Codificada por: Cleópatra
Última Atualização: 22/12/2024— Quer que leve sua mala, bae? — O homem viu ela afirmar com a cabeça, enquanto ia em direção ao quarto, abraçada com sua esposa.
Ele subiu levando a bagagem e ao chegar na suíte, viu tirando suas roupas e entrando no chuveiro, que tinha vista para o quarto devido a grande parede envidraçada que separava os cômodos. Olhou bem o corpo escultural da garota e logo viu sua mulher se juntar a ela; as duas encenavam um beijo ardente enquanto a água corria pelos seus corpos nus. Ele caminhou até o banheiro e a cada passo que dava, sentia seu pau endurecer cada vez mais. Não perdeu tempo e abraçou as duas, entrando naquele amasso, que parecia tão gostoso e que agora tinha certeza de que estava, pois fazia parte dele.
Depois de um banho, um sexo a três cheio de saudade e mais um banho, os três conversavam sentados à mesa de jantar, apenas de robe, após comerem um delicioso macarrão italiano naquele fim de noite. contava como tinha sido sua viagem e o desfile para uma das marcas mais famosas do mundo. A era modelo fotográfica e de passarela, já tinha viajado o mundo quase todo, entretanto, o seu lugar sempre seria Paris, a cidade da moda. Toda vez que ela voltava de viagem, ela ia direto para a casa dos ’s; já era costume. O casal sentia tanta falta dela que a recebia com as maiores mordomias, não que não fosse assim sempre, mas digamos que era bom estar em casa, como dizia.
— Vai passar o fim de semana aqui, meu bem? — A mulher perguntou.
— Infelizmente, não, . Tenho compromisso amanhã.
— Você não tem folga mesmo… — O homem riu, servindo mais vinho nas três taças.
— Gosto de ser requisitada, , mas gostaria de passar mais tempo com vocês. — fez um bico e deu um gole em seu vinho. — Então vamos aproveitar o tempo que ainda nos resta? — sorriu em concordância e se inclinou, beijando o pescoço dela, fazendo fechar os olhos aproveitando o toque em seu seio que agora recebia da mulher. Os dedos da apertavam o mamilo já rijo da modelo, fazendo um gemido escapar de sua garganta. Logo em seguida ela sentiu outra mão em sua barriga, desatando o nó do robe que usava. Olhou para o lado e viu já sentado do seu outro lado; a mão grande do homem desceu pela sua barriga e quanto mais ele descia, mais as pernas da abriam involuntariamente. Os dedos do homem entraram entre os lábios já molhados e fizeram pressão no ponto de prazer; os lábios dele beijavam seu pescoço e logo a língua lambeu seu lóbulo, raspando os dentes ali em seguida.
já respirava de maneira pesada. Ela levou uma mão para cada corpo; uma deslizou pelo de , retirando completamente o robe, enquanto a outra entrou por baixo do tecido que cobria e pediu implicitamente para que ele levantasse, apenas para engolir o membro pulsante dele.
— Pelo jeito ainda está com fome, bae. — O falou em um tom provocante. Os olhos verdes o olharam de baixo de maneira indecente, então ela o tirou da boca apenas para circular sua língua pela glande e em seguida descer até a base para voltar a abocanhá-lo. já gemia com os dedos da modelo a estocando, então seu marido captou seus gritos com uma beijo e logo sentiu seu corpo dar sinal de um orgasmo. — Vamos subir, sim? Quero gozar dentro de você. — O homem sussurrou no ouvido de , que adorou a ideia.
— Vamos, que eu quero chupar você até gozar na minha boca, . — A garota umedeceu os lábios e os três subiram se agarrando para o primeiro andar. As duas mulheres já se beijavam loucamente em frente aos olhos atentos do . jogou no colchão e, assim que colocou um joelho de cada lado dela, sentiu Fukagu passear suas mãos pelo seu corpo, o que a levou a tombar a cabeça para trás, encostando no ombro do homem, e seu corpo esquentou rapidamente. — Ah, … — Os dedos compridos invadiram sua boceta de maneira ágil e sentiu suas pernas tremerem. abriu os olhos e viu mordendo o lábio enquanto se tocava ao ver os dois. A modelo já sabia que eles adoravam um bom voyeurismo, talvez tenha sido essa a ideia ao ter uma suggar baby há meses, e para isso era ótimo, já que adorava se exibir.
— Vamos, bae, goza… goza para nós. — já sentia seu clitóris pulsando e logo ele foi estimulado com movimentos circulares. Fukagu mordeu seu ombro e massageou o seio esquerdo da garota. Os gemidos deixavam a boca dela cada vez mais agudos e o último grito foi dado quando explodiu-se em um orgasmo.
— Linda… — acariciou as coxas da , que ao se recuperar, conseguiu fazer o que queria. Chupou os seios da , circulou o mamilo com a ponta da língua, recebendo o ronronar da mulher e desceu pela barriga chapada enquanto apertava o quadril dela com força. Enfiou a língua na intimidade dela, sentindo o gosto doce tomar conta de sua boca enquanto massageava o próprio seio em busca de aplacar o prazer. pegou uma camisinha na mesa de cabeceira e voltou para trás de , pincelando sua entrada e a penetrou devagar, rosnando a cada centímetro que era posto para dentro. Os três gemiam envolto aquela sensação avassaladora do sexo, o barulho obsceno e o suor escorrendo pelos corpos, denunciava o quanto estavam dedicados a dar e receber prazer. O ápice de cada um chegou de maneira deliciosa, os deixando extremamente cansados, mas ainda sim, satisfeitos e com seus corpos vibrando.
— Por hoje é só… — sussurrou, ainda um pouco ofegante.
— Concordo, amor. — O beijou sua esposa, que estava deitada ao seu lado, e em seguida depositou um beijo na testa de , que se encontrava deitada do outro lado. — Amanhã temos mais de você?
— Só se for uma rapidinha de manhã. — Ela riu de modo pervertido, deixando os dois felizes.
O casal era um casal conhecido pela alta sociedade na França. era dono do maior escritório de advocacia do país, e tinha sido uma grande modelo quando tinha a idade de sua suggar baby. Foi assim que se conheceram, em uma festa da agência da que, por um acaso, também tinha sido a da , que foi convidada para a tal festa. A ex-modelo viu potencial em e então decidiu apresentar ao seu marido; com o tempo o casal se interessou por ela e marcaram um encontro. Desde então, já fazia 1 ano e alguns meses que a era a suggar baby do casal; bem paga, bem comida e muito bem mimada.
deixou a casa dos s perto da hora do almoço e correu para o seu apartamento; precisava escolher uma roupa para o aniversário da sua melhor amiga, , que morava consigo. também era moradora do apartamento das delícias, como elas costumavam chamar, só que ela não participaria da tarde da beleza já que estava trabalhando. Chegou em casa e viu a loira na cozinha preparando o almoço. Ela lançou um olhar reprovativo para a , que apenas a abraçou por trás pedindo mil desculpas e foi direto para o seu quarto, onde trocou de roupa e voltou para a sala, que era conjugada com a cozinha.
— Me desculpe, acabei me atrasando, . — fez um bico.
— Tudo bem, nada que eu já não esperasse, ‘né, vagabunda? Seus “sugar parents” são mais importantes. — A loira revirou os olhos, fazendo aspas com os dedos.
— , eu dormi demais.
— E transou demais também, já sei. — A apenas bufou. — Venha logo me ajudar, temos apenas uma hora para almoçar e ir para o salão.
tinha um contrato com os s, nem mesmo sabia quem eram eles, coisa que deixava a loira irritada. No entanto, essa era uma das cláusulas, ela não poderia revelar o nome deles, afinal, uma família tão conhecida pela mídia com uma suggar baby seria um escândalo nacional. As duas almoçaram e foram para o salão de beleza, a queria estar perfeita em seu aniversário que seria no dia seguinte, mas comemorariam na virada em uma boate famosa e extremamente seletiva de Paris. Ter contatos era ótimo, principalmente para conseguir entradas para shows, passes vips em boates, bebidas de cortesia, roupas de lojas famosas, entre outras coisas.
e se conheceram na seleção da agência, que agora trabalhavam, não se desgrudaram durante todo o processo seletivo. Quando tiveram que ir em busca de um local definitivo para ficar, que não fosse o alojamento da agência de modelos, decidiram por irem morar juntas. Convidaram também a , que já era amiga de infância da , também era uma das modelos mais bem pagas de todo o país, com seus olhos únicos cor violeta, e três anos depois a convivência ainda era tranquila e divertida.
Elas adotaram uma a outra como irmã, apoiavam-se em todas as questões da vida, estavam sozinhas na cidade grande, então só tinham uma a outra no dia a dia. Com os cabelos prontos e unhas feitas, chegaram em casa encontrando quase pronta. Então colocaram as roupas que tinham escolhido para a ocasião e partiram para a boate, que era no centro da cidade; marcaram de encontrar o restante das amigas na frente do lugar. Quando desceram do uber, já notaram as beldades que eram suas amigas, esperando por elas três.
, que tinha estudado na mesma escola que e , hoje era designer de joias para uma empresa de alta classe. No Sabaku, doutoranda em diplomacia, irmã do melhor amigo do irmão da , o que nos trás até a última que estava ali, , cientista e prima de . O grupo acabou se unindo a anos atrás e agora era um só. Abraçaram-se e entraram na boate ao dar os nomes para o segurança; ficaram extasiadas com tamanha beleza do lugar. Não era qualquer boate, era uma das melhores da cidade e ela fazia mesmo valer o título.
— Vamos esquentar, meninas? — sorriu travesso e foi caminhando até o bar, sendo acompanhada pelas amigas. Beberam algumas doses e finalmente foram para a área vip, onde sentaram em uma mesa e pediram alguns drinks e conversavam alheias a qualquer um em volta delas. Estavam se divertindo como há muito tempo não faziam, o trabalho de todas era um tanto quanto desgastante e mal tinham tempo para ver seus amigos.
— Eu estou pronta para um bom desafio — falou. Ah, é, os desafios do grupo. Uma prática que elas sempre faziam quando saíam juntas, adoravam um bom jogo e se arriscar era a especialidade delas.
— Certeza que já bebeu o suficiente, Sabaku? — brincou.
— Bom, caso não tenha, eu peço mais uma rodada. — levantou o braço e pediu mais doses e drinks ao garçom.
— Eu desafio você… — colocou a mão no queixo — a dançar em cima dessa mesa. — Apontou para a mesa que havia no meio dos sofás em que estavam sentadas.
— Fácil demais, . — subiu na mesa e começou a dançar de maneira sensual, como se estivesse seduzindo a aniversariante, passou a mão pelo corpo e sorria de maneira safada. Todas gargalharam ao ver a Sabaku descer da mesa e sentar no colo de depositando um selinho nela, deixando a loira completamente sem ação. — Na próxima, algo mais difícil.
— Vamos começar assim já? — falou. — A parece muito quieta hoje…
— Estou apenas olhando o movimento…
— Ela deve estar com os sugars na cabeça.
— Céus, , pare de ser ciumenta! — Todas riram.
— Você só está transando com esses coroas? — perguntou e a apenas revirou os olhos, virando outra dose. — Ah, não, . — A ruiva olhou ao redor procurando algo, e então viu um homem sentado no bar, sozinho. — Eu te desafio… a beijar aquele cara ali.
— Eu não vou sair beijando qualquer um, 'né? — arqueou a sobrancelha.
— Ele é bem bonito, pelo que pude ver quando fui pedir sal para as tequilas. — A comentou.
— Vai, ! É um desafio, você tem que cumprir. — falou animada. — Além de ser meu aniversário!
— Ainda não, faltam… — olhou o celular — 34 minutos. — A revirou os olhos.
— Vai logo! — A Uzumaki vociferou.
levantou, rolando suas orbes verdes e virou mais uma dose. Chegou no balcão do bar e olhou discretamente para o homem e constatou que ele era realmente bonito. Bonito não, lindo, os fios pretos caindo pelo rosto, os olhos também escuros, a pele branca, nariz arrebitado e os lábios desenhados. A mordeu o lábio e nem notou que passou tempo demais analisando o rapaz, atraindo a atenção dele. Ela virou o rosto rapidamente e chamou o barista para pedir um drink. Sentou no banco que havia ali e cruzou as pernas, o barman trouxe seu drink e ela agradeceu dando um gole no líquido.
— Está sozinho?
— Sim, e pretendo continuar. — arregalou os olhos com a grosseria e o homem ao perceber que tinha passado do limite, se desculpou. — Me desculpe, não estou em um bom dia.
— Não precisa ser estúpido por estar em um mal dia. — Ela levantou irritada e começou a caminhar.
— Ei, espera. — respirou fundo e virou para ele, que agora sim via a mulher exuberante que estava diante de si. — Uau… Você… é linda. — A modelo corou, perdendo toda a sua pose de irritada, desviando os olhos para um ponto qualquer que não fosse ele. — Me deixe pagar um drink pra você.
— Já estou bebendo um. — Ela mostrou o copo.
— Deixe eu te acompanhar então. — Ele insistiu e ela ficou indecisa, mas tinha um desafio em questão, então voltou e sentou ao lado do moreno. — Meu nome é .
— .
Os dois acabaram bebendo mais drinks do que esperavam, conversavam sobre trivialidades e o quanto a vida era mesmo uma vadia. Ele realmente estava em um péssimo dia, mas parecia que a tinha chegado para alegrar a sua noite; ela o convidou para se juntar às suas amigas e depois de muito insistir, o homem aceitou. acabou comemorando o aniversário da junto com elas, beberam além do recomendado para se lembrar do que tinha acontecido no dia seguinte. Sua noite mudou da água para o vinho e beijou a mulher mais linda que ele já tinha conhecido, segundo a sua concepção. o acompanhou até o apartamento dele e fez tudo o que não costumava fazer: dormir na casa de um estranho, no entanto, não reclamaria, foi uma noite e tanto.
Com a maior das ressacas, fugiu logo cedo da cama do tal do , chegando em casa apressada. Entrou em seu quarto e encontrou e dormindo em sua cama, passou direto para o banheiro e tomou um banho rápido. Voltando ao quarto, foi em busca de uma roupa em seu armário. Caso ela não chegasse ao estúdio a tempo, seu empresário daria um belo de um discurso sobre horários, coisa que ele não tinha muita moral para falar.
— Não precisava ter dormido com o cara, prima.
— Céus, ! Que susto! — deu um sobressalto, olhando para trás com a mão em seu peito.
— Ela tem razão. — riu, ajeitando-se melhor na cama para olhar para a amiga. — Mas como foi?
— Foi uma ótima foda...
— Mas? — perguntou, como se completasse a frase.
— Espero não vê-lo nunca mais, vocês bem sabem…
— Contrato. — As duas falaram em uníssono e a deu de ombros.
— Você não pode ter relações sexuais? — A Sabaku questionou.
— Claro que eu posso ter relações sexuais... e românticas, mas, não quero tornar as coisas...
— Complicadas… — rolou os olhos, completando a frase da prima.
— Está bom assim do jeito que está, eu gosto de ser solteira. Pra mim é mais que um estado civil.
— Já ouvimos essa conversa antes. — levantou apenas de lingerie e foi para o banheiro.
— Vocês não… — A apontou para as duas e balançou a cabeça em negativo antes dela terminar a frase. — Preciso ir. — terminou de abotoar a camisa que usava.
— Onde você vai? — perguntou.
— Tenho ensaio fotográfico — respondeu mais alto por já estar no corredor.
— Amém maquiagem, viu?
— O que quer dizer com isso? — voltou ao quarto, lançando um olhar assassino para a prima.
— Nada. — sacudiu a cabeça negativamente várias vezes.
A deixou o apartamento e pegou um uber para ir direto ao estúdio, desceu no local onde seriam as fotos e seu empresário, Kakashi Hatake, já estava esperando-a na entrada. Foi direto para a maquiagem, depois figurino e por fim a maquiadora dava retoques enquanto ela já estava no fundo branco aguardando. Quando olhou para frente seus olhos se arregalaram, o destino resolveu brincar com ela da pior forma que poderia. O fotógrafo aproximou-se dela, tirou uma mecha de cabelo de seu rosto, olhando intensamente dentro dos olhos verdes surpresos, e engoliu em seco; os assistentes saíram da volta dela, deixando os dois a sós para que ele a orientasse para as fotos.
— Prazer, , meu nome é e eu serei seu fotógrafo hoje.
Merda!
A vida era mesmo uma vadia.
— Vocês não vão acreditar. — disse, recebendo vários cenhos franzidos. — O homem que transei ontem, ele é o novo fotógrafo da Stars Model.
— Você 'tá de sacanagem! — exclamou. — Qual a probabilidade?
— Foi o que eu pensei. — A fechou a porta e entrou, jogou sua bolsa em uma poltrona e foi até a geladeira, pegando uma cerveja.
— Talvez seja a sua oportunidade de se livrar dos… — começou.
— Não quero me livrar deles, gosto da mordomia, dos mimos e do sexo. — A a interrompeu.
— Eu queria muito saber se esses coroas são tão gostosos como você diz. — comentou.
— Voltando ao que eu estava dizendo — continuou , rolando os olhos —, é o novo fotógrafo, e eu não sei o que fazer.
— Você não precisa fazer nada, , vocês foderam, e daí? — disse o óbvio. — Apenas siga trabalhando, você já dormiu com seu empresário, o que seria pior que isso? — Todas gargalharam.
— Mais de uma vez. — completou e recebeu uma almofada no rosto enquanto ainda riam. — Relaxa.
— Ele é meu empresário também, vale ressaltar. — comentou.
— Pois é, a não dormiu… Espera aí. Você não dormiu com ele? — franziu o cenho.
— Isso é realmente estranho. — falou levando todas a rir.
— Vocês são mesmo muito engraçadas. — A torceu os lábios.
As seis passaram a tarde do domingo juntas, bebendo cerveja, comendo besteira, e no final da noite, empanturraram-se com uma pizza gigante. Modelos também comiam o que não deveriam às vezes, porém, elas teriam que correr atrás do prejuízo no dia seguinte na academia, e foi o que fizeram. De manhã cedo, , e estavam correndo na esteira enquanto conversavam sobre qualquer besteira, já que estavam uma ao lado da outra. Até que recebeu uma ligação, colocou os fones sem fio e atendeu.
— .
— Olá, , aqui é a Kurenai da Stars Model.
— Bom dia, Kurenai. Em que posso ajudar?
— Requisitaram você na campanha da revista Mood em Milão, o photoshoot vai levar uma semana.
— O quê?! — nesse momento parou a esteira e recebia olhares intrigados das duas amigas.
— Você está disponível para o dia 14?
— Claro!
— Ok, obrigada, . Vou enviar sua passagem e mais informações por e-mail.
— Eu que agradeço, Kurenai. Até logo.
Explicou para as amigas o que tinha acontecido e elas ficaram muito felizes pela amiga. continuou seu exercício e quando elas terminaram, foram almoçar em um restaurante vegano que tinha próximo da academia e do apartamento delas. Assim que a chegou em casa, foi checar seu computador e constatou que a viagem seria na semana que tinha um jantar com seus daddys, reclamou mentalmente, mas nada na vida dela era tão importante quanto o seu trabalho.
[...]
acordou cedo naquele dia, não que tivesse que bater ponto na agência, mas gostava de ir lá de vez em quando, afinal, quem não é visto, não é lembrado. Ela saiu do quarto e encontrou suas amigas igualmente arrumadas para irem até a Stars Models. Saíram de casa em direção a cafeteria que ficava em frente ao trabalho delas; aquela semana tinha sido uma loucura e ninguém tinha ido às compras. Entraram no estabelecimento e sentaram em uma mesa próxima a janela de vidro, fizeram seus pedidos e aguardaram.
— Olha só se não é o boy da . — falou e as outras duas acompanharam com o olhar, vendo no balcão.
— Para com isso, , ele não é nada meu. — As duas riram e a ficou ainda mais emburrada. Começaram uma pequena discussão, sem nenhum fundamento, sobre o quanto a tinha gostado de dormir com ele já que tinha passado a noite fora.
— Olá, meninas. — Ouviram a voz masculina e pararam de falar na mesma hora, voltando seus olhos ao , que agora estava em frente a elas. — Está tudo bem?
— Sim, está. — respondeu ríspida, cruzando os braços.
— Depois quero falar com você. — Os olhos negros foram até os verdes. — Surgiu uma campanha e indiquei você como modelo. — Ela não soube o que falar, ficou ali estática tentando entender o motivo dele ter feito aquilo. e acompanhavam toda a conversa com os olhos vidrados, como se piscar fosse fazer com que perdessem algo no ar. — Estarei no estúdio 7. — virou as costas e saiu, e o silêncio tomou conta da mesa.
— Eu falei, boy dela. ‘Tá até indicando 'pros jobs — comentou, recebendo o revirar de olhos de e um dedo do meio. Os pedidos foram postos em cima da mesa e elas agradeceram a garçonete.
— Admita que está rolando algo e deixamos as brincadeiras de lado por uma semana. — sorriu para a loira e sabia que aquilo era uma mentira esfarrapada, admitindo ou não algo que só existia na mente das amigas, seria perturbada até na hora de dormir.
— Parem com a palhaçada e arrumem o que fazer.
— Se eu estivesse sentando no fotógrafo, certamente teria arrumado um trabalho. — Esquivou de um tapa da , pegando seu sanduíche, o copo grande de café e deixou o lugar saindo pela porta da cafeteria às pressas.
— é uma vaca…
— Pode até ter ficado chateada, porém ela não está errada. — Ergueu as mãos, em sinal de rendição, quando os olhos verdes assassinos viraram para si.
— Termine logo com isso e vamos para o trabalho, perdi a fome. — levantou, acompanhada apenas de seu copo de café gelado.
— É isso ou pressa para ver o… — fechou os lábios e arregalou os olhos claros, arrependendo-se na mesma hora do que quase deixou escapar. — Juro que não falo mais nada. — Pegou seus pertences e o copo de café para acompanhar a amiga que já estava de pé.
— Peço que você e controlem essa língua enorme perto do pessoal da agência. — Abriu a porta com certa raiva, tentando controlar a vontade de estapear a , que passou perto de si apressada. — Não quero meu nome envolvido em fofocas.
— Ok, falarei com a loira. — Olhou para os dois lados da rua antes de continuar: — Se prometer manter essas lindas e longas pernas fechadas.
— Volta aqui, !
correu tentando alcançar a morena, porém a rua movimentada e o entra e sai de pessoas nas portas duplas do prédio impediram sua perseguição e, ao se aproximar, desfez da expressão raivosa e colocou um sorriso ao cumprimentar alguns conhecidos. De nada adiantava esganar se continuaria importunando sua mente com piadas e insinuações sobre uma transa de uma noite.
Suas amigas não estavam erradas, parecia querer algo quando a indicou para o trabalho, pois ninguém no mundo da moda, ou no real mesmo, dá algo em troca de nada. Não deveria estar nervosa para encontrar o moreno, mas ao tomar o elevador sentiu um frio incômodo em seu estômago assim que as portas fecharam a sua frente; tratou de deixar de lado qualquer pensamento estranho sobre o . Eles eram companheiros de trabalho, ponto. Não era nada demais.
— Estou aqui. — entrou no estúdio e sentou em uma cadeira qualquer enquanto bebericava seu copo de café gelado. — Qual é o job? — Olhou para esperando pelas informações.
— Está com pressa? — O moreno caminhou até ela e se apoiou nos braços da cadeira em que ela estava sentada, ficando um pouco próximo demais do rosto da . — Não tem job, só queria falar com você.
