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Independente do Cosmos🪐

Última Atualização: Julho/2024

Para todas as garotas que queriam a proteção de Bucky Barnes, ser tocadas por Frank, ter uma paixão de segunda-feira por Mickey, ser desejadas por Nick ou viver um romance turbulento com o astro do rock Tommy Lee…
Para todas aquelas que, não importa o personagem, sempre serão obcecadas por Sebastian Stan.
Vocês não estão sozinhas.




“We only met each other just the other day
But you already got me feeling some type of way, now
If I could figure it out, I'd take you back to my house
So we could meddle about”

Meddle About - Chase Atlantic



Os diretores já tinham gritado “ação” há muito tempo. A cena se desenrolava bem, conforme estava previsto no roteiro ensaiado semanas atrás. O motivo da dinâmica estar dando certo era óbvio: a cena que filmavam não tinha Sebastian ou juntos em tela.
Quer dizer, eles estavam em tela, mas em ambientes separados e nunca interagindo. No entanto, quando Nick, personagem de Sebastian, deu a última fala e andou até a porta a esquerda onde , que interpretava Chloe, o esperava para interagirem juntos, toda a equipe por trás das câmeras prendeu a respiração inconscientemente.
As gravações já tinham passado do prazo de “atraso”. Estavam muito atrasados e correndo contra o prazo estipulado pela empresa de mídia. Embora o filme fosse de ação, não era necessário tantos efeitos visuais assim para que passassem por todo processo e filtro de edição e efeitos. Contudo, todos os outros atores e dublês tinham suas agendas lotadas e precisavam acabar o mais rápido possível. O projeto apresentado era bom demais para ser descartado e contar com Jessica Chastain no elenco só fez disparar a popularidade do filme que sequer estreou.


Mantendo distância, não é?Nick comentou enquanto observava Chloe treinar seus movimentos contra um dos agentes.

reproduzia a luta completamente coreografada, estando distante o suficiente do outro ator e com a câmera posicionada bem no ponto onde parecia que estavam frente a frente. A atriz respirou entrecortada, não sabendo se dando mais ênfase à atuação — já que sua personagem também estava cansada devido ao esforço físico —, ou se apenas realmente exausta por ter que repetir aqueles movimentos pela terceira vez naquela manhã.

Chloe sente o suor escorrer pela nuca, indo até suas costas. O ar mal entra em seu pulmão que já é automaticamente posto para fora.
— Se chegarem perto, eu me machuco. —
Explicou a Nick, a mão indo em direção ao agente derrubado e o ajudando a levantar.
É, parece os seus relacionamentos — Nick andou até próximo ao tatame. Estava prestes a pegar Chloe pelo cotovelo e refrear seus movimentos.
Quer mesmo fal…

se desequilibra pelo toque sem nenhum tipo de disposição de Sebastian e acaba indo ao chão.

— CORTA! — Andrew, o diretor, gritou assim que viu a atriz no chão. Na sua mão direita um copo exorbitantemente grande de café esquentava a pele e na outra, o script da cena que tentavam gravar o dia inteiro.
Puta que pariu! murmurou pelo impacto e cansaço. Negou a ajuda de Sebastian com um tapa nada gentil, que assim como a personagem Chloe fez, havia oferecido a mão para que levantasse. — Você não sabe atuar?
Stan riu incrédulo pela insolência da atriz e deu dois passos para trás.
— Tenho mais experiência no ramo que você. — Rebateu, um sorriso convencido no canto da boca.

Era verdade. A carreira de Sebastian Stan contava com muitos projetos a níveis internacionais, extrapolando bilheterias com sua participação no universo da Marvel, ou em projetos independentes. O portfólio de Sebastian era intenso e repleto de uma atuação excêntrica, crua e autêntica.

— E ainda assim estamos presos nessa maldita cena por sua causa. — balançou levemente a cabeça, não perdendo a oportunidade de alfinetar o ator.

A agente da atriz correu até ela, perguntando se tudo estava bem e se ela precisava de algum tempo, visto que nas últimas horas ficou presa numa cena estúpida de ação e que não poderia ser feita com dublês.

— Estou bem, Cam. — fechou os olhos, se concentrando na batida frenética do seu coração. — Só preciso de cinco minutos.

A atriz caminhou até a cadeira que continha seu nome, de frente para a mesa com as maquiagens para sua personagem. Longe dos olhos de todos e agradecendo mentalmente a sua agente por solicitar que ficasse mais reservada que o restante do elenco, deixou que um suspiro frustrado escapasse pelos lábios.
Quando Cameron chegou em seu apartamento, informando que tinha arranjado um teste para um filme genérico de ação, achou bobagem. Estava no início da carreira, tinha engatado certa visibilidade depois de estrear como protagonista em uma série teen da Netflix. Isso não queria dizer, contudo, que seria escalada para um filme que, pelo que tinha ouvido Cameron tagarelar sem parar, tinha no elenco Sebastian Stan, Penélope Cruz, Jessica Chastain, Diane Kruger e outros nomes de peso.
Mesmo assim fez o teste. Sabia que não ia passar. Os dois únicos “pré-requisitos” que cumpria era: ser atriz e mulher. Ponto. Não havia mais nada em que pudesse a colocar dentro daquele projeto. não queria ser tão negativa ou preconceituosa com a direção e escolha de cast. Mas era um filme de ação e estavam procurando uma protagonista para fazer par romântico com o personagem de Sebastian, afinal de contas.
Além de não ter uma carreira reconhecida, ela não tinha chance alguma de ser chamada para o projeto por ser fora do padrão hollywoodiano.
Era baixa demais, não chegava nem a 1,60. Era nova demais — em idade ou carreira. E era gorda. Por que diabos iriam querer uma atriz gorda para interpretar uma agente da CIA?

, precisa de alguma coisa? — Sua assistente a tirou de seus devaneios.
piscou rápido, se obrigando a focar a visão na mulher que gentilmente lhe oferecia ajuda e abriu um pequeno sorriso triste.
— Pode me ajudar a matar o Sebastian? — Sua voz soou esperançosa e grave. A respiração, embora ainda agitada, começava a se controlar. Por Deus, não tinha físico para aquilo.
Maggie sorriu complacente para a atriz.
— Desculpe. — Negou com a cabeça. — Se ele morrer antes do filme estrear eu não vou receber.

murchou os ombros, sentindo-se a pessoa mais egoísta do mundo. O filme sequer havia terminado de ser gravado e sua conta bancária já estava com quase oitenta por cento do valor acordado para sua participação. Os outros vinte sairiam após a estreia, junto com o pagamento das equipes que não eram creditadas ao fim do filme. Maggie era uma dessas pessoas.

— Me desculpe. — A atriz se corrigiu.
— Não se preocupe quanto a isso. — A assistente deu de ombros. — Me chame de novo quando as gravações chegarem ao fim. — Maggie se aproximou mais da atriz e curvou o corpo até estar próxima do rosto dela. — Se ele morrer antes da estreia a bilheteria irá dobrar. — Ela sussurrou a última parte, como que com medo de ser ouvida.

Então saiu andando depressa quando alguém a chamou pela escuta no ouvido, deixando com um sorriso engraçado no rosto.
A atriz aproveitou da solitude e se observou no pequeno espelho. Sua imagem era a mais pura bagunça de suor e cansaço. Os cabelos desgrenhados da peruca ruiva que tinha que usar, as bochechas coradas pelo esforço que vinha fazendo, o rosto com a maquiagem manchada e suor brilhando por todo seu colo. Encostou na cadeira e deixou que seu pescoço caísse para trás, os olhos fixos no teto escuro.
Só aceitou fazer o teste porque pensava que nunca iria passar para o cast e agora que estava nele e já gravando algumas cenas só pensava em desistir. A multa por quebra de contrato, no entanto, era a única coisa que a mantinha presa naquele set de filmagem.
Puxou o decote da camiseta colada, que tinha que usar por conta da personagem, para cima incomodada por ter que usar roupas tão coladas e sensuais. Nos outros trabalhos pelo menos ela podia opinar sobre.

