Revisada por: Júpiter
Última Atualização: 31/10/2024
A Universidade é conhecida como a época em que os jovens precisam escolher a profissão que trabalharão o resto de suas vidas, além disso, é o momento de maior liberdade, um momento para autoconhecimento. Não vamos esquecer também das aventuras amorosas que cada um vive na sua melhor idade. Acrescente uma dose extra de magia e você terá uma combinação perigosa, chamada Universidade de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Todo jovem bruxo de 19 anos sonha em entrar na Universidade. Alguns pela liberdade, outros por escolher sua profissão, e tem outros que só querem conseguir decidir o seu próprio futuro. Esse é o caso de Morgana Fireheart. Uma bruxa de sangue puro, vinda de uma família apoiadora dos ideais de Voldemort. Durante sua infância, vira a ascensão e a queda do Lorde das Trevas. Já na sua adolescência, sofrera na mão de sua família, que não aceitava que a herdeira da dinastia Fireheart não apoiava o que ela crescera ouvindo. Durante todos os anos em que estudara em casa, uma maneira de sua família a punir por seus pensamentos ditos “erráticos”, passara por diversas humilhações e castigos. Desde xingamentos, que faziam a garota se sentir o pior ser humano do mundo, até castigos físicos, quando chegou a ficar sem comer ou até apanhar.
Conforme os anos foram se passando, ela aprendeu a disfarçar o que passava por trás de uma armadura que funcionara muito bem com todos, menos com sua melhor amiga, mas tudo bem, ela nunca a repreendia por se esconder atrás de uma máscara.
A bruxa via a universidade como seu passe para a liberdade, por mais que tivesse certeza de que os períodos de férias seriam insuportáveis. Morgana estava animada, ali em sua cabine no Expresso para a Universidade de Hogwarts, junto de sua melhor amiga, Lynx. Ela já até se visualizava na Sonserina, a casa de toda a sua linhagem, com sua amiga ao seu lado como sua colega de quarto durante os anos que se passariam. Do jeito que elas sempre pensaram, iriam dividir o quarto, iriam para as festas juntas, iriam ficar juntas, como em casa.
Quando entraram no Salão Principal e foram para a sua seleção de casas, o nome de Lynx fora chamado primeiro. Antes mesmo que ela pudesse colocar 100% o chapéu em sua cabeça, ele já brandira em alto e bom som “SONSERINA”. Morgana fora a próxima, ela se lembrava claramente de se sentar no banco de seleção e de colocar o Chapéu Seletor. 1, 3, 5, 10 minutos se passaram, nada de sua casa ser dita. Ela começou a achar estranho; mesmo não tendo os mesmos pensamentos de sua família, ser da Sonserina era parte do legado, não havia dúvidas para onde iria. Todos os seus planejamentos e expectativas foram por água abaixo no momento em que o Chapéu revelou sua casa. Grifinória.
Ela demorou um tempo para assimilar o que havia acontecido. Sussurros eram ouvidos por todos o Salão. Uma Fireheart na Grifinória? Aquilo nunca havia acontecido. Ela lembrava de olhar para a amiga, sentada à mesa da Sonserina. Suas mãos suavam, sua respiração instável. Se recordava dos olhares, de como todos comentavam sobre ela, de como seu corpo parecia que iria desabar a qualquer momento, o que não acontecera, pois se sentara à mesa da sua casa. Como havia parado na Grifinória? Aquilo não poderia piorar, certo?
Ah, como ela estava errada. No dia seguinte, ela recebeu uma coruja. Assim que os correios foram entregues, ela olhou para o envelope preto em sua frente. Aproveitou que os alunos a ignoraram e saiu do Salão Principal quando ninguém estava vendo, indo para um corredor vazio.
Sentou-se no chão, abrindo a carta.
Já chega. Ficamos com você, pois era nossa obrigação. Não espere mais nada de nós. Não pense em aparecer. Nos esqueça. Os Fireheart nunca tiveram filhos.
Assim que terminou de ler a carta, pegou sua varinha e a queimou sem pensar duas vezes. A bruxa limpou as lágrimas que nem sabia que havia derramado e balançou a cabeça, se recuperando. Ao levantar, colocou seu melhor sorriso antes de andar rumo à sua primeira aula, como a grifinória que era.