— Sério, ? — Ela o olhou com uma mistura de incredulidade e raiva. — Gostaria de saber por que ainda faz eu perder meu tempo. — Bateu em um dos braços dele e o empurrou, saindo da cadeira e se pondo a andar, mas foi interrompida por uma mão em seu pulso. Ele a puxou, rápido o suficiente para ela bater no peitoral do fotógrafo e os narizes quase se encostarem.
— Confesse, está louca pra perder tempo comigo… ou nesse caso, talvez seja ganhar. — Roubou um selinho, esboçando a maior cara de cafajeste já vista, o Guinness Book deveria dar um prêmio para o garoto, sinceramente.
— Não seja convencido! — Empurrou o homem. — Tenho mais o que fazer, agora dá licença. — Saiu pisando duro do estúdio e quase esbarrou na dona da agência. — Sinto muito, dona Tsunade.
— Mais cuidado ao caminhar por aí, . — A mulher sorriu. — Não vá estragar esse seu lindo rostinho. — Acariciou o rosto da modelo e continuou seu próprio desfile até seu escritório.
Quando chegaram ao apartamento, abriu a porta com certa força, assustando as duas mulheres atrás de si, que apenas se encaravam perguntando de forma muda que bicho havia mordido a amiga. Deixaram as coisas perto da porta e seguiram a até o sofá. Sem cerimônias, jogou os sapatos de lado, a bolsa no chão e cruzou os braços, irritada com alguma coisa que os murmúrios estressados e sem sentido não esclareciam nada para as outras duas mulheres. deu de ombros e foi até a cozinha preparar algo para comer, enquanto sentou-se à frente da .
— O que aconteceu? — Sem brincadeiras ou algum palavrão. A se mantinha séria como nunca antes tinha visto.
— Nada.
— Ok, e resmungar por todo o caminho é nada? Andar feito uma égua certamente incomodando o velho chato do apartamento debaixo é nada?
— Eu não resmunguei…
— Resmungou sim! — Da cozinha, a intrometida número dois discordou de .
— Me deixem em paz.
— Conte de uma vez e deixaremos.
— Não quero envolvê-las na minha vida sexual.
— Pensasse nisso antes de me contar sobre os velhos e o sexo do século passado. — Fez careta para a rosada, que sorriu pequeno.
— Não havia job algum, só quer ficar sendo insistente, pegajoso e arrumado formas de me deixar irritada. — Ela bufou.
— Isso é tesão! — A morena gritou da cozinha.
— Porra, , cala a boca!
— A tem razão… — Juntou suas mãos as da amiga e olhou nos olhos verdes com carinho. — Ele não sabe que você tem impedimentos e um relacionamento estranho. — torceu os lábios.
— Não tenho impedimentos, apenas um contrato. — Deixou o aperto da loira e deitou no estofado macio. — Já expliquei a vocês.
— Eu sei, mas pensa, ele não sabe. — A loira sentou no chão enquanto gesticulava sem parar. — Para ele você é uma garota comum que ele conheceu ‘numa noite, gostou e quer repetir. Pode julgá-lo? Você é gostosa!
— Eu sei, somos beldades, mas o que eu faço com ? — O silêncio da loira não ajudou a , que resolveu chamar reforços ao olhar por cima do ombro da amiga. — E você, fofoqueira?
— Você, infelizmente, não mistura mais trabalho com prazer, , aguenta firme aquele gostoso dando em cima de você e conta tudo que acontecer pra gente! — riu, jogando-se na poltrona em frente as amigas com um sanduíche em mãos.
— É, gostamos de rir da desgraça alheia. — abraçou a amiga, tentando acalmá-la. — Ele vai eventualmente desistir, amiga.
— Se você diz…
Ele queria conhecê-la melhor, no entanto, tudo que recebeu no ensaio fotográfico foram foras, rispidez e tapas. Tudo bem para ele se ela queria do jeito difícil. Sorriu pelos seus pensamentos, que estavam na , enquanto caminhava pela rua; segurava uma de suas câmeras analógicas, tirava fotos dos prédios, pessoas, animais, do que achasse interessante; fazia anos que estava fora de Paris, e voltar para sua cidade natal trazia uma certa nostalgia. Estava desatento, olhando tudo como se fosse pela primeira vez, até que através da sua lente viu alguém que não gostaria.
— ! — O fotógrafo tirou a câmera lentamente da frente do rosto, pensando que poderia ter ficado em casa naquele dia. — Você voltou!
— Oi, . — Sério, quase apático.
— É tudo que você me diz depois de anos?
— Tem algo a mais que queira que eu fale? — O homem estava irredutível, tinha uma expressão neutra em seu rosto, ele só queria sair dali. — Se me der licença, tenho um ensaio agora. — Virou as costas, mas foi impedido por uma mão em seu ombro.
— Por favor, fale comigo, irmão. — Havia um peso de amargura na voz dele. — Senti sua falta.
riu nasalado em deboche e falou:
— Quando eu estava aqui, nunca fez questão de conversar comigo, , não me venha com sentimentalismos agora.
— Já se passaram anos, , eu era um adolescente — suspirou. — Um café, por favor.
— Hoje eu não posso. — O fotógrafo se virou de frente para o irmão tirando um cartão do bolso e o entregou. — Me ligue, agora preciso ir. — saiu dali rapidamente, direto para o seu apartamento, não conseguiria sequer enfrentar seu irmão naquele momento. Fechou a porta de sua casa e se encostou nela, precisava digerir o que tinha acabado de acontecer e se preparar psicologicamente caso aceitasse se encontrar com ele.
Do outro lado da cidade, se preparava para o encontro com seus sugars, admirava a lingerie nova que tinha comprado para aquela ocasião, porém, acabou por tirar quando decidiu ir com um vestido um tanto quanto indecente. De repente, entrou em casa eufórica; gritava as garotas e e correram para a sala assustadas e a morena apenas abraçou as duas.
— Precisamos comemorar! — foi até a cozinha e pegou um champanhe.
— Céus, o que aconteceu?
— Eu achei que alguém tinha morrido — reclamou .
— Eu… euzinha, vou fazer a campanha para Dior! — As três começaram a gritar sem parar.
— Caralho, ! — exclamou o palavrão sem pudor nenhum. — Você é uma vadia sortuda! — bateu na bunda da morena e foi pegar as taças longas, voltou sorrindo enquanto segurava os recipientes, esperando servir o líquido borbulhante.
Elas brindaram, deu um gole generoso na bebida e comentou:
— Precisamos comemorar de verdade, boate sexta-feira?
— Sim! — As duas concordaram.
[...]
desceu do Uber e entrou pela porta da mansão . Estava em frenesi, tinha ficado feliz pela amiga e queria comemorar com eles também, afinal, nada melhor do que sexo para externalizar a felicidade. Foi caminhando pela casa, deixou sua bolsa em cima do sofá na sala e entrou no corredor para ir até a cozinha, onde encontrou usando nada mais que uma cueca box preta e estava cozinhando de costas para ela. mordeu os lábios ao ver as costas largas, os músculos aparentes por todo o tronco, o que falar dos melhores sugars parents que poderia pedir? Apesar do senhor ter quase 50 anos, era melhor que muito garotinho de 25. Além de ter um corpo magnífico, os anos de experiência a mais o deixavam com um charme irresistível, além de um bom repertório fosse em cima de uma cama ou no balcão da cozinha.
Ela foi andando calmamente e agarrou o homem por trás e desfilou seus dedos compridos pelos gominhos do abdômen ali presentes, sem deixar de arranhar com as unhas a lateral de seu tronco, quase adentrando a cueca, arrancando um suspiro gostoso dele. logo virou e encarou a expressão de safada que fazia; quis rasgar aquele pedaço de pano do seu corpo, que nem poderia ser nomeado como vestido de tão indecente, o cetim chegava a pedir para mostrar mais carne. Ele a colocou sentada no balcão e sorriu, foi até a geladeira e pegou um vinho, servindo duas taças, deixando a outra em cima da bancada e a outra ergueu no alto.
— Vejo que está animada, bae. — Brindaram e beberam devagar, deliciando-se com o gosto do vinho branco geladinho descendo pela garganta.
— Uma amiga conseguiu um bom trabalho, estou feliz por ela. — cruzou as pernas e olhou diretamente para o quadril que tinha ficado mais à mostra.
— Que maravilhoso, fico feliz. — Ele se virou e continuou cortando algumas verduras.
— Onde está a ?
— Teve uma reunião na empresa, mas não deve demorar. — Colocou tudo em uma tigela e começou a temperar a salada aos olhos atentos da mulher às suas costas.
— Falando nisso, vou viajar dia 14 e só volto dia 22. Vamos ter que remarcar nosso jantar.
— Tudo bem, bae, seu trabalho em primeiro lugar, sabemos disso. — O homem a olhou de soslaio e piscou, sorrindo de forma sensual. já sentia seus bicos do peito duros só de admirar aquele homem quase nu cozinhando; o sorriso foi só a cereja do bolo, e isso não passou despercebido pelo . — Está excitada?
— Você só de cueca me deixa excitada… — A língua passou pelos lábios de maneira libidinosa e o corpo do moreno entendeu o recado, mandando sangue para uma parte bem específica.
viu aquele corpo enorme se aproximando de si, então as mãos grandes apertaram as suas coxas e ele conseguiu sentir o arfar dela em seu rosto. foi subindo a mão por baixo do tecido e percebeu que não havia calcinha em seu caminho, mudou a rota e agarrou a bunda dela, puxando-a para beirada do mármore. Abaixou-se o suficiente apenas para penetrar a língua entre os lábios já molhados, ouviu o gemido agudo e afundou ainda mais seus dedos na pele dela enquanto começava a brincar com o seu clitóris. Subiu uma de suas mãos e apertou o mamilo, ainda coberto pelo tecido escorregadio, mas isso não foi um problema; jogou a cabeça para trás respirando fundo, chegaria ao ápice muito rápido.
Definitivamente ser comida na cozinha era um tanto quanto instigante demais.
pegou ela pela cintura colocando-a no chão e a virou de costas, segurou-a pelos cabelos, passou a língua pela curvatura do pescoço e levantou o vestido, abriu uma das gavetas da cozinha e tirou uma camisinha. Depois que o casal conheceu , deixavam camisinhas em todos os lugares da casa; nunca sabiam os lugares inusitados que iriam transar. Enfiou-se no látex e a penetrou de forma bruta. Um grito escapou e as mãos da modelo espalmaram o mármore gelado; gemia sem controle algum enquanto ele rosnava, tamanho era o prazer experienciado pelos dois.
— Começaram sem mim? — chegou do outro lado da bancada e serviu-se de vinho de maneira elegante.
— Quer vir aqui, amor? — perguntou o homem, ofegante.
— Prefiro assistir por enquanto… — Enquanto bebia seu vinho, a assistiu seu marido foder e dar-lhe um orgasmo digno de inveja.
— . — a chamou, as duas se beijaram molhado e sorriu largo por estar presenciando aquela cena erótica. — Jantar fica pra depois?
— Você quem manda — falou , puxando-a pela mão em direção a escada.
[...]
tomava café com e quando uma mensagem chegou em seu celular avisando que ela precisaria substituir uma modelo no ensaio fotográfico de uma empresa de maquiagens, já que a outra que iria fazer passou mal. Ela ficou um pouco desesperada, afinal, estava com a mesma roupa de ontem, por mais que na agência eles fornecessem tudo, estava ao menos de banho tomado.
— Céus, estou até sem calcinha!
— Tenho algumas novas no guarda-roupa, querida, e o leva você, tenha calma. — sorriu.
— Tem certeza, ? Podem ver você — falou preocupada, olhando para seu sugar daddy.
— Sim, sem problemas, bae, o meu carro tem películas escuras, ninguém vai me ver. — Deu um selinho nela e levantou da mesa. — Vou só escovar os dentes.
— Também preciso! — Acompanhou o homem até o andar de cima e escovou os dentes entre risadas e gemidos por mãos estarem em lugares indevidos naquele momento.
Saíram no carro, trocaram beijos no caminho, mãos bobas e uma promessa de se verem antes dela viajar. saiu do Rolls Royce em frente ao galpão, onde seria o ensaio, e fechou a porta. Sorriu ao ver abaixar só um pouco o vidro apenas para dizer algo indecente e sorrir daquela maneira que deixa as pernas de qualquer mulher bambas. Ela acenou mordendo o lábio enquanto o carro se distanciava.
— Está atrasada. — deu um pulo ao ouvir a voz grossa vindo de suas costas.
— Credo, ! — Olhou para ele, que estava encostado na entrada acendendo um cigarro. — Virou assombração?
— Você que estava distraída o suficiente para não me ver.
— A quanto tempo está aí? — Ela franziu o cenho, estava preocupada de que ele tivesse visto quem estava no carro.
— Quer dizer que o namorado é misterioso? — O moreno arqueou uma sobrancelha e curvou o canto dos lábios.
— Não tenho namorado, , e mesmo que tivesse, isso não é da sua conta! — Passou trombando no fotógrafo intrometido e foi fazer cabelo e maquiagem.
apenas bufou por ter sido um idiota com , mas depois resolveria isso, tinha um motivo para estar estressado, e com esse pensamento, pegou o celular e leu pela terceira vez a mensagem de seu irmão que tinha recebido há poucos minutos. Não adiantava ignorar, não adiantava evitar, insistiria até ele ceder e foi isso que fez, apenas concordou em tomar um café com ele e se livrar logo daquela conversa chata que ele tinha certeza que teria, porque mesmo que tivesse mudado de sobrenome, ele ainda carregava o fardo de ser um .
— Se me acertasse…
— É apenas uma calcinha, . Não vai ferir seu belo rosto. — Deixou um beijo na bochecha corada e se dirigiu à porta do banheiro.
— , peça antes… — desligou o secador e berrou com a amiga abusada.
— Vou usar seu quarto e suas roupas, obrigada. — Bateu a porta, sorrindo exagerada para as garotas, que ainda dividiam o pequeno espaço do banheiro principal do apartamento.
— Mas você não permitiu. — retirou a toalha que enrolava os longos fios e pegou o secador que havia acabado de usar.
— E ela ouve? — Deixou a morena no banheiro e entrou com um rompante no próprio quarto. Observou a loira escolher alguns vestidos, estendendo-os na cama da amiga. — Já escolheu?
— Na verdade, coloquei os que melhor ficavam em você. Nada aqui me inspirou um look hoje. — Deu as costas, indo em direção a porta e encontrando a morena no corredor. — Vou até seu quarto procurar por algo, posso?
— Veja quem tem educação. — Seguiu a loira até o quarto, sentando na cama em seguida. — Fique à vontade.
— Eu gosto de ver aquela veia assustadora saltar da testa de , me diverte. — Buscou por minutos, desistindo logo após. Queria estar perfeita para a noite e infelizmente nada estava a altura de suas expectativas. Já se preparava para revirar mais uma vez seu armário quando ouviu a porta e correu para a sala, para abraçar , e .
— Ainda não estão prontas? — repreendeu em alto e bom som. — Eu fui buscar do outro lado da cidade. — Revirou os olhos e se jogou no sofá.
— Você se ofereceu, . Ela poderia vir muito bem sozinha. — deixou as três na sala e voltou até o quarto de . — Elas estão aqui — avisou e foi terminar de se maquiar.
— Até que enfim. — A rosada disse em frente ao espelho, dando os últimos retoques no batom vermelho.
— Falando assim até parece que está com pressa. — pegou uma almofada em formato de morango, jogando-se na cama macia.
— São três para tudo aqui, ok?! — Já xingaria a ruiva, porém notou o desânimo da prima. A amiga que mais gostava de sair, sem um motivo aparente apenas para beber e curtir, estava doente? — O que houve?
— Sono?
— Não se responde uma pergunta com outra, baby. Vai, fale de uma vez. — Guardou a maquiagem e sentou-se ao lado da Uzumaki.
— Acho que estou à beira de um grande problema — suspirou exageradamente.
— Isso requer reforços? — Com a afirmativa da amiga, chamou as outras. — Meninas? — Sem resposta, apelou: — É fofoca. — Quatro garotas esbaforidas apareceram milagrosamente à sua porta. Não tinham vergonha?
— Quem morreu? — foi a primeira a se jogar ao lado de na cama, sendo acompanhada por e . foi até a penteadeira e escolheu um batom para usar. — Se for sobre você, eu passo.
— Não é, palhaça. — Empurrou , que foi de encontro ao colchão. — Nossa ruiva quer… conselhos?! — Voltou a olhar para a prima.
— É mais sobre desabafar. — Torceu os lábios.
— Fala de uma vez, então. — Ralhou .
— , tenha calma, parece delicado. Respeite o tempo dela. — admirou a maneira doce e compreensiva de , ou era só a fofoqueira curiosa dentro da amiga pronta para ser alimentada?
— Bom, na faculdade… — Sentou-se apreensiva sob os olhares curiosos e vidrados movimentando as mãos à procura de palavras. — É um aluno, ele tem..
— Te ameaçado? — levou a mão ao peito com pena da amiga.
— Não é isso…
— , deixa a falar. — interrompe a ruiva.
— Olha quem fala… — A rebate.
— Calem-se as duas! — olhou nervosa para ambas e pediu para a Uzumaki continuar.
— Ele não me ameaçou, eu selecionei alguns dos meus melhores estudantes para um grupo de pesquisa. Infelizmente não houve empolgação de grande parte deles, mas um nunca reclamou e vem sendo o único a frequentar, rapidamente deixamos de falar sobre ciência e nos tornamos…
— Deus… — e levaram a mão à boca chocadas.
— Você transou com ele?
— Não, ! — A ruiva se exaltou. — Enlouqueceu? Apenas… estamos conversando sobre outras coisas, criando uma relação mais… íntima.
— Ela vai transar com ele. — arrebitou o nariz e fechou os olhos como se tivesse toda a certeza do mundo.
rosnou para a amiga sem papas na língua e voltou a olhar a prima.
— Você poderia explicar? Não entendi qual é o problema — falou.
— Em alguns momentos parece que ele está flertando comigo e eu fico incomodada, eu sou professora dele — disse como se contasse o pior dos crimes.
— Ele é um gostoso, . — revirou os olhos e todas as garotas voltaram sua atenção à loira. — Que é? Eu estudo lá, sabiam? — Sabaku cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha.
— Não importa, ele continua sendo meu aluno! Não posso me envolver com ele — suspira. — Não… desse jeito.
— Se fosse pra dar um troféu de pior problema com macho, o seu seria o segundo lugar, . — encarou a amiga.
— O que houve com a ? — A ruiva virou para a prima.
— Nada. — pigarreou olhando torto para a e sua boca grande, e levantou da cama. — Vamos? Estamos para lá de atrasadas.
— Desde quando temos hora pra chegar na balada? — franziu o cenho.
— Você deveria dar uma chance pra ele, , só isso que eu digo. — finalizou, saindo do quarto.
— Ele tá na faculdade, , e não no ensino médio — concordou , indo para a sala.
e foram para os seus quartos terminar de se arrumarem logo depois de dar um beijo na testa da Uzumaki, que também levantou, preparando-se para sair dali. pegou a bolsa e se aproximou da prima, pegou a mão dela e disse:
— Não é errado, não é proibido e nem muito menos é pra você se sentir mal ou culpada com isso. Se você quer algo, vá, mas se não… Deixe claro para o cara, é o certo a se fazer. — Ela sorriu e recebeu um abraço de .
— Obrigada, .
[...]
As 6 amigas entraram na boate chamando atenção, claro, elas sempre frequentavam aquele lugar, além de serem modelos famosas. As outras três não eram modelos, mas não ficavam para trás no quesito beleza, todas com suas características marcantes. Foram direto para o bar, pediram uma rodada de drinks para o barman já conhecido. Ficaram por ali admirando o lugar e vendo o movimento, até que uma mão agarrou a cintura da .
— Shika! — A loira agarrou o homem e eles deram o maior beijão.
— Sempre bom ter mulheres lindas na minha boate. — Shikamaru Nara, dono da boate, peguete da e de quem mais ele quisesse.
O homem era um deus grego. Os cabelos presos em um coque samurai, os olhos puxados, já que era descendente de japonês, davam-lhe um charme a mais e o corpo escultural de quem ia na academia pelo menos quatro vezes na semana.
— Lindas não, maravilhosas. Fala sério, Shikamaru. — ralhou com o amigo.
— Está certa. — Virou para o barman. — A próxima rodada é por conta da casa. — Ele piscou para a Sabaku. — Meu pedido de desculpas para as senhoritas.
— Obrigada, Shika. — agradeceu deixando um selo em seus lábios antes de ir para a pista de dança.
— Preciso dar um giro e resolver algumas coisas.
— Depois volta, gatinho, tenho um presente pra você. — sorriu safada e piscou um olho, recebendo um beijo no pescoço em resposta antes do homem deixá-las. — Ah! Eu amo essa música! — Foram arrastadas pela loira para a pista de dança, onde começaram a rebolar, curtindo a música e sorrindo umas para as outras. Tentavam fazer algumas coreografias que já tinham visto na internet e acabavam rindo umas das outras do jeito desengonçado. Eram ótimas modelos, dançarinas nem tanto: que ficassem com sua profissão atual.
sentiu uma mão em sua barriga e pensou ser o Nara, porém, quando abriu os olhos e virou para trás para enlaçar o pescoço, viu os cabelos pretos caídos quase até os ombros e o sorriso presunçoso. Tentou sair do abraço, mas foi impedida.
— O que quer, insuportável?
— Dançar com você, é proibido?
— Se eu não quiser, é sim. — Virou-se sorrindo para o moreno. Estavam ali para se divertir então que mal faria curtir um pouco com o fotógrafo? Não havia esquecido da pequena mentira de para si e gostava de devolver na mesma moeda.
Deslizou suas mãos até a nuca do moreno, mantendo-as enlaçadas ali. Sentiu o perfume gostoso ao se aproximar do pescoço alvo, roçando os lábios levemente na pele arrepiada pelos seus toques. Feliz com o efeito que surtia no idiota, deu-se por satisfeita e já se afastava pronta para ignorá-lo como o mesmo merecia por enchê-la, porém o não deixou barato; a puxou e a colocou de costas contra seu corpo.
— Achou que poderia me provocar e ir embora, ? — Sussurrou no ouvido dela e fechou os olhos, sentindo um arrepio em seu baixo ventre. Merda, pensou ela.
Ninguém via a forma que e estavam na pista de dança, afinal, cada uma estava em um lugar da boate. e aproveitaram que estavam a sós e sem os olhares atentos de suas amigas e entraram em uma das cabines do banheiro feminino. A agarrava os seios voluptuosos da amiga de maneira agressiva; os beijos molhados faziam um caminho pelo pescoço e ombro até voltarem para a boca carnuda da Sabaku. Enquanto isso, a mão da loira desceu pela coluna da designer e agarrou a bunda, apertando com vontade.
— … — ela sussurrou entre os lábios —, me ajuda a te ajudar, vai…
— Eu te quero aqui e agora, . — Os dedos ágeis de invadiram a calcinha vermelha e começaram a dedilhar o clitóris inchado. — Ninguém vai saber. — A loira sussurrou lambendo o lóbulo da amiga.
— Falta tão pouco pra eu mandar minha sanidade pro inferno.
— Manda, por favor… — As duas voltaram a se beijar.
— ? — Uma voz ao lado de fora a chamava, as duas pararam e se olharam assustadas. — você está aqui?
— É a , o que a gente faz? — perguntou sussurrando e lambeu o lábio inferior antes de mordê-lo com a maior cara de safada que podia, fazendo com que a amiga engolisse em seco, preocupada com o que aquela mente diabólica estava planejando.