, querida. — Cameron chegou caminhando calmamente com o fiel Ipad a tiracolo, administrando toda sua carreira daquele eletrônico. — Andrew está chamando para ensaiar a luta com Sebastian antes da gravação. Ele quer aproveitar que os tatames estão montados e que os dois coreógrafos de luta estão aqui. — Cameron justificou o mais doce possível, sabendo que a amiga já tinha chegado no limite daquele dia.
abriu um bico enorme e franziu as sobrancelhas como se estivesse sentindo dor.
— Não quero mais fazer esse filme. — Falou chorosa, mas se levantou da cadeira mesmo assim. — Posso tirar ao menos essa peruca? Minha cabeça está queimando de calor. — Gemeu dramática.
— Pode, querida. — Cameron passou a mão por seu ombro e sorriu em ternura. — Ainda podemos pintar seu cabelo para que não precise usar isso. — Apontou para a peruca que agora foi jogada de qualquer jeito em cima da mesa.
— Não, Cam. — Negou firme, não dando espaço para que a agente refutasse sua decisão.

Caminharam juntas e em silêncio até o meio do set. Cameron, além de sua agente e empresária, era sua prima. Estiveram juntas desde que quis dar o primeiro passo para embarcar na vida de atriz. As duas garçonetes de um restaurante meia boca sonhando alto demais para o que a vida tinha a oferecer. Cameron formada em administração mas que nunca teve uma chance sequer de atuar na área e que tinha recém completado vinte e cinco anos e não sabia o que fazer da vida.
Graças a Deus que o universo tinha dado uma chance para que as duas fizessem valer a pena. Ainda lembravam, no entanto, que dezoito meses atrás estavam servindo mesas enquanto eram assediadas.

Sebastian já estava no meio do tatame, não usava mais o terno e a calça social de Nick e agora vestia uma calça de moletom e uma regata que ficava um pouco colada em seu abdômen. Ele repassava com Joffrey e Jeff os movimentos que tinha que fazer enquanto, impacientemente, esperavam que retornasse.
Os olhos vidrados do ator correram dos dois coreógrafos que imitavam a luta que ele deveria reproduzir para a mulher que voltava com sua agente a tiracolo.

— Até que enfim… — Sebastian levantou as mãos até a altura do peito, resmungando para a atriz.
prendeu os fios loiros em um rabo de cavalo e tirou o tênis, ficando só de meias. Seguiu até o centro do tatame onde os três homens a aguardavam e viu Cameron interromper os passos para atender uma ligação.
— Está com pressa para errar todos os movimentos?
— Diferente de você, eu levo meu trabalho a sério. — Stan deu de ombros. Os dois começaram a se rodear, conforme a coreografia da luta mandava.
bufou em escárnio.
— É por isso que errou a última cena mais de três vezes?
— Talvez se você conseguisse seguir o ritmo, eu não teria que refazer. — Stan estreitou os olhos.
— Seguir o ritmo? Estou apenas tentando não me entediar com sua lentidão. — sorriu maliciosamente.
— Lentidão? Cuidado para não tropeçar na sua própria arrogância.
— Prefiro arrogância a incompetência. — deu um giro ágil.
Sebastian não respondeu. Fez o primeiro movimento, imitando um soco que a princípio foi “acertada” para desviar do segundo.
— Pelo menos eu sei o que estou fazendo. Você só finge saber.
— Talvez se você se concentrasse mais no seu papel e menos em me criticar, seríamos uma dupla decente. — deu dois passos para trás e fingiu cair pelo golpe que Chloe levava.
Sebastian a observou se levantar rápido, imitando uma pose de ataque que, na sincera opinião do ator, quando Joffrey reproduziu para que a loira visualizasse, tinha ficado completamente ridículo. Então por que raios, quando ela mesma fazia aquela pose, Stan sentia vontade de se ajoelhar diante dela?
— Talvez se você tivesse algum talento, eu nem precisaria criticar.
viu o ator alcançá-la em menos de dois passos e a forma como Sebastian a olhava naquele momento quase a fez esquecer que estavam ensaiando uma maldita cena de luta. precisou conter a vontade de se afastar pela forma tão intensa com que ele mantinha aqueles olhos azuis em si.
— Talento eu tenho de sobra. O que falta é paciência para lidar com você.
segurou o antebraço de Stan com mais firmeza que o necessário para um ensaio, o empurrando para o lado e fingindo socar a costela.
Stan sorriu ironicamente para ela, a língua passeando pelo lábio inferior.
— Paciência e coordenação, pelo visto.
— Coordenação não é problema, desde que você consiga me acompanhar.
Stan precisou refrear os próprios pensamentos que se desencadearam diante da resposta atrevida da mulher. Como alguém conseguia ser tão irritante daquele jeito?
— Eu posso acompanhar. Só espero que você consiga melhorar.

Estavam chegando na última parte da luta coreografada. Para a infelicidade de todos, os dois atores nunca conseguiram ir até o fim naquela coreografia em específico. Sempre acontecia algo que fazia a atriz errar a cena, não importava o quanto Jeff e Joffrey ensinassem. Sebastian não poderia perder a oportunidade de alfinetá-la por isso:

— Se você acertar a última parte, eles irão nos liberar. — O ator estalou a língua, se preparando para puxar para si.
— Eu vou acertar a próxima parte, Stan. Não se preocupe. — resmungou.
Seguindo a coreografia, Sebastian simulou um mata-leão nela. fingiu se esforçar para pegar o antebraço do ator e morder o local com força para se soltar.
— Você sempre erra a última sequência, . — O ator a provocou, falando baixo e rouco perto de seu ouvido.

Já em sua marcação, Sebastian afrouxou o aperto e viu simular uma corrida para frente, onde teria uma arma na cena principal. Stan puxou a loira pelo pulso, nessa parte, na cena original, Chloe pega a arma e aponta bem no meio do peito de Nick.
Stan a puxa para frente pelo pulso e a gira conforme se aproxima de seu tronco. bate as costas no peitoral do ator, uma mão presa pela dele e a outra se abaixando pelo frio que emaranhava seus sentimentos. Sebastian a puxou para mais perto e encaixou o rosto na curva de seu pescoço, respirando alto e forte.
sentia os músculos reclamando por tanto esforço sem pausa e suas articulações doíam pelos mesmos movimentos repetitivos, mas não foi por isso que toda sua pele arrepiou e um suspiro lutou para sair de sua boca. O calor do corpo dele contra o dela a fazia perder o fôlego. Ela se esforçou arduamente em tentar reproduzir, o mínimo que fosse, o movimento que os coreógrafos passaram.
Mas o que previa, aconteceu.
Exatamente como nas outras vezes.
Foi só Sebastian passar a mão livre do seu quadril até a base da costela, movimentando os dedos tão delicadamente por cima do tecido que cobria sua pele, que teve que empurrá-lo para longe de si. O toque dele a queimava de um jeito que ela não conseguia ignorar.

— Tudo bem. — Murmurou para si mesma. — Eu já entendi essa parte.

Sebastian soltou um riso nasalado e estreitou os olhos, aproximando-se novamente, mas mantendo uma pequena distância que apenas aumentava a tensão. Achava que tinha imaginado coisas, que estava se tornando tão obcecado pela atriz que começou a ver sinais que não existiam. Mas eles estavam ali, e por mais que tentasse esconder, o ator tinha enxergado.

— Tem certeza? — Ele perguntou, a voz baixa e provocante. — Porque parece que ainda estamos com dificuldades em algumas áreas. — Seu olhar era intenso, fixo nos olhos dela, como se pudesse ver através de todas as defesas que ela ergueu.
— Não seja ridículo. — se afastou o dobro de passos que o ator se aproximara. — Depois disso Nick tenta roubar o dispositivo que está preso na roupa de Chloe. — A atriz explicou a cena rápido demais, mais para si do que para Stan que a observava com um brilho divertido no rosto.

Ao redor do set, os coreógrafos da cena de luta, a agente de e os produtores observavam atentamente o ensaio. Era impossível não notar a química intensa entre os dois. Cada movimento, cada toque, carregava uma eletricidade palpável que ia além da atuação.
Os coreógrafos trocaram olhares significativos, conscientes de que aquela tensão autêntica elevava a cena a um novo patamar. A agente de viu o mesmo. Ela sabia que esse tipo de conexão genuína era raro e valioso para a indústria.
Os produtores, sempre em busca de algo que garantisse o sucesso do filme, observaram com interesse crescente. Eles já haviam discutido a possibilidade de trocar de atores devido às dificuldades iniciais, mas agora, vendo a química inegável entre Sebastian e , a ideia parecia absurda.

percebeu quando o ator deu mais dois passos em sua direção, não muito disposto a encerrar o assunto.
— Sebastian… — Ela começou, mas sua voz falhou quando ele deu mais um passo, seu corpo quase tocando o dela novamente.
— Sim, ? — Ele murmurou, a proximidade fazendo com que seu hálito quente roçasse a pele dela, fazendo-a estremecer.
Ela respirou fundo, tentando manter o controle, mas cada fibra do seu ser clamava pela proximidade dele, pela sensação do toque dele.
— Vamos… apenas continuar, ok? — Ela conseguiu dizer, sua voz um pouco mais firme.
Sebastian sorriu, um sorriso que dizia que ele sabia exatamente o efeito que tinha sobre ela.
— Como quiser. — Ele disse, mas a intensidade no olhar dele prometia que essa dança entre eles estava longe de acabar.