Naquele ano, as coisas foram diferentes. Foi um ano difícil, mas os amigos que fizera e a amiga que já tinha foram cruciais para que ela não perdesse completamente sua sanidade mental. Em vez disso, acabou com a sanidade de alguns professores, uma vez que se tornou muito amiga dos gêmeos Weasley. Por um motivo que ela não sabia e também decidiu não se encanar com isso, acabou se tornando monitora no final do seu primeiro ano. Sua predecessora iria se formar e a vice-reitora, Professora McGonagall, acabou lhe oferecendo a vaga.
Era por isso que ela chegaria em Hogwarts antes de todos os alunos: os monitores tinham que apresentar a escola para os calouros logo após a travessia de barco, assim como fizeram com ela no ano anterior. Claro, não era obrigatório, mas ela nunca recusaria economizar alguns sicles, pagando uma diária a menos nos Três Vassouras.
Assim que ela chegou ao Salão Principal, viu de longe os cabelos cor de fogo, típico dos Wealeys, e se encaminhou até os irmãos.
— E não é que os Weasleys resolveram se candidatar mais uma vez? — ela disse, chamando a atenção de Percy e Gui, os dois veteranos que também se voluntariaram para fazer a travessia.
— Vejam só, se não é nosso furacão preferido? — saudou Gui com um beijo em seu rosto, seguido de Percy, que a deu um abraço tímido. — Como deixaram você se candidatar?
— Sua falta de confiança em mim me chateia — a bruxa falou com a voz afetada, fingindo estar ofendida. — Mas eu também não sei, além de ter sido nomeada monitora esse ano, ficaram sabendo?
— É sério? — perguntou Percy, claramente descrente, arrancando uma risada baixa dos bruxos. Morgana assentiu com um sorriso no rosto.
— Ashmore se formou no ano passado, McGonagall me chamou e eu aceitei — Morg deu de ombros como se não fosse grande coisa, mas ficou muito feliz por ter conseguido aquele feito logo no segundo ano. Porém, ninguém ficou sabendo, uma vez que não tinha família para quem contar a novidade. Rapidamente, ela afastou o sentimento, balançando seus cabelos. — Mas e aí, como isso funciona? É minha primeira vez.
— Nós basicamente temos que definir a ordem dos barcos e ir para a plataforma esperar o expresso chegar. — Quem respondeu foi Cedrico, com seu sorriso de tirar o fôlego, seguido de sua namorada, Cho, que não parecia muito feliz em estar ali. Enquanto Cedrico cumprimentou a todos na roda, Chang ficou afastada com uma cara que poderia ser chamada “cara de bunda”. — E precisamos usar essas camisetas aqui. — Antes que a bruxa pudesse reclamar, Cedrico já emendou: — Não adianta reclamar, Morgana, todo ano é assim. Vai ser só por um tempo. — Ele entregou uma camiseta vermelha com o brasão da Grifinória localizado do lado esquerdo, em cima do peito.
A bruxa revirou os olhos com a observação muito bem colocada do lufano, sabendo que ela iria reclamar. Pegou a camiseta e foi para o banheiro se trocar.
Ao entrar, percebeu a grande movimentação que acontecia lá dentro. Havia mais garotas se trocando. Pelas camisetas, pôde ver que várias eram da Grifinória, saudando-as com alegria, pois eram suas colegas de casa. Percebeu que havia, também, diversas corvinas e lufanas, mas pôde contar em apenas uma mão a quantidade de garotas da Sonserina que estavam por lá.
Morgana logo achou uma cabine vazia e trocou rapidamente de camiseta, ficando com o short jeans que já usava e seus coturnos. Quando saiu da cabine, foi até o espelho. Ela sempre deixou para usar maquiagem quando iria para alguma festa, então apenas retocou seu gloss antes de sair do banheiro. Foi até a mesa em que seus amigos estavam, onde ouviu os comandos. Basicamente, iriam colocar cerca de 4 alunos em cada barco antes de deixá-los seguirem até o castelo, então um calouro lideraria a fila até a porta do Salão Principal, onde a Professora McGonagall iria acolhe-los antes da cerimônia do Chapéu Seletor.
Os voluntários foram separados e logo estavam no deque, onde aguardaram o grupo de calouros, que provavelmente estava desembarcando do expresso. Morg ouviu um burburinho chegando até eles. Os primeiros novatos apareceram e logo os barcos começaram a partir.
Morgana estava observando os calouros indo para os barcos, completamente descontraída, até que uma pessoa lhe despertou maior interesse em meio a todos os alunos. Seus cabelos eram tão loiros que pareciam prateados, sua pele era clara, quase pálida. Mas o que chamou a atenção da bruxa foram seus olhos acinzentados, tão claros que pareciam joias. O que a bruxa não esperava era que ele a olharia de volta.
No momento em que seus olhares se encontraram, era como se o tempo tivesse parado. O mundo à volta deles parou, só havendo os dois naquele deque. O ar ao redor parecia mais denso, como se carregasse uma energia invisível que o envolvia e o puxava para ela.
Ambos sentiram seus corações acelerarem, Draco sentiu dificuldade de respirar, sem conseguir tirar os olhos da garota a qual nem o nome ele sabia. Ele observou o modo como seus cabelos caíam de forma rebelde por seus ombros, como seu rosto parecia ter sido esculpido, seus traços pareciam combinar perfeitamente com o formato do corte de seus cabelos. Sem conseguir controlar, seus passos ficaram levemente mais rápidos, ele precisava estar no mesmo barco que ela, precisava ficar próximo dela. Mas ele mesmo não sabia o porquê.
A grifinória precisou desviar levemente o olhar, mesmo que ainda estivesse sentindo o do loiro nela. Achava que tinha ficado louca, como poderia se sentir assim com uma pessoa a qual ela nunca nem havia falado?
Percebeu que ele começou a andar em sua direção, seu barco tinha apenas uma vaga, que fora preenchida pelo calouro de cabelos prateados. Assim que o garoto embarcou, deslancharam e seguiram viagem. Ela precisou vestir sua melhor máscara para conseguir seguir com as apresentações
— Bem-vindos a Hogwarts! Eu sou a Morgana e vou acompanhar vocês até o castelo — a morena disse com sua melhor voz, tentando ignorar o fato de que aquele rapaz continuava a encarando de vez em quando. Pelo menos ele tentou disfarçar, pensou. — E vocês? Quem são? — perguntou, animada, vendo os calouros que estavam à sua volta.
— Eu sou Blásio Zabini — disse o calouro de pele escura. — Mas pode me chamar de Blaise.
— Eu sou Rony. — Dessa vez quem falou foi um aluno de pele clara e cabelos de fogo.
— Weasley? — Morgana perguntou com um sorriso no rosto. O calouro acenou com a cabeça. — Já gostei de você.
Antes que os próximos pudessem falar, uma confusão foi ouvida. Morgana virou o rosto em direção ao alarde, vendo que uma garota de cabelos cor de fogo acabou indo para cima de um garoto. Bem no barco de Cedrico. As outras garotas que estavam no barco assistiam à cena levemente assustadas. Assim que a confusão acabou, voltou sua atenção para Rony.
— Mais gêmeos? — perguntou com a sobrancelha levantada.
— Não, ela é mais nova que eu, está adiantada — respondeu Rony, se encolhendo de vergonha, conforme o barco se movia. A bruxa, então, olhou para o calouro de cabelos marrons que estava sentado à sua volta.
— Sou Simas — ele se apresentou com um sorriso levemente tímido.
A bruxa devolveu o sorriso para Simas antes de voltar para o outro garoto sentado à sua direita, o que capturou seu olhar de tal maneira que sentiu o coração acelerar. Ele continuava a encarando, seus olhos a deixavam hipnotizada, querendo se afogar em seu olhar.
— Draco, Draco Malfoy — ele se apresentou, pegando a mão de Morgana delicadamente, beijando o dorso. Ela disfarçou bem, mas sentiu um leve formigamento no momento em que o lábio do loiro encostou em sua pele.
Malfoy, família que participou da primeira guerra bruxa ao lado de Voldemort. Como ele o tratou tão bem? Não conseguia entender, uma vez que os sonserinos das famílias de sangues puros simplesmente pararam de falar com ela assim que souberam que havia sido deserdada.
Antes que pudesse falar alguma coisa, o castelo foi se mostrando no horizonte. Os garotos em seu barco ficaram deslumbrados com a arquitetura do castelo, assim como acontecia nas outras embarcações, Morgana observou.
Não demorou muito para atracarem na casa de barcos. Os alunos foram descendo, com Morg ficando por último. Quando ela se levantou para sair, Malfoy lhe ofereceu a mão como ajuda. Ela olhou para a mão estendida do loiro e aceitou.
—Obrigada — murmurou baixo. Os olhares dos dois se encontraram novamente, mas havia muita gente em volta, então ela logo se recompôs. — Weasley, pode guiar a fila por gentileza? Só subir as escadas, pode seguir os outros alunos.
O garoto de cabelos ruivos começou o caminho, seguido dos demais. Draco deu uma última olhada na bruxa antes de seguir como o último da fila. Morgana deu um suspiro, voltando com sua confiança rotineira, e subiu atrás deles.
Assim que o grupo dela chegou ao Saguão Principal, Professora McGonagall já os estava esperando.
— Professora McGonnagal, como tem passado? — perguntou Morg assim que a avistou. — Calouros entregues — brincou, colocando a mão na cintura.
— Foi um bom período de férias, obrigada por perguntar — a vice-reitora respondeu com um sorriso simpático no rosto. Ela não perguntou como a aluna estava, uma vez que era um dos professores que a havia ajudado no ano anterior, então sabia muito bem de sua situação atual. — Obrigada pela ajuda, senhorita Fireheart, pode ir se sentar com a sua casa, a seleção já vai começar. — Morg assentiu, mas antes que pudesse se despedir dos meninos, Draco provocou:
— Uma Fireheart? Na Grifinória? Nem sabia que eles tinham uma filha, ainda mais na Grifinória — o calouro disse, claramente curioso e descrente, como a herdeira de uma das famílias mais influentes no meio sangue puro estava na Grifinória? E como ele nunca havia ouvido falar dela?
— Pois é, com o tempo você vai perceber que algumas famílias gostam de esconder certas coisas. — A bruxa piscou um olho para o loiro antes de sorrir de lado. — Bem-vindos a Hogwarts…
Assim que deixou os calouros, a bruxa se sentou à mesa de sua casa, bem no meio de seus melhores amigos, Fred e George.
— Olá, meus companheiros — Morg disse ao se sentar.
— Olha só… — começou George.
— Se não é a ovelha negra da família — completou Fred, fazendo a morena rolar os olhos.
— Sabe como é, se a sua família não tem uma, ela pode ser você. — Morgana piscou um olho para George, enquanto Fred riu ao seu lado.
Logo que os calouros entraram, o grupo se organizou em uma fila e parou na frente do Chapéu Seletor, que estava localizado em um banco, o mesmo que Morgana se sentara no ano anterior. Rapidamente, a bruxa guardou a lembrança em sua mente quando avistou Draco Malfoy no meio do grupo, não conseguindo novamente tirar os olhos dele.
— Interessada em um calouro, Fireheart? — provocou George, se aproximando de Morgana, que apenas rolou os olhos, sorrindo de lado.
— Não sabe da regra número um de um veterano? — começou Fred, havia um toque de brincadeira em sua voz, mas ainda sim havia um tom estranho que Morg não conseguiu perceber. — Não se fica com calouros.
— Parece que essa regra não se aplica a você, já que me levou para a cama ano passado — a bruxa retrucou, olhando para o ruivo com uma sobrancelha levantada, em desafio
— Gata, nosso lance foi diferente — ele tentou justificar, enquanto se aproximava dela com a mesma face que a conquistou há um ano. Seu irmão, por outro lado, ria descaradamente da tentativa de Fred em reconquistar Morgana.
— Como foi diferente? Eu era caloura, você veterano. E como a gente mesmo concordou, foi apenas um lance — ela disse sem pestanejar. George gargalhava alto, vendo o irmão levar um fora, mais uma vez. Ela riu de lado ao ver que Fred não tinha mais o que falar e voltou a observar os calouros.
Enquanto assistia à cerimônia, sentiu que estava sendo observada. Ao olhar em volta, não se surpreendeu ao ver que era Draco Malfoy. Ao encontrar os olhos do loiro, não conseguiu desviar, ficando hipnotizada por eles novamente.
O loiro não conseguia entender o que aquela garota tinha que o deixara tão intrigado. Não poderia nem culpar o fato de saber sua família de origem, pois ele havia ficado interessado nela desde o primeiro momento em que a vira. Mas não podia negar que ela ser uma sangue puro na Grifinória o deixara curioso.
Draco sumiu das vistas de Morgana no meio da aglomeração alguns momentos antes de seu nome ser chamado. Ele se sentou no banco, aguardando o chapéu ser colocado, o que nem chegou a acontecer, pois, ao apenas se aproximar de sua cabeça, gritou em alto e bom tom:
— SONSERINA! — Ele sorriu, orgulhoso, e foi para a mesa da sua casa. Morgana não pôde deixar de revirar os olhos, o universo mesmo rindo da cara dela. Mas ela não se surpreendeu, já imaginava que ele iria para lá.
Morgan se perdeu em pensamentos depois que o loiro fora selecionado para a casa tradicional de todas as famílias sangues puros, ainda a deixando como a única “maçã podre” a cair da árvore.
Seus pensamentos foram interrompidos quando os alunos começaram a gritar mais rápido. Logo ela descobriu o motivo: Krum, o aluno de intercâmbio que jogava quadribol profissionalmente. Todas as casas o queriam em seu time, afinal, com um apanhador como ele, a taça já estaria ganha.
O intercambista se sentou na cadeira e o Chapéu Seletor foi colocado em sua cabeça. Após um tempo, que não foi muito, a voz tradicional foi escutada.
— GRIFINÓRIA!
A mesa de Morgana foi à loucura. Todos vibraram com a chegada do intercambista em sua casa. As outras casas aplaudiram, mas era notável que a animação não era a mesma, uma vez que a Grifinória tinha um trunfo na manga.
Assim que Viktor Krum se sentou em sua mesa, foi cercado por alunos, o garoto estava claramente confuso e acuado, uma vez que o inglês não era sua primeira língua. Como boa monitora que era, precisava ajudar os desamparados de sua casa, então, com um suspiro cansado por ver tantas pessoas em cima do garoto, se levantou de seu lugar, indo em direção a ele.
— Saiam de cima dele, seu bando de dementadores! — ela falou mais alto, fazendo com que os alunos se dispersassem.
— O-obrigado — ele agradeceu, com um sorriso tímido no rosto.
— Não há de quê. Morgana Fireheart — ela estendeu a mão para ele, que a aceitou, apertando-a levemente. — Sou a monitora da Grifinória. — Ela percebeu a aproximação de Olívio Wood dos dois. — Agora não, Wood — falou, séria, fazendo o capitão do time de quadribol engolir em seco e voltar para o seu lugar. — Se precisar de alguma coisa, é só chamar. — Ela colocou a mão no ombro do búlgaro, que sorriu com gratidão, antes de voltar para o seu lugar
— Não bastava o Malfoy, tá de olho no Krum também? — provocou George.
— Por Merlin, George, quem você pensa que eu sou? — ela fingiu estar ofendida, mas o amigo apenas levantou uma sobrancelha. — Não, ele não faz meu tipo.
— Mas o Malfoy faz — retrucou Fred.
— Menos ciúmes, Fred — ela falou para o outro gêmeo, mas não negou a acusação.
Logo, o reitor, professor Dumbledore, deu início ao jantar. Enquanto Morgana comia, acabou avistando Lynx, e se deu conta de que a amiga havia chegado mais tarde na seleção. Fez uma nota mental para poder questionar a amiga depois.
Quando os olhares das amigas se cruzaram, Lynx fez o tradicional cumprimento das duas, fazendo um hang loose com o dedão no nariz junto de uma careta, recebendo um cumprimento parecido de Morgana, que mostrou a língua junto do hang loose.
Apesar do que houve no ano anterior, pelo menos alguém não a havia abandonado.
Depois que o jantar acabou, os alunos começaram a ir para seus respectivos salões comunais. Antes de se retirar, Draco acabou dando uma última olhada na bruxa que roubou sua atenção no momento em que desembarcou do Expresso, mas ela não estava prestando atenção nele, para sua infelicidade.
Ele não pôde deixar de notar que ela estava saindo do Salão Principal com os gêmeos Weasley, sendo que um deles, o qual ele não se deu ao trabalho de identificar qual era, estava com o braço sobre o ombro da garota, falando algo em seu ouvido que ela retribuiu com um olhar malicioso e um sorriso zombeteiro.
Aquilo fez com que algo estranho incomodasse seu peito, mas não poderia ser ciúmes. Como poderia sentir ciúmes de uma pessoa que ele conheceu naquele dia e mal teve uma conversa sequer? Com um leve chacoalhar de cabeça, o loiro se recompôs e seguiu seus colegas de casa para o seu salão comunal.
Morgana entrou no seu salão comunal depois de dizer a senha que, naquele ano, era abstinência, e foi até o seu quarto.
Na porta, o nome antigo da sua colega de quarto fora substituído por G. Weasley. Ela deu um sorriso satisfeito antes de bater e entrar suavemente. Ao fazê-lo, sua pouca bagagem já estava lá e sua gata de pelos pretos, Hator, dormia tranquilamente em cima de sua cama. Tudo estava do jeito que sempre foi, com exceção de Gina, que estava fazendo carinho no felino.
— Parece que você já conheceu Hator, minha deusa particular — Morgana disse, fazendo-se presente.
A ruiva olhou para ela, surpresa por ter sido pega mexendo no pet alheio e, antes que ela pudesse falar algo, Morg já interferiu:
— Fica em paz, eu não ligo de mexer nela, ela é bem temperamental, se deixou que a tocasse, foi porque viu algo em você — falou com um sorriso ladino ao ver a gata completamente confortável com o toque da ruiva.
Gina ficou mais um tempo mexendo na gata enquanto Morgana arrumava suas coisas no armário do seu lado do quarto.
— Bem, como você vai ser minha colega de quarto e é uma Weasley, preciso te contar uma coisa — Morg disse depois de um tempo.
Gina já não estava mais com a gata e estava arrumando suas coisas também. Morgana se sentou na cama e fez carinho na barriga de Hator.
— Peço para que não espalhe, é legal ter alguns segredos por aqui. — Morg piscou para a garota, que assentiu, curiosa com que o ela ia revelar. — Somos todos adultos aqui, mas ainda sim temos algumas… necessidades, entende? — A ruiva assentiu novamente. — Ótimo. Aqui no campus não temos muitos lugares seguros. Mas temos nossos quartos.
Morgana fez silêncio por um instante, dando tempo para a garota assimilar as informações.
— É um feitiço, muito simples por sinal. Se chama Secretum. Ele vai colocar uma fita que, no nosso caso, vai ser vermelha, na maçaneta do quarto. Essa fita só vai aparecer para os bruxos que dormem nesse quarto, no caso, eu e você.
— Mas e as outras pessoas? Vão ver essa fita? — ela perguntou, receosa, Morg já imaginou que era por causa de seus inúmeros irmãos superprotetores e ciumentos.
— Para quem não é do quarto, a porta só vai estar trancada, até porque não faria sentido um feitiço de privacidade se todos souberem.
A ruiva assentiu, guardando as informações consigo e fazendo a nota mental de não espalhar o segredo para ninguém.
Morgana pensou em falar mais alguma coisa, como um conselho de quem não se envolver, quando dois bilhetes passaram por debaixo da porta, e flutuaram até a mãos de cada uma das garotas.
Assim que a morena encarou o papel, já sabia do que se tratava, Fred havia confidenciado para ela que estavam planejando algo. Com um sorriso malicioso, ela abriu o papel.

Morg jogou o papel para cima, observando-o pegar fogo assim que terminou de ler a última frase. Ela pôde ouvir ao seu lado Gina ofegar, surpresa com o papel que se autodestruía.
Uma festa, era disso que ela precisava. O ano não poderia ter começado melhor.
Continua...
Qual o seu personagem favorito?
Morgana: 0%
Draco: 0%
Fred: 0%
Nota da autora: Cheguei com mais uma fic de HP, talvez eu esteja viciada? Bem, eu sei me controlar okay?
Espero que goste, não esqueça de comentar e dar uma olhada nas outras 3 fics desse universo incrível.
XOXO, Cleo
Nota da beth: Nada mais Halloween que uma fic de HP, sorte a nossa que você está viciada hahahaha 💜
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XOXO, Cleo
Nota da beth: Nada mais Halloween que uma fic de HP, sorte a nossa que você está viciada hahahaha 💜
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