— Oi, . — Ela continuou circulando o clitóris e viu a morena a olhando como se a repreendesse, porém logo mudou a expressão, fechou os olhos e mordeu o lábio, abafando o gemido que queria sair.
— Bem que achei que você tinha entrado no banheiro. — Ouviu a ruiva bufar. — O cara 'tá aqui, .
— Que cara, ? — Agarrou a pelo pescoço e a beijou com agressividade, as línguas desfrutavam do momento se acariciando com lascívia.
— O meu aluno! Caralho, o que eu faço? — acabou socando a parede lateral da cabine ao chegar ao orgasmo, fazendo a ruiva se assustar. — 'Tá tudo bem aí?
— 'Tá sim… — levou os dedos a boca e os chupou —, eu acho que essa é uma ótima oportunidade pra você pegar ele. — tentava normalizar sua respiração com o rosto enfiado na curva do pescoço da loira e, ao mesmo tempo, pensava em como sair dali sem a vê-las.
— Você só me dá esse tipo de conselho? — A Uzumaki entrou em uma das cabines e, quando as outras duas ouviram a tranca, saíram da que estavam às pressas e começaram a lavar as mãos.
— Ah, vocês estão aqui, que isso, reunião no banheiro? — A perguntou. — O que aconteceu, ? Você saiu correndo.
— Meu aluno 'tá aqui — gritou de dentro da cabine.
— Ótimo! — bateu palmas animada. — Vamos conhecê-lo!
— Você perdeu o juízo? — A Uzumaki saiu da cabine, ralhando com a loira sem noção.
— Eu beijei o . — chegou esbaforida ao banheiro com em seu encalço.
— O quê? — Todas falaram em uníssono, olhando para ela sem acreditar.
— Mais um corredor e está livre de mim. — Puxou a mala lilás e andou apressada até a placa que indicava seu embarque. — Bom, é aqui que nos despedimos. — Entregou a bolsa da amiga e pegou a revista que levaria consigo. — Faça uma ótima viagem e me atualize caso haja alguma coisa boa para contar.
— Digo o mesmo. — Abraçou a e deixou um beijo na bochecha corada. — Te amo. — Acenou para a morena, que sorriu antes de entregar a passagem para a mulher que fazia a checagem dos passageiros.
Deu as costas quando perdeu de vista e iniciou sua caminhada até o próprio portão. Seguia sem pressa, pois diferente da , não gostava de deixar tudo para última hora. A revista era um passo importante para uma viagem, pois a vida das celebridades e todas as fofocas do tapete vermelho faziam o tempo passar voando. Lembrou também do livro que havia separado na noite anterior e deu início a busca dentro da enorme bolsa.
— Pra que eu trouxe talheres de plástico para uma viagem? — Perdeu-se na bagunça que era sua bolsa e não prestou mais atenção nos próprios passos, parou no caminho por medo de esbarrar em alguém, esquecendo-se que o meio de um corredor não era o melhor lugar para isso. — Está cego? — Deixou sua procura para mirar o ser humano idiota que não a viu.
— E você é louca? — Quando finalmente percebeu que conhecia a pessoa em quem esbarrou, sorriu presunçoso. — Não precisa responder. Oi, .
— O que faz aqui, idiota?
olhou ao redor exageradamente e disse:
— É um aeroporto, tire suas próprias conclusões.
— Ah, você entendeu. — Revirou os olhos fortemente. — Não se faça de bobo.
— Farei o favor, pois estou de ótimo humor. — Apontou para a tela que indicava os embarques internacionais e disse: — Vou para o mesmo lugar que você.
— Mentiroso. — Irritada, voltou ao seu caminho, esquecendo o e o livro que queria.
— Por que eu mentiria, bae? — Ele foi atrás dela, e sentiu um arrepio gelado correr seu corpo pelo apelido usado, ele teria visto, ou pior, ouvido o que disse no carro? Não, era um apelido comum.
— Não sei, mas parece divertido me encher a paciência. — Parou na fila e aguardou os que estavam à sua frente embarcar, ignorando que certamente procuraria o que fazer assim que ela tomasse o avião.
Entregou a passagem, mas não conseguiu ser amável com a garota gentil que recebia a todos com graça. Estava com raiva do olhar escuro secando-lhe a nuca. Já virava para despedir-se quando finalmente teve o documento devolvido, porém travou ao observar o moreno fazendo o que minutos antes fez. Droga, era verdade.
— Eu disse. — Sacudiu o passaporte à frente do rosto e puxou a mala consigo, passando pela que, muda, seguiu os passos do fotógrafo.
Ok, aquilo era bem ruim, porém não poderia simplesmente ligar pedindo socorro na agência, não pareceria uma chata como as que escolhiam a equipe que queriam trabalhar. No entanto, pediria para o Hatake confirmar seu quarto e colocá-la o mais longe possível do . Era profissional a ponto de suportar aquilo por muitas horas… Quis chorar ao lembrar do tempo que ficaria presa com o homem que lhe causava tantos sentimentos rapidamente, mas nem tudo estava perdido, pensou consigo, havia uma coisa que a faria feliz no instante que pisou na aeronave. Muitos lugares poderiam separá-la da irritação que a fazia passar, e com isso, a alegria tomou mais uma vez seu corpo.
Passou pelo corredor estreito e com a ajuda de um funcionário da companhia aérea, guardou a mala no compartimento; manteve a bolsa ao caminhar e buscou na passagem o número do assento que deveria tomar. Poderia dizer que não estava surpresa quando olhou desanimada para a poltrona mais próxima a janela. Se os olhos escuros brilhantes, o sorriso carregado de intenções e a pose debochada não a fizessem pular para fora antes de decolar, certamente as longas horas ao lado de seria um bom motivo para abrir a porta de emergência.
— Oi, de novo.
[...]
O olhar intenso acompanhava cada movimento e sentia que o corpo queimaria e sucumbiria se ficasse mais um minuto naquela sala, afastada das demais, sozinha com ele. O auditório era distante da parte principal do prédio, e que ideia estúpida foi a sua de usá-lo em sua pesquisa acadêmica para os melhores de suas turmas. Claro, pareceu incrível antes, quando imaginou cerca de vinte alunos ali, porém com apenas um, o mais interessante deles, tornou-se impossível não dar voz a própria mente e ouvi-la muito bem, com a ajuda da acústica do lugar.
Olhou para o pulso notando que o castigo que se auto impôs estava no fim, e por isso, pegou sua pasta com as provas e trabalhos que deveria corrigir. Era mesmo um aluno de excelência, contudo, o reitor já estava ciente da pesquisa, então a professora usava alguns minutos para corrigir os trabalhos, que antes levava para casa, além de flertar inocentemente com o garoto de belos olhos exóticos tom lilás.
Suspirou exausta conferindo se não havia deixado nada pelo chão ou até em outra cadeira próxima. Perdia sua concentração perto do e se odiava por isso, mas quem mandou dar brecha para um abusado metido a inteligente?!
— Sei que está me xingando, professora. — O homem de cabelos naturalmente brancos sorriu ao deixar uma folha de papel em cima da pasta de , que se levantou sustentando o olhar brincalhão.
— Como tem tanta certeza? — Ajeitou o próprio óculos no rosto, erguendo o mesmo, e fingindo não entender do que se tratava. tinha uma mania irritante de adivinhar quando exatamente ela pensava nele.
— Sua testa — afastou os fios vermelhos com um dedo e tocou um lugar específico em sua pele —, bem aqui. Há uma ruga que só aparece quando eu a provoco.
— Como sabe disso?
— Eu a observo, professora. — Abaixou-se para encará-la no mesmo nível. — Na verdade, admiro muito. — O sorriso cafajeste tomou os lábios finos do aluno e quase perdeu o ar. Nunca havia ficado tão próxima a ele, não assim, sentindo sua respiração.
— Não é agradável ouvir que aparento ser mais velha. — Piscando mais que o necessário, resolveu fingir-se ofendida para sair de perto do perigoso sorriso.
— De fato, não é minha melhor cantada. — Os dedos gélidos pousaram no queixo da Uzumaki, que suspirou pelo toque sem se dar conta da aproximação do .
fechou os olhos, pois infelizmente era um caminho sem volta. Os flertes, as piadas de duplo sentido e toda a excitação do proibido perderam fácil para o toque. A mão que ainda não fazia contato consigo seguiu até sua cintura e ele parecia tão nervoso quanto ela, porém não havia escapatória, estavam presos aos sentimentos que nutriam e a curiosidade que queriam sanar. Os lábios se tocaram levemente, apenas como um reconhecimento que deixava os corpos ainda mais ansiosos, contudo, infelizmente a porta foi escancarada antes que os dois pudessem experimentar o proibido.
— Devo frequentar mais aulas no auditório. — sorriu, entendendo rapidamente o que a amiga fazia ali. A Uzumaki empurrou o e apressada pegou as próprias coisas seguindo para o corredor. Suas pernas estavam descontroladas e seu corpo parecia correr do problema que quase a prendeu. Por Deus, onde estava com a cabeça? E o medo que compartilhou com as amigas? — ! Porra, está surda?
— O quê? — Respirando já o ar puro do jardim, pôde se concentrar na amiga. — Não, eu só…
— Está tudo bem? — perguntou preocupada, aproximando-se da amiga. — Eu só fiz uma brincadeira, está pálida.
— Viu o que eu quase fiz? — perguntou em um tom desesperado. — Tenho que mudar ele de turma.
— Não precisa, , por Deus… Parece que nunca fez nada minimamente errado nessa vida. — Levou a mão às costas da amiga, tentando acalmar o coração certinho da Uzumaki. — Faltam o que, seis meses para ele se formar? — A ruiva confirmou. — A partir disso ele será um cidadão comum e vocês poderiam se encontrar facilmente em uma balada, já aconteceu.
— E daí? — Afastou-se com as sobrancelhas unidas. — Meu problema é agora, .
— É, mas não será para sempre. Pode começar agora, pois vejo que está em chamas, mas será por pouco tempo algo que deva esconder, . Para de surtar e vive um pouco. — O sorriso cada vez mais animado da Uzumaki a fez lembrar de alguém. — Credo, parece a .
deixou e foi até sua moto, colocou o capacete e cruzou metade da cidade para fazer uma visita a uma querida amiga. Tocou a campainha e viu a morena abrir a porta, olhou a loira e voltou a sua mesa para trabalhar, deixando a porta aberta para que a Sabaku passasse, que foi o que ela fez. Largou o capacete na mesa e foi até a geladeira pegar duas cervejas, colocou uma na mesa da , que continuava muda.
— O que houve? — sentou no sofá, às costas da amiga.
— Preciso explicar toda vez? — A morena nem se mexeu, continuava de costas desenhando algo.
— Ainda está com essa besteira?
— Besteira, ? — virou a cadeira para encarar os olhos verdes. — Eu estar apaixonada por você é besteira?
— , eu não falei isso.
— A quase pegou a gente na boate e você fez pouco caso, pior! Você… — ela engoliu em seco —, ela estava do outro lado, , do outro lado de uma fina camada de metal. Acho melhor a gente acabar por aqui.
— ! — levantou. — Eu quero você e…
— Então prova! — A também levantou, interrompendo-a irritada. Seus olhos estavam ardendo, não aguentava mais se esconder de suas melhores amigas, ou pior, ter seus sentimentos jogados à mercê do orgulho da Sabaku. Vendo que a resposta dela tinha sido o silêncio, completou: — Acho melhor você ir embora.
— , não faz isso. — Ela se aproximou e tentou pegar no braço da morena, que o tirou rapidamente, desviando o olhar para um ponto qualquer do lado de fora através da janela. abaixou a cabeça e apenas pegou suas coisas e saiu batendo a porta; sentiu as lágrimas escorrerem e desejou nunca ter começado com aquilo.
[...]
As longas pernas desnudas estavam apoiadas na mesa de centro enquanto assistia sua série favorita, desde que e viajaram há três dias, estava sozinha no apartamento aproveitando sua própria companhia. Tinha pedido um monte de besteira pelo aplicativo de comida e no dia seguinte se acabaria na academia, vida de modelo padrão não era nada fácil; manter o corpo, ridiculamente ideal, exigido pela agência era uma tarefa diária, mas a sorte da era ter a genética ao seu lado. Ouviu a campainha e franziu o cenho olhando a porta de entrada, pensou que não poderia ser as garotas, já que nunca pediam permissão para entrar, apenas abriam a porta.
Olhou seu estado e foi até o quarto colocar um short, costumava ficar apenas de calcinha e um top qualquer em casa, mania de todas as amigas. Colocou a mão na fechadura e abriu a porta, arregalou os olhos e se xingou mentalmente por ter a mania idiota de não ver pelo olho mágico antes. Abriu a boca e piscou algumas vezes, tentava falar algo, mas nada vinha à sua cabeça.
— Oi, , posso entrar?
— ?
— Não me chama assim, ! — travou os dentes.
— A ‘tá aí?
— Não, e mesmo que estivesse, ela não ia querer falar com você. — Ela segurava a maçaneta da porta com força, enquanto o ainda a olhava parado no corredor.
— , eu quero me acertar com ela — ele suspirou.
— Chegou alguns anos atrasado, . — fez careta. — Detesto que vocês dividem o mesmo sobrenome.
— Somos irmãos, , não é como se fosse algo proposital. — O moreno a olhou de cima a baixo. — Continua linda.
— Não… não se atreva a vir com seu charme barato pra cima de mim! — Isso era o racional dela falando, mas o corpo, o coração, e a alma queria sentir mais uma vez, após anos de distância. O silêncio ensurdecedor tomou conta do espaço e os olhos não se deixavam nem por um segundo, o homem avançou para dentro do apartamento e os lábios que um dia já foram grandes conhecidos, reencontraram-se novamente de um jeito selvagem e saudoso. — , não, não podemos…
— Você quer tanto quanto eu e eu quero tanto que chega a doer, peach. — empurrou a porta para fechá-la e se agarrou ao pescoço do , os beijos se descontrolavam cada vez mais e os passos vacilantes os levavam até o quarto. — Qual é o seu?
— ‘Hm… a direita. — Caíram na cama. — Não devíamos… A … Ela…
— Ela? — Incitou para que continuasse, mesmo sabendo que não haveria respostas caso continuasse descendo a sua língua até os seios, que após tirar o tecido do caminho, ele chupava os mamilos já duros.
— … — puxou a camiseta com pressa de vê-lo nu. Aquele homem era um atentado à humanidade, o treinava arco e flecha desde criança, tinha braços fortes e costas largas, os músculos eram tão convidativos para serem apalpados que era impossível não fazê-lo. Suas pernas circularam a cintura dele o puxando, colando os corpos, suas intimidades roçaram uma na outra em busca de sanar aquela excitação maluca que eles sempre tiveram um com o outro.
arrancou o short da loira e se apossou de sua boceta, gemeu com o contato da língua quente e molhada deslizando por sua pele; ele esticou o braço e deslizou sua mão pela barriga chapada e subiu até o seio direito, beliscou o mamilo antes de agarrar o seio inteiro. A mulher se contorcia embaixo de si, saiu do meio das pernas dela e continuou a subir sua mão até o pescoço, beijou a boca da com tamanha sede que não resistiu em morder o lábio inferior.
— Preservativo,
— Hm… — gemeu, já que os dedos habilidosos de ainda a masturbavam.
— Onde tem camisinha, peach? — Mordeu o queixo dela, que apontou para a mesa de cabeceira, ainda zonza de tanto prazer. O moreno pegou o pacote laminado e abriu com os dentes, enquanto assistia se dando prazer enquanto o esperava. — Você ficou mais gostosa do que já era. — Apertou a bunda com força e subiu a mão pela coxa até colocar uma de suas pernas em seu ombro, afundou-se dentro dela até se perder em total deleite. correu a mão pelo braço direito da loira e entrelaçou seus dedos nos dela, fazendo força no colchão macio, enquanto os dois gemiam em sintonia, segurou forte na cintura fina e apertou.
— Não deixe… marcas, ! — gritou o sobrenome mais agudo devido a aproximação do orgasmo. levantou e inverteu suas posições, sentou com vontade no pau de , que revirou os olhos em absoluto prazer. A cada rebolada achava que perderia a sanidade, agarrou-se nos lençóis, já que não deveria deixar marcas no corpo dela.
— Ah! … — Pegou em seu quadril e a puxou mais para baixo de forma mais dura, sentindo o aperto interno da mulher que conhecia tão bem. As mãos foram buscar apoio e ela cravou as unhas no peito definido, arrancando um gemido rouco do homem. — Está me torturando?
— Sim. — Rebolou com mais afinco e chegou a rasgar a pele que arranhava. — Você... não... me merece, — falou entrecortado e gemeu agudo ao chegar ao orgasmo, que fez seu corpo inteiro tremer. Subiu e desceu mais algumas vezes e viu a expressão de prazer intenso tomar o rosto de , jogando-se no colchão em seguida.
[...]
O ombro para trás, queixo para a esquerda um pouco para cima, mão na cintura e os olhos direcionados para a câmera; flashes disparavam a cada clique e mudava sua posição. Os olhos ônix a mediam de longe enquanto o outro fotógrafo pedia para que ela se ajeitasse de uma certa forma. viu uma boa oportunidade e se aproximou dela, tentando ajudar na posição, deslizou os dedos devagar pelo ombro, braço, e encontrou o pulso, posicionando-o de maneira que atendesse o pedido do fotógrafo da revista Mood. A olhava tudo atentamente, sem reclamar, apenas encontrou os olhos negros quando esses subiram até os seus e uma respiração falhada tomou o peito dela.
— Está linda — sussurrou antes de sair dali, tomando seu lugar em um canto qualquer do estúdio.
Quando a sessão de fotos acabou, todos saíram para almoçar. resolveu ir até o seu quarto tomar um banho antes do próximo photoshoot começar. Ela comeu em seu quarto após um banho relaxante e caso não tivesse tantos afazeres, poderia curtir aquele hotel maravilhoso em que estavam, não que estivesse reclamando, ela amava o seu trabalho e o exercia com excelência. Não era à toa que era uma das modelos mais bem pagas da agência. Trocou de roupa, pegou seu celular e saiu do quarto rumando a próxima locação onde seria feita as fotos, porém, foi impedida no meio do corredor por um fotógrafo abusado.
— Descobri algo interessante. — parou em frente a ela com as mãos no bolso e uma expressão presunçosa. — Colocaram meu quarto bem longe do seu.
— Deve ser porque não tinha nenhum disponível perto do meu. Que pena. — Ela força um bico de sofrimento e tentou passar por ele, mas ele colocou o braço apoiado na parede impedindo a passagem dela. — Dá licença, , preciso ir para a próxima sessão de fotos.
— Por que está fugindo de mim?
— Não seja egocêntrico, nem tudo tem a ver com seu umbigo. — A modelo revirou os olhos e cruzou os braços.
— Engraçado, me disseram que o seu empresário ligou pedindo para que me colocassem o mais longe de você possível. — Ele sorriu vitorioso quando viu os olhos verdes assustados, tentando pensar em como sairia daquela situação. — Você me beijou na boate e agora quer me evitar? Não estou entendendo qual o seu jogo, .
— , me erra! — Ela empurrou o braço do fotógrafo e saiu em disparada.
[...]
— Vocês só podem estar de sacanagem! — gritou ao chegar na porta do quarto de .
— ! — A levantou da cama em um salto, viu a amiga sumir de suas vistas arrastando a mala de rodinhas pelo corredor, se vestiu rapidamente e saiu a procura da irmã.
— ! — Quase se trombaram no corredor. Enquanto ele ainda colocava a camiseta, os olhos lilás da mulher estavam em pura fúria encarando .
— Eu nem quero saber o que porra você ‘tá fazendo aqui, . — Enfiou o indicador no peito do irmão, cuspindo as palavras de forma bruta. — Porque claramente você veio apenas me irritar! — A morena passou por ele, indo até a cozinha e o irmão a seguiu, parando na sala.
— , eu vim pedir desculpas… — O moreno começou a se explicar, mas não conseguiu finalizar.
— Belo jeito de pedir desculpas, fodendo com a minha melhor amiga. — A voltou da cozinha bebendo um copo de água e viu a loira chegar atrás do irmão. — E você, , anos se passaram, mas ainda não consegue manter as pernas fechadas pra esse daí?
— , não é bem assim… Eu…
— Não quero explicações. — Interrompeu a melhor amiga e colocou o copo em cima da mesa de jantar com força. — Quero você… — apontou para — fora da minha casa.
— , me escuta.
— Eu não tenho o que escutar, aliás, eu nem quero escutar. Você traiu a minha melhor amiga, diversas vezes, diga-se de passagem, fez ela mentir pra mim por meses e depois de tudo ainda vem aqui transar com ela embaixo do meu nariz? Você é um cafajeste e um grande babaca. Não quero falar com você, sai. — Foi até a porta e a abriu, esperando ele passar por ela, mas os outros dois seguiam estáticos sem saber reagir àquilo tudo. — Agora, ! — O homem saiu pela porta cabisbaixo; a porta foi batida e apenas olhava aquela cena respirando fundo, seus olhos se encheram de lágrimas, não queria magoar .
— …
— Nem quero ouvir. — A morena passou pela amiga e se trancou no quarto, fazendo a ter um sobressalto com a segunda batida de porta em menos de 3 minutos. — Que recepção maravilhosa… — falou para o quarto vazio.
— Me desculpe, eu não sabia que voltaria mais cedo. — Sentou-se no chão, agarrada aos joelhos e encostada na porta do quarto da .
— E voltaria a mentir pra mim? — Abraçou a almofada, bufando ao lembrar de um dos piores momentos de sua vida, quando foi enganada.
— Eu não escondi as traições de você para proteger — suspirou, enxugando as lágrimas que caíam. — Eu tinha vergonha, , eu sabia do seu medo que tudo desse errado quando começamos a namorar.
— E volta espontaneamente para ele, pois é algum coitado agora? — sentou no chão do outro lado da porta.
— Foi uma besteira, eu sei. — A loira encostou a cabeça na porta e olhou para o teto, como se buscasse alguma explicação para o que tinha acontecido, mas não havia nada, apenas sua falta de noção e a incapacidade de não resistir a . — Não deveria ter cedido.
— Se reviver suas dores te faz bem, quem sou eu para reclamar? — Apertou os joelhos contra os seios e suspirou. — Posso torcer para que desta vez dê certo.
— Não! Eu te amo, mas o sonho de fazer parte da sua família ficou no ensino médio. — Sorriu ao ouvir a risada da morena do outro lado. — Me perdoa? — O silêncio tomou a casa e quando a estava prestes a dar o tempo que parecia precisar, foi surpreendida ao cair de costas no chão e ver de ponta cabeça.
— Eu também te amo. — Ajudou a se erguer e a abraçou. — E não há o que perdoar.
— Achei que poderia querer companhia até o bar.
— Não preciso de guia, o bar é literalmente dentro do hotel, . Eu acho que consigo chegar até lá sozinha, obrigada. — Fechou a porta e, ao virar de costas, ouviu novamente duas batidas. Abriu-a novamente, irritada. — Não quero companhia!
— Podemos apenas… ser civilizados hoje?
Ela bufou, voltou para pegar a pequena bolsa preta e fechou a porta.
— Vamos, antes que eu mude de ideia — falou já caminhando pelo corredor, fazendo o moreno dar passos largos para acompanhá-la.
Chegaram no lounge e toda a equipe que trabalhava na campanha da revista Mood já estava sentada em uma mesa comprida. Os dois sentaram um ao lado do outro e cumprimentaram o resto das pessoas; um garçom veio até eles e perguntou o que queriam beber, anotando seus pedidos em seguida. A noite seguia tranquila, todos conversavam animados com a finalização do trabalho, elogiavam a modelo, mas também os fotógrafos, maquiadores e cabeleireiros; sem a equipe toda, nada seria possível. estava até mantendo uma conversa amigável com , até que ele teve uma péssima idéia, de acordo com ela, claro.
