda, e você irá achar o Timmy, ele vai ter levar para a torre dos meninos.
— Certo, obrigado.
O garoto subiu às escadas e fez o trajeto. Conheceu Timmy, que foi extremamente gentil com ele, e depois entrou em um dos quartos, que estava vazio, se trocou e desceu para a festa. Estava ansioso, nervoso, desesperado.
“E se ela não gostar de mim? E se eu for o oposto de tudo que ela pensou e imaginou? E mesmo sabendo o meu sobrenome, será que ela realmente sente algo por mim ou foi apenas uma pessoa para trocar cartas?” – Seus pensamentos estavam a mil, seu coração também.
Entretanto, ele não era o único convidado ali esperando seu par aparecer.
Alguns minutos depois, a porta se abriu, com pequeninas partículas douradas saindo dela. Os garotos passaram pela porta com suas vestes de festa e, com pequenos passarinhos azuis cantando, caminharam até seus pares. Logo em seguida, as garotas apareceram. As borboletas azuis, as mesmas que ela desenhava nas cartas, passavam pelas garotas, e foi nesse momento que o garoto apertou a mão dentro do bolso. Ele se virou, dando as costas para a garota.
O som dos saltos se aproximaram dele, era a garota de cabelos meio-ondulados; o vestido azul-claro deixava-a mais delicada. cutucou devagar o ombro do garoto, que virou meticulosamente.
— Oi – ela disse, até que bem animada.
— Oi. – Sorriu mais, envergonhado, e coçou a nuca.
— Scorpius Malfoy?
— Sim, e você deve ser a... – A garota não deixou ele terminar a fala, abraçou ele rapidamente com toda a força e amor que cultivara através das cartas.
— Você é exatamente como eu imaginei, talvez um pouco mais alto. – Eles ririam.
— E você é bem mais perfeita do que eu tinha pensado, e desenhado também.
— Você desenha? – Ela se afastou mais ainda, mantinha suas mãos no ombro dele. – Eu quero ver seus desenhos.
— Não são tão lindos. – Estava admirando . – Não tão quanto você.
— Pare com isso, não sou tão linda. – Sorriu. – Eu preciso me controlar, temos pequenas etiquetas a seguir.
— Tudo bem, quer dançar?
— Quero.
estendeu a mão para Scorpius, ele a segurou e fez uma reverência a ela, que riu sutilmente para o rapaz, em seguida segurou a bainha do vestido e também o reverenciou. Ela era encantadora, os fios loiros, os olhos claros, os lábios sutilmente rosados, e o perfume dela. Scorpius teve a certeza de que seu coração era inteiramente dela.
Os dois dançaram a noite toda, todas as músicas, desde as mais lentas até as mais agitadas. Era a melhor noite de todas!
Um pouco antes do fim da festa, eles sentaram em uma mesa do lado de fora, no meio do jardim enfeitiçado, e com as tais borboletas os sobrevoando.
— Se eu soubesse que essa sensação fosse tão boa eu tinha dado um jeito de vê-la antes.
— Que sensação? – Olhava nos olhos de Scorpius.
— De amar alguém perdidamente só pelas singelas palavras e alguns borrões de tintas. – Eles riram.
— Eu agradeço à minha corujinha de ter errado o endereço naquela noite, e levado para o seu hotel na França.
— Sim, eu acho que no final das contas, ela sabia de tudo.
— Também acho.
Scorpius segurou o rosto dela e fez carinho em sua bochecha rosada; devagar, eles se aproximaram, e um beijo calmo dado por eles deu início a um grande amor.