*****



As gravações daquela semana, surpreendentemente, seguiram bem. Para a alegria dos produtores, as cenas entre Sebastian e estavam seguindo bem. Resolveram adiantar todas as partes que pareciam funcionar com mais facilidade e foram deixando as mais difíceis para o final.
Um exemplo disso era a maldita cena de luta e a cena do beijo entre o casal.
Por mais que Sebastian e interpretassem um par romântico, esse seria o primeiro filme de uma trilogia, logo, nesse primeiro filme o que mais seria trabalhado era uma tensão sexual e na forma como um não conseguia fugir do outro. Teriam apenas uma única cena de beijo e um corte dos dois deitados na cama enquanto Nick beija Chloe, deixando explícito o que fariam após isso.
Como nem toda bênção vem sem uma desgraça, essas duas cenas eram as que faltavam para seguirem com a segunda parte do filme, onde não era mais necessário ficarem presos em um set e partirem para as gravações ao ar livre.

Sebastian chegou cedo no set naquele dia. Seria um dia corrido entre gravar as cenas que já estavam aprovadas e ensaiadas e repassar o texto e a luta coreografada com . Stan via o quanto a atriz se esforçava o dobro que todos para fazer tudo dar certo, para que as falas fossem ditas corretamente e para que sua atuação saísse o mais perfeita possível. E por Deus, Sebastian a achava uma atriz fenomenal pela pouca idade e experiência que tinha.
Stan só não conseguia controlar os impulsos de estragar qualquer cenas juntos, de propósito, só para que a visse irritada.
Por isso, na semana da gravação que encenava a luta coreografada com Rick, ele errou de propósito das mais amadoras formas possíveis: errou a fala; saiu do enquadramento da câmera; esbarrou nela; a fez tropeçar.
E a cada vez, quando Andrew gritava um “corta” e os mandava repetir a cena do início, as bochechas coradas, o olhar raivoso e o peito arfante de , o faziam querer errar de novo, e de novo, e de novo.
Não fazia sentido ele agir daquela forma, como um adolescente tentando chamar a atenção da garota popular de qualquer jeito. Mas lá estava ele. Totalmente rendido e derretido por uma atriz que tinha quase a mesma idade que ele tinha de carreira.
A forma como ela se mexia para repetir o que Joff tinha ensinado, ou como seu peito subia e descia rápido e forte enquanto respirava fundo em busca de ar todas as vezes que se cansava demais. Era demais para ele. Culpou o maldito decote e a regata colada que ela usava para gravar. O tecido envolvia todo o seu corpo e curvas, assim como fazia seus seios saltarem para fora, de tão avantajados que eram.

Sebastian não era o protagonista principal da trama, pelo menos não nessa primeira sequência. Essa primeira parte seria mais focada em e nas outras atrizes do elenco, mas isso não queria dizer que a opinião e relevância do ator não tinha influência dentro da produção.
Quando todas as outras atrizes haviam sido escaladas e faltava apenas o par romântico de Nick, Stan viu pessoalmente as gravações que foram feitas dos testes das atrizes que queriam o papel.
, para sua infelicidade, tinha sido descartada antes mesmo da gravação chegar em sua mão. A desculpa da indústria, muito nivelada de um falso conselho, era que além da loira ser muito mais nova para interpretar um casal com ele, ela não tinha o corpo… Ideal para o papel. Era verdade, estava longe dos padrões hollywoodianos para filmes de ação ou qualquer outro projeto em que a trouxesse um protagonismo sexy e confiante.
Por coincidência do destino, enquanto estava em Nova York assistindo uma peça na Broadway — que era uma das coisas que Stan mais sentia falta, para ser bem sincero — Sebastian a viu contracenando no meio do palco e entregando tudo de si. Não era o papel protagonista, mas como coadjuvante da obra, não só o ator como todo o público presente, estavam encantados e petrificados no talento da mulher.
Ainda naquela noite, sem sequer sair do teatro ou de tirar os olhos dela, Sebastian ligou para o diretor do filme e disse que tinha encontrado sua Chloe. Stan deu o nome da atriz para Andrew e o diretor logo o informou que ela tinha feito o teste mas que não havia passado, por isso a gravação do teste sequer tinha ido para sua mão. Não precisou de muito mais que um par de palavras para que Stan entendesse o real motivo dela não ter passado.
E ali, enquanto a via se entregar inteiramente naquele palco, dando tudo de si e roubando não só a cena de toda a peça, como também a parte mais racional de Sebastian Stan, ele foi bem claro com Andrew, não deixando espaços para contestação:
“Quero a gravação do teste dela no meu e-mail nos próximos cinco minutos. E Andrew… Se ela não for a Chloe, pode procurar outro ator para interpretar o Nick.”
Sebastian não deixou que ninguém soubesse que ele havia intervido pessoalmente para a escolha do papel. Só deixou com que Andrew lidasse com tudo o que viesse depois.
E então, nos meses seguintes, enquanto ficava ansioso não só para conhecê-la como também para contracenar ao seu lado, Stan pesquisou todo e qualquer projeto em que ela fez parte. Em busca de mais, na tentativa de apaziguar a inconsciente sede que passou a sentir.
Sede dela, sede da beleza dela.

Infelizmente, quando o cast teve seu primeiro encontro para que os atores e as equipes por trás das câmeras se familiarizassem com as pessoas que conviveriam por quase oito meses, Sebastian estava no meio da divulgação da nova série da Marvel. Interpretando seu fiel e mais amado personagem por todos, Stan tinha um carinho enorme por todo reconhecimento que teve desde que aceitou o papel de Bucky Barnes e por mais que tivesse uma agenda e contrato a serem cumpridos, ele não faria desfeita com os fãs do personagem ou até mesmo com a produção da série.
Sebastian perdeu os seis primeiros encontros para a lida de roteiro, tendo uma assistente sua lendo as falas de Chloe para que não contracena sozinho, e não chegou a conhecer pessoalmente até o dia em que apareceu no set e já ter sido jogado para contracenar uma cena com ela.
Stan quase perdeu a fala por vê-la, finalmente, tão de perto.
Ele sabia que ela era baixa — nas suas stalkeadas pela atriz, descobriu sua altura. Obrigada Google —, mas ali, diante dele e seus quase 1.90, ela parecia minúscula. Suas bochechas estavam coradas e suas pupilas dilatadas demais, mostrando o quão nervosa ela estava.
A passagem da cena tinha sido um desastre, como todos sabem.
Stan não conseguia se controlar ou olhar muito nos olhos dela, estranhando a forma como ela se movia e atuava, tão contida e meio arisca. O ator tentou deixar o clima agradável, soltou uma piadinha ou outra para descontrair, mas ela estava relutante a manter aquele comportamento que a distanciava tanto da atuação que tinha presenciado na Broadway — ou em qualquer outro projeto —
Esse comportamento, no entanto, só acontecia quando precisavam atuar juntos. Ficava no estúdio mais tempo que o necessário e já tinha visto muitas passagens e gravações oficiais de cena. era incrível quando as câmeras estavam desligadas, mas era só quando o diretor gritava “ação” que a atriz se transformava em puro talento.
Era impossível não parar o que estava fazendo para observá-la atuar; sozinha ou com os demais do elenco.
Toda essa magia, infelizmente, parecia ser extinta quando precisava contracenar com Sebastian. Ele não entendia o que acontecia, mas era só estar no mesmo ambiente que ela, para que a mais nova agisse de forma arisca e ele, em contrapartida, tentando tirar dela a menor atitude que fosse, agia como um babaca. Isso não media seu talento ou comprometimento com o trabalho; e dia após dia, Stan viu o quão empenhada ela era desde que as lutas coreografadas tinham começado. Por ter uma bagagem da Marvel nas costas e também por já ter trabalhado com Jeff e Joffey, Stan tinha certa facilidade de pegar os movimentos mais rápidos e sincronizar as falhas com os coreógrafos. Mas não .