— Vamos dançar? — levantou e estendeu a mão para a , que ficou estática olhando para a mão dele. Ela não queria fazer uma cena diante de seus companheiros de trabalho, que olhavam em expectativa, esperando a sua resposta.
— Claro. — pegou a mão dele, sorrindo amarelo e os dois foram até a pista de dança, havia uma banda de jazz tocando uma música calma e romântica. Ele colocou a mão nas costas dela de forma leve e juntou a outra na dela.
— Você realmente é maravilhosa, , as fotos ficaram incríveis. — sorriu e a girou, trazendo-a de volta para perto do seu corpo.
— Corta a enrolação. Você fez de propósito porque sabia que eu não recusaria na frente deles, não é? — Ela estreitou os olhos, ignorando o elogio e sentiu os dedos dele subirem devagar, arrepiando cada poro do seu corpo, até sua nuca, onde brincou com alguns fios entre seus dedos.
— Você é mesmo uma mulher difícil, mas eu sei que gostou tanto da nossa noite quanto eu. — O fotógrafo se aproximou do ouvido dela e sussurrou: — Quero poder te provar mais uma vez, .
A modelo fechou os olhos aproveitando aquele toque singelo, mas que fazia seu baixo ventre se contorcer, e aquela voz grossa e rouca perto demais da sua audição. estava se saindo um belo de um galanteador, talvez estivesse certa, era tesão, pensou ela. Sentiu seu corpo querendo se render a ele, e se fosse para cometer outra loucura, que fosse ali na Espanha, longe de tudo.
— O quanto está disposto a isso?
— Se eu começasse hoje a seguir uma garota e aproveitar cada oportunidade de irritá-la para ser notado por ela? — Sorriu ladino encarando os olhos verdes. — O quão disposto seria?
— Agir como um garotinho do fundamental é sua estratégia para ganhar mais uma noite? — Sorriu, negando desacreditada. estava admitindo que puxar o cabelo da coleguinha de escola ainda é viável aos vinte e poucos anos?!
— Me diga se está funcionando. — Sua mão desceu até a coluna da acariciando a pele desnuda, devido ao vestido de costas nuas, com as pontas dos dedos. Sentiu o arrepio da pele no pescoço sensível e resolveu ser sincero. — Se sim, quanto mais me custaria em piadas de duplo sentido ou trabalhos inexistentes para tê-la de novo? — Subiu até a orelha adornada com um lindo brinco ponto de luz e sussurrou próximo ao ouvido: — ou muitas vezes?
— Então venha provar, . — Aproveitou que estava de costas para a mesa da equipe e passou a língua pelos lábios do moreno, discretamente. Soltou-se dele, deu boa noite a todos e saiu dali; não demorou para sentir uma mão a puxando pela cintura.
a empurrou contra a parede do corredor e rosnou:
— Não vai me provocar de novo, vai?
Ela enfiou sua coxa entre as dele e passou a língua pelos lábios antes de morder o inferior. Agarrou a gola da camisa que ele usava e o puxou para um beijo ávido; por mais que ele a irritasse, a deixava com tesão, quem queria enganar? Desceu os dedos pelos botões, tirando cada um de sua casa de forma lenta, quase torturante. Foram aos beijos e tropeços pelo corredor até o quarto de , onde entraram com pressa e dessa vez as costas dele foram de encontro à parede.
jogou a bolsa no chão e se desfez dos sapatos, passou as mãos pelo abdômen trabalhado, enfiou as mãos entre os ombros e o tecido para tirar a camisa do corpo dele. Beijou o pescoço cheiroso do homem, que inverteu as posições e mordeu o ombro dela, tirou as alças com delicadeza e as mãos da foram para o lado, tirando o zíper, fazendo o vestido escorregar do seu corpo a deixando apenas de calcinha. Os olhos se encontraram e os dois sorriram da forma mais pervertida que podiam, voltaram a se beijar e as mãos desfilavam pelo corpo um do outro freneticamente.
a pegou pelas coxas e a levantou. As longas pernas encaixaram na cintura dele, que caminhou até a cama kingsize no meio do quarto, e jogou no colchão. Retirou a calça e subiu na cama, adorando o corpo da mulher abaixo de si. Beijou a boca vermelha dos beijos agressivos que davam, desceu pelo pescoço, colo, vale dos seios e agarrou o esquerdo, passando a língua no mamilo e assoprou logo depois. estava inquieta, enfiou os dedos entre os cabelos pretos e puxou quando sentiu a língua na linha de sua calcinha.
— Me chupa logo, !
— Seu desejo é uma ordem. — Pegou o pano minúsculo que cobria sua boceta e fez pressão para cima, lambeu ainda por cima do tecido e sentiu o cheiro do feromônio doce que ela exalava. — Seu cheiro é uma delícia. — Afastou a calcinha para o lado para ter acesso aos lábios com a sua boca. Apertou as pernas com brutalidade e viu a coluna dela arquear.
— … 'hm… continua… — Puxou os lençóis e apertou seu seio, mordia o lábio e gemia sem controle algum. Seu corpo esquentava a cada lambida, os dedos a penetraram e começou a sentir um calor que conhecia bem, aquela eletricidade contínua subindo cada vez mais através de seu corpo. — 'Oh, céus! — gritou ao gozar na boca do . Levou o braço até a testa, cobrindo seus olhos; respirava pesado e sentia seu corpo inteiro tremer. De repente a pegou novamente no colo e começou a caminhar. — O que está fazendo?
— Te fodendo? — Encostou as costas dela na parede sem parar de beijar sua pele.
— Nossa, , você… — Sentiu ser invadida e parou de falar para gemer, ao mesmo tempo que rasgava as costas dele com as unhas.
— Gostando? — Impulsionava seu quadril sem parar, os seios dela batiam em seu peito de forma erótica, os cabelos rosas suados grudando em seu belo rosto era definitivamente uma visão privilegiada. Ela rebolava em busca de mais prazer, estava ensandecida com aquele sexo, com certeza ele tinha suas qualidades, e ela tinha provado delas.
— Me fode com gosto, idiota. — Ela puxou os cabelos dele e mordeu seu queixo. meteu fundo e com força, sem nenhuma misericórdia; ela tinha pedido, afinal. — Ah, ...uke! — Suas paredes mastigaram o pau do homem, deixando claro que o segundo orgasmo viria. Ele apertou a bunda dela com as duas mãos e gemeu enfiado no pescoço de .
— Eu vou… — Ele chegou ao ápice rosnando palavras desconexas, mas continuou se forçando para dentro até ela estampar uma bela expressão de um orgasmo violento.
Ambos se jogaram na cama respirando fundo e tudo que falou foi:
— Essa é a última vez.
— Nem você acredita nisso, .
[...]
tinha tido uma ótima noite de sono após orgamos maravilhosos e um homem que sabe quando deixá-la em paz. Dormiu sozinha naquela cama imensa e não se arrependeu do sexo no dia seguinte. Terminou de arrumar suas malas, tomou café da manhã e pegou seu vôo, no qual por sorte não sentou ao lado do fotógrafo novamente, era bom pelo simples motivo de lhe poupar uma conversa desconfortável. Chegou em Paris e foi direto para a casa dos seus suggars, afinal, era sempre assim.
Após uma refeição deliciosa, um banho e um sexo a três, estavam os três deitados na cama conversando. contava como tinha sido sua breve estadia na Espanha, passou todo o tempo no hotel fotografando, não tinha conhecido muitas coisas, porém, eles gostavam de ouvi-la falar sobre as aventuras do mundo da moda.
— O problema de fotografar na praia é terminar o dia completamente empanada. — Os três riram e desfilou os dedos pelo corpo de , até que chegou em um roxo em sua barriga.
— Não fomos nós. — A mulher sorriu para o marido. — Ainda tem tempo e disposição para transar por aí, querida?
— Ela é jovem, , não se lembra dos nossos tempos de juventude? — brincou, beijando a esposa.
— Você fala como se fosse velho, . — virou-se na cama, deitando de bruços para vê-los melhor.
— Será que algum dos seus companheiros sexuais gravaria um vídeo com você? — ficou surpresa no primeiro momento, mas logo entendeu, sabia que os dois adoravam um voyeurismo. — Adoraríamos vê-la em ação.
— Seria realmente… delicioso. — beijou o pescoço da modelo e logo subiu até sua orelha, lambendo o lóbulo.
— Posso tentar… — respondeu absorta nas carícias que começavam a esquentar.
— Podemos lhe dar um belo de um presente por isso… — O apalpou a bunda dela e sorriu, vendo que mais uma rodada de sexo estava prestes a começar.
[...]
abriu a porta do apartamento e foi surpreendida com uma reunião da qual não sabia o motivo ou sequer tinha sido avisada. Franziu o cenho quando viu um champanhe em um balde de gelo, três garrafas de vinho, duas vazias e uma pela metade, taças e um bolo que dizia: bem-vinda.
— Surpresa! — gritaram.
— Eu passei uma semana fora, já passei um mês e nem sequer vocês estavam aqui pra me receber. — torceu os lábios indignada, fechou a porta atrás de si e deu alguns passos.
— Ah, senta aí e cala a boca, prima, só queríamos beber. — atirou uma almofada na , que estirou o dedo do meio para a ruiva antes de sentar confortavelmente no chão.
— Espero que tenham novidades ou invadir meu apartamento não valerá de nada. — Empurrou para que a servisse um pouco de vinho para si.
— Eu não sei o que é considerado novidade.
— Chegar em casa e assistir seu irmão com a melhor amiga, se encaixa? — riu da cara confusa de , que levou um segundo para entender ao mirar .
— Certas mulheres não aprendem… — Revirou os olhos virando a taça de uma vez, oferecendo a mesma vazia para que a servisse mais uma vez.
— Eu não quero julgamentos, ok? — apontou para o grupo pedindo silêncio. — Eu faço o que bem entender, mesmo já tendo uma história, e já pedi desculpas a .
— Posso usar o mesmo argumento? — perguntou o grupo olhando cada uma ali em sua sala. Sem negativas, resolveu contar de uma vez: — Transei com na viagem. — Mais uma vez ergueu a taça, virando todo o conteúdo.
— E a pressa é sede ou arrependimento? — perguntou receosa.
— Não me arrependi, estou tomando coragem para contar a outra parte.
— Bom, enquanto ela não bebe o suficiente, tenho algo a dizer. — Ajeitou o óculos no rosto e respirou profundamente. — Eu fiquei com meu aluno.
— Meu, Deus! — exclamou desacreditada. — Transaram no auditório?
— Por que sempre pensam o pior?
— Você disse: “ficar”, cabe a nós preencher as lacunas.
— tem razão. — deu de ombros, pedindo mais uma rodada a .
— E você, ? Além de pegar seu irmão com a , mais nada?
Deixando a garrafa de lado, a faz movimentos repetidos com a mão circulando a área da virilha e disse:
— , ninguém joga aqui faz tempo.
— Credo… — Sorrindo, as meninas comentavam sobre a seca da morena que não se importava de ser o motivo de chacota da vez.
Minutos e muitas conversas depois já muito mais a vontade decide compartilhar sua última novidade:
— Meu casal viu as marcas que deixou em meu corpo e pediu um vídeo nosso. — Estranhou o silêncio, porém resolveu esperar que as faces animadas passassem de sorrisos a incredulidade momentânea e em seguida a enxurrada de perguntas.
— E o que disse? — questionou, assim como que perguntou o que eles ganhariam com tal pedido.
— Eles gostam de assistir e eu ganharei algo bem caro, como de costume.
— Eles não aceitam ir a uma praça pública perto daqui amanhã à meia noite? — disse como quem não quer nada. — Pode haver um casal lá transando nos brinquedos e o mimo pode ser deixado aqui, eu não me importo.
— Com quem vai ao parque, safada? — A pergunta já cruzando os braços sobre os seios.
— Espera um pouco, eu não tenho só o pra transar. — Arqueou a sobrancelha.
— E faria isso? — não entendeu o que a amiga insinuou então resolveu continuar: — Sexo em publico para alguém ver?
— Não sei qual parte é mais problemática. — usou o jargão do amigo da , negando com a cabeça.
— Já viu as coisas que essa safada tem? — Apontou para a garota de cabelos rosa, que quase engasgou com o vinho. — Nem fazendo uma campanha por dia eu teria o guarda-roupas de . Se eles são gostosos e gostam de presentear garotas bonitas, que culpa eu teria?
— Ótimos argumentos, guarde-os para a polícia. — Piscou para a amiga, que deu de ombros. — Não faça isso, !
— eu não vou… — Gargalhou da amiga, que olhava para ela com certas dúvidas de que não faria aquilo. — Céus, como sou bem vista por aqui.
— E vai falar com o ? — olhou para a e quando o grupo percebeu também ficou atento à resposta.
— Não sei como perguntar.
— Sei que vai pensar em algo bom. — Todas concordaram e a morena serviu mais uma vez as taças. — Vamos deixar o álcool falar por nós — Olhou a face animada da loira ao seu lado e negou. — Menos você!
Estou perto, chego até às duas da tarde.
Bufou se arrependendo de ter adiantado sua ida até o apartamento da irmã. Suspirou ao desbloquear o telefone e releu as últimas mensagens que havia trocado com , pegou uma almofada em seguida, colocando-a em seu colo ao ver a morena de lindos olhos passar pela sala usando nada mais que uma camiseta, que mal cobria sua barriga, e uma calcinha. Que castigo, Deus, seria ele merecedor de tal punição? O que fez de tão ruim durante a vida para ter que olhar belas curvas de longe e admirar as magníficas obras que eram?
, eu nunca falei tão sério na minha vida. Venha imediatamente!
Apertou os olhos azuis buscando ajuda de alguma entidade caridosa que pudesse cuidar de suas mãos trêmulas e de sua ereção crescente. Aquilo era demais para qualquer um e, quando a tal buscou o controle do televisor sentando tão perto, sentiu que apenas uma catástrofe natural poderia salvá-lo.
— Está tudo bem? — A jovem loira perguntou ao , que concordou nervoso. — Tem certeza? Está suando… — Quase foi tocado pela mão pequena, porém fugiu antes do toque. — Calma, não vou machucá-lo.
— Não é isso.
— Tem certeza? — A garota pegou o próprio telefone olhando a tela e em seguida gritou para a morena: — , tenho que sair uns minutinhos, tudo bem? — Com a afirmativa da outra colega, foi em direção aos quartos e voltou rapidamente já vestida. — Vou visitar um amigo, , qualquer coisa peça a e fique à vontade.
Ele não queria ficar à vontade, não ali. Sua irmã já havia comentado sobre as duas colegas de apartamento, porém esqueceu de detalhes muito importantes, como por exemplo o fato de ambas serem super modelos gostosas. Já bateu ao menos duas punhetas para cada uma em fotos de lingerie em revistas famosas, mas vê-las ao vivo tiraria seu sono por longos dez dias no mínimo. pagaria com a vida.
— Quer comer? — O quê?! Observou as mãos da morena, que carregava um pequeno prato com salada. — Não se preocupe, fiz outras coisas para você.
— Não estou com fome, , obrigado.
— Não precisa me chamar assim, ou tá de bom tamanho. — Tomou o lugar ao lado do irmão da amiga e começou a comer.
Maninha: estou chegando, tampinha
Finalmente! Sua amiga está ao meu lado e sigo de pau duro! Vocês não usam roupas?
Maninha: kkkkkk só você! A gente tá acostumada a ficar pelada na frente de qualquer um, , não ache que você é especial.
entrou pela porta, chamando a atenção dos dois que estavam sentados no sofá; viu com a almofada no colo, o suor de desespero escorrendo em sua testa e não se aguentou, começou a rir. franziu o cenho sem entender nada e o quis matá-la. Ela calmamente colocou sua bolsa no gancho ao lado da porta, correu até e pulou em cima dele, que logo esqueceu a raiva e a abraçou com carinho.
— Senti sua falta, maninho. — Saiu do colo dele, deu um selinho na amiga, que sorriu a cumprimentando. Caminhou até a cozinha, pegou duas cervejas, deu uma para o irmão e voltou, sentando na poltrona em frente a eles.
— Também senti sua falta, .
— Agora pode dizer pra que você ficou de pau duro por que ela e a são duas sem noção. — Os olhos do loiro se arregalaram e ele abaixou a cabeça completamente vermelho. A começou a rir, deixando sem entender nada. — Achou que ela ia ficar chateada?
— Eu… não… — ele sorriu amarelo —, desculpa, .
— Não estou chateada, bom saber que ainda consigo fazer alguém sentir tesão por mim. — A morena levantou e foi até a cozinha.
— Como assim? Você é gos… — Travou ao falar mais rápido do que seu cérebro poderia decidir se era algo apropriado a se dizer ou não. — Linda, você é linda.
voltou da cozinha rindo e acompanhava ela nas gargalhadas.
— Pode falar que ela é gostosa, por que ela é mesmo! — A falou e bateu na bunda dela. — Meu irmão vai passar 20 dias aqui, quem sabe você não dá pra ele, .
— ! — O irmão inflou as bochechas, irritado com o comportamento dela. — Céus, você está pior do que nunca, pare de me deixar desconfortável.
se aproximou do homem, tocou o queixo dele com os dedos e falou:
— Você seria uma ótima companhia na cama, gatinho. — estava parecendo um pimentão e viu lentamente a bunda farta da desfilando para longe dali e sumindo pelo corredor, enquanto ria descontrolada.
— Bem-vindo ao apartamento das delícias, tampinha. — Ela bateu sua cerveja na dele e deu um gole, piscando o olho direito.
[...]
balançava a perna sem parar embaixo da mesa, tinha se arrependido no momento em que entrou pela porta da cafeteria, na verdade, arrependeu-se no segundo em que concordou com aquilo. Estava longe de todo o drama familiar há 7 anos e sua vida era tão pacífica que quase se tornava entediante, se não fosse pelo seu trabalho e todo o glamour que vem com ele. Já estava em sua segunda xícara de café e sua ansiedade só aumentava, sabia que quanto mais bebesse pior seria, mas não tinha outra coisa para se fazer.
Foi aí que ouviu o sino da porta de entrada e virou, vendo passando pelo arco e sorrindo docemente. Virou-se de volta e revirou os olhos, não era possível que seu irmão achasse que estava tudo bem.
— , bom dia. — O homem sentou em frente a ele e chamou a garçonete, pedindo seu café duplo.
— Realmente é um dia, se é bom já não sei dizer. — bebeu mais um gole de seu café.
— Credo, que mau humor. — fez careta, mas logo mudou sua expressão por uma de compreensão, entendendo porque estava recebendo um tratamento tão hostil. — Me perdoe, . Eu não sabia o que fazer naquela época, você estava cada vez mais melancólico e se afundando na sua solidão.
— E mesmo assim me deixou para trás.
— Eu era um adolescente, , estava tão perdido quanto você. — O se explicava com uma certa angústia.
— E eu era uma criança! — Bateu na mesa, atraindo alguns olhares, então respirou fundo notando que se exaltou e falou baixo: — Você escolheu ir embora.
— Eu sei! — Enfiou os dedos pelo cabelo comprido e apoiou sua testa nas mãos. — Acha que não me martirizo todos os dias sabendo que abandonei você? — Voltou a olhá-lo nos olhos. — Eu só aceitei estudar fora porque não aguentava mais a pressão de ser um... .
— E em nenhum momento passou pela sua cabeça que eu sentia o mesmo e que ficaria sozinho naquela mansão com dois… — Mordeu a língua antes de xingar seus pais e suspirou. — Você é bem inteligente, .
— Oi, bonitão. — saltou os olhos quando olhou e viu parada ao seu lado. — Quem é esse seu amigo gato? — A loira enfiou o indicador em uma mecha de cabelo e sorriu.
— Ninguém, ele já estava indo embora.
— , vamos…
— Não, não temos mais nada pra conversar. — o interrompeu e levantou, encaixou o braço no da e seguiu até o balcão. — Posso pagar o seu café?
— Que cavalheiro, obrigada, . — A loira sorriu e disse o que queria ao atendente. Quando os dois viraram, já não estava mais ali, então seguiram para a agência.
— já está na agência?
— Não sei, quando saí de casa ela tinha ido fazer compras com o irmão. — e entraram no elevador. — Mas não se preocupe, ela não vai se atrasar, a é uma das mulheres mais pontuais que eu conheço.
— Menos quando está com o namorado. — estalou a língua.
— Que namorado, ? — Ela franziu o cenho. — não namora.
— Pelas indecências que ouvi o homem que deixou ela no estúdio dizer, só podem ser algo desse tipo. — Ele deu de ombros.
A ficou piscando os olhos, tentando entender e, quando caiu a ficha, o fotógrafo já tinha saído do elevador e ela permanecia estática com os olhos arregalados. Saiu da caixa metálica e mandou mensagem para a amiga perguntando onde estava e a resposta foi: estou chegando. foi para o estúdio e sentou em uma das cadeiras para ser maquiada. entrou logo em seguida, sentando na cadeira ao lado; ela entrelaçou os dedos nos da loira e soltou um beijo no ar.
As duas recebiam a maior das atenções. A campanha de lingeries que elas fariam naquele dia era da grande marca Ardent; a empresa era uma das mais conhecidas em toda a Europa, além de ser cliente vip da Stars Model. Elas levantaram e foram colocar as primeiras peças, um conjunto completo para as duas, com meia ⅞ e cinta liga. usava um cor de rosa seco, próximo do tom do seu cabelo, e um azul cintilante, combinando com seus olhos. As duas se juntaram no fundo infinito e preparava os flashes e a câmera.
— Eu encontrei o na cafeteria aqui da frente, estava com um tremendo gostoso, super parecido com ele. — A loira sussurrou no ouvido de .
— E o que eu tenho a ver com isso?
— É seu boy, não? — fez sinal para elas começarem a fazer as poses.
— De novo com essa história? — A revirou os olhos.
— , vire um pouco o rosto para a direita, coloque o braço esquerdo no ombro dela — falou e logo elas se ajeitaram do jeito que ele pediu.
— Estou dizendo que pode ser irmão dele e que se for, por favor, peça pra ele me apresentar — continuou sussurrando para apenas a amiga escutar.
— , mantenha as pernas fechadas por alguns minutos. — virou de costas, enquanto ainda se mantinha de frente, as duas posando para as lentes de .
— Olha quem fala… — Aproveitou que estavam sozinhas com , pois quando era ensaio de lingerie a equipe era reduzida e ao precisar de retoques, elas vestiam um robe e os maquiadores e cabeleireiros eram chamados de volta para dentro do estúdio. — Você se esbaldou na Espanha, não? — Falou mais alto, já que antes sussurravam. pigarreou e foi tomar água.
— Podem trocar as peças — anunciou.
Elas foram até o camarim e fuzilava a melhor amiga com raiva. Pegaram os novos cabides e começaram a trocar as lingeries.
— Mantenha a boca fechada também.
— Falando nisso, ouviu o seu… — aproximou-se do ouvido de — daddy falando "indecências" — fez aspas com as mãos — pra você no dia que ele foi te deixar.
— Ele o quê?! — arregalou os olhos. — Então ele ouviu… Esse filho da p…
— Ele acha que é seu namorado, mas falei pra ele que você não namora. — estalou a alça elástica em sua pele e sorriu. — De nada — falou e saiu rebolando, deixando a preocupada, irritada e querendo esganar o primeiro ser humano que cruzasse o seu caminho.
