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Independente do Cosmos🪐

Última Atualização: Fanfic Finalizada

sempre foi uma estrela em resolver casos. Desde o momento em que entrou para a BAU, sua determinação e habilidade em ler pessoas chamaram atenção, mas ninguém na equipe a desafiava tanto quanto Spencer Reid. Ele parecia decidido a contestar cada ideia que ela tinha, e ela odiava o fato de ele quase sempre estar certo.
Para Spencer, era uma presença desconcertante. Seu jeito direto e a confiança quase arrogante eram como um enigma que ele não conseguia decifrar. Ele dizia a si mesmo que a implicância era meramente profissional, mas havia algo nela que mexia com ele de uma forma que ia além da lógica.
— Na verdade, , o que você está sugerindo contradiz os padrões estatísticos que já analisamos.
— Claro, porque números são muito mais confiáveis que pessoas, certo, Reid?
Os outros membros da equipe às vezes trocavam olhares divertidos durante as discussões. A dinâmica entre eles era explosiva, mas fascinante. Hotch chegou a comentar em tom de brincadeira que os dois pareciam um casal discutindo, o que apenas fez revirar os olhos e Spencer corar profundamente.

***

Ela odiava o jeito como ele parecia ter sempre uma resposta pronta — e pior ainda, como ele estava quase sempre certo. Cada reunião de equipe era uma batalha silenciosa entre os dois, uma troca constante de olhares desafiadores e comentários afiados.
Por outro lado, Spencer não conseguia entender por que mexia tanto com ele. Seu jeito direto e confiante o deixava... desconfortável, mas de uma forma que ele não conseguia explicar. Talvez fosse porque ela era a única pessoa que o fazia questionar suas certezas, o único desafio que ele não conseguia prever.
Tudo mudou quando os dois foram designados para trabalhar juntos em um caso em uma cidade pequena , rastreando um criminoso meticuloso que deixava mensagens enigmáticas no local dos crimes. e Spencer eram forçados a passar dias inteiros juntos, mergulhados em mapas, registros e conversas que os obrigavam a enfrentar a química que borbulhava sob a superfície de sua rivalidade.
O silêncio no carro era pesado, quase sufocante. olhava pela janela, os dedos tamborilando impacientemente no joelho. Ela não aguentava mais a atmosfera carregada entre eles.
— Você sempre precisa ser o mais esperto da sala? — ela perguntou, o tom carregado de sarcasmo.
Spencer desviou o olhar da estrada por um breve segundo, confuso. — Não é uma necessidade, é só... um fato.
bufou, revirando os olhos.
— Você sabia que arrogância é um defeito perigoso, Reid?
Spencer apertou os lábios, tentando manter a calma.
— E você sabia que impulsividade pode colocar vidas em risco? As palavras dele a atingiram como um soco, mas ela disfarçou, lançando um olhar desafiador.
— Eu sou impulsiva porque confio no meu instinto. Algo que, claramente, você nunca fez.
Spencer ficou em silêncio. Ele sabia que havia algo de verdade no que ela disse, mas a ideia de depender de algo tão subjetivo quanto "instinto" o incomodava profundamente.
Enquanto ela voltava a olhar pela janela, Spencer percebeu que suas mãos estavam mais tensas no volante do que deveriam estar. sempre conseguia arrancar dele uma emoção que ele não sabia nomear, e isso o deixava nervoso.

***

Mais tarde, no pequeno quarto de hotel, estava sentada no chão, cercada por fotos das cenas do crime e anotações. Spencer, em pé, rabiscava freneticamente em um quadro branco improvisado.
— Se você usasse menos lógica e mais intuição, veria que isso não é só sobre controle. É pessoal para ele — disse, apontando para um detalhe em uma das fotos.
Spencer parou de escrever e a encarou, cruzando os braços.
— E se você usasse mais lógica e menos... sentimentos, perceberia que o padrão está nos locais dos crimes, não nas vítimas.
respirou fundo, tentando não perder a paciência. Ela pegou uma caneta da mesa e a girou entre os dedos, como se isso fosse ajudá-la a manter a calma. — Você não consegue aceitar que pode estar errado, não é?
Spencer a observou por alguns segundos. Havia algo na forma como ela o olhava, como se estivesse o desafiando a derrubar suas próprias convicções. Ele sentiu o coração acelerar e desviou o olhar.
, frustrada, jogou a caneta na direção dele. Não era para acertá-lo, mas a ponta bateu no peito dele antes de cair no chão.
— Você é insuportável, sabia disso?
Spencer se abaixou para pegar a caneta, mas quando levantou o olhar, percebeu que estava o encarando, os olhos brilhando de irritação e algo mais que ele não conseguia decifrar.
— Vai dizer algo inteligente ou já admitiu que estou certa? — ela provocou, inclinando-se ligeiramente para frente.
Ele abriu a boca para responder, mas fechou-a de novo. Algo naquela proximidade o desconcertou. Spencer pigarreou e murmurou algo sobre precisar de café, saindo do quarto às pressas.
ficou ali, sozinha, sentindo o peso da tensão no ar. Por que ele conseguia mexer tanto com ela?