Perdido em seus pensamentos, lembrando-se em como tudo se desencadeou até a contratação da atriz e em como a dinâmica entre os dois não estava lá o que ele achou que estaria, Sebastian não percebeu quando virou pelo corredor errado entre os inúmeros trailers dispostos na área externa do estúdio. Deveria virar para a esquerda, para ir até a cafeteria no fim do grande estacionamento, tomar seu café quente e acordar a mente para o dia que viria a seguir. Ao invés disso, pegou o caminho da direita e ao chegar no último trailer e perceber que não havia cafeteria alguma ali, se preparou para dar a volta.
Uma voz meio chorosa e embargada ultrapassou a portinha entreaberta do trailer e ele se pegou indo em direção de onde o som vinha, sua curiosidade vencendo a batalha daquela vez.

— Sei que é culpa minha as últimas cenas estarem atrasadas, Cam. — fungou de novo e limpou o nariz com um lenço em sua mão.

Sebastian viu pelo reflexo do grande espelho dentro do trailer que a atriz estava sentada no pequeno sofá de frente para onde seu reflexo estava. Ela segurava o celular com força no ouvido e Stan percebeu porque os fios loiros estavam presos em um coque, deixando amostra a pele da orelha vermelha pela pressão que fazia e os dedos esbranquiçados de tanto apertar o aparelho.
A agente de parecia ter dado uma resposta que a atriz não tinha gostado, porque o ator percebeu ela revirar os olhos e bufar para o nada. Sebastian deu mais dois passos para mais perto, subindo na escadinha do trailer e quase enfiando a cabeça pela fresta da porta.

— Cameron, você tem ideia do quanto essas malditas coreografias de luta estão me levando à exaustão? — resmungou para a prima e agente, trocando o celular de uma orelha para outra. — Não sou como as outras atrizes, Cam. Não consigo dar conta disso.

Sebastian franze as sobrancelhas, sem entender sobre o que ela está falando. Algo dentro de si se remexe em frustração e inquietação por vê-la daquela forma: o nariz avermelhado, as bochechas coradas, o rosto molhado de pequenas lágrimas e os olhos tristes.

— Você sabe do que estou falando, Cameron! — se exaltou por um momento, odiava quando a prima fingia não ver o que estava acontecendo. — Eu não queria participar dessa droga de filme. Fiz o teste porque sabia que não ia passar. — Confessou baixinho, outra vez as lágrimas teimosas e relutantes caindo.

Sebastian retesou um pouco a cabeça, surpreso por ter ouvido a confissão da mais nova. Então ela não queria participar do filme? Será que havia escolhido a Chloe errada então? Suas divagações, no entanto, foram abruptamente cortadas pela voz dela soando ainda mais baixo enquanto se encolhia na posição em que estava.

— Cam, metade do tempo estou ofegante por tanta coreografia de luta que eu não consigo acompanhar e na outra metade do tempo estou com dores pelo corpo inteiro e ainda tendo que aguentar horas de gravações. Fora os ensaios, as passagens de roteiro, as mudanças intermináveis que Andrew que fazer de última hora… — vai adicionando mais justificativas enquanto sua mente trabalha a procura de um culpado. — Ah e não me fale do Sebastian! — A loira bate a mão na testa em completo aborrecimento e expira o ar com força dos pulmões.

Instintivamente o ator prende a respiração ao ouvir seu nome pela primeira vez na conversa e se inclina mais para não perder uma só palavra do que a atriz dirá sobre si.

— Ele está errando essas malditas coreografias de propósito, Cam. — Outro fungado sai sem sua permissão. — Já não basta eu me sentir péssima metade do tempo aqui, aquele atorzinho ainda tenta piorar o restante da droga do meu dia?!

Stan solta o ar com força, o sentimento de culpa alastra seu peito e de repente ele se sente a pior pessoa do mundo. Não sabia que ao errar as cenas só para conseguir mais tempo interagindo com — mesmo ela interpretando outra pessoa — estivesse a prejudicando tanto.

— Eu sei… Eu sei. — joga a cabeça para trás e dá o braço a torcer — Ele não errou os ensaios da semana passada, eu que os interrompia. — Fechou os olhos enquanto ouvia Cameron defender o ator. — Ei, você é minha agente. Tem que me defender, não a ele!

Um sorriso genuíno se formou no rosto de Sebastian com o aborrecimento evidente da mais nova. Assim como estava acostumado com os sinais desde que esteve pessoalmente com a loira, seu corpo praticamente gritava ao ver como ela se tornava incrivelmente gostosa quando estava com raiva.

— Cameron… — respira fundo se preparando para soltar a bomba na agente. — Ele me deixa nervosa, ok? — Sussurrou a última parte. — Não só como ator… Como, bom… Como homem também. Era isso que queria ouvir?!

O canto da boca de Sebastian foi repuxado em meio ao antigo sorriso e agora um tom mais cafajeste se moldava em seu rosto bonito. O ator até passou a mão pela barba baixa, que tinha que usar por conta do seu personagem, como se para alinhar os pelos no lugar. Ou talvez só uma mania que tinha sempre que deixava os pelos no rosto crescerem.

— Não… Pode deixar, eu sei ser profissional. — assegurou sarcástica a sua prima que, do outro lado da linha, não estava mais agindo como sua agente.. — Pode falar com o Andrew para que mude ao menos as roupas da cena do beijo? — Pediu num fio de esperança. Depois de desabafar com a prima, a tristeza e as lágrimas já não se faziam mais presentes dentro de si. — Cam, ele está tirando proveito de que sou gorda para querer bancar um diretor para frente. Não estou à vontade em como ele quer que a cena da cama seja filmada e eu não me sinto confortável usando a maioria das roupas do segundo ato. Por favor, tente me ajud…

Sebastian sentiu um frio crescer no estômago ao notar um dos figurantes entrando na área do set. O ator, só notando agora quanto tempo estava escutando uma conversa pessoal e que não lhe dizia respeito, endireitou a postura e o mais rápido que conseguiu, correu para o lado oposto do trailer de , indo para seu destino original.
Claro que, embora o café quente tenha lhe acordado o suficiente para tirar os problemas da mente, foi impossível que o ator não repassasse a conversa que escutou. A forma como a loira se queixava para a agente, mas que para os demais da equipe ela não dizia nada a respeito.
Stan, validava todas as queixas da atriz, e, com certeza, assim que pudesse faria o possível para conseguir que as mudanças que ela tanto queria fossem feitas.
Mas não ficou só com isso em mente.
Meio segundo depois se pegou lembrando da confissão dela. E ele estava certo, afinal de contas. Sebastian já esteve com muitas mulheres e em muitas camas para saber quando causava efeito em alguém. podia não querer, mas seu corpo flertava por ela e respondia a todas as investidas de Sebastian.
Com uma ideia travessa se passando na cabeça e com um sorriso malvado que precisou ser escondido pelo copo de café, Sebastian decidiu que estava na hora de acrescentar ainda mais química entre Nick e Chloe.


*****



Lá para o final do dia, quando já estava pronto para ir embora, Sebastian notou que uma das luzes do set interno continuava acesa. Naquela altura do campeonato, esse simples gesto era considerado normal, visto que com as gravações adiantando, a equipe passava a ficar mais tempo naquele local do que em suas próprias casas.
O ator poderia ter ignorado o ato, como fizera tantas outras vezes. Algo dentro de si, talvez como uma força magnética, o levou até onde a luz estava acesa. Durante o pequeno caminho que fazia, Stan não pôde deixar de notar que a equipe de cenário não estava ali, o que queria dizer que realmente quem quer que estivesse utilizando o cenário, estivesse sozinho.
Quem sabe esqueceram de apagar as luzes do cenário, pensou refreando seus passos.
Mas já estava perto o suficiente quando deu as costas, e assim, ao se distanciar menos que dois pés, ele ouviu a voz da mulher que estava tirando tudo de si nos últimos meses:

— Qual é, . Não é tão difícil assim. — Ela parecia resmungar consigo mesma, a voz um pouco entrecortada e a respiração falha.

Sebastian virou novamente, dessa vez mais devagar e curioso. Foi se aproximando sorrateiramente até encontrá-la realmente sozinha.

— Precisa se recompor e fazer o trabalho! — Outro resmungo saiu dela.

Stan se aproximou mais um pouco, notando que ela estava com um script na mão. Aguardou pelos próximos movimentos da mulher que parecia ensaiar incansávelmente algo e foi só quando, após um movimento em particular, o fez entender o que ela estava tentando fazer.
tentava ensaiar a cena da luta sozinha.