Com nada mais que uma salada de origem duvidosa vinda dentro de uma caixa plástica no estômago, terminaram o ensaio quase 20 horas da noite. e saíram do estúdio se despedindo de todos e, ao chegarem na sala principal da agência, Tsunade vinha de sua sala com um sorriso no rosto e batendo palmas para chamar a atenção de todos ali presentes.
— Por favor, juntem aqui. — A loira olhou para todos. — Bom, quem não estiver aqui vai ser avisado, mas semana que vem teremos uma festa aberta para todos os clientes da agência. Cada um de vocês têm direito a um acompanhante e caso eu estiver de bom humor, libero mais alguns espaços na lista. — Tsunade deu de ombros. — Lembrem-se, é uma festa de gala, então se comportem como tal. Estão liberados. — Saiu andando pelo corredor em direção a sua sala.
— Precisamos conseguir mais um lugar nessa lista, — falou preocupada.
— Por quê? Em todas as festas colocamos as garotas pra dentro. — A falou de forma óbvia, juntando as sobrancelhas e apenas continuou a encarando, esperando que a ficha caísse. — Ah! — Bateu na própria testa. — . Merda!
— Finalmente lembrou do irmão. — A saiu andando para pegar o elevador.
— Espera, !
Seu corpo era dedilhado pelas mãos ágeis de , que apertou suas coxas ao subir sua saia até o quadril. Mais beijos necessitados eram espalhados por sua boca e pescoço, alguns desciam até a clavícula sugando fortemente cada pedaço de pele alcançado e não temia marcas, apenas queria sentir mais. Foi colocada sentada na bancada atrás de si e o manteve perto, entre suas pernas, com o receio de não ter mais um segundo do calor emanando da pele masculina que tomava sua mente nublada. Desejava ardentemente o próximo passo, sentindo que os beijos trocados durante as aulas não saciariam mais a vontade e a necessidade que ambos possuíam um pelo outro.
Sua boca foi deixada por um mísero segundo e o desceu pelo dorso exposto lentamente, marcando cada parte da barriga clara de . Sentiu seu corpo vibrar ao ter a calcinha de renda colocada de lado e um gemido suspirado deixou seus lábios quando finalmente sentiu seu desejo ser atendido. Os dedos trabalhavam juntamente com a língua, tocando seu clitóris enquanto era sugada e invadida de forma suave, como se o homem quisesse conhecer cada parte que a levava à loucura.
Levou as mãos ao cabelo de , chamando-o mais uma vez para cima, pois não suportaria mais um segundo daquela tortura. Já que se permitiu experimentar por influência de , ou de sua vontade cada vez mais incontrolável de tê-lo e ser dele, teria tudo naquela noite. Voltou aos beijos desesperados, tocando em sua ereção e fazendo massagem ainda por cima da roupa; começou a desabotoar a calça e recebeu ajuda dele para se livrar da cueca em seguida.
— , me diz que se rendeu, que vai ser minha… — Passeou o nariz pelo pescoço, bochecha, e foi até a orelha, mordendo o lóbulo.
— , você… — parou de falar e gemeu ao sentir os dedos a preenchendo novamente — é muito bom nisso. — Jogou a cabeça para trás junto ao seu tronco, a mão do aluno subiu pela barriga e foi até os seios, que ainda estavam cobertos pelo sutiã de renda, e começou a massagear, assim como fazia com o clitóris da ruiva.
— Quantos pontos eu mereço por levá-la à loucura? — Posicionou-se em sua entrada, pincelando sua glande na excitação da Uzumaki e introduzindo lentamente cada centímetro dentro da ruiva.
— Incontáveis… — gemeu ao senti-lo dentro de si. Suspirou pesadamente ao agarrar com certa força os ombros do e, quando ele finalmente começou com os movimentos calmos, revirou seus olhos, não lembrando de nenhuma outra vez ter sentido tanto prazer.
O segurava seu corpo como se a ruiva fosse sua tábua de salvação em meio a um naufrágio. Apertava sua carne e gemia rouco a cada investida contra seu corpo, respirava com certa dificuldade e usava toda sua concentração para não tomá-la da forma que sempre imaginava antes de dormir. Com alguns anos de experiência a mais, a professora notou que o homem estava contido demais para alguém que tanto atiçou sua imaginação. Preocupada com um possível arrependimento, tomou o rosto bonito em suas mãos e o fez encará-la.
— Há algo errado?
— Não quero estragar tudo. — continuou confusa e já pensava em tirá-lo de si e descer da bancada, porém continuou: — Se eu for mais rápido, não vou aguentar muito.
sorriu pela bobagem do homem, que na verdade parecia um garoto perdido nos próprios desejos e, ao realizá-los, claro, ficaria afoito e amedrontado. Pronta para deixá-lo à vontade o empurrou, com o pé em seu peito, fazendo-o sentar em uma das cadeiras altas usadas pelos estudantes e se colocou em cima. As mãos se tornaram mais ágeis em seu corpo, o havia finalmente voltado à pose de homem malvado e seus dedos afundavam na carne farta da bunda da Uzumaki.
Encaixou-se mais uma vez, movimentando-se para frente e para trás em um rebolar gostoso e ritmado com a ajuda dos longos dedos. não demoraria mesmo, seus lábios não deixavam dúvidas a cada gemido pedindo aos céus para que aquilo não fosse um sonho e ela tampouco. Surtiu o efeito desejado ao senti-lo pedir por mais, dando sinais de que estava perto. deixou-se levar pelo gosto inconfundível do que era proibido em um orgasmo único ao senti-lo derramar-se dentro de si.
[...]
Estar rodeado de mulheres bonitas já era complicado, agora estar rodeado de mulheres bonitas seminuas era de foder. levantou apressado, estava se mijando, porém ao chegar no banheiro e mirar o sanitário, viu a bela ereção matinal. Se não tivesse certeza que a causa era natural, acharia que eram as imagens da e da desfilando pela casa só de calcinha e uma blusa que mal cobria os peitos, carimbadas em sua mente lhe perturbando dia e noite. Respirava fundo pensando em qualquer coisa que não fosse comer uma das melhores amigas da irmã. Quando de repente a porta foi escancarada e os dois pares de olhos azuis se encararam, a loira desceu suas íris e berrou, fazendo a fechar a porta em um rompante.
— Desculpa! — Ouviu a voz dela abafada por vir do outro lado da porta.
— Tudo bem, esqueci de trancar. — Quando tentava se concentrar, ouviu a fechadura novamente e apenas a cabeça de pela fresta.
— Belo pau, . — Fechou a porta de novo deixando o completamente sem graça e irritado, pois não conseguiria mijar pelos próximos 10 minutos.
Encontraram-se todos na mesa do café da manhã e, quando cruzou os olhos com a , ficou instantaneamente vermelho. Sentou-se ao lado de , que já o olhava estranho, tentando entender o que estava acontecendo, mas apenas ignorou. As três estavam atrasadas para a academia, então comeram e saíram em seguida, deixando o Uzumaki em paz por algumas horas.
O trio se separou na porta de entrada da academia e foi cada uma fazer seu treino matinal. Ao terminarem a musculação, encontraram-se nas esteiras ficando lado a lado, como de costume. Estavam caminhando rápido nas esteiras enquanto conversavam sobre desfiles, campanhas fotográficas, e quando iriam fazer compras no mercado.
— Eu acho que posso ir, se o for me acompanhar. — riu travesso.
— Ela ‘tá ficando interessada nele! — exclamou, animada.
— Meu irmão é bonito, vai, eu sei disso — comentou , dando de ombros.
— E tem um belo pau delícia, .
— Não acredito que você teve a pachorra de dormir com ele em menos de uma semana, ! — A ralhou com a melhor amiga.
— Não! Não dormi com ele… — e a olhavam desconfiadas, com uma sobrancelha arqueada. — É sério! Meu Deus, minha reputação ‘tá péssima!
— Nisso podemos concordar — disse a morena.
— Eu fui entrar no banheiro e ele estava lá, tentando mijar, com… — Pigarreou.
— Ele ‘tava de pau duro?! — A gritou, cortando a amiga e atraindo olhares, e as duas começaram a rir.
— Desculpa, gente — pediu, levantando a mão de maneira séria, olhando as pessoas ao redor.
— Sim, , ele estava. Provavelmente uma ereção matinal, todo homem costuma ter — explicou, de maneira baixa, já que alguns ainda prestavam atenção na conversa delas.
— Podemos parar de falar sobre o pau do meu irmão? Obrigada. — desligou a esteira e saiu andando, logo as outras duas vieram atrás dela e saíram da academia desejando bom dia para a recepcionista, e foram andando pela calçada.
— Bom, não vou negar que é um gostoso. — cortou o silêncio.
— Ainda nesse assunto? — A revirou os olhos enquanto bebia água da sua garrafinha.
— Deixa ele tirar as teias de aranha daí de baixo, , ‘tá na hora.
— Já passou da hora — corrigiu.
[...]
— Acho que distendi a bunda. — A deitou no sofá da sala de bruços com um saco de gelo em cima da parte dolorida pelos exercícios puxados da parte da manhã.
tinha saído e foi às compras com , então sem chances de ser pega com a bunda gelada para o ar. Amava morar com as garotas e visitas masculinas quase sempre eram bem-vindas, porém agradecia as poucas vezes que poderia ficar sozinha. Esticou o braço tentando não se mexer, pois a posição estava ideal para acalmar seus músculos doloridos, mas desastre e , eram palavras que se completavam e o controle da tv, que antes estava tão perto de si, rolou para baixo da mesinha que havia ao lado do sofá.
A medida que se esticava para pegar, dobrava seu corpo no braço lateral do móvel fofo. Estava tão concentrada na tarefa, que seria simples ao se levantar, que não notou que não estava mais sozinha. Ao erguer o olhar deu de cara com uma virilha muito animada e olhando para cima pode reconhecer quem havia chegado.
— Vocês não me ajudam…
Com muitas sacolas de compras, que ajudou a irmã a fazer, sorria desacreditado de sua sorte ao ver uma pose tão linda. Disposta a não deixar barato e de brinde ganhar mais um motivo para sorrir, decide revidar os comentários do .
— Sabe que o que precisar é só chamar. — Sorriu doce, resolvendo pegar de uma vez o controle e sentar mesmo que com dor. — Ai…
— Está machucada, ?
— Sim, foi o treino de hoje. — Deixou a bolsa de gelo na mesa a sua frente e ligou a televisão.
— Eu posso ajudar em alguma coisa? — Pôs as sacolas em cima da mesa e seguiu até a morena, sentando-se ao lado dela e a olhando preocupado.
— Deveria, não? — Sorriu brincalhona, mordendo o lábio em seguida. — Minha dor é em uma região que ainda não viu, pode me ajudar mesmo assim?
— Ah, não sei se devo… — O loiro coçou a nuca, sem graça.
— Mas, , você disse que ajudaria… — Fez um bico exagerado, fingindo tristeza.
— , não é como se… — negou, dispensando os pensamentos impróprios. Era impossível que aquela garota estivesse falando do mesmo que ele. — Acho que estou entendendo tudo errado...
— Mas a viu, que mal faz me mostrar?
viu? O que a … Não, garotas falam, !
— Foi sem querer — disse se levantando rapidamente. Tomou o caminho do quarto da irmã para se esconder, mas antes gritou: — A porta… eu não tranquei.
— Espero que não tranque amanhã também! — gritou de volta.
[...]
ainda não acreditava que tinha cometido aquela loucura, dois dias depois estava no mesmo laboratório dando aula para todos os seus alunos; alguns debruçados onde a fodeu. Céus, o que ela tinha na cabeça? Às vezes perdia a concentração pensando no problema que daria se alguém os tivesse pegado no flagra ali. Ela, uma renomada professora, doutora em ciências espaciais e física quântica, dona de inúmeros prêmios expostos na estante de sua sala de estar, tinha transado com um aluno em plena universidade. Terminou aquela aula com um começo de dor de cabeça; seu cérebro parecia que escorreria pelos seus ouvidos, caso isso fosse possível.
— … — sentiu a mão em seu ombro e deu um pulo, virando para trás —, calma, sou eu.
— , não podemos nos reunir para a pesquisa hoje, tenho um compromisso. — A ruiva recolheu suas coisas rapidamente aos olhos atentos e confusos de seu aluno. Sentia-se extremamente mal fazendo aquilo, mas precisava respirar antes que tivesse um surto.
— Por que está…
— Depois. — Ela o cortou. — Depois nos falamos. — saiu porta a fora e entrou em seu carro; tentava contar a sua respiração para se acalmar, ainda estava agarrada às pastas e papéis. Soltou tudo no banco do passageiro e tirou a bolsa do ombro, procurando seu celular naquela bagunça que era seu carro, agora ele tinha a cara da sua vida; o próprio caos. Achou o aparelho e desbloqueou, indo direto no aplicativo de mensagens, mais especificamente no grupo das “delícias”.
SOS, reunião.
— … O que quer? — Arqueou uma sobrancelha. — Estou indo embora.
— Faz tempo, não é? — Passou o nariz pelo pescoço dela, sentindo o cheiro de cerejas que exalava.
— Eu disse que era a última vez.
— Poupa meu tempo e o seu, . — A beijou com vontade e sabia que já estava fodida mesmo, apenas virou a mão para trás e trancou a porta do banheiro comunitário da agência. Empurrou o até a bancada sem parar de explorar sua boca, colocou a bolsa em cima da pia e se afastou dele apenas para subir a saia e se curvar se apoiando na bancada, ele ficou olhando para ela um pouco surpreso.
— O quê? Estou poupando nosso tempo… — Ela sorriu safada e tirou uma camisinha da bolsa, segurando entre o dedo médio e o indicador. — Vamos, , não tenho todo o tempo do mundo. — O homem pegou o pacote metálico, encapando seu pau e apertou o quadril da com força; beijou seu pescoço e lambeu até chegar em seu lóbulo. A mão dela foi até os cabelos pretos, puxando os fios entre os dedos, sentiu os dedos dele afastarem sua calcinha e se enfiar nela com força. — ‘Hm…
— É forte que você gosta, não é? — Gemeu, concordando.
Uma mão de foi até o seio dela e apertou até achar o pontinho duro no meio dele, mesmo por cima do tecido era capaz de sentir perfeitamente, já que costumava andar sem sutiã. A pélvis dele se chocava na bunda dela com veemência, o barulho indecente ecoava no banheiro junto aos gemidos agudos dela e roucos dele. subiu ainda mais a mão até chegar ao pescoço, apertou com certa agressividade e a cabeça dela pendeu para trás, ele começou a ir mais rápido sentindo as paredes dela o apertarem e logo os dois estavam vermelhos, suando e respirando ofegante.
O celular de fez barulho e ela abriu a bolsa o pegando, vendo a mensagem urgente de sua prima enquanto se retirava de dentro dela e jogava o preservativo no lixo.
— Ótima foda… — puxou pelo maxilar e deixou um selinho em seus lábios, fazendo com que ele ficasse um pouco desorientado —, mas preciso ir agora. — Pegou a bolsa, baixou a saia e, se olhando no espelho, tentou se arrumar da melhor forma que podia, viu a cara de confusão do pelo reflexo e sorriu se virando para ele, olhando de maneira devassa, chegou bem próxma, colocando a mão no peitoral do homem. — Depois quero falar com você, mando mensagem. — Piscou o olho e saiu do banheiro quase correndo para chegar logo em casa.
[...]
— Onde é o incêndio? — jogou a bolsa no sofá e sentou entre e , mirou os olhos vermelhos assustados e perguntou: — O que aconteceu, ?
— Finalmente você chegou, ela disse que só ia falar quando você estivesse aqui. — A empurrou a perna de e se levantou buscando algo para beber, colocou a garrafa de tequila e os copos de dose em cima da mesa de centro sobre os olhos assustados de todas ali. — O que é? Pelo estado dela vamos precisar beber.
— Não seja dramática! — ralhou com a amiga.
— Eu… — começou a falar e todas viraram imediatamente para ela — transei com o meu aluno…
— Finalmente — disse a , virando uma dose e logo fez careta pela ardência do álcool em sua garganta.
— No laboratório de química — completou.
— Sempre achei que ia fazer isso no auditório — comentou, dando de ombros e pegando a garrafa se servindo uma dose.
— Não seja insensível, ! — repreendeu a amiga.
— Não estou sendo insensível, o garoto queria sexo, conseguiu.
— Você não sabe se ele ‘tá apaixonado pela . — A devolveu, sentindo um gosto amargo na boca.
— Ei! — berrou, fazendo as duas se calarem e cruzarem os braços emburradas. — Isso não está aberto para discussão. — Bufou franzindo o cenho. — Credo, o que ‘tá acontecendo com vocês? — perguntou retoricamente e se voltou para . — Por que está assim?
— Estou me sentindo culpada e agora não tem mais o que fazer por que eu já fui inconsequente. — Escondeu seu rosto entre as mãos e bufou. — Me comportei como uma adolescente.
Sua prima respirou fundo e talvez se arrependeria de falar aquilo, mas se fosse para fazê-la se sentir melhor, aguentaria as piadinhas de e .
— Eu acabei de transar no banheiro da agência com o , — falou de vez, recebendo olhares curiosos de suas companheiras de apartamento e os olhos saltados da Uzumaki. — Pois é, também fui inconsequente, quem não é? E daí que você transou com ele na universidade, ninguém viu. Segue a vida, — acariciou o joelho da ruiva e sorriu —, mas a tem razão, ele pode mesmo estar apaixonado por você, então se você se arrependeu ou não quer nada além de sexo, é bom você deixar claro pra ele.
— A ‘tá certa — concordou, atraindo o olhar de para si, mas logo voltou a olhar a quando ela começou a falar.
— Nós precisamos ter cuidado com os sentimentos das pessoas, responsabilidade emocional é sempre necessária. — e se entreolharam e a Sabaku abaixou a cabeça. — Se não, um dos dois pode acabar machucado no final.
— Obrigada, meninas. — abraçou e logo virou um abraço em grupo em silêncio, apenas dando todo apoio que a amiga precisava.
— Quer dizer que você transou com o de novo? — cortou o silêncio assim que se afastaram.
— E isso foi tudo que você me ouviu dizer? — estreitou os olhos para a .
[...]
Sua barriga estava apoiada no encosto do sofá junto aos cotovelos, duas mãos apertavam forte seu quadril, que vez ou outra era estapeado. metia forte e fundo, como sabia que gostava, os gemidos ecoando por seu apartamento já eram recorrentes. Depois que a modelo finalmente cedeu aos seus próprios desejos, os dois não conseguiam se ver e não se agarrarem como dois descontrolados, sem se importar com o lugar. Após uma tarde de sexo, os dois se jogaram no sofá esbaforidos e se olharam, começando a rir em seguida.
— Precisamos nos controlar — comentou.
— Achei que tivesse desistido disso…
Ela se inclinou e se encostou no peito do fotógrafo antes de falar:
— Não ‘tô falando disso, mas sim da gente manter uma certa distância as vezes, pra, sabe… dar aquela vontade maior.
— Não precisamos disso… — beijou a testa dela e levantou, sem se importar com a nudez, que a fez questão de deitar no sofá de bruços para analisar melhor o material do gostoso que estava a fodendo. — Então… — virou para ela com o celular na mão —, pizza ou japonês?
— Japonês! — disse animada.
Tomaram um banho demorado, aos beijos e carícias, que acabou em mais uma rodada de sexo bruto. Era assim que os dois gostavam. Vestindo roupões atoalhados, sentaram no sofá e desfrutaram de um bom vinho e sushi, afinal, precisavam repor as energias. Uma música tocava baixinho, em som ambiente, e eles conversavam e riam juntos sobre as besteiras que falavam ou os xingamentos que trocavam. tentava procurar um bom momento para pedir o que queria, mas achava que não encontraria nunca.
— … — Ele a olhou enquanto levava um niguiri à boca. — Eu… queria te pedir algo.
— O que quiser, linda. — Deslizou a mão pela coxa dela, tirando o roupão do caminho.
— É algo relacionado a isso, mas… — pigarreou —, podemos gravar? — engasgou com a pergunta e, assim que se recuperou, deu um gole generoso no vinho.
— Gravar? — perguntou incerto. — Nosso sexo?
— Sim, queria mostrar…
— Prefiro não saber para quem. — Ele riu, lembrando da comentando algo sobre elas ficarem comentando sobre suas vidas sexuais, enquanto servia mais vinho para os dois. — Só não quero que apareça meu rosto.
— Você concordou rápido demais, algum fetiche envolvido? — Ela olhou para ele de maneira sacana com um sorrisinho nos lábios.
— Só tenho uma exigência. — Deslizou os dedos pela nuca dela, desceu pela curvatura do pescoço, tirando o tecido atoalhado aos poucos de seu corpo.
— Qual? — disse manhosa, enquanto aproveitava os toques do moreno.
— Eu quero uma cópia — sussurrou no ouvido dela.
— Fetiche, então. Vai assinar algo para eu não ter que me preocupar? — brincou , já colocando suas mãos entre os fios negros enquanto sentia os dentes dele em seu queixo.
— Se precisar, eu assino. — Um beijo molhado foi dado em seu colo e logo uma língua atingiu seu mamilo, os dois caíram no sofá e parecia que uma nova rodada começaria.
[...]
ria alto com alguma bobagem que o dizia, eles realmente tinham coisas em comum. O irmão da sua melhor amiga talvez fosse mais do que apenas mais um pau para sentar. O problema, era que irmão de melhores amigas sempre tinham o poder de serem problemáticos, ou gerarem alguma dor de cabeça. Então, a modelo, por mais interessada que estivesse, tentava lutar contra si mesma e sua boceta, que já deveria estar imaculada pelo tempo de inutilidade e pelo trauma que seu próprio irmão deixou. Caralho, , mesmo longe você estraga a minha vida, pensou .
Contudo, parecia ser diferente, até mesmo pela questão: responsabilidade. Isso tinha deixado claro. Ele não era nenhum cafajeste, ele nunca era do tipo que levava várias para cama apenas para se exibir, mesmo que muitas se jogassem em cima dele. Tudo isso fez a repensar na possibilidade deste não dar problema. Então fazia alguns dias que passava mais tempo com o Uzumaki, divertiam-se juntos, conversavam, bebiam, e passavam o tédio com a companhia um do outro; estava sendo divertido.
— Eu quero realmente te fazer uma pergunta, — falou com um pouco de insegurança, sentia-se nervoso.
— Pode perguntar qualquer coisa pra mim, . — Ela sorriu e logo deu um gole em sua long neck.
— Você… sairia comigo para jantar? — Ele mordeu o lábio, claramente ansioso pela resposta da mulher à sua frente.
— Sim, mas com uma condição… — Sentiu sua garganta ficar menor, a saliva do desceu com certa dificuldade, principalmente quando viu a morena se erguendo do sofá e se inclinando em sua direção. se apoiou no ombro do loiro com cuidado e sussurrou de forma sensual em seu ouvido: — Só se eu for à sobremesa. — Foi se afastando de forma calma, querendo encontrar os olhos do loiro assim que fosse possível, e assim o fez. Esboçou o mais safado dos sorrisos e, antes que ele pudesse sequer responder, não que ele achasse que fosse capaz de fazê-lo, a campainha tocou. — Salvo pelo gongo, . — Deixou um beijo estalado na bochecha do loiro, que ficou mais vermelho do que já estava, e levantou de vez, para abrir a porta. — Você só pode estar brincando…
— , vamos conversar.
— Não, não quero, não vou, e estou ocupada. — Olhou para trás para ele ver que estava acompanhada.
— A gente precisa resolver isso, já faz 5 anos!