***

Na manhã seguinte, enquanto investigavam a casa de uma vítima, percebeu algo que Spencer tinha deixado passar: uma mensagem rabiscada embaixo de um móvel.
— Reid, isso aqui é exatamente o que eu estava falando — ela disse, abaixando-se para analisar melhor.
Spencer se aproximou rapidamente, ajustando os óculos enquanto se ajoelhava ao lado dela. Ele estudou o que apontava, os olhos estreitando ao absorver a informação.
— Você estava certa — ele admitiu, quase surpreso.
ergueu a cabeça tão rápido que quase bateu na dele. Seus rostos estavam perigosamente próximos, e por um segundo, nenhum dos dois se mexeu. percebeu como os olhos de Spencer brilhavam sob a luz suave. Ela deveria dizer algo, fazer uma piada talvez, mas as palavras morreram na garganta.
— Peraí, você disse que eu estava certa? Preciso gravar isso — ela brincou, a voz saindo mais suave do que esperava.
Spencer desviou o olhar rapidamente, corando. Ele murmurou algo inaudível e se afastou, mas o impacto daquele momento ficou com os dois pelo resto do dia.

***

De volta ao hotel, a tensão entre eles finalmente chegou ao limite. Spencer e estavam analisando os relatórios do caso, mas cada pequeno comentário parecia um convite para um confronto. Estavam discutindo novamente, cada um mais exaltado do que o normal.
— Você está olhando para o suspeito errado — disse, apontando para uma das fichas na mesa.
— E você está ignorando o padrão comportamental — Spencer respondeu, sem nem erguer os olhos.
bateu com a caneta na mesa, irritada.
— Por que você sempre assume que sabe mais, Reid? Não é uma competição!
Ele finalmente levantou a cabeça, os olhos brilhando com um misto de exasperação e intensidade.
— Talvez porque você sempre trate como se fosse!
ficou de pé, cruzando os braços.
— Eu não trato como competição, mas se tratasse, pelo menos eu teria um motivo. Você, por outro lado, parece incapaz de aceitar qualquer coisa que não venha da sua própria cabeça.
Spencer jogou a caneta que segurava sobre a mesa e também se levantou, sua altura deixando ainda mais ciente de como ele estava próximo. — Isso não é sobre o caso, é? Você está irritada comigo, mas nem sabe o motivo. estreitou os olhos, desafiadora.
— Eu sei exatamente o motivo. Você é arrogante, prepotente e incapaz de admitir quando precisa de ajuda!
Spencer deu um passo à frente, reduzindo ainda mais o espaço entre eles. — E você é teimosa, impulsiva e se recusa a ver as coisas por outro ângulo. Os dois ficaram em silêncio, a tensão crescendo entre eles como uma tempestade prestes a explodir. sentiu o coração acelerar, não de raiva, mas de algo mais intenso.
— Sabe o que mais me irrita em você, Reid? — ela disse, a voz saindo mais baixa, quase um sussurro.
— O quê? — ele perguntou, a respiração pesada.
— O fato de você conseguir mexer comigo de um jeito que ninguém mais consegue.
Antes que pudesse recuar, Spencer a puxou para um beijo. Foi intenso, uma colisão de todos os sentimentos que haviam reprimido até aquele momento. Suas mãos deslizaram para os cabelos dela, enquanto agarrava sua camisa, trazendo-o para mais perto.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam sem fôlego, mas nenhum deles recuou.
***
Na manhã seguinte, estava na pequena mesa do quarto de hotel, com os papéis espalhados à sua frente. Spencer saiu do banheiro, a camisa meio desabotoada e o cabelo ainda úmido.
Ela levantou os olhos e, por um breve momento, se permitiu observá-lo. Ele estava diferente. Relaxado, talvez. Ou talvez fosse a lembrança do que haviam feito na noite anterior que a fazia vê-lo sob uma nova luz.
Spencer percebeu o olhar dela e arqueou uma sobrancelha.
— Algum problema, agente? — ele provocou, com um leve sorriso. fingiu voltar sua atenção para os papéis, mas a curva de seus lábios entregava que ela não estava tão focada assim.
— Só estou surpresa que você sabe sorrir, Reid. Achei que a lógica não permitisse isso.
Ele se aproximou, parando ao lado dela. tentou ignorá-lo, mas era impossível não notar a proximidade. Spencer inclinou-se ligeiramente, seu rosto perto do dela.
— Engraçado, porque ontem à noite você parecia bastante impressionada com minha falta de lógica.
sentiu o rosto esquentar, mas se recusou a recuar.
— Você vai precisar de mais do que um beijo para me impressionar, gênio. Spencer sorriu, aquele sorriso raro e cheio de confiança que ela raramente via. — Me dê um tempo.
***
Mais tarde, já na BAU, os dois trabalhavam lado a lado na sala de conferências. A equipe ainda não havia percebido nada de diferente, mas sabia que o clima entre eles havia mudado.
Enquanto Spencer explicava um perfil, aproveitou para cutucá-lo.
— É fascinante como você fala tanto, mas ainda consegue deixar escapar coisas importantes — ela disse, o tom carregado de malícia.
Ele parou, levantando os olhos para encará-la.
— Como o quê, por exemplo?
inclinou-se na cadeira, o sorriso quase desafiador.
— Como o fato de que você fica nervoso quando alguém chega perto demais de você. Ou deveria dizer... ficava.
Spencer ajustou os óculos, mas o movimento não disfarçou o rubor em suas bochechas.
— Interessante vindo de alguém que evita admitir quando está vulnerável. inclinou-se ainda mais, a voz agora baixa o suficiente para que só ele ouvisse.
— Você parece ter gostado bastante da minha vulnerabilidade ontem à noite. Spencer engoliu em seco, mas manteve o olhar fixo no dela.
— E você parece estar ansiosa para testá-la de novo.
sorriu, satisfeita. Eles sabiam que estavam jogando com fogo, mas nenhum dos dois parecia disposto a recuar, e aquele jogo estava bem longe de acabar.



FIM


Nota da autora: Fanfic feita especialmente para minha amiga-fic! Espero, de todo coração, que ela tenha gostado do presente.


Se você encontrou algum erro de codificação/revisão, entre em contato por aqui.


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