Independente do Cosmos🪐
Última Atualização: 31/10/24 🎃Did you have to do this?
I was thinking that you could be trusted
Did you have to ruin
What was shining? Now, it's all rusted
Did you have to hit me
Where I'm weak? Baby, I couldn't breathe
And rub it in so deep
Salt in the wound, like you're laughing right at me
Bad Blood – Taylor Swift
I was thinking that you could be trusted
Did you have to ruin
What was shining? Now, it's all rusted
Did you have to hit me
Where I'm weak? Baby, I couldn't breathe
And rub it in so deep
Salt in the wound, like you're laughing right at me
Bad Blood – Taylor Swift
foi atraída para um galpão abandonado nas redondezas da cidade. Tudo ali parecia propositalmente isolado, escondido do mundo, exatamente o tipo de lugar onde segredos poderiam ser enterrados para sempre. , com passos cuidadosos e expressão tensa, foi até o centro do galpão, onde esperava, de braços cruzados e uma expressão impassível.
— Não imaginei que você viria. — A voz de cortou o ar com um tom gelado, seus olhos fixos em .
hesitou antes de responder, mas manteve o tom firme, tentando disfarçar o nervosismo.
— Precisávamos resolver isso, não? — ela disse, mantendo uma distância segura. — Eu não queria que as coisas acabassem assim entre nós.
soltou uma risada seca e sem humor, o som reverberando pelo ambiente vazio.
— Não queria? Depois de tudo que você fez? — deu um passo à frente, e recuou instintivamente. — Confiar em você foi o pior erro da minha vida, .
tentou argumentar, as palavras vindo rápidas em um misto de desespero e arrependimento.
— , eu… Eu nunca quis te machucar. Eu só… — Ela parou, sentindo o olhar penetrante de , que parecia ver através de cada desculpa que ela tentava inventar.
Mas não queria ouvir mais desculpas. Ela tirou a faca de trás do cinto, segurando-a com firmeza. Os olhos de se arregalaram ao ver o brilho frio da lâmina, e ela soube que não havia mais saída. Tentou se afastar, mas foi rápida, avançando com determinação.
— Já chega, .
Todo mundo sempre dizia que a vingança era um prato que se comia frio, mas não podia discordar mais.
A vingança era quente, borbulhante, cálida…
Assim como as chamas do inferno.
Ela não se considerava muito uma pessoa religiosa, mas tinha certeza de que, quando partisse dessa vida, ela definitivamente teria seu lugar reservado bem ao lado do diabo.
Por quê?
Oh, simples.
Com o olhar frio e a expressão carregada de fúria contida, deu o passo final. Em um movimento rápido e preciso, sua lâmina cortou o pescoço de , que arregalou os olhos ao sentir o fio gelado rasgar sua pele e abrir caminho para o sangue que escorria quente, pintando sua pele pálida. tentou gritar, mas sua voz saiu como um sussurro fraco, um som abafado pelo líquido que agora preenchia sua garganta.
O sentimento, contradizendo tudo o que imaginava, era bom e revigorante.
Nunca antes a frase olho por olho e dente por dente a fez se sentir tão bem.
Sua ex-melhor amiga podia não ter a matado de maneira tão literal quanto a ação de , mas ela, sem sombras de dúvidas, tinha tentado de todas as formas possíveis acabar com a reputação e o trabalho duro que tanto teve para seu prestígio pessoal.
E para ela, aquilo não tinha perdão. Não depois de tudo o que havia compartilhado.
Não depois de confidenciar todos os seus medos e receios.
— Você tinha mesmo que fazer isso?
a olhou com escárnio e desprezo, dando a volta pelo corpo caído da sua primeira e única vítima. Pegando a faca usada para o primeiro golpe, voltou até onde praticamente se engasgava no próprio sangue.
— Eu pensei que podia confiar em você. — se acocorou de frente para ela, gesticulando a faca com a mão direita. — Você me acertou bem no meu ponto fraco, bestie. — rosnou antes de cravar a ponta da faca, agora bem do lado direito do peito de . — Agora eu estou te acertando no seu. — Ela riu fria e sádica — Você consegue respirar? Porque, quando você me apunhalou pelas costas, eu não consegui.
queria gritar. Ela, com toda certeza e se pudesse, gritaria por ajuda. Mas seu próprio sangue a impedia de fazer qualquer outra coisa além de se debater, afogando-se em seu próprio choro e a falta de ar iminente.
tinha feito um bom trabalho em fazer a sua ex-melhor amiga ficar tão sem ar quanto ela ficou um dia.
— Diferente de você, amiga, eu tive culhões de te acertar enquanto olhava em seus olhos.
continuou, ainda acocorada e respirando tranquilamente. Embora o sorriso gelado e sádico nunca saísse de seus lábios. arregalou os olhos.
— Ora, não faça essa cara! — retrucou, quase ofendida. Quase. — Não era você mesma que dizia que eu sempre era tão corajosa e ousada para fazer o que eu tinha vontade?
A pergunta retórica não seria respondida nem se conseguisse ser capaz de emitir qualquer outro som que não seus últimos soluços.
— Bom, eu tive vontade de te matar.
E como se para jogar sal na ferida, girou a faca na carne de , forçando o aço contra o interior de seu peito, prolongando sua dor de forma miserável e perversa.
abriu a boca e fechou, grunhindo sem forças.
— O quê? — colocou a mão no ouvido e o inclinou em direção a outra cinicamente — O quê você disse? Eu não consegui te ouvir com você engasgando no próprio sangue.
ficou ali, observando o corpo de perder a força e cair sem vida aos seus pés, o peso do que acabara de fazer lhe aliviando os ombros de repente. Havia encerrado o que precisava ser feito, mas, no fundo, sabia que um pedaço de si mesma fora embora junto com a última faísca de vida de .
Por um instante, o silêncio a envolveu, e se permitiu um último olhar para a mulher que um dia fora parte de sua vida, alguém em quem confiara... alguém que agora jazia sem vida diante dela, traída e derrotada.
acabava de matar sua ex-melhor amiga a sangue… quente.
Tão quente quanto a plasma tórrida que escorria do pescoço da mulher agora sem vida à sua frente.
caminhou para fora do galpão sem olhar para trás, seu coração firme e sua expressão resoluta. Não havia espaço para arrependimento. Ela sentia apenas o sabor da justiça, o encerramento de um ciclo que já deveria ter acabado há muito tempo. era o último fio que a prendia ao passado, e agora, com ele cortado, se sentia estranhamente leve.
Ela limpou as mãos manchadas de sangue sem pressa, quase com um toque de precisão cirúrgica, como se eliminasse apenas um resquício incômodo de uma tarefa bem executada. Qualquer fragilidade, qualquer afeto que um dia sentira por havia desaparecido, esmagado pela traição que ela nunca poderia perdoar.
Ao alcançar a rua deserta, puxou o casaco para si, sentindo-se mais no controle do que nunca. A noite era sua cúmplice, uma testemunha silenciosa que compartilhava seu segredo. Ela respirou fundo e sentiu-se preparada para o futuro – um futuro livre de qualquer sombra deixada por .
Afinal, ela sempre soubera que uma fraqueza como aquela não poderia sobreviver em seu mundo.