— Tivesse pensado nisso antes de quase jogar minha amizade com a minha melhor amiga no lixo!
— mora com você, ! Não seja dramática, você não perdeu nada. — cruzou os braços e revirou os olhos. — Quem perdeu fui eu.
— Me poupe do seu falso arrependimento, não tenho tempo e nem disposição pra lidar com o seu showzinho, . — Virou as costas e entrou na cozinha.
— Oi, prazer, . — quis soar educado, apesar do claro desconforto em presenciar aquela briga entre… ex-namorados?
— Eu sou o , irmão da . — Seus ombros relaxaram no sofá assim que escutou que era irmão dela, pois definitivamente não queria se intrometer no meio de algo inacabado.
— Corrigindo, ex-irmão, . — passou pelo soprando a franja, mania de quando estava irritada, alcançou uma cerveja para o e sentou ao lado dele. — Pode se retirar agora, não tenho nada o que escutar de você. Principalmente depois de entrar na minha casa e você estar fodendo a minha amiga. Além disso, estou com uma ótima companhia, como pode ver. — Apontou para o Uzumaki.
— Não se importem comigo, eu posso dar mais privacidade e… — O loiro foi se levantando, mas o segurou pela mão, fazendo-o sentar novamente.
— Não, já está indo, não é? — Olhou para o irmão com fúria.
— , você realmente poderia parar de ser imatura e sentar para conversar comigo, sem jogar na minha cara que eu fui imbecil! — se exaltou, estava realmente cansado e queria sua irmã em sua vida de novo, e caso tivesse que falar isso em frente a um dos namoradinhos de , o faria. — Eu não preciso de ninguém pra me dizer o quanto eu fui…
— Cafajeste? Egoísta? Babaca? Mentiroso? — A modelo o cortou, xingando-o de várias formas, e ele apenas abaixou a cabeça, sabia que tudo aquilo era verdade e nem podia contestar. — Me poupe do seu egocentrismo disfarçado de arrependimento, que nada mais é, mais uma vez, você querendo se sentir melhor consigo mesmo. — A mulher sentiu sua garganta doer, quase não conseguia mais dizer o que lhe vinha à mente, talvez tivesse bebido demais. Feridas do seu passado pareciam reabrir quando via seu irmão, talvez nem fosse mais pela que não queria ouvi-lo, e sim por ela mesma, não queria lidar com toda a bagagem emocional que trazia. — Pois nada nesse mundo importa mais do que , o gênio incrível.
uniu as sobrancelhas olhando para ela preocupado. falava com um pesar nas palavras que o deixava ansioso, queria muito tentar acalmá-la; parecia que aquela conversa iria entrar em algo muito pessoal para ele estar ali presenciando, mas não se sentia no direito de interferir ou falar alguma palavra de conforto.
— , não fale dessa forma, você é uma mulher incrível...
— Vai se foder, ! — Ela levantou sobressaltada do sofá e olhava tudo aquilo calado. Sentia o ar pesar dentro do apartamento, tudo estava muito intenso, queria urgentemente sair dali. Bebeu um gole da cerveja gelada, que desceu rasgando sua garganta; definitivamente, ele não deveria estar ali naquele momento. — Não queira dar uma de irmão mais velho preocupado, nunca disse nada ao contrário do que o papai sempre falou, que eu era uma inútil, que ninguém gostaria de mim, uma coitada, que talvez um dia encontrasse um homem que ficasse com pena o suficiente…
— Ei! — Os três olharam para a porta, vendo de cenho franzido. — O que porra ‘tá acontecendo aqui? — Ela fechou a porta. — Consigo ouvir vocês do elevador! — Largou a bolsa e as sacolas na bancada, que dividia a sala e a cozinha, e olhou para o moreno plantado no meio do hall de entrada. — Você deve ser o famoso .
— Famoso? — O arqueou uma das sobrancelhas.
— Não vem ao caso… — virou para a amiga —, , você não está em condições de conversar agora. Vá tomar um banho. — nem sequer negou, sabia que a amiga estava certa e quando foi passar por ela, tomou a cerveja de sua mão. — Isso fica comigo. — Assim que a deixou o ambiente e a ouviu a porta bater, virou para o moreno, que já tentava abrir a boca para falar, mas foi impedido. — Eu só tenho uma pergunta a lhe fazer... Você realmente quer fazer as pazes com ela? — balançou a cabeça em afirmativo e ela respirou fundo, deu um longo gole na cerveja e falou: — Eu vou confiar em você e vou te ajudar, mas caso magoe a de novo, eu vou ser a primeira a dizer pra ela nunca mais olhar na sua cara.
— Não tenho o que conversar com , , ele não se importa com ninguém além dele mesmo. — revirou os olhos e levou o canudo do seu café gelado à boca.
— Não pareceu ontem… — Viu a amiga morder o lábio. — , você não acha que ‘tá na hora de resolver o problema com a sua família?
— Eu já resolvi.
— Fugir não é resolver, . — Crispou os lábios e continuou: — Já parou para pensar que seu irmão mudou e quer de verdade se aproximar de você? — pareceu ponderar o que a amiga disse, mas mesmo assim apenas respirou fundo e se manteve calada.
— Então, vamos? — chegou ao lado de fora da cafeteria, onde elas tinham comprado seus cafés, e foram continuar a maratona para encontrar vestidos para a festa da Stars Model.
As duas concordaram com a e seguiram caminho. As lojas que visitavam não pareciam a altura de seus gostos, mas o que mais as impedia de decidir algo era a indecisão. Depois de uma tarde exaustiva, as sacolas em suas mãos significava que tinham achado o look da noite. foi até seu quarto e viu deitado em sua cama, jogou uma das sacolas para ele e sorriu enquanto se desfazia de suas roupas para entrar no banho.
— O que é isso, maninha? — O loiro começou a abrir a grande sacola de papel.
— Seu smoking pra hoje a noite, tampinha.
— O quanto essa festa é chique?
— Digamos que muito, comporte-se sim? É a agência que eu trabalho, .
— Eu sei, , fique tranquila. Vou ser um gentleman. — Os dentes brancos alinhados se uniram em um sorriso largo e a riu, fechando a porta em seguida.
[...]
Abriu a porta dupla da entrada do prédio e separou o dinheiro que levou consigo para pagar o entregador que, segundo o aplicativo, deveria estar por perto. Olhou para dentro, certa de que não era seguida por nenhuma das duas curiosas que pediriam para dividir seu pedaço de torta, porém, sua ansiedade que era anestesiada com um doce com muito chocolate, deu lugar ao susto de ver olhos tão parecidos com os da amiga.
— Merda! — Poderia ser um fantasma que aparecia do nada assustando loiras lindas, mas parecia bem mais apetitoso que uma torta. — Quer me matar?
— Nunca desejaria isso. — O sorriso marcante ladino na face masculina conseguia deixá-lo ainda mais atraente aos olhos de . — está em casa?
— Sabe que não está para você. — Revirou os olhos.
— Qual é, me ajude. Preciso falar com minha irmã.
— Mesmo que quisesse, não dá tempo — observou um homem mais velho encostar sua moto perto da entrada do prédio e reconheceu ser o entregador da loja que tanto amava. — Vamos a uma festa na empresa. — Desceu os degraus rapidamente, pagando o senhor e pegando sua sacola. Voltou até fingindo impaciência para não se meter em um problema de família.
— Eu posso ir? Lá ela não poderá correr de mim. — Já dava suas costas para o moreno que segurou seu cotovelo de forma leve, porém fazendo seu corpo parar imediatamente. Estranhou a reação e lhe deu atenção uma última vez. — Eu juro que se me ajudar eu resolvo tudo isso hoje, mas eu preciso de alguém ao meu lado.
revirou mais uma vez seus olhos azuis entendendo que se estivesse em situação parecida certamente faria como e pediria ajuda a alguém próximo. Bom, ela ainda podia culpar o destino e sair ilesa do ódio que destilaria por aí se o irmão fizesse mais merda. — Vá até a porta e dê um jeito de chamar . Ela vai te colocar para dentro. — Ouvindo muito agradecimentos, a sorriu para o moreno antes de se desfazer de seu toque quente e, ao entrar no prédio, disse tendo a certeza de ser ouvida ao olhar agora para trás: — Estará lá por coincidência, não esqueça.
estava na sala quando entrou no ambiente, inebriando-a completamente com seu cheiro refrescante. Ela jurou perder o fôlego quando virou e viu com aquele smoking preto, o cabelo ligeiramente espetado por conta do gel, e a barba rala, onde ela definitivamente imaginou raspando no meio de suas coxas.
— Olha a baba, — comentou baixinho assim que voltou da cozinha e a desviou os olhos do loiro, que estava distraído demais para notar algo. chegou ao lado dele e começou a arrumar a gravata em seu pescoço. — Ele é um puta gostoso, né?!
mordeu o lábio, voltando a admirar o Uzumaki, suspirou e disse:
— Hoje eu sento nele.
— É assim que eu gosto, garota. — A loira deu um tapa na bunda da amiga e riu. — Vamos embora que estamos atrasadas.
Pegaram as pequenas bolsas que guardariam apenas o básico para a sobrevivência dela e partiram para a festa no badalado centro da cidade. O prédio não parecia o mesmo de quando estavam ali para trabalho. A fachada estava decorada com muitas luzes e muitas flores que criavam uma pequena passagem até a conhecida porta principal.
— Parece que os negócios vão bem — comentou arrancando sorrisos castos de e , e uma gargalhada boba de , que deveria se controlar para não dar na cara que atacaria o loiro na primeira oportunidade.
— Vamos. — foi a primeira a descer do Uber e dar seus nomes ao homem que fazia o checklist dos convidados. Entraram passando pelo corredor iluminado, onde no final tinha um letreiro neon com o nome da agência. Tsunade gostava de coisas extravagantes, todas as festas tinham que ser únicas.
Entraram no grande salão, que já estava com uma boa quantidade de pessoas; vários modelos, fotógrafos, maquiadores, estilistas, mas, o importante mesmo eram os donos de empresas. A Senju tinha uma visão muito sagaz, sempre em busca de novos clientes para a agência, era por essas e outras que a Stars Model era uma das agências de modelos mais famosa do país.
caminhou pelo lugar até um dos promoters chamá-la para tirar fotos no grande banner que tinha a logo da agência. Então, ela puxou , e , tiraram algumas fotos e, quando menos puderam notar, , e se juntaram a eles. Agora sim, a turma estava completa. Continuaram andando até encontrarem uma mesa para se instalarem, pegaram champanhe quando o garçom passou e por ali ficaram.
Comentavam casualmente sobre cada boato e a quem provavelmente pertencia a nova fama comentada por dois ou três colegas. sorria empurrando a em uma brincadeira boba que apenas ambos entendiam. e , mais aguçadas em questões de novidade, notaram algo que havia passado despercebido. A esticou os pés, apoiando-os nos dedos, ficando um pouco mais alta para observar entre os homens e a fez o mesmo.
— O que tanto procuram? — passou a acompanhar as amigas mesmo sem entender o que acontecia.
— , não está em nenhum lugar. — apertou os olhos verdes em uma direção, tentando reconhecer os fios dourados entre tantos smokings e longos luxuosos.
— também sumiu. — buscou o próprio telefone na bolsa, tentando contato com a .
— A … — não precisou completar.
— O que tem eu? — Deixou a bolsa na mesa ao se sentar.
— e sumiram, sabe de algo?
— Fomos juntas em direção ao banheiro, não as vi ao sair, devem ter ido pegar algo para comer, , não estressa.
— Ok, vamos em busca dessas duas. Não podemos separar o grupo. — pegou a mão de . — Em dupla porque a empresa é enorme. — Passou os olhos pela mesa, procurando a melhor configuração para a busca.
— Eu vou com a ! — Animado demais, o loiro chamou atenção de algumas pessoas próximas e arrancou risadas das garotas.
— Eu fico aqui. — Tomou duas taças da bandeja de um garçom que passava. — Elas podem voltar.
Após a separação, e foram em direção a entrada, espremendo-se entre alguns figurões da alta classe e muitos colegas de trabalho. seguiu com para a direção contrária, já que conhecia tão bem a agência. Foram as portas duplas e a rosada já dava as costas para os seguranças quando a loira reconheceu o homem lindo de smoking preto e longos fios castanhos presos. era definitivamente o homem mais gostoso daquela festa.
— Não é… — Não precisou completar para a amiga. Apenas seu apontar foi suficiente para ser entendida.
— ? — A deixou a loira e foi até o , que sorriu assim que a viu. — O que houve, algo grave aconteceu?
— Não, mas preciso que me deixe entrar, antes que aconteça. — acenou para o segurança que impedia o moreno de entrar na festa, indo com o irmão de sua amiga até a . — Soube que estaria aqui esta noite e eu preciso fazer me ouvir de uma vez.
— É, vocês têm que resolver isso.
— , isso não é problema nosso. — Revirou os olhos e, ao mirá-los para trás de , viu os negros a secando e, como um predador, apontou um dos corredores indicando onde encontraria a . — Bom, eu vou procurar a .
— Eu disse para irmos em duplas.
Já de costas, respondeu para a amiga:
— Você pode ficar com , não é mesmo?!
— Não posso… — A voz suave e sussurrada deliciou seu ouvido após um longo gemido deixar a boca carnuda que não deixaria mais um segundo sequer.
Desceu as mãos para os seios, espremendo na parede do longo corredor que seguia para o lugar que a queria mostrar para si, mas quem lembraria das coordenadas dadas pela morena quando aquele belíssimo corpo estava tão quente perto de si?
— Por que não, ? — Mordeu seu queixo de maneira sutil, observando os olhos claríssimos e fascinantes da morena queimando em seu desejo. Parecia lutar a própria batalha na escolha entre o certo e o extremamente gostoso.
— A , ela… — Foi calada com um beijo sedento.
— Eu não quero saber da minha irmã agora, . — Desceu sua boca pelo corpo ainda coberto pelo vestido e sentou-se no chão, colocando uma perna grossa e torneada em seu ombro. Levantou o tecido e chegou em sua lingerie, lambendo acima da renda e sendo observado pelos olhos chocados da morena, que o ajudou a se levantar e o puxou pela gravata.
— Não temos tempo. — Abriu uma porta ao lado esquerdo. — Procure um lugar vazio com uma superfície que eu possa usar. Anda.
A pressa da sempre tão envergonhada o fez rapidamente procurar pela direita, no enorme corredor havia uma sala perfeita para que os dois pudessem aproveitar muito bem a noite. Abriu mais duas portas e seguiu para a última ao seu lado e, como as da morena havia terminado, já estava indo em direção a .
— Tem que ser essa… — Deixou suas mãos correrem pelo peito do loiro que a abraçou recebendo sua boca com pressa. Em alguns segundos encontrou o que esqueceu que estavam procurando. Fechou rapidamente a porta antes que a morena visse suas amigas desaparecidas dentro da sala. Elas não só sumiram juntas, como estavam fazendo sexo juntas e teve que controlar bem sua surpresa, pois a não poderia desconfiar, já que saiu do meio das pernas da e estirou o dedo indicador sobre os lábios quando viu o . — Eu acho que vi…
Seus olhos azuis se arregalaram um pouco pensando no final daquela sentença.
— O que viu, ?
— A sala que fotografei hoje… — Puxou mais uma vez a gravata do loiro, seguindo por mais um extenso corredor. Abriu uma porta poucos minutos após. — Aqui, o piano.
sorriu sacana, fechando a porta atrás de si, e foi em direção ao piano, onde dedilhou as teclas, tocando um trecho de uma música e ficou surpresa.
— Sabe tocar? — Ela deu alguns passos.
— Algo que meus pais fizeram questão que eu fizesse. — chegou ao seu lado e ele subiu a mão por baixo do tecido pela perna dela, viu os olhos da modelo se fecharem e continuou subindo até seu quadril farto e sorriu antes de dizer: — Deveria agradecer, as aulas de piano deixaram meus dedos ágeis. — Afastou a calcinha e dedilhou o clitóris, que estava inchado de tesão; o gemido veio em sequência. — Sente aqui, … — Ela sentou no banco ao seu lado e ele sorriu de forma maliciosa. — Aí não, amor. Aqui… — deu dois tapinhas na parte de cima do instrumento e ela, entendendo o que ele queria, tirou os sapatos e subiu no banco para se posicionar bem em frente ao rosto dele, que se enfiou entre suas coxas.
— Ah, ! — gemeu com o contato do músculo quente entre seus lábios e agarrou os cabelos loiros, tentando conter tamanho prazer.
Ela e não tinham muito assunto. Infelizmente um passado os impedia de agir normalmente.
— Ela só falou nisso, ele tinha uma cor diferente e tudo mais.
— Poderia me mostrar? — O tom de voz de reconheceria de longe. queria mais uma vez tirá-la da promessa que fez a si mesma quando se permitiu um tempo daquele idiota gostoso.
— Não, nem comece. — Virou o conteúdo de seu copo de uma vez, negando sua própria mente ao ser invadida por lembranças.
O sorriso bonito se fez presente e virou-se, apoiando os cotovelos no bar. notou seu corpo, reparando melhor em cada parte que ficava evidente mesmo com a roupa preta. Faria realmente mal ficar com ele mais uma vez? Não, mas arrancaria um bom pedaço de sua pele sedosa e bem cuidada. Não valia a pena ter algumas horas de um sexo incrível com alguém que já a magoou tanto no passado, mas isso quem fazia questão de lembrar era sua amiga, não ela. agora era uma mulher feita, inteligente e com muitas vontades. Deitou a cabeça pensando no que faria primeiro, porém negou quando foi pega pelos olhos perolados.
— Admita, você quer.
— Você não veio aqui para falar com a ?
— Está vendo aqui? — Olhou para os lados. — Não vejo mal algum em repetir o que fizemos no apartamento aquele dia.
— E o que fizemos no ensino médio, esquecemos? — negou, dando as costas para o e indo para onde havia menos movimento. Precisava pensar como para manter-se longe de encrenca e era a maior delas.
Deixar-se levar agora seria muito bom. Ok, maravilhoso, mas traria a ira de sua amiga assim que descobrisse, e ela descobriria. tinha um incrível super poder para descobrir o que a loira havia feito de errado e a não estava disposta a correr o risco de perder a amizade dela. Na área externa que ela sabia existir um pequeno lounge entre um enorme prédio e outro, respirou fundo, sentindo o ar frio da noite arrepiar sua pele. Infelizmente havia sido seguida e, como nada em sua vida era resolvido facilmente, a voz firme se fez presente perigosamente perto.
— Eu trabalharia uma vida inteira para consertar o que fiz no passado. — As mãos grandes tomaram sua cintura, aproximando-a do corpo de , que não se moveu, esperando uma resposta da loira. — Eu afirmo que não preciso só do perdão de .
Suas palavras calmas e sussurradas fizeram algo dentro de derreter e a barreira que havia feito para manter-se longe do ruiu, deixando apenas uma vontade insana em dar voz aos seus pensamentos. Virou-se, encontrando os olhos claros que pareciam sinceros e pedindo aos céus que mais uma vez não saísse perdendo algo.
— Cale a boca, . — Puxou o homem pela nuca e o beijou.
— Não me mande calar a boca.
— Quer que encontrem a gente?
— Ninguém vai… ah… — puxou seu cabelo com força, trazendo seu rosto até o alcance de seus lábios.
— Mas sei fazer, e seria ainda melhor com meu pau na sua boca. — Cada vez mais estavam perto de seu limite, os movimentos de vai e vem não paravam e eles não queriam que parasse, mas o calor tomou o corpo de ambos rápido demais. — Porém, essa boceta apertada me deixa maluco. — Rosnou no ouvido de , que gemia cada vez mais alto. enfiou dois de seus dedos na boca dela para que chupasse e foi o que ela fez, com gosto.
— Vai me comer por trás?
— Você quer?
— Vai logo, idiota. — enfiou um dos dedos em seu segundo buraquinho e a modelo quis gritar, no entanto, apenas segurou firme na bancada do camarim mordendo forte o seu lábio inferior. Outro dedo se fez presente e ela revirou os olhos sentindo um calafrio correr por sua espinha. — Termina isso, eu ‘tô no limite, ! — Berrou, sentindo seu corpo inteiro entrar em frenesi e o fotógrafo entrou em ritmo, enquanto via seu pau sumir no meio das pernas dela, seus dedos a estocavam em seu segundo buraco. — Ah… Não para…
— Goza, vai, gostosa… — sussurrou no ouvido da , que se desfez em um orgasmo intenso, fazendo suas pernas bambearem.
As respirações ofegantes, o suor escorrendo nas têmporas e a sensação gostosa que a serotonina tinha deixado por inundar seus corpos. ajeitou o vestido, sentou na cadeira do camarim e começou a retocar a maquiagem aos olhos atentos de , que vestia a camisa e abotoava sua calça.
— Por que não fez?
— O quê? — virou para trás o encarando com obviedade. Ele se aproximou, tirou os cabelos rosas do caminho e beijou o pescoço dela. — Por que não comi seu cuzinho? — Ela revirou os olhos arrancando uma risada do outro. — Não era o lugar ideal.
— ‘Hm…
— Ficou chateada?
— Claro que não. — Ela levantou e passou por ele. — Talvez você esteja receoso de não ser bom nisso. — Seu braço foi agarrado e ela girou de frente para ele até seus corpos se chocarem, ela ria de forma travessa. — Estou brincando, , não seja um velho ranzinza. — Depositou um selinho nele e saiu andando. foi atrás dela, negava com a cabeça pensando o quanto a garota era petulante, mas adorava isso nela.
Entrou pelas portas do elevador e apertou o botão que achava ser o certo. Estava um pouco alta demais, porém sabia bem o que estava fazendo. Sabia mesmo? Negou dispensando as dúvidas, pois tinha certeza absoluta que era ali que deveria estar. A pequena bolsa foi ao chão e ela teve que se equilibrar nos saltos altos para conseguir pescar o objeto sem derrubar a última taça que surrupiou da festa.
virou-se para o espelho atrás de si e retocou o batom, ajeitou os fios vermelhos e, satisfeita com sua imagem, virou o champanhe de uma só vez. Desceu quando as portas se abriram e agora todo o álcool que havia dado coragem para ir até lá, parecia ter sido sugado para outra dimensão. Seus dedos tremiam levemente e seu rosto queimava em excitação, largou a taça em uma mesa qualquer no corredor e continuou andando, pedindo que a confiança ficasse ao seu lado.
Poderia ser expulsa dali, poderia ser escorraçada e, por isso, esperou que as bebidas servidas fizessem o trabalho de carregar o corpo tenso até a porta número 602. Seu punho cerrado foi ao alto e parou um segundo, em busca de algo que a fizesse desistir, mas bateu três vezes; já estava ali e o não já tinha e, como diria algumas de suas alunas, a Uzumaki estava atrás da humilhação. Poucos minutos pareceram horas e uma sensação estranha no estômago deu lugar a tensão. Como ela era idiota ao pensar que um jovem bonito estaria em casa em um fim de semana?
A porta se abriu pouco antes da ruiva tomar o caminho de volta, torcendo para que ele nunca soubesse que ela foi até ali. Desceu de sua pose confiante e segurou o choro quando apareceu com os cabelos desalinhados e úmidos, e uma toalha em sua cintura. Pouco parecia entender o porquê de sua presença, contudo não fez nada que a ruiva imaginou pelo caminho, apenas perguntou surpreso e animado:
— ?
Entrou no elevador do prédio enorme da empresa dos ’s, viu os andares passando e, tudo o que tinha em sua mente era o maldito fotográfo, precisava tirá-lo de lá logo, antes que algo que ela não queria acontecesse. Entrou no saguão grande, passou pela recepcionista, que apenas lhe cumprimentou, e foi direto para a sala da . Bateu duas vezes e foi permitida sua entrada, sua sugar já sabia que ela chegaria, pois haviam se falado pelo telefone. entrou sorridente e a mulher a mirou de baixo para cima, admirando a modelo, que vestia uma calça jeans colada e uma camiseta com um nó bem abaixo dos seios, livres de sutiã.
— Olá, querida. — Recebeu um selo em seus lábios e viu a mulher sentar em sua mesa, cruzando as pernas.
— Tenho um presente, . — enfiou a mão na pequena bolsa e retirou o pendrive, deixando-o em cima da mesa de madeira. — Espero que vocês gostem.
— Se for o que estou pensando, vamos amar… — A mão dela foi até a coxa e começou a subir em direção ao meio das pernas. — E ter muito prazer, também.
— Não vão amar demais e esquecer de mim. — Ela forçou um bico.
— Jamais, querida. — se levantou e sua mão apalpou o seio esquerdo da , que fechou os olhos aproveitando o toque. Sentiu os beijos pelo pescoço e, assim que sentiu a mão da sua sugar invadir seus jeans, deixou um gemido escapar. — Em silêncio, , não queremos quebrar o contrato, sim?!
— Impossível manter o silêncio com você… ‘hm… me masturbando assim. — Suas pernas já tinham se aberto de maneira automática e sua língua buscou a dela, encontrando-se em um beijo sedento, mas foram interrompidas pelo toque do telefone.
— Sim? — A atendeu, mas não parou de dedilhar entre os lábios molhados da modelo. — Peça para que entre daqui a dez minutos. — arregalou os olhos enquanto mordia seu lábio para manter seus murmúrios dentro da garganta. — Você ouviu, temos dez minutos. — puxou a calça até os joelhos dela e se apossou da boceta com sua boca.
— Céus, ! — jogou a cabeça para trás, aproveitando a eletricidade que tomava conta do seu corpo cada vez mais.
— Goza, querida, goza… — Ela levantou e levou os dedos novamente, estimulando-a. subiu a saia lápis que a mulher usava e se colocou a trabalhar.
— Você também… vai gozar. — Beijou a mulher com desejo, as mãos corriam soltas pelos corpos e desabotoou a camisa da mulher e abocanhou o seio, desfilando a língua pelo mamilo, e a mão de apertou a carne da coxa da . — Vamos juntas...
— Como quiser… — A sorriu maliciosa e, devido a todo o conhecimento que as duas tinham do corpo uma da outra, chegaram ao orgasmo gemendo baixo na boca uma da outra. — Um ótimo jeito de começar a semana.
— Nem me diga. — vestiu-se rápido, enquanto sua sugar abotoava a camisa preta. As duas ajeitavam o cabelo uma da outra e sorriram. — Tudo no lugar. — Batidas foram ouvidas e a modelo deixou um selinho nos lábios da mulher e piscou o olho direito, pegando sua bolsa e indo em direção a porta.
— Pode entrar. — O homem já entrava na sala quando olhou em cima da mesa e pegou o pendrive com pressa, guardando-o na primeira gaveta. — Tenha um bom dia, senhorita .
— Obrigada, senhora , você também. — saiu e fechou a porta atrás de si, riu da loucura que fizeram e saiu da empresa com a sensação de que seria um ótimo dia.
O centro comercial da cidade não era frequentado pelas amigas e as chances de ser pega, descem consideravelmente com certos cuidados tomados da . Um moletom cinza com capuz, calça jeans e o boné azul da antiga escola, formavam o look nada glamouroso de quem não tem vergonha na cara desde a festa, encontrando o irmão da amiga de infância às escondidas.
Não deveria ter tanto receio, pois agora era adulta e tudo que ficou em seu passado, realmente havia passado, porém não via da mesma forma e carregava um ódio mortal do homem alto, e tão escondido pelas roupas quanto ela, que entrava pela porta. Foi anunciado pelo tilintar do sino e sentou a sua frente assim que a encontrou com os olhos claros, que sempre causavam alguns arrepios em sua pele quando direcionados a si. Ao se aproximar, deixou um beijo em seus lábios e , surpresa, travou; esboçando um sorriso sem jeito após vê-lo sentar. Foram atendidos e fizeram seus pedidos, interrompendo o silêncio estranho de ambos que sempre tiveram além de muito problemas, uma cumplicidade única.
— Foi muito insistente em suas mensagens. — A loira resolveu dar fim ao clima estranho que estava sobre eles.
— Sim, mas entendo que deve ter cuidado para que a não brigue com você mais uma vez. — De novo o silêncio, que desta vez veio acompanhado com a atendente sorridente que serviu-os e saiu, demorando demais no atendimento.
— Pode culpá-la? — Arqueou uma sobrancelha ao notar o incômodo do moreno ao se recordar de todas as besteiras que fez no passado. Não gostava de lembrar sobre o tempo que não passou feliz ao lado de , porém fazia questão de fazer, todas as vezes que descobria uma mensagem trocada pela amiga e o irmão.
— Eu não menti quando disse que quero resolver tudo com vocês duas. São mais importantes na minha vida do que imaginam.
— E levou anos para nos procurar para o drama surtir efeito? — Mordeu o canudo de seu corpo e sorriu debochada.
— Na verdade, esperei que o tempo fizesse metade do trabalho — suspirou profundamente, tentando organizar suas próximas palavras. — Fiz coisas erradas no passado e…
— Muitas coisas erradas. — Parecia até a própria melhor amiga falando daquela forma. — Mantenha-se ciente de sua culpa o tempo inteiro, por favor.
— Sei de tudo que a fiz passar, , mas eu era um moleque mimado e com medo do que sentia pela primeira garota que amei. — Respirou fundo com as sobrancelhas unidas, sentia-se arrependido de verdade.
— Medo, ? — Negou, achando graça da explicação que só poderia fazer sentido na cabecinha de vento do . — Você me traía e quando eu descobria não contava para minha melhor amiga, que me avisou que tudo aquilo aconteceria e quando ela descobria, não me contava pois achava que eu não sabia, e que se falasse pra mim, eu acharia que ela estaria torcendo contra o nosso relacionamento. — Mordeu o lábio inferior, sentindo o amargor daquelas lembranças. — Você nos colocou uma contra a outra, nos obrigou a mentir e enganar uma a outra apenas para se proteger. Tornou-se maior que uma amizade de infância, que diferente do nosso relacionamento dura até hoje.
— Eu juro que fiz por medo, . Eu te amava, não, eu te amo demais e isso apavorava alguém imaturo como eu no ensino médio. — Aproximou-se da loira, afagando seu rosto e tentando impedi-la de deixar que uma lágrima caísse mais uma vez por si. Era culpado de tanta dor causada nas duas garotas que jurou proteger desde sempre e não falharia mais uma vez em sua missão.
— Não diga isso, não tem direito. — Fungou, limpando o rosto com a manga longa do casaco. — está mais que certa em não permitir que se aproxime dela, .
— Mas você não prometeu isso, ou prometeu? — Com o polegar parou uma lágrima da e beijou sua bochecha com carinho.
— Eu sou fraca, vai me matar quando descobrir que transamos na festa da empresa.
— Eu não me arrependo do que fiz naquela noite. — Sorriu pequeno, colando suas testas e fechamos os olhos. — Bom, uma coisa sim.
— E o que é?
— De não ter dormido com você. — Com toda sinceridade que possuía mirou os olhos azuis que o fariam facilmente enfrentar a fúria da irmã mil vezes se preciso, mas faria certo caso houvesse uma mínima chance. — Quando olhei para o outro lado vazio da cama, pensei em como você fica linda ao acordar. Isso não a surpreende?
— Surpreendente mesmo é não ter outra lá em meu lugar. — Sorriu sem humor, observando o rosto nervoso a sua frente, que lembrava muito o da amiga. — Não resisti.
— Quero que pense sobre a chance que venho pedindo.
— não vai me ouvir, eu já disse.
— Não estou falando da minha irmã e sim de você. Preciso tê-la mais uma vez em minha vida e prometo que farei da maneira certa desta vez.
Bloqueou o aparelho em sua mesa e seguiu com as anotações pertinentes da aula que terminava naquela manhã. Haveria o almoço e mais dois períodos à tarde e estaria livre para uma folga merecida após aguentar jovens idiotas e um aluno que parecia gostar de atrapalhar a aula com algumas mensagens nada apropriadas para aquela hora do dia.
Olhou o para o relógio atrás de si, mostrando a ele que ignoraria até o próprio aparelho caso não parasse com as gracinhas em horas inoportunas. O sinal tocou no instante que a ruiva fechou alguns livros e separou o que levaria para casa e o que deixaria na biblioteca da universidade.
— Professora, eu tenho uma dúvida. — Não ele não tinha, aproximou-se apenas para arruinar a paz que a manhã trouxe para a Uzumaki.
— Em que posso ajudar, senhor ?
Viu olhar para os lados, tendo certeza de que estavam a sós e puxar-lhe pela cintura.
— Não responde minhas mensagens, professora.
— Não era momento para responder, senhor .
— E agora?
— Peço que tenha cuidado em nossos encontros, .
— Eu sinto que se não falar com você vinte quatro horas por dia, você esquece que eu existo — deixou o aperto na cintura da ruiva e deu dois passos para trás, encostando-se na mesa da docente — e aparece, sei lá, bêbada em uma noite que esteja solitária.
— Sente-se usado? — Ajeitou o óculos, desacreditada de tal besteira.
— Você é uma mulher incrivelmente linda, que pode ter um cara mais velho, bem de vida e interessante que quiser, mas escolheu ficar comigo. Eu não entendo mesmo, ou é cega ou louca para querer um aluno da pós com uma enorme dívida de empréstimos estudantis.
— Ah, pare com isso! — Abraçou , distanciando-se em seguida apenas por estar em seu lugar de trabalho. — O que temos é real e cansei de fugir disso. Minhas amigas me incentivaram…
— Falou de mim para suas amigas? — O garoto de fios claros colocou a mão no próprio peito sentindo, uma animação inesperada. Passou dias achando que bombardear a professora de mensagens, lembrando-na de sua existência deixaria tudo mais estável e faria seu coração ficar em paz com a possibilidade de estar tão envolvido quanto ela.
— Se deixar eu terminar… — Revirou os olhos, ajeitando o óculos em seu rosto. — Eu comentei com elas sobre a possibilidade de sentir algo por você e a resposta foi satisfatória, porém tive que ter um tempo agora para digerir que tudo era mais simples do que eu imaginava.
— Que é…?
— Falta pouco para se formar e se transformar em alguém comum. — Pegou seus livros e os colocou na bolsa, sendo impedida de levar quando o tomou o objeto pesado de si. — Então, se mantiver a calma, dará certo. — Seguiu para a saída, rindo do olhar bobo de .
— O que isso quer dizer? — Correu para acompanhar a Uzumaki, que já saía pela porta da sala de aula. — Professora, o que isso quer dizer?
— Está adiantado, irmão. — deu um tapinha no ombro de e sentou a sua frente. — Temos muito o que conversar, então vou pedir um croissant, se não se importar em sentir o cheiro do chocolate.
— Pelo menos ainda me conhece. — deu um gole do café puro e sem açúcar, vendo o irmão fazer seu pedido a garçonete.
— Podemos ter uma conversa decente agora? — colocou açúcar no capuccino e começou a mexer com a colher.
— Estou aqui, não estou? — O outro abriu os braços, como se dissesse o óbvio.
— Isso não significa que você está disposto.
— Acredite, , eu estou.
— Primeiro de tudo, quero seu perdão. — Olhou para o irmão, esperando alguma resposta, mas apenas balançou a cabeça para que continuasse e deu mais um gole em seu café. — É isso?
— Quero que você me explique o porquê me deixou… Depois penso no assunto.
— Sabia que não seria tão fácil. Bom, do começo? — Suspirou e continuou: — Nosso pai me obrigou a ir, ele disse que eu como primogênito deveria assumir a empresa quando fosse a hora e deveria ter um ótimo currículo pra isso.
— Isso não explica o motivo de não ter se despedido de mim, me deixando completamente sozinho naquele lugar… com os dois narcisistas que eu tenho o desprazer de chamar de pais.
— não deixou.
— O quê?! — franziu o cenho sem acreditar naquilo, endireitou-se na cadeira, chegando mais próximo da mesa e consequentemente de .
— Ele disse que isso te tornaria… — engoliu em seco, não queria ter que repetir aquelas palavras, mas não eram dele — mais fraco do que já era… Que já tinha idade o suficiente para lidar com…
— Não quero mais saber. — Cortou o irmão e respirou fundo, tentando não derramar uma lágrima sequer, mas o gosto amargo tinha inundado sua boca, fazendo ele baixar a cabeça tentando assimilar as informações.
— Mas eu mandei cartas pra você toda semana! — O levou a mão até o antebraço do irmão, apertando-o. — Eu não entendi, quando voltei não estava mais, apenas disse que você tinha fugido de casa. — levantou a cabeça devagar e era nítido seus olhos vermelhos.
— Eu nunca recebi essas cartas, … — chamou o irmão pelo apelido que o chamava desde pequeno, amava e admirava seu irmão, odiou ele por anos e, àquela altura. descobrir que o sentimento de abandono tinha sido forjado por seu pai foi um baque grande demais para lidar sozinho. — Não foi culpa sua, nunca foi.
— Eu quero fazer parte da sua vida de novo, irmão.
— Eu também.
[...]
e estavam ansiosos para ver o conteúdo do pendrive que tinha entregado mais cedo; subiram as escadas, tentando não parecerem tão desesperados. Ela encaixou o objeto atrás da TV no quarto enquanto o homem sentava na beira da cama à espera de ter um sabor do prazer que ele tanto gostava. Voyeurismo era um fetiche até comum, principalmente para a alta classe. A se juntou a ele no colchão e, com o controle em mãos, deu o play; os dois sentiram seus corações acelerarem.
As mãos do homem misterioso despia com delicadeza, agarrou os seios arrebitados e fez o mesmo com a esposa. Quando no vídeo os dois se beijaram, o casal fez o mesmo. Tentavam manter os olhos em e seu parceiro, mas aquilo tudo estava tirando a sanidade dos dois. pausou o vídeo quando a já recebia investidas fortes, para poder se divertir com seu marido.
já tinha tirado sua camisa e paletó, estava apenas de saia e sutiã, os beijos corriam soltos pelo corpo da mulher, assim como as unhas dela arranham as costas largas do marido. A mulher sentia cada vez mais seu interior pegando fogo, queria um sexo bruto e sujo. Enlaçou suas pernas na cintura dele e o beijava com avidez, os gemidos roucos e melodiosos se misturavam com tamanho tesão naquele encontro de corpos.
Ele levantou a mulher e se ajoelhou para tirar a saia, agarrou as coxas carnudas e mordeu por onde sua boca passava, até chegar na boceta encharcada. Arrancou a calcinha de renda e lambeu os lábios, a mão da mulher agarrou os cabelos escuros aproveitando o prazer que cruzava cada parte de seu corpo.
— Eu quero te comer como ele estava comendo a nossa bae, amor.
se levantou e se posicionou na cama, ficando de quatro, uma palmada ardeu em sua banda esquerda e o grito ecoou no quarto. agarrou o quadril e meteu com violência, puxou os cabelos negros, que estavam em um rabo de cavalo e a fodeu com todo o tesão que estava acumulado.
— Ah, … — Apoiou os cotovelos, ficando ainda mais empinada para ele, que estava gemendo de maneira quase animalesca. Acompanhava com os olhos o seu pau sendo engolido com tamanha fome, sentindo todo o corpo estremecer com o orgasmo iminente. — Mais rápido, amor, com força! — gritou, apoiando-se na cabeceira da cama. O quadril rebolava impulsivamente, suas paredes tremiam e sentia o suor escorrer pelo seu pescoço.
— Você é tão gostosa, … — Estapeou a coxa da esposa mais duas vezes e ao ouvir os gemidos demorados, gozou apertando com força a pele branca. Viu sua mulher cair no colchão, vibrando com a intensidade do seu ápice e sorriu satisfeito. Deitaram esbaforidos, suados e sorridentes, tentando normalizar a respiração para poderem falar.
— Precisamos assisti-los ao vivo.
— Você tem as melhores idéias, querido.
aguardava o momento exato de interrogar o Uzumaki, não deixaria ele ir embora sem antes deixar tudo às claras. Ele poderia entender errado ou comentar com a , e não seria nada agradável a enxurrada de perguntas das amigas, se é que fosse só isso. O medo de tudo dar errado e por algum motivo o grupo se separar era enorme, então esperava pacientemente e a se desgrudarem.
Assim que ele foi para o banheiro, o seguiu. As garotas já estavam altas da bebida, então seria o momento ideal. Assim que abriu a porta para sair, foi empurrado para dentro de novo pela Sabaku, que fez questão de trancar a porta antes de se virar para ele.
— Que isso, ? — Perguntou.
— Preciso que você fique calado sobre… aquele assunto — suspirou. — Não falamos para as meninas ainda, estamos…
— Não precisa me explicar, , não vou me meter nisso. Eu não vi nada, ok? — A loira sacudiu a cabeça em positivo.
— Obrigada, . — Abriu a porta e saiu rapidamente dali.
chegou na sala, sentou ao lado de e discretamente apertou a mão dela, falando que estava tudo bem. A abaixou a cabeça e tirou a mão da dela, fazendo a loira franzir o cenho. As duas estavam em momentos diferentes, ou não estavam se escutando como deveriam, porém a Sabaku sabia que queria resolver tudo aquilo o mais rápido possível.
Por mais que horas depois negasse veementemente a carona de , quando ela perguntou em frente a todos, a morena não pôde. Aceitou muito a contragosto e foi o caminho inteiro se lamentando por aquilo; poderia ter chamado um Uber ou apenas ter falado que já estava a caminho. estacionou em frente ao prédio da e ela desceu da garupa da moto, agradeceu a carona e entregou o capacete, querendo apenas subir, deitar em sua cama e chorar como fazia nos últimos meses.
— , espera! — tirou o seu próprio capacete e colocou o descanso na moto para poder descer.
— O que, , o que você quer?
— Por que está sendo tão ríspida comigo?
Debochou de sua própria desgraça e disse: — Eu queria muito conseguir dizer não, mas estou aqui, de novo, disposta a ouvir algo de você que supere as minhas expectativas.
— , você sabe…
— Não, eu não sei. — Interrompeu a amiga. — Eu não sei o que você quer, o que você sente, o que está disposta a fazer por mim. Porque eu, , estou disposta a passar por cima de qualquer coisa pra ficar com você. Só que parece que você só está disposta a fazer com que ninguém descubra sobre nós.
— Me desculpa, .
— Não, dessa vez não. — virou as costas e entrou em seu prédio; sentia seu coração despedaçado e se fosse preciso, passaria pelo sofrimento de perder a única mulher que já amou.
[...]
Levou a pipoca até a boca esperando o grande momento do casal a sua frente. Seria vergonha admitir que estava gostando mesmo da novela que se desenvolvia diante de seus olhos hipnotizados?
— Me dê um pouco… — A loira pegou o balde de seu colo e fez o mesmo que ela, comendo uma boa porção e tentando não piscar para não perder o tão aguardado beijo de despedida.
— Acha que eles vão conseguir ficar quanto tempo longe? — sussurrou para a , que negou muda mantendo os olhos azuis no casal para poder fofocar cada detalhe com as demais meninas do grupo na próxima noite das garotas.
— Sei que nenhum dos dois esperava que um sexo incrível daria em uma despedida melosa.
— Nós estamos ouvindo vocês! — deixou o longo abraço do loiro e mirou nervosa as amigas, que estavam no sofá confortável contando sua despedida.
infelizmente teria que voltar para casa e o caso deles daria uma pausa. Mesmo com as promessas e juras, ambos sabiam o que a distância poderia significar, então a despedida que havia começado na noite anterior teria fim em breve.
— Ei, linda. — A mão grande tomou seu queixo, chamando a atenção da para si. — Eu sentirei muitas saudades.
— É agora… — Baixinho afirmou para a amiga, que concordou sorridente.
— Eu também vou sentir, … — Os olhos claros se fecharam em um pedido mudo para que a pouca distância das bocas tivesse fim, sendo atendida quase imediatamente.
e pularam no sofá, correndo até a cozinha e dando pequenos tapinhas uma na outra. Por mais engraçado que fosse zoar a amiga tímida, dariam privacidade ao casal. Estavam a um longo tempo comendo a pipoca que restou do surto quando ouviram a porta da frente bater e, ao voltarem para a sala, viram uma sorridente e cheia de suspiros. Sentaram ao lado da morena, que pareceu acordar do transe e se lembrar de quem dividia o apartamento consigo.
— Deve ser um belo pau, … — Suspirou profundamente imitando a , que revirou os olhos.
— Não posso falar sobre isso, porém ainda acho que os meses sem sexo da nossa amiga, contribuíram com o romance — comentou .
— Eu não estou apaixonada. — sobressaltou-se.
— Eu não lembro de ter dito isso — a loira encarou a amiga do outro lado do sofá —, você lembra, ?
— Eu não disse nada disso, .
— Meninas, por favor… — Colocou um dos braços em seus olhos ao deitar-se no encosto.
— A é oficialmente sua cunhadinha, está feliz?
— Tenho pena dela, é um idiota lerdo. , boa sorte. — Levantou-se pegando a pipoca espalhada pelo sofá e foi em direção da cozinha mais uma vez.
— Estou fazendo algo errado? — não entendeu a pergunta baixa da morena. — Estou criando expectativas demais?
— Não sei, . Isso não dá pra adivinhar. Espere uns dias e veja se… — o telefone da morena tocou e, no visor virado para si, ela viu o nome do irmão de — ele te procura! Garota, que sentada é essa? Ele não deve estar nem na primeira parada para abastecer.
se levantou animada do sofá, correndo até o próprio quarto e se trancando lá. A gargalhava dos dois tontos apaixonados, que certamente não ficariam separados por muito tempo.
— Cadê a apaixonada? — voltou para a sala, olhando para os lados.
— Seu irmão ligou na hora que ela perguntou se estava exagerando.
— Não está, ele ficou louco pela nossa baixinha.
[...]
— ! — gritou pela terceira vez assim que entrou no banheiro, onde a amiga tomava banho.
— O que é? — Gritou de volta.
— Seu celular está tocando. — desligou a água e secou a mão antes de pegar o aparelho.
— Oi.
— Oi, bae, por que a rispidez?
— Estava tomando banho, desculpe a demora.
— Tem alguém perto?
— Sim.
— Vou te mandar um endereço, vá até lá à tarde, certo?
— ‘Tá bom, nos falamos depois. — desligou e percebeu os olhos azuis atentos a olhando com uma sobrancelha arqueada. — Que é?
— Era seu daddy? — Ela sorriu maliciosa.
— Por que o interesse?
— Agiu estranho, só pode ser ele. — Ela deu de ombros e voltou ao seu banho. — Um túmulo você. — A saiu do banheiro, fechando a porta.
saiu do banho, colocou uma roupa confortável, mas ao mesmo tempo que valorizava suas curvas. Ela sempre gostou de ser vista por onde passava, não era à toa que era modelo; pegou sua bolsa e saiu de casa. Olhou a mensagem de e copiou o endereço para colocar no GPS e, de acordo com ele, era o endereço de uma joalheria. Sua boca se abriu em surpresa e então pediu um Uber para poder ir até lá.