— Precisa de ajuda com isso? — Sebastian saiu do meio da escuridão já tirando a jaqueta de couro marrom que vestia e a jogando numas das cadeiras espalhadas pelo cenário.
deu um pulinho de susto ao escutar sua voz e notar sua presença, a mão que segurava o script indo em direção ao coração enquanto a outra tapava a boca pelo grito fino que deixou escapar.
— Quer me matar de susto?!
Sebastian precisou conter o sorriso que se formava no rosto, se permitindo apenas puxar os lábios em direções opostas.
O ator apontou para o script na mão da loira e se aproximou até estar no centro do cenário.
— Quero saber se precisa de ajuda com isso.
engoliu em seco e passou a mão pelo cabelo.
— Estou bem, obrigada.
Sebastian tombou a cabeça, dessa vez não conseguindo segurar que os dentes ficassem amostras pelo sorrisinho sarcástico nos lábios.
— Não perguntei se estava bem, . — Stan anda a distância restante até que fica de frente para ela. Ele a encara por quase um minuto. Perto demais. Sozinhos demais.
Então se aproxima, quase que literalmente colando seus corpos. Ele se curva um pouco, de repente presa e hipnotizada demais para conseguir se mover.
— Perguntei se precisa de ajuda com isso. — Sebastian tira o script da mão da atriz, passando a língua pelo lábio inferior ao perceber que suas mãos começavam a chacoalhar um pouco.

Ele passa o olho pela cena que ela tenta reproduzir sozinha, apenas para ter certeza se era sobre o que imaginava e um sorriso ainda maior se fez presente quando se deu conta que, ela estava não só ensaiando a cena da luta, como também a cena do beijo… Sozinha.
pisca, estática, nervosa, errática. Seu coração parecia ter criado um ritmo próprio naquele momento e seu corpo não estava conseguindo acompanhar a forma rápida como seu sangue era bombeado por todos os lados.

— São nossas cenas, . — Sebastian tira os olhos do papel, o colocando, com a ajuda da outra mão, na mesma página em que estava. Seu tom sai acusatório.
passa a mão pelo cabelo outra vez, sentindo como se estivesse sendo pega fazendo algo errado.
— Sim. — Tenta dar de ombros para parecer indiferente. — São as cenas do Nick com a Chloe.
Sebastian cerra os olhos, mantendo o rosto sério dessa vez.
— Foi o que eu disse. Nossas cenas.
Sebastian tenta dar um tempo para que ela pense no que responder, mas quando o mais velho entende que a mulher não pretende o fazer, ele a força:
— Por que está ensaiando nossas cenas sem mim?
esfrega as mãos pela lateral do corpo o mais discreto que consegue.
— Não sabia que ainda estava no set.
Stan solta o ar pelo nariz, divertido com a mentira que a mais nova contava.
— Então quer dizer que me chamaria se soubesse que estava aqui?
— Não. — anui a cabeça e responde antes mesmo que se dê conta do que faz.
O ator abriu um sorriso pequeno que não dava espaço para seus dentes aparecerem. Ele piscou devagar para ela e inclinou a cabeça olhando em direção a um ponto qualquer do cenário.
— Vamos, vou ensaiar com você. — Seus olhos azuis, divertidos e desejosos pousaram nela novamente.
precisou de um tempo para compreender o que o ator havia dito. Por um breve momento, enquanto ele falava, ela se perdeu pela imagem do seu rosto bem desenhado e maxilar tão marcado.
— Não tem outra pessoa para irritar?
esticou as mãos para pegar o script do ator e Sebastian o levantou no alto, aproveitando que era bem maior que ela.
— Gosto de irritar você, . — Stan inspirou profundamente o perfume que vinha dela. Era doce.

Assim como seu gosto deve ser, seus pensamentos gritaram em euforia e antecipação.

— Isso não tem graça, Sebastian. — cerra os punhos após tentar pegar o roteiro por três vezes.
Sebastian precisou de todo o autocontrole do mundo para não deixar que seus olhos caíssem para o busto da mulher. Mais especificamente, o seu pescoço amostra, para os seios espremidos na camiseta cor de rosa.
— Qual é, … Vamos ter que fazer essas cenas juntos, eventualmente. — Seus ombros subiram teatralmente, como para dar mais força ao seu argumento.

colocou as duas mãos no rosto, um suspiro cansado e aborrecido escapou de sua boca. Internamente analisava os prós e contras de ceder à ideia do ator e, por mais que tentasse não agir de forma infantil, não podia mentir para si mesma.
A lista de prós era enorme, enquanto a do contra tinha apenas uma palavra que piscava em letras garrafais e neon vermelho:
Desejo.

A atriz se deu por vencida e jogou os braços para o alto, desistindo de debater consigo mesma.
— Ok. — Sua voz saiu relutante e quando o homem a sua frente abriu a porra do sorriso vitorioso mais lindo que ela já viu na vida, precisou levantar o indicador em sua direção. — Na primeira brincadeirinha eu vou embora.
Sebastian levantou as mãos até a altura dos ombros e os levou para cima num claro sinal de que estava de acordo com a única regra que tinha sido imposta, embora o sorriso aberto não tenha vacilado por um segundo sequer.
— Sem brincadeirinhas, prometo. — O homem colocou a palma da mão bem ao lado da cabeça, como um escoteiro que pretendia seguir com a palavra.

concordou, mesmo contrariada consigo mesma, aceitar aquilo. A atriz inclinou a cabeça para o meio do cenário e andou até lá, deixando que Stan a seguisse. O ator jogou o script em cima da mesa que fazia parte do cenário, tirou os sapatos com os próprios pés e se aproximou da mais nova. Se iriam ensaiar a maldita cena de luta, provavelmente se continuasse de sapatos, a machucaria.
Ele passou os olhos ao redor, dessa vez mais atentamente, procurando por qualquer empecilho que ficasse no meio do caminho e acabasse os machucando. Aquele não era o cenário da cena de luta, não havia tatames para amortecer qualquer queda ou espaço livre que os permitiria correr. O chão estava gelado sob seus pés e os objetos e móveis dispostos no lugar estavam estrategicamente colocados para parecer que Nick e Chloe conversavam sobre algum plano.

— Quando você quiser. — Sebastian a alertou de que estava pronto.

O ator viu quando a mulher deu uma longa respirada antes de concordar silenciosamente.
cravou os olhos nos do homem, conforme tinha sido orientada, já que na cena sua personagem tinha acabado de descobrir um segredo de Nick. que deu o primeiro passo para começarem a se rodear, sempre se encarando.
Sebastian, nem de longe estava vestido adequadamente para uma coreografia corporal, mas ele não dava a mínima, para ser sincero. Ele só viu a oportunidade brilhar em frente a seu rosto e a agarrou como nunca antes o fizera.
Se rodearam três vezes, exatamente como Jeff tinha dito, e então, a dança iniciou.
Stan simulou o primeiro ataque, visto que Nick quem tentaria derrubar Chloe. Diferente dos outros ensaios, ou de qualquer outra instrução coreografada, quando fingiu ser acertada pelo primeiro golpe e encenou dar um soco, Sebastian parou a mão dela no ar a envolvendo com a sua e a puxou para mais perto.

— O que está fazendo? — levantou as sobrancelhas para o sorrisinho debochado que o ator lhe deu.
tinha falado sério quando disse que não iria admitir nenhuma brincadeira de Stan. Por isso, quando notou os lábios debochados se abrirem ainda mais a sua irritação, a mais nova tentou interromper qualquer que fosse o joguinho que ele pretendia começar.
Sebastian apertou ainda mais o contato entre suas mãos e a puxou contra si com mais força.
O ator se inclinou para ficar mais próximo de seu rosto.
— Siga o roteiro. — Murmurou, os olhos travessos presos nos dela.

tentou, por duas vezes, tentar quebrar o contato ou a proximidade com Stan. A mulher soltou um grunhido de raiva aceitando o desafio imposto por ele. Como a mão que deveria “socar” o ator estava presa entre as suas, fez algo que, desde que começou com a carreira de atriz, ela descobriu amar:
Ela improvisou.
A outra mão, a que estava livre, foi até ele e simulou o maldito soco.
Os olhos dele brilharam com satisfação enquanto observava a cena. Um sorriso lento e calculado se formou em seus lábios, curvando-se ligeiramente nos cantos, como se estivesse saboreando o momento. Era um sorriso de triunfo, silencioso e confiante, refletindo a certeza de que tudo estava acontecendo exatamente como planejou.
Sebastian continuou, encenando que tinha acabado de tomar um golpe forte. Se afastou dela por um mínimo momento e já se pôs rente a seu corpo outra vez. O próximo ataque, aquele que deveria derrubar Chloe, para que a atriz reproduzisse a cena de se levantar majestosa e confiantemente, veio de forma diferente.
Deveria ser a simulação de um gancho em seu queixo, capaz de desorientar a personagem por um momento, ao invés disso, Stan envolveu o rosto dela com ambas as mãos, passando a ponta do polegar lentamente por todo seu lábio inferior. Ele lambeu os próprios lábios, seus olhos fixos na boca dela, incapaz de desviar o olhar.
Não tinha sido exatamente Chloe que ficara desorientada.
sentiu seu corpo inteiro acender de forma extremamente perigosa com a ação dele. As mãos ásperas tocavam seu rosto com delicadeza, o polegar que contornava seu lábio marcava sua pele com promessas veladas de que, da próxima vez que ficassem tão perto um do outro de novo, não seriam os próprios lábios que Sebastian lamberia.
Ela o empurrou mais forte dessa vez, muito mais como do que como Chloe, para fugir daquela proximidade perigosa que incendiava cada célula do seu corpo e começava a molhar sua calcinha.
Sua mente não trabalhou muito bem no plano de fuga. Ou talvez fosse apenas sua parte mais atrevida que havia gostado de ter o corpo dele tão perto do seu. tentou se afastar, mas não rápido o suficiente.
Quando achou que a tensão não podia piorar, Sebastian Stan enrolou seu cabelo preso em um rabo de cavalo baixo entre a mão e o pulso, puxando-a contra si. Seus corpos se chocaram, e ela sentiu o calor dele contra sua pele. O ar ficou pesado, carregado de desejo palpável, enquanto os olhos da mulher se fecharam em uma intensidade avassaladora. Ela podia sentir sua respiração quente, cada vez mais próxima do seu ouvido, e o coração dela martelava no peito como se quisesse escapar. Cada fibra do seu ser estava alerta, consciente de cada toque, de cada movimento.
Com o rosto entre o pescoço dela, a mão direita segurando seus cabelos com firmeza, Stan soltou o ar pelo nariz, também completamente entregue àquilo. Sua mão livre saiu do quadril da mais nova e, uma ideia ainda mais ousada se apossou de suas ações. Stan arrastou a mão por baixo da blusa cor de rosa. Timidamente seus dedos tocaram os primeiros feixes de pele amostra, estudando a possibilidade de uma reação negativa do corpo da mulher.
mordeu o interior da bochecha com força e um grunhido baixo saiu de sua garganta. Aquele som foi o combustível para que Sebastian não só continuasse, como também aprofundasse o toque. Ele adentrou ainda mais na camisa, aproveitando da posição para que, ao apertar a pele de sua barriga passeando livremente por ali, as costas de pressionasse seu peito e sua bunda se empinasse contra uma parte sua que já estava mais do que acordada.
A atriz gemeu quando foi pressionada contra ele, o calor de seu corpo invadido seu organismo e seu perfume amadeirado entorpecendo completamente seus sentidos. Foi o volume da calça dele sendo prensado contra sua bunda empinada que a trouxe de volta à realidade.
O que porra estava fazendo?!
Da mesma maneira como chegaram àquele estado, furou toda a bolha de sede e desejo que construíram ao redor um do outro. Se afastou de Sebastian como se ele fosse uma doença letal ao seu corpo e, naquele momento, talvez ele realmente fosse.
Estava fraca, com as pernas bambas. Seu coração estava disparado, sua boca seca e a respiração entrecortada. , ainda de costas para o ator, foi em passos trôpegos até sua garrafa de água e bebeu longos e desesperados goles. Sua mão ainda no peito, tentando se recompor.
Sebastian deixou que a ponta da sua língua passasse no lábio inferior e mordeu aquele pedaço de carne logo em seguida. Inclinou a cabeça para baixo, observando o próprio estado transbordando desejo e tesão. Suas mãos foram, cada uma, para os bolsos da frente de sua calça jeans. Queria diminuir, por menor que fosse, a pressão que parecia prender todo seu pau.
Ele se aproximou lentamente da mulher, como uma cobra prestes a abocanhar sua presa.
E bom, sua cobra realmente queria fazer algo parecido com isso naquele momento.

— Vamos para a outra cena agora. — Sebastian falou baixo, a voz grave e rouca de tensão.

Os pelos da nuca de se eriçaram não só pela proximidade, mas também em como a voz dele soou tão gostosa aos seus ouvidos.
Antes de virar de frente para ele, lembrou-se de que a cena mencionada era, justamente, a cena do beijo entre Nick e Chloe.
Era isso que ele queria? Sua mente trabalhava rápido e o tesão crescente no meio de suas pernas não a deixava pensar direito.
A atriz tinha dois caminhos a seguir e, qualquer que fosse a próxima ação, mudaria o curso de tudo.
Poderia agir de forma profissional, poderia sair daquele set agora mesmo e colocar o máximo de distância possível entre os dois.
Pensar na mera possibilidade contorceu seu interior.
Já tinha sua resposta, afinal de contas.
Girou o tronco, percebendo só agora como ele estava perto, quase se colando novamente em seu corpo. Permitiu se perder mais tempo que o seguro naquelas duas esferas azuis que ele carregava no rosto, mas que agora estavam escuras e sedentas. Seu aceno positivo veio pequeno, quase tão fraco quanto as batidas erráticas do seu coração.
Sebastian soprou o ar pela boca entreaberta, não queria se afastar. Muito pelo contrário. Alí, naquele cenário, ele provaria que duas pessoas poderiam sim ocupar o mesmo lugar. Seu pau já se mostrava incomodado pelo aperto de tantas peças de roupas, entretanto, o desejo de entrar de novo na atmosfera que ela criava sempre que estava ao seu redor tinha o viciado como um drogado.
Stan foi até o meio do cenário esperando que se posicionasse para dar início a cena, já que a primeira fala era sua.
Sabe o que as pessoas fazem na lua de mel, quando viajam para uma das cidades mais românticas do mundo, não é? — Os olhos de Nick nessa cena deveriam ser zombeteiros, mas tudo o que Sebastian conseguia transmitir no momento era excitação.
, sentada de frente a mesa, conforme estava no roteiro e agradecendo a todos os deuses por poder se apoiar em algo que não deixasse evidente o quão trêmula estava, fez o seu melhor para interpretar uma Chloe contrariada:
Não…
Sua voz não saiu mais que um gemido antecipado por perceber que ele tinha pulado todos os cinco minutos de diálogos, começando exatamente pouco antes de onde realmente queria.
Sebastian se aproximou da mesa. Na cena, Chloe deveria estar agora olhando para o mapa, procurando alguma rota de fuga para a missão que teria ao lado de Nick, e Nick deveria estar sentado do outro lado, também olhando para o gráfico.
No entanto, os dois atores se encaravam profunda e intensamente.
Quero tentar uma coisa.
Sebastian deu continuidade à cena, os olhos azuis e intensos presos aos dela. Ele já sabia a cena de cor, já tinha decorado as falas de Nick até de trás para frente. Mas foi ali, encarando aquela mulher de lábios entreabertos e respiração arfante apenas por ele estar a olhando, que ele entendeu que estava rendido.
Não, Nick… Não tem outro caminho.
apenas falou a frase. Não tinha entonação na voz, não tinha atuação em suas ações. Ela mantinha as irises cravadas a deles, vacilando apenas para fitar os lábios rosados do ator.
Eu não estou falando sobre o trabalho.
Sebastian respondeu de acordo com o que seu personagem tinha que falar. Achou poético e abriu um pequeno sorriso, já que o que pretendia fazer ali realmente não tinha a ver com seu trabalho, de qualquer maneira.

No roteiro, seria Nick a se levantar e se aproximar de Chloe para depois levantá-la. Mas, envoltos naquela redoma de desejo reprimido e tensão, ambos atores já tinham descartado qualquer ação do roteiro que não os interessasse.
levantou de imediato, quase necessitada. A cadeira rangeu no chão que imitava a madeira do cenário. Ela aguardou, quase que desesperada, enquanto ele andava vagarosamente até estar perto outra vez.
E oh, puta merda, Sebastian Stan sabia o efeito que causava ao encarar alguém daquela forma quase primitiva.
Eles quase não piscavam. O mundo ao redor pareceu desaparecer. A intensidade do olhar de ambos era palpável, carregada de um desejo ardente que não precisava de palavras para ser compreendido.
Os olhos de , grandes e escuros, brilhavam com uma mistura de anseio e vulnerabilidade, enquanto os de Sebastian, profundos e hipnotizantes, refletiam um desejo incontido.
Eles estavam a poucos centímetros de distância, a respiração de um misturando-se com a do outro, criando uma atmosfera elétrica entre eles. sentia o coração batendo descompassado no peito, cada batida ecoando a tensão crescente. Sebastian, por sua vez, lutava para manter o controle, mas seus olhos traíam a urgência de seus sentimentos.
O silêncio entre eles era pesado, carregado de promessas não ditas e de uma atração quase tangível. O ar ao redor parecia vibrar, como se estivesse prestes a explodir de tanta energia acumulada. sentia cada célula do seu corpo em alerta, a pele arrepiada apenas pelo olhar dele. Sebastian, por outro lado, estava totalmente imerso nela, seus olhos devorando cada detalhe de seu rosto, como se tentasse memorizar cada linha, cada expressão.
Por um momento, nenhum deles se moveu, presos na magia daquele instante. A tensão era quase insuportável, cada segundo que passava aumentava a expectativa, o desejo de finalmente ceder ao que ambos sentiam. Eles sabiam que, se dessem um passo adiante, não haveria volta. E ainda assim, naquele olhar compartilhado, havia uma compreensão mútua, um consentimento silencioso que tornava impossível resistir por muito mais tempo.
Como da outra vez, Sebastian envolveu as duas mãos no rosto da atriz, forçando um pouco o polegar entre seus lábios para entreabri-los. arfou pelo toque carregado um tanto mais bruto. Se obrigou a manter os olhos abertos, jamais se perdoaria se perdesse na memória, cada pedaço bem desenhado do rosto daquele homem. Stan se inclinou, os próprios lábios entreabertos, roçou o nariz no dela por um milésimo de segundo até que se entregou a vontade que vinha carregando dentro de si por todos aqueles meses desde que começaram as gravações do filme: sua língua passou por todo o lábio dela, a deixando molhada com sua saliva quente. Logo depois sugou o lábio inferior como se o reivindicasse para si.
Não precisou de muito mais do que aquilo para que o interior da mulher se contraísse e sua calcinha ficasse, vergonhosamente, encharcada.
gemeu. Um gemido baixo, rouco, carregado e longo, que manteve seus lábios entreabertos o suficiente para que Sebastian perdesse o controle do que fazia e transformasse uma simples provocação em um beijo profundo e intenso.
A língua dele entrou na boca da atriz de um jeito tão possessivo e necessitado que não teve espaço para qualquer outra reação se não a de corresponder aquela carícia tão intensa e o puxar para si como se não estivessem perto o suficiente um do outro. O ator tirou uma das mãos do rosto de e, sem se importar em bagunçar a mesa, ele foi empurrando todos os objetos do cenário para os lados. Sem nunca quebrar o beijo, a empurrou até que se encostasse na mesa e forçou o seu corpo para cima, lhe dando impulso para sentar-se ali.
abriu as pernas para que Stan tivesse acesso e proximidade a sua boca. O beijo não era calmo, os movimentos não eram delicados.
Estavam desesperadamente necessitados.
Sebastian chupava a língua da atriz e ela, para se vingar, puxava o lábio inferior dele com mais força que o necessário. Ele pressionava sua ereção contra o meio de suas pernas, ela rebolava em contrapartida e gemia algo desconexo.
Até naquele momento eles não deixavam de se provocar, de tentar ver qual dos dois conseguia tirar o outro do sério mais rápido.
A blusa e o sutiã de foram tiradas em algum momento em que não percebeu. Sebastian continuava a beijando mesmo que o ar reivindicasse a necessidade de entrar pelos pulmões. Stan depositou mordidas pela pele sensível do pescoço dela, uma mão atrás da sua nuca, a trazendo ainda para mais perto de si, a outra envolvendo seu seio e beliscando o bico eriçado com força.
arfou com o novo estímulo, sua cabeça se jogando para trás à medida em que o mais velho brincava com aquela área sensível. Sebastian desceu as duas mãos até chegar ao cós da calça leggin em que ela usava, forçando o tecido para baixo. abraçou o ator pelos ombros e o deixou erguê-la o suficiente para que a calça saísse ao menos da base da virilha.
Voltaram a se beijar, Sebastian a segurando novamente pela base da nuca. , sentia seu clitoris inchado sem ao menos ser tocada ainda. Seu interior estava tão molhado que transpassava o tecido da calcinha. Sebastian estava prestes a torturá-la mais ao apertar e beliscar os bicos dos seus seios, quando foi surpreendido pela mão trêmula da mulher sob a sua, o levando diretamente para o meio de suas pernas.
Foi impossível refrear o gemido alto que saiu de . Stan não precisou de um segundo convite, o ator sequer precisou pensar no que deveria ser feito. Assim que a mulher levou a mão dele até o meio das pernas abertas, os dedos de Sebastian afastaram a calcinha molhada para o lado. O clítoris estava inchado, sensível e bastante molhado.
Sebastian mal conseguiu conter o grunhido quando seus dedos escorregaram. estava completamente excitada, molhada, sensível, extremamente pronta para recebê-lo e ele sequer tinha a tocado ainda.
Stan começou com movimentos circulares, em um ritmo deliciosamente rápido e nada gentil. As bocas ainda estavam grudadas, ambos desejando um ao outro como se precisasse daquele toque para sobreviver.
abriu a boca, mas o prazer era tanto que não conseguiu emitir nenhum som se não um barulho arfante e desconexo. Sebastian aumentou o aperto entre a nuca dela a trazendo para mais perto e escorregou dois dedos em sua entrada, começando um movimento rápido e enlouquecedor.
se remexeu desesperada e surpresa pela invasão tão deliciosa.
Por mais que estivesse saboreando cada novo suspiro e gemido manhoso que saía da mulher, Sebastian estava caindo em seu próprio precipício e o controle de suas ações escorria entre os dedos. Ele aumentou o vai e vem em e com o polegar pressionou o clítoris. A atriz arfou tentando se afastar um pouco do toque tão bruto em suas partes tão sensíveis, mas no menor sinal, Stan aumentou ainda mais o aperto na base do seu pescoço a mantendo parada.
O ritmo aumentou. Assim como os gemidos da atriz, os beijos desesperados ou o barulho molhado que vinha da sua entrada completamente ensopada sendo tão bem invadida.
E por Deus, Stan estava usando apenas os dedos ainda.
sentiu os primeiros sinais chegando. Crescia no interior do seu corpo e estava se alastrando rápido, avassalador, feroz.

— Não pare… — Completamente imersa no momento e no próprio alívio que parecia pronto para explodir dentro de si, gemeu aquelas palavras mais vezes do que, de fato, precisasse. A boca ainda grudada a dele, de forma que seus lábios roçavam nos do homem sempre que pedia por mais.

Sebastian não pararia agora nem se a mulher implorasse.
Sua ereção presa dentro da calça enviava fisgadas torturantes por todas suas terminações nervosas. Estava tão excitado, tão duro por debaixo daquele tecido pesado que precisou fechar os olhos com mais força. Seus dedos estavam sendo tão bem recebidos e envoltos nela, tão coberto pelos seus fluídos que foi impossível não gemer em antecipação, causando uma sensação excruciantemente estimulante.
Stan precisou conter um rosnado às unhas de se fincando em seus braços, procurando algo para se segurar à medida em que seu interior parecia mastigar os dedos do homem. Ela soltou um gemido alto e arrastado à tensão se esvaindo em uma onda de prazer que a deixa mole e faz todo seu corpo tremer.
Sebastian retira os dois dedos de seu interior, tão ou mais afetado com a intensidade quando . Ele se afasta o suficiente para levar a mão à boca, chupando e saboreando o resultado de suas investidas. Mas não parecia o suficiente. Não depois de ter o gosto passando por sua boca.
As mãos de Stan passeiam pelo braço da atriz, que continuava arfando em seu orgasmo, subindo até o ombro desnudo e descendo preguiçosamente pelo busto. O toque tão lento e delicado, quase como se contemplasse a visão que tinha dela tão entregue a si, contrariava todo o contato urgente de segundos atrás. As pálpebras de ainda estavam fortemente fechadas, sua respiração estava descompassada, sua mente nublada e corpo mole pelo ápice do prazer.
A sensação de estar sendo observada, no entanto, a obriga abrir os olhos e encarar frente a frente o motivo pelo qual seu interior parecia se contorcer.
Sebastian se ajoelhou com calma, sem nunca tirar os olhos dos dela e, sentiu um frio atingir sua espinha. Ele se movia devagar, torturante de tão lento. O ator passou as mãos pelos quadris da mulher, pronto para se livrar da única peça de roupa que o impedia de fazer o que queria. se abre um pouco mais, dando livre acesso de seu corpo para ele e o ajudando a tirar sua calcinha.
Sebastian, ao passar o tecido minúsculo pelos tornozelos da mulher, deposita um beijo no local. Ele segue com beijos suaves, traçando um caminho perigoso, cada vez mais próximo de onde sua língua e boca realmente ansiavam estar. geme outra vez, impossível de se conter ao sentir os lábios quentes tocando sua pele daquela forma.
Eram apenas beijos. Toques delicados em sua pele. Subindo pelos tornozelos e agora parando no interior de sua coxa. Mas aqueles lábios molhados e quentes, ao depositar cada uma daquelas carícias, prometiam silenciosamente levá-la a lugares em que nunca tinha ido antes. não conseguia tirar os olhos deles e, se não fosse parecer tão desesperada ou patética, podia jurar que imploraria para ele ir de uma vez por todas até o meio de suas pernas.
Por sorte, entre um beijo e outro, cada vez mais próximo, Sebastian olha novamente para a mulher e seu rosto deixava claro que não precisava pedir.
involuntariamente tenta fechar as pernas quando o ator passa a barba por fazer próximo de sua virilha e deixar que um sopro quente toque aquela parte tão necessitada. Sebastian não esperou um comando, permissão ou aceno; o ator abriu outra vez as pernas que se fecharam ao redor de seu rosto e deixou que sua língua passeasse devagar pela pele tão quente, sensível e molhada por um breve momento, antes de beijar aquele ponto com mais intensidade.

Oh, Deus! se contorceu mais na mesa, deixou o corpo cair para trás levando os dedos até os cabelos baixos de Sebastian tentando puxar para, de alguma forma, tentar aliviar a tensão que novamente crescia dentro de si.
Sebastian abre um sorriso canalha enquanto sua língua a toca de forma tão íntima.
— Chame pelo meu nome. — Ele brinca, se afastando rapidamente do meio das pernas da atriz, para então voltar com ainda mais intensidade em seu clitoris.

está com a mente tão embaralhada, o coração tão acelerado enquanto os olhos reviram de prazer, que ela sequer assimila o que o homem diz e geme outra vez palavras desconexas. Sebastian, para mostrar que não estava brincando quando a mandou gemer seu nome, introduz novamente um dedo em sua entrada e dá pequenas e ritmadas sugadas no clítoris da mulher.
segura o cabelo de Sebastian com mais força, gemendo o nome dele para mostrar o quanto está gostando. Apesar daquele toque estar a levando a um novo nível de excitação, a mulher sente a necessidade da boca dele na sua de novo, viciada em seu beijo e ansiosa para senti-lo dentro de si a preenchendo enquanto sente o próprio gosto em sua boca.

— Me deixe te sentir. — escorre a mão que apertava os fios baixos, envolvendo seu rosto e o puxando para cima em completo desespero.

Sebastian obedece seu comando cegamente, criando um caminho quente e molhado pela língua que foi subindo rápido, saindo do clítoris e indo até estar com o rosto próximo de seu busto e com o corpo inclinado inteiramente por cima dela.
desafivelou o cinto que prendia a calça do homem no lugar, não se dando conta em momento nenhum que estava completamente nua, enquanto ele mantinha todas as peças de roupa.
Não interessava no momento. Sebastian poderia continuar vestido, ela não se importava, tudo o que interessava para ela era que uma pequena parte dele estivesse livre das roupas.
A mulher rapidamente abre o cinto e o botão da calça, não consegue evitar o sorriso quando, ao colocar a mão por dentro da cueca do ator e puxá-lo para fora, se dá conta de que aquela parte não tinha nada de pequena.

— Por que está sorrindo? — Stan perguntou com a voz baixa, a ligeira impressão de que sabia o motivo o deixa convencido, o rosto se iluminando em algo mais cínico.
mordeu o lábio inferior, as pupilas dilatadas, não daria o braço a torcer.
— Nada…

Sebastian assente em um pequeno sorriso e se estica um pouco para tirar uma camisinha que estava guardada em sua carteira, no bolso traseiro da calça jeans. teve que morder o interior da bochecha para conter o suspiro descarado ao ver o homem se afastar o suficiente para abrir o pacote do preservativo com a boca e desenrolar, lentamente, a camisinha sob a porra da ereção enquanto mantinha contato visual, os olhos presos nos seus.
Era a porra da visão mais sexy que ela já viu.
No momento em que o homem se aproxima novamente, se inclinando sobre a mesa e a arrastando até que estivesse na ponta, o agarra pelos ombros e envolve as pernas ao redor de seu tronco, como se para ter certeza de que ele não iria para lugar algum além de seu interior.
Outro beijo se inicia entre as respirações arfantes e descompassadas. A urgência entre as línguas aumenta. Sebastian segura a atriz pela nuca sugando seu lábio com força ao mesmo tempo em que se coloca em sua entrada, deslizando para dentro devagar. sente todo seu interior ser preenchido, não evitando arquear as costas e empurrar a língua para o homem em um outro beijo necessitado.
As investidas, a princípio, são tão suaves que só servem para os enlouquecer de mais tesão. As línguas voltam para o mesmo ritmo sensual que os roubava arquejos, suspiros, gemidos e murmúrios.
apoia um braço na base da mesa e a outra descansa ao redor do pescoço do homem, quando Sebastian se inclina mais para conseguir ir mais fundo. O ator geme algo meio desconexo e é só quando implora para que vá mais rápido, que ele finalmente se deixa levar em investidas cada vez mais rápidas e fortes.
A sensação gostosa de mais um orgasmo crescer feroz e avassalador dentro de e não demora muito para que todo seu corpo trema ao expulsar a tensão com brutalidade, deixando apenas a sensação entorpecente dos músculos moles e onda de prazer a deixe fraca. Sebastian sorri, mas continua no mesmo ritmo por alguns segundos a mais, mas não resiste quando, ainda dentro dela, seu interior se contrai apertando seu membro quase com violência. Quando sente o familiar frio na barriga escorregar até sua ereção, o mais velho a puxa com mais força e se enterra o mais fundo que consegue dentro dela, as ondas de prazer deixando sua vista turva e nervos sensíveis.
Sebastian deixa o tronco cair por cima dela, a cabeça apoiada e descansando bem no meio dos seus seios. Preguiçosamente, ainda sentindo-se mole pelo próprio ápice, o ator leva a mão até o meio do emaranhado de pernas e gentilmente sai de dentro da mulher.
As respirações estão descompassadas, os corpos cansados, o suor escorrendo pela testa do ator e enviando ondas de calor por todo corpo, ainda estava praticamente vestido, afinal de contas.
tem a cabeça inclinada para trás, tentando reorganizar seus pensamentos e todas as sensações que ainda atingiam seu corpo quando a voz arrastada e meio abafada de Sebastian — por estar quase que com o rosto enterrado em sua pele — a chama.

— Hum…? — Sua boca emite um som qualquer, porque seu cérebro se nega a raciocinar no momento.
É quando Sebastian leva as mãos até a costela da mulher a agarrando, que ela inclina o tronco para frente para prestar atenção no que ele repete outra vez.
… — Stan a chama manhoso, o rosto está tranquilo e satisfeito.
A atriz franze as sobrancelhas, o instigando a continuar falando.

Sebastian, em toda sua seriedade e cinismo, passa a língua pelos lábios e inspira fundo — se perdendo um pouco nas bochechas coradas, lábios inchados e respiração ofegante da mulher.

— Estou dizendo que erramos uma fala. Vamos ter que repetir a cena.



FIM...?


Nota da autora: GENTE!
Eu mirei na fanficagem mas acabei acertando ainda mais na minha obsessão com o Sebastian Stan (Man, you looking good!)
Sério agora, o que eu posso dizer de Lanie e Sebastian? Ou sobre Desire em si?
No momento, realmente me vejo afetada demais por este homem e por esta fanfic que fiz em homenagem a toda minha obsessão por ele... Sequer sei o que falar aqui.
Espero apenas que tenham aproveitado a leitura e que no fim dela sua calcinha tenha ficado tão molhada quanto a minha.
PAREI!
Agora é sério... Comentem algo caso tenham gostado, isso me fará muito feliz!!


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