Revisada por Aurora Boreal 💫
Concluída em: 31.10.2024.
— Chegamos! — anunciou, animado.
olhou ao redor de onde ele havia estacionado o carro. Não era uma área da cidade que ela estava acostumada a frequentar, mas sabia que era território dos vampiros.
Segundo a lei, humanos e vampiros não são obrigados a viverem separados, mas mesmo assim, a cidade é dividida, e humanos são raramente vistos em áreas em que vampiros frequentam.
— Chegamos onde exatamente? Ainda não entendi o porquê do mistério.
Quando chegou para visitar mais cedo aquela noite, preparada para passar sua noite de folga de conchinha no sofá, ele anunciou que os dois iriam sair. Nos últimos meses, estava saindo bastante de casa e conhecendo outros vampiros mais velhos e experientes.
— Você já vai ver. Vamos!
desceu do carro e deu a volta para abrir a porta para ela. Sua audição não era sobrenatural como a dele, mas ela conseguia ouvir o som abafado de música eletrônica tocando em algum lugar por ali.
— Vamos entrar ali, mas a boate é no subsolo.
— Uma boate?
— Eu sei que você trabalha em uma boate a semana inteira, mas essa é diferente. Quero que você conheça.
Ele estava empolgado, e ela não sabia dizer não para ele.
— Tudo bem, vamos lá.
não avançou e olhou para ela com as sobrancelhas franzidas.
— Preciso fazer uma coisa antes.
— Que coisa?
— Preciso marcar você antes de entrar.
— Me marcar? Como assim marcar?
— Está cheio de vampiros lá dentro, se me verem entrar com uma mulher humana, vão achar que eu trouxe o jantar. Preciso te marcar para eles saberem que você é minha.
Ele disse, deslizando um dedo do seu queixo até a clavícula.
— Que tipo de marca?
— Uma mordida.
— Só isso? Tudo bem, pode fazer.
— Não é uma mordida como as que você está acostumada, gatinha.
A voz dele ficou grave de repente, do jeito que ela só ouvia na cama.
— E… E como é?
— Não tem tanto veneno, o que significa que vai doer bem mais que o normal. E não vou cicatrizar completamente a ferida.
— Mas assim eu não vou sangrar até a morte?
— Não vai, mas vai ficar visível e dolorido por algumas horas.
— Acho que entendi? Eles precisam achar que você não se importa tanto comigo a ponto de querer que eu não sinta dor, mas, ao mesmo tempo, se importa um pouquinho e não quer me dividir com ninguém.
— Quase isso, é mais uma coisa de cheiro, de marcar território e essas coisas de macho.
Ele disse, revirando os olhos. riu. Não iria questionar os costumes dos vampiros.
— Tudo bem, vá em frente.
ainda estava com o olhar fixo no seu pescoço, e parecia lutar contra seus instintos desde que aquela conversa começou. gostava de fingir que não, mas sabia que ele, no fundo, era como todos os vampiros, era um predador.
Ele se aproximou dela devagar e a agarrou pela cintura com força. Aquela era provavelmente a primeira vez que ele a mordia sem a intenção de se alimentar, ou sem ter sexo envolvido.
Delicadamente, ele afastou o cabelo da sua nuca e encostou o nariz ali. Sua pele se arrepiou, seu coração começou a bater forte no peito.
— Pronta?
Ele sussurrou em seu ouvido.
— Sim.
— Vou te machucar, . Eu prometi que nunca faria isso de propósito, mas vou te recompensar depois, eu prometo.
olhou para ele curiosa, a promessa de uma recompensa a deixava excitada.
— Está tudo bem, eu sei que você quer muito entrar ali, e eu confio em você.
Ele a lambeu duas vezes e, sem hesitar mais, mordeu no mesmo lugar. A dor veio imediatamente, a fazendo gritar. a segurou mais forte, e com uma das mãos, começou a fazer carinho em seu braço, na tentativa inútil de amenizar a agonia.
Felizmente, tudo acabou muito rápido e antes que ela pudesse pensar em reclamar, ele lambeu o ferimento uma vez para estancar o sangue e começou a beijar seu pescoço.
— Me desculpe. Você está bem? Está doendo muito?
Disse, entre os beijos, e a abraçou com força.
— Estou bem. Deu certo? Como ficou?
ficou parado, encarando a marca, e então encostou o nariz no seu pescoço novamente, inalando profundamente. Os olhos dele subiram até seus lábios.
— Sim, funcionou bem até demais.
Sua voz era puro sexo. Seu dedo percorreu a marca da mordida até o queixo dela. sentiu um calor, o corpo enfraquecendo com o toque do vampiro que ela desejava 24/7. Mas os dois tinham ido até ali com um objetivo.
— Então vamos logo. O tempo está passando.
Os dois caminharam em direção a um prédio que parecia abandonado; por fora, a estrutura estava comprometida. Ao invés da grande porta na frente, a guiou para os fundos, onde havia uma porta de ferro bem menor.
Ele a abraçou pela cintura antes de bater três vezes. Uma pequena janela se abriu e um par de olhos os encarou por alguns segundos antes de abrir. não teve tempo de perguntar nada, pois logo os dois foram engolidos pelo barulho.
Na escuridão do lugar, luzes piscavam em roxo e vermelho cortando a fina nuvem de fumaça que pairava no ar, criando uma atmosfera sobrenatural muito adequada. A música pulsava em um ritmo frenético que parecia não ter fim. Na pista de dança, os corpos se moviam uns contra os outros de maneira sensual.
a segurava com força enquanto guiava os dois pelo lugar. Ela examinou as pessoas ao seu redor, pareciam ser todos vampiros. Seria ela a única humana ali? Não estava com medo, sabia que ele a protegeria.
Os dois se aproximaram do bar, onde pediu cervejas. O vampiro virou sua Corona, bebendo metade do líquido antes de voltar sua atenção para ela.
— O que acha?
— Não é tão diferente de uma boate normal, mas, ao mesmo tempo, tem algo diferente que não sei explicar.
Ele sorriu para ela e a beijou rapidamente nos lábios. bebericou sua cerveja e ele se afastou um pouco, voltando sua atenção para a pista de dança.
Por alguns minutos, ele acenou e cumprimentou alguns vampiros que passavam por eles. Os vampiros homens e mulheres olhavam diretamente para ela por alguns instantes, mas quando se aproximavam dos dois, franziam a testa e se afastavam rapidamente. O que quer que tenha feito com aquela mordida, tinha dado certo.
— Quer dançar?
— Claro.
Respondeu e deslizou sua mão na de .
Ele sorriu, as presas à mostra, mais longas do que o normal, e a puxou para a pista de dança. curtiu o som da música e começou a mover seu corpo no ritmo assim que as mãos dele tocaram seu quadril.
Ele estava dançando perto dela, mas seus olhos estavam no seu corpo acompanhando cada movimento. Ela podia ver o brilho em seus olhos e sabia que ele estava excitado. Ele levantou os olhos para encontrar os dela e a luxúria estava lá. Ela sentia o mesmo.
Ela colou seu corpo no dele para que pudessem se mover juntos, com um tipo especial de intimidade que os dois tinham. sentiu fagulhas saltarem em cada uma das terminações nervosas de onde os dois corpos se encontraram.
cobriu sua boca com a dele. Um ardor tomou conta dela e seu corpo derreteu. O beijo voraz a deixou desorientada imediatamente. Ela deslizou as mãos sobre o peito rijo, mapeando o contorno dos músculos trabalhados e capazes de causar inveja em qualquer atleta.
Com um rosnado feroz, flexionou o corpo de encontro ao dela, e sentiu sua ereção já evidente roçando no seu quadril. Ela levantou os braços para lhe envolver o pescoço, puxando-o para si, as bocas se devoravam, as mãos dele deslizaram pelas costas dela até chegarem na sua bunda, as dela se entrelaçaram atrás da nuca, enquanto ondulava seu corpo de encontro ao dele, mas não tinha certeza se ainda seguia o som da música ou se apenas respondia ao seu desejo por aquele vampiro.
Foi quem interrompeu o beijo, quem deu um passo para trás.
— Precisamos ir para casa.
— Por quê?
— Vamos continuar essa dança em outro lugar.
Sua respiração estava irregular, ele queria mais. Os dois queriam mais. Ele riu de canto, e agarrou sua mão puxando-a em direção à saída.
De algum modo, se viu dentro do carro e os dois chegaram em casa. A tensão sexual era tão intensa que ela nem sequer viu o tempo passar.
Após deixarem os sapatos na entrada da casa, ele a levou para o quarto no subsolo. Ele estava sorrindo e isso a fazia sorrir também. O quarto estava diferente, havia comprado uma cama do tamanho de uma piscina, as colchas de cetim negro deram lugar para uma cor de uva, como vinho tinto. Ainda não havia janelas, mas não se importava.
fechou a porta com a mente, mesmo sabendo que não havia mais ninguém na casa. Ele a puxou pela cintura e colou seus lábios nos dela, dessa vez mais suave e devagar. A ternura dele não a surpreendia mais, estar na cama com era sempre uma montanha-russa de emoções. Ele a olhava com desejo, mas muitas vezes a beijava delicadamente.
Ela não conseguia resistir a ele. Beijá-lo a deixava nas alturas. Ela queria se controlar, mas provocava emoções que ela não conseguia desligar.
Ele a beijou de forma possessiva, como se ela fosse toda dele e ninguém pudesse tê-la novamente. E era exatamente assim que se sentia.
— Hora da sua recompensa.
Ele disse, e se afastou dela, dando um passo para trás.
— Tire tudo e vá para a cama — continuou, em um tom rouco. — Pernas abertas.
não disse nada, apenas obedeceu.
Ela tirou a camiseta por cima da cabeça e, em seguida, desabotoou o sutiã nas costas. Seus seios pularam para fora e pareceu, por um instante, que iria desistir de tudo que havia planejado e pularia em cima dela. Mas ele estava focado e acenou para ela continuar.
Ele começou a desabotoar sua camisa, e os olhos dela caíram para seu peito esculpido enquanto ele era lentamente revelado. Em seguida, ele empurrou seu jeans para baixo. A cueca bóxer preta apertada era tudo o que lhe restava, mas já podia confirmar o que havia sentido na boate, a ereção dele estava pronta para ação há algumas horas.
Quando finalmente tirou o próprio jeans com a minúscula calcinha de renda que fazia par com o sutiã, ele já estava completamente nu. Ela subiu na cama, exatamente como ele ordenou, e abriu as pernas, joelhos dobrados e pés apoiados no colchão.
sentiu seu rosto queimar, não era a primeira vez que faziam aquilo, mas ela ainda ficava envergonhada no começo.
Como um predador pronto para dar o bote, ele rastejou pela cama, imediatamente se acomodando entre as pernas dela. Ele se inclinou e beijou sua barriga, dando uma leve mordida. gemeu baixinho. Seu coração ainda estava disparado no peito, do jeito que sempre ficava quando ele tocava sua pele.
— Você confia em mim, ?
— Você sabe que sim.
Ele sorriu e subiu seu carinho até seu pescoço.
— Achei que essa marca só afastaria os outros — disse, mordiscando o local da mordida. — Não sabia que me deixaria louco para comer você no meio daquela pista de dança.
estremeceu, estava a torturando com as carícias cuidadosas.
— Me beija.
Ela disse, angustiada por mais contato.
a olhou nos olhos e fez exatamente isso, aproximando seus lábios dos dela, beijou delicadamente, estendeu a língua e a beijou com mais força. Continuou beijando até que se agitou na cama, ela queria mais.
— Você é a mulher mais linda e sexy que eu já vi.
Disse e beijou seu mamilo. Seus olhos se encontraram com os dela enquanto rodeava o mamilo e começava a movê-lo de um lado a outro com a língua. cravou as unhas na sua nuca quando sentiu ele fazer o caminho para baixo lambendo e mordiscando sua pele.
levantou a cabeça e perguntou:
— Você está bem?
— Vou ficar melhor se você andar logo com isso.
Ele riu malicioso.
— Não estou com pressa, gatinha.
levantou o corpo e, devagar, acariciou as suas coxas, fazendo sua pele se arrepiar. Ele se abaixou novamente e a experimentou, pegando-a de surpresa.
O gemido que saiu dos lábios dele se misturou com o dela.
levantou os quadris e soltou um gemido suave agarrando o lençol da cama. Ela se movia e se inclinava encorajando-o a continuar, cada músculo no seu corpo se contraia quando ele atingia um ponto mais prazeroso. Ela poderia passar a noite toda ali com as pernas abertas para ele.
Ele se demorou por um instante no seu clitóris, estalando a língua como se saboreasse uma deliciosa sobremesa. O vampiro colocou uma mão na sua barriga para segurá-la e enfiou um dedo fundo dentro dela e começou a movê-los para dentro e para fora com cuidado, pois gostava de vê-la se desfazer lentamente.
tentou se erguer na cama.
— !
Seu grito ecoou ao redor deles, enquanto continuava a chupá-la.
— Merda! Sim, bem aí! Não pare, por favor!
Seus gemidos se intensificaram e involuntariamente ela começou a apertar os dedos dele com contrações dos seus músculos internos. Suas súplicas ficaram desesperadas e, desse jeito, seu orgasmo a atingiu com força. Cada vez que os dois iam para cama era diferente, era íntimo, era intenso. Ela tremeu incontrolavelmente, suas coxas se apertando nos ombros dele, quando ela tentou fechar as pernas, ele a impediu.
Ela ainda estava sem fôlego quando ele a mordeu, a dor como uma doce picada de abelha a pegou desprevenida, tentou se afastar, mas as presas já estavam cravadas profundamente. Em seguida a sucção, e seu corpo começou a temer novamente.
Aquilo era novo. Ele nunca fez aquilo antes.
estava mordendo a parte interna da sua coxa, e ela estava gozando de um jeito violento.
Os gemidos de satisfação dele se espalharam no ar entre eles. Levantando a cabeça, ele a encarou por um instante com os olhos semiabertos. soltou um rugido que ela escutou abafado nos seus ouvidos, pois ainda estava confusa e entorpecida pelo orgasmo. E então ele a mordeu novamente. gritou, seu corpo convulsionando com um orgasmo atrás do outro. A segunda mordida foi mais próxima do seu sexo e não tinha mais voz para gritar.
— …
O apelo saiu como um sussurro enquanto ela tentava respirar, o veneno começava a deixá-la grogue, mas seu corpo estava mais vivo do que nunca.
Quando ele finalmente afastou a boca, seus lábios estavam molhados com o líquido vermelho e viscoso, e então ele esfregou a língua sobre eles. gozou mais uma vez, soltando um fraco gemido.
O sorriso de era sombrio, erótico e perigoso.
— Como você está, gatinha?
não conseguia formar frases.
— O quê… o quê…
Ele se ajeitou sobre ela, e não perguntou se ela estava pronta, não falou mais nada, apenas encarou seus olhos quando a penetrou.
— Você gostou da surpresa?
ainda não podia falar, seu corpo se rendeu a invasão dele se ajustando e engolindo tudo que ele tinha para satisfazer aquele desejo que ela sentia o tempo todo. Ela se sentia muito bem.
— Porra, gatinha! — Ele gemeu, quando sentiu ela se apertar em volta dele.
Ela não respondeu verbalmente, apenas levantou as mãos e agarrou seus braços musculosos, cravando as unhas na pele dele, enquanto ele começava a penetrá-la com força e rapidez.
Não demorou muito para que o prazer se tornasse grande demais para ela segurar. voltou a gemer, tomada pelas sensações.
— Você é incrível — ele disse a ela enquanto movia os quadris, saindo e afundando novamente dentro dela. — Tão apertada. Não vou durar muito.
ofegou. O sexo entre eles era sempre intenso. Mas aquilo era novo, estava diferente.
— Goza para mim mais uma vez, .
Ele ordenou.
Foi tudo o que ela precisou para explodir. Ele continuou entrando e saindo, prolongando seu prazer. Ela arqueou as costas e soltou um grito estrangulado quando gozou novamente. nunca sentiu nada parecido. Foi quase avassalador. meteu fundo mais uma vez dentro dela e gemeu, arrepios surgindo em seus braços enquanto ele gozava dentro dela.
— Minha gatinha — ele disse, ofegante. — Você ainda vai me matar.
queria responder, mas estava concentrada em tentar respirar.
Quando o prazer extremo passou, ela viu o sorriso satisfeito no rosto de antes que ele saísse de dentro dela. Ele a puxou mais para cima do colchão para que sua cabeça ficasse deitada nos travesseiros de pena de ganso. Ele a cobriu com o lençol de cetim e passou gentilmente a mão sobre sua testa suada, tirando alguns fios de cabelo do seu rosto.
— Como se sente?
Perguntou, estudando suas reações.
— Você já está morto.
Ela disse, sonolenta, o veneno finalmente iria derrubá-la.
— O quê?
Questionou, confuso.
— Tecnicamente, um vampiro já está morto.
Ele sorriu e a beijou. Devagar e delicadamente.
— Boa noite, . Eu te amo.
— Também te amo, Dom.
A última coisa que ela viu foi o rosto dele se aproximando antes de sentir seus lábios na sua bochecha.
FIM.
Qual o seu personagem favorito?
: 0%
: 0%
Nota da autora: Essa é para todes nós que já namoramos um vampiro. Se gostar, deixa um comentário! Xoxo
Se você encontrou algum erro de codificação, entre em contato por aqui.
0%