Desceu do carro em frente a joalheria de luxo que ficava no centro da cidade. Já imaginava que seria seu presentinho pelo vídeo que fez com e suas bochechas ficaram vermelhas só de pensar que realmente ousou fazer aquilo. Entrou na loja e foi recebida por uma mulher.
— Boa tarde, senhorita. Poderia lhe ajudar com o que procura?
— Boa tarde, na verdade, vim receber um presente. Sou .
— Oh, claro! — A mulher ficou surpresa. — Senhorita , me acompanhe, por favor.
a acompanhou até uma sala privada, onde foi acomodada para esperar o objeto que receberia. Assim que a vendedora voltou com uma caixa quadrada de veludo, prendeu a respiração. Assim que os diamantes foram revelados, os olhos da modelo quase saltaram de suas orbes. Aquele colar parecia ser caro.
— Nossa…
— Ele fez uma ótima escolha, senhorita . Esse colar é único, os diamantes dão um toque sofisticado para a pedra principal da peça. — ficou paralisada, olhando o colar. — Se me permite dizer, a esmeralda combina com você, é da cor dos seus olhos. — Ela sorriu.
— Obrigada.
— Posso embrulhar para presente? — Perguntou a vendedora, e ela apenas sacudiu a cabeça em afirmativo.
agradeceu a moça da loja e saiu dali ainda um pouco chocada. Era a primeira vez que recebia algo tão caro dos seus daddys. Roupas, sapatos e bolsas de grife não chegavam nem perto de uma joia daquele tipo ou a mesada que recebia deles. Respirou fundo e começou a mexer no celular para pedir um Uber.
— ? — Ela olhou para o lado ao ouvir seu nome e travou. Não sabia o que dizer, principalmente quando os olhos negros foram para a sacola de presente estravagante da joalheria que tinha acabado de sair.
— .
— Não posso ficar na mansão com nossos pais, não me sinto bem-vindo por lá, então pensei em…
— Não. — Deu as costas para o e deu longos passos até o próprio quarto, infelizmente sendo seguido por .
— , qual é? Me dê um único motivo para não me hospedar aqui por uns dias?
— A cidade é cheia de hotéis. — Abriu a porta do closet, escolhendo algo para vestir. — É suficiente?
— Eu tenho um irmão com um ótimo apartamento e vou para um hotel? Sério? — Cruzou os braços ao observar o moreno.
— Eu não quero perder minha privacidade sem necessidade, . Você ficará melhor em um cinco estrelas, peça ao seu pai para pagar, certamente será um prazer. — Terminou de vestir a camisa escura e uma calça jeans e deu as costas para o irmão, segundo mais uma vez para a sala.
— Você não come ninguém, deixa de drama. — Sentou-se ao lado do mais novo no sofá confortável, usando sua mala como descanso para os pés.
— Não sabe nada da minha vida, está muito enganado.
— Ah, e a culpa disso é de quem? Qualquer esforço que eu faça dá errado. Somos família.
— Acho que é tarde demais para mudar algo, . — Desistiu de procurar algo para assistir e ignorar o irmão e, respirando profundamente, resolveu deixar claro seu pensamento. — Você, e têm suas vidas, ficamos anos longe sem ao menos trocar cartões de Natal, família é o que menos somos.
— Eu não tenho mais nada a ver com aqueles dois. Eu quero mudar isso, irmãozinho, entre nós, claro. Deixe-me ficar por uns dias, se atrapalhar eu vou para um hotel, mas eu mesmo pagarei.
Para ele era difícil negar um pedido de um dos únicos membros daquela família escrota que não o tirou tudo. era seu salvador em meio a loucura de crescer sendo um e não poderia simplesmente esquecer tudo que o mais velho havia feito por si, mesmo estando magoado com o moreno.
— Ok, mas não sinta-se tão à vontade a ponto de ficar por muito tempo. — o sacudiu, animado, e pulou do sofá pronto para o quarto ao lado do seu, seguiu o e conferiu a rapidez de só organizar algumas coisas sobre a cama. — Tenho que ir buscar novas lentes para minhas câmeras, arrume suas coisas, pense em algo para jantar, peça e pague.
— É o mínimo que eu posso fazer.
O moreno sorriu com a resposta, pois sabia que apesar de todos os problemas, sua única certeza ainda era que ele e pouco mudaram em muitos anos. Calçou um sapato confortável e saiu do prédio seguindo a pé, pois eram poucos quarteirões e ele aproveitaria a tarde para andar pela cidade. Estava perdido na bela vista que o fim de tarde proporcionava que mal notou o rosto familiar à sua frente.
— ?
— . — A garota de cabelos rosados segurava uma enorme sacola de loja. mirou a fachada e notou que trabalhar como modelo era um ótimo negócio, pois a era cliente apenas da boutique de joias mais luxuosa do país. — O que faz aqui?
— Tenho que pegar novas lentes para minhas câmeras… — Suas mãos foram aos bolsos da calça e sua vontade era de saber o porquê estava ali. Longe de julgar a garota, pois eram livres para fazer o que bem entendiam, mas não gostaria de estar com alguém que não abria o jogo consigo. — E você?
— Eu? Nada.
— Não estava fazendo compras?
— Não, vim buscar um… — notou o nervosismo da e já pararia com as perguntas, eles não eram nada um do outro e ele não tinha direito algum de cobrá-la, porém a resposta que veio a seguir o deixou duas vezes mais curioso. — Você não tem mais o que fazer?
— Ei, calma. Só queria saber o que carrega em uma bolsa tão grande de uma loja tão cara. — Apertou os olhos escuros quando notou os verdes assustados.
— Não lhe devo nada, . — Olhou para o aparelho em sua mão e digitou rápido. — Estava pedindo um carro, apenas.
— Me explicou sobre o que está fazendo, mas não sobre o que perguntei. Está escondendo algo?
— Já disse que não interessa! — gritou, chamando a atenção dos poucos pedestres que passavam.
— Não precisa ficar nervosa. — Observando a respiração apressada e as mãos trêmulas, resolveu não se estender no assunto; colocá-la na parede por algo que realmente não era de sua conta, jogaria fora o que tinham. O carro prata parou entre ambos e o moreno tomou a frente para abrir a porta traseira, dando espaço para que pudesse entrar. Fechou-a quando a garota se sentou e, da janela, resolveu tentar não deixar o clima atrapalhar nada. — Tenha cuidado, te vejo depois.
[...]
Hoje nós poderíamos sair.
Provavelmente sim, mas certamente chamaria reforços pois tudo era motivo para reunir a tropa. Estava bem resolvida sobre seus sentimentos com o então nada mais era empecilho para que suas amigas não conhecessem o namorado.
Podemos sim, mas tenho que confirmar algo antes.
Claro, .
Era tão irritante o quão fofo era ele a chamando pelo apelido que ganhou na infância. Negou rapidamente a viagem que sua mente deu e escreveu de forma resumida seu plano para . Voltou ao sanduíche que comia no almoço e às provas dos alunos do primeiro ano, rindo vez ou outra de alguma bobagem que fizesse sua caneta vermelha rolar pelo papel impresso, quando seu telefone tocou.
— Alô.
— Onde está, o que está fazendo e, mais importante, quem vai?
— Na faculdade, almoçando, e todas nós? — Parecia estupidez perguntar quando todas sabiam a resposta. O porquê da lentidão da Sabaku naquela tarde era a pergunta de milhões.
— Todas nós, ou todas nós?
— Eu não entendi de verdade qual é a diferença no que acabou de dizer. — Deixou a caneta de lado, dando total atenção aos sintomas da amiga. — Está tendo um derrame?
— Ah, não, eu estou muito bem, acredite.
— Certo, vou acreditar em você. — Tomou um pouco do suco de laranja e continuou: — Temos que sair hoje, é sexta e eu vou apresentar meu namorado ao grupo.
— Esse é o motivo?
— Insensível, você não sabe que os parceiros confiam mais em nós quando os apresentamos devidamente a um grupo? Algumas pessoas precisam, para acreditar em nossos sentimentos.
— Eu não fazia ideia.
— Credo, garota, tenho pena de quem se apaixonar por você. Acho que seu mau humor tem haver com isso, mas tenho paciência infinita para lidar com seu gênio, aguardo ansiosa pela fofoca.
— Ah, não venha com essa, não há um manual dizendo o que fazer. Se a pessoa quer, deveria deixar claro.
— Cada um a seu modo, . — Tirou os óculos e encostou confortavelmente na cadeira da sala dos professores. — O manual não temos, porém recomendo um pouco de bom senso.
— Ok, chega. Vamos conhecer seu namorado, já falou com alguém?
— Na verdade, só você mesmo, conto com sua ajuda para convencer as outras. Fale com e , elas saíram juntas hoje eu acho, eu falo com a e com minha prima, ok? — Ouviu um palavrão da amiga e gargalharia se não soubesse o quão irritada a Sabaku estava.
— Não venha delegar funções, você não me manda! Fale com a você, cabelo de fogo…
Mais irritada do que estava, não poderia ficar, estão certamente a perdoaria por uma brincadeirinha. — Não estou ouvindo, vou passar pelo túnel… — E desligou.
— , você me paga! — disse em um tom baixo.
— O que que você está resmungando aí, irmãzinha? — Gaara se atirou no outro sofá com um pacote de salgadinhos em mãos.
— Nada que te interesse, intrometido. — Ela respirou fundo e procurou nos contatos favoritos o nome da pessoa que ela estava evitando há dias. Respirou audível novamente, jogando a cabeça no encosto do sofá. Mordeu o lábio, sentia aquele frio na barriga e o incômodo, claro, ele estava ali presente, lembrando-a do quanto foi idiota.
— O que ‘tá acontecendo, ? — Dessa vez o moreno perguntou com a sobrancelha erguida. — ‘Tá mais estressada que o normal. — olhou de rabo de olho para o irmão, com vontade de estrangulá-lo, mas não o faria.
— Isso ‘tá me cheirando a romance.
— Cala a boca, Gaara! — Jogou a almofada na cara do caçula e levantou da poltrona. — Nem sei por que insisto em vir visitar vocês, seus cuzões!
— Parece que eu acertei — Gaara completou, e viu a irmã rosnar em reclamação antes de sair da sala batendo a porta.
foi até o jardim, onde teria um pouco mais de tranquilidade. Sentou no balanço, que brincou quase todos os dias na sua infância, pegou o celular novamente e ficou encarando a foto da . Apertou o botão verde e escutou o som da chamada, mordia o lábio com força, aguardando que ela atendesse o celular, mas foi em vão; caixa de mensagens. Ela fechou os olhos, tentando ignorar o fato de que ela tinha fodido com tudo. Parecia que ela tinha machucado de verdade e tudo que conseguia pensar eram as palavras da : credo garota, tenho pena de quem se apaixonar por você.
— ‘Tá tudo bem, filha? — Abriu os olhos e virou a cabeça assim que ouviu a voz do pai.
— Sim.
— Eu conheço você mais do que você pensa, . — O homem se aproximou e acendeu um cigarro. — Vamos, o que houve? Problema com garotos?
— Pai, eu tenho quase 30 anos, trabalho e faço mestrado, não chame de garotos, parece que eu tenho 12 anos. — A loira revirou os olhos.
— Está certa. Problema com homens?
Antes fosse, ela pensou.
— Não.
— Não vejo a hora de ter problema com alguém pra eu poder fazer meu trabalho de pai. — Rasa riu e a Sabaku engoliu em seco, se ele soubesse que ela jamais teria problema com homens provavelmente seria deserdada.
— Eu vou indo, pai, tenho alguns trabalhos para fazer. — Levantou do balanço e se aproximou do pai, que lhe deu um beijo na testa.
— Venha me visitar mais vezes, e traga quem quer que esteja te deixando nesse mau humor. — já saía pelo portão lateral da casa quando escutou o pai, ela quis gritar, mas apenas respirou fundo e seguiu seu caminho até sua moto.
[...]
nem mesmo pensou na possibilidade das amigas a encher de perguntas, convidou do mesmo jeito, todo mundo sabia que eles estavam transando, ela não se importava mais. Chegaram na boate antes da lotação para poderem subir tranquilas para a área vip, que sempre conseguia com seu amigo, barra peguete, Shikamaru, que inclusive as recepcionou assim que entraram em sua boate. Tomaram conta da mesa redonda com sofás ao redor e mal conseguia controlar as pernas de tão impaciente e ansiosa que estava.
— Dá pra você ter um pouco de autocontrole? — , que estava ao seu lado, falou antes de dar um gole em seu drink colorido.
— Olha só quem fala em autocontrole. — A ruiva revirou os olhos e virou a terceira dose de tequila.
— Nem vou me dar ao trabalho de responder essa alfinetada.
— Chega vocês duas — reclamou enquanto olhava o celular sem parar. — Estou irritada por que a não queria vir, tive que falar que se ela não viesse por bem, ia ser por mal.
— Não precisa mais reclamar, , estou aqui. — A apareceu e automaticamente se endireitou no sofá, as duas se entreolharam, mas não por muito tempo, cortou o contato e sentou quase em frente a Sabaku. — Alguém chama o garçom, quero encher a cara.
— ? — franziu o cenho.
— Nem uma palavra, , eu convidei — disse baixo e levantou ao ver o fotógrafo se aproximando.
— Você não…
— Xiu! — A virou para ela, mas logo encarou o moreno, que a agarrou pela cintura e deu um belo de um beijo em seu pescoço. — Oi pra você também. — Ela sorriu, maliciosa.
— Boa noite, garotas — cumprimentou e surgiu detrás do , e então os olhos azuis brilharam. — Esse é meu irmão, .
— Olá.
— Essa noite acaba de ficar interessante. — sorriu, mordendo o lábio, enquanto admirava o moreno de cabelos compridos mais gostoso que ela já tinha visto.
Ela não estava, ninguém via?! Os dias sem falar com a troglodita Sabaku infelizmente faziam falta e ela começava a repensar sua decisão, ou melhor, seu ultimato. assumiria ou não o que sentia, não apenas para as amigas e sim para suas famílias, pois eram meses escondidas pelo medo da loira. Foram tantas desculpas que a não sabia qual era a da vez; seu pai, seu irmão mais velho que começou na empresa nova, ou o mais novo que entrou pra faculdade, até mesmo ou qualquer outra amiga. Foram tantos motivos que ela não via mais um único para continuar.
Abriu os olhos castanhos e notou os verdes em si. Revirou-os, lembrando do quanto era gostoso estar nas mãos da Sabaku; faria assim tão mal uma vezinha? Não, negou muda, sentindo a pele arrepiar; não cairia mais uma vez na armadilha do beijo gostoso, língua habilidosa e nos dedos ágeis. Então por que foi de vestido? O tubinho vinho era perfeito em seu corpo e evidenciava bem o que seu inconsciente queria de fato, até usou um dos códigos de ambas.
Vá de vestido sempre que quiser que eu te coma…
Sim, infelizmente era desta maneira que ambas viviam uma aventura louca movida a sentimentos escondidos e muitas descobertas. Lembrar disso apenas fazia o gosto da tequila amargar em sua boca e revirar seu estômago, olhou por um segundo a e focou na morena de olhar preocupado a sua frente.
— Está tudo bem? — Droga, ! Não se pergunta isso para uma trouxa com dor de cotovelo.
— Sim, vou ao banheiro. — Levantou-se, sentindo uma tontura momentânea e recobrou rapidamente a postura ao notar a vontade de em ajudá-la.
— Tem certeza que está bem?
Deu as costas como resposta a Sabaku e seguiu em direção ao banheiro. e sua falsa preocupação que fossem para o inferno. Se tivesse mesmo o mínimo de culpa pelo que estava passando, daria o braço a torcer. Abriu a porta com um belo chute e se olhou no enorme espelho, lavou as mãos e levou-as até a nuca em busca de refresco. Seu corpo mais uma vez pediu pelo toque da Sabaku e a quis socar a própria cara, tamanha falta de vergonha e amor próprio, não poderia e nem deveria dar outra chance para alguém que não sabia o que queria e não aceitava o que era.
Estava farta de pensar em tudo por duas, ter trabalho por duas, desejar por duas… Complicado demais viver daquela maneira, era mais trabalho do que deveria ter em um relacionamento. Sorriu, lembrando que nem poderia chamar disso. Respirou profundamente e levantou a cabeça, fingindo não estar tão mal quanto a alguns minutos antes. Saiu do local, parando no pequeno bar do segundo andar. Sorriu para o garoto que a atendia e esperou que mais um drink fosse servido sob o olhar atento do homem mais a frente no balcão, que agora se aproximava sorrindo. Ela não merecia um segundo de paz?!
— Procurei por toda boate a mulher mais linda, finalmente a achei… — A voz alta e rouca a fez revirar os olhos. A pior das músicas eletrônicas insuportáveis das amigas era melhor que aquele homem querendo ser galanteador.
— Eu não estou a fim. — Pegou a taça colorida e já sairia dali, porém o homem segurou sua cintura.
— Qual é, princesa, você também está sozinha… — Invasivo, cheirou seu pescoço fazendo a morena empurrá-lo sem derramar sua bebida. já se preparava para revidar, contudo uma voz atrás de si a fez travar.
— E quem disse que ela está sozinha? — Sua cintura foi mais uma vez tomada, desta vez por , que mostrava toda sua autoridade apenas com uma frase. A morena não corrigiu a Sabaku, pois queria mesmo sair daquele lugar sem que um idiota a seguisse. — Vamos, amor?
— Claro… — Seguiu a loira, mas parou antes de estarem perto o suficiente da mesa para serem ouvidas. — Tire suas mãos de mim. — Desfez do aperto em sua cintura e olhou friamente para a Sabaku.
— Eu salvei você, deveria agradecer.
— Pelo que, posso saber?! Por estar tão mal que não aproveito uma noite maravilhosa com minhas amigas, por estar sozinha e chateada, ou por ainda estar aqui discutindo algo que eu não queria?
— , a gente pode conversar…
— Se não decidiu o que quer, nem tente. — Virou as costas e começou a andar novamente.
— ! — gritou, fazendo a morena a olhar assustada. sentia seu peito arder; como falar que se sentia tão culpada por não conseguir berrar para o mundo que gostava dela além do que ela podia imaginar. Como explicar que a culpa estava a corroendo por vê-la daquela forma? Queria ver um sorriso naquele rosto. Queria assumir tudo, beijá-la na frente de todo mundo e dizer que ela era sua namorada, entretanto, como explicar que algo a segurava, algo no fundo da sua mente dizia que seria julgada por todos, além do seu pai e seus irmãos a odiarem por gostar de uma mulher. — Eu gosto de você.
— Então prova, . — Ela estendeu a mão para a loira, que ficou encarando-a, a ansiedade a deixou inquieta, parecia que ia colocar toda a bebida para fora ali mesmo. — Cuidado pra não se decidir tarde demais, não vou esperar você resolver, o que quer que seja dentro de você, pra sempre.
Deu as costas se aproximando da mesa, esbarrando sem querer na loira que flertava com o irmão de e foi recebida pela preocupada. Tomou de uma vez sua bebida deixando o copo de lado assim que viu a Sabaku tomar o lugar a sua frente. A droga da noite não iria melhorar?!
Por outro lado, a noite de alguém estava indo de boa a melhor possível. sorria de maneira tão indecente que quem não percebesse que ela estava interessada no irmão de só poderia ser cego, e parecia que era um desses. revirou os olhos e comentou com do quanto seu irmão era lerdo, estava pensando seriamente em ajudá-lo com a loira só pelo simples fato de estar lhe dando urticária assistir aquela cena humilhante.
— , vamos até o bar pegar mais bebida. — puxou o irmão pelo braço sem nem dar oportunidade para respondê-lo.
— Que isso, ?
— Sério, o que você tem na cabeça? só tá faltando se esfregar em você ou pedir: por gentileza, me foda no banheiro! — gritou a última frase atraindo olhares de pessoas em volta, fazendo ele espremer os olhos com o indicador e o polegar, chamou o barman e pediu: — Traga duas doses de whisky, por favor, duplos.
— Ela… — revirou os olhos tão forte que quase pararam na nuca —, não percebi que ela estava…
— Puta merda, . — Cortou o irmão. — Sério, reage! — Entregou o copo de whisky para o irmão e saiu andando, deixando o outro pensativo. não era muito de sair de casa, se tinha tido três encontros na vida, era muito.
— Me vê um sex on the beach, por favor — pediu ao homem do outro lado do balcão, que logo voltou com o drink. Chegou na mesa e viu encostada no guarda corpo, que separava a área vip, onde estavam, do térreo da boate,; estava distraída olhando o movimento na pista de dança. Então se aproximou e se encostou ao lado dela. — Pra você. — A o mirou, sorrindo, e pegou o drink de sua mão.
— Obrigada, .
— Então, como você estava dizendo… — Deu um gole no whisky e largou o copo na mesa alta ao lado deles.
— Vamos cortar as preliminares, ? — Ele arregalou os olhos, encarando a loira, e não sabendo o que falar. — Eu quero… — aproximou-se dele, deslizou a mão pelo seu peito e passou a língua pelo lábio antes de aproximar sua boca do ouvido do — lamber você. — Passou a língua no lóbulo do homem e o moreno sentiu os pelos da nuca arrepiarem. Agarrou a cintura da loira com uma mão e, com a outra, a puxou pela nuca para um beijo molhado e sedento. Assim que se separaram, o puxou pela mão e os dois sumiram entre as pessoas.
— Eu aposto 20 euros que eles foram transar no banheiro. — riu.
— Eu só vou concordar, não quero perder dinheiro. — pegou seu copo e chupou o canudo.
— Se dependesse do , eles iam ficar no zero a zero. — revirou os olhos e deu um gole em sua bebida.
— Ainda bem que a é determinada. — A ruiva gargalhou, seguida de todos na mesa, menos e , que pareciam estar em um enterro.
— ! — Ouviram a voz masculina chamar.
— ! — Ela arregalou os olhos. — O que houve?
— O Uber quebrou, o trânsito estava impossível… e eu não conseguia chamar outro, vim andando… alguns quarteirões. — falava com a respiração ainda ofegante. — Me desculpe, estraguei tudo — suspirou e murchou os ombros, mas foi recebido pelos braços da namorada.
— Está perdoado, você não perdeu muita coisa… — Ela se afastou dele e virou para as amigas. — Esse… é o , garotas, meu namorado. Essa é , , o namoradinho dela, , e .
— Olá, garotas, muito prazer. — Todos se cumprimentaram e o casal sentou no sofá. — Falta uma amiga sua, não?
— Ah, a , está fodendo com o irmão dele no banheiro. — apontou para e piscou algumas vezes com a falta de pudor da namorada. Não estava acostumado a ver assim, com os amigos e alta da bebida, aquilo definitivamente era novidade, e ele adorou.
— Isso é o que supomos, eles podem estar dançando lá embaixo — comentou.
— Nem você acredita nisso, . — riu, levando todos a se juntarem a ela.
sorriu aliviada, todas receberam bem o e aquela noite já estava ótima, e a presença dele naquele momento fazia tudo ficar melhor ainda. Ela entrelaçou seus dedos nos dele e o mirou sorrindo. sorriu e deu um selinho na namorada, aliviado de ter conseguido chegar vivo àquela noite.
— … Ah… — Quase mordeu a língua para segurar o gemido que quis sair de sua garganta ao sentir a língua molhada circulando seu pau. — Céus… — resmungou, apoiando-se com as mãos na parte de cima da cabine quando sentiu o calor tomando conta do seu corpo.
se deliciava, escorregando os lábios pela carne quente de ; sua língua molhada contornava a cabeça e logo ela colocava tudo em sua boca. Uma de suas mãos ajudava, masturbando-o, e subiu a outra por dentro da camisa e passou as unhas pelo abdômen bem trabalhado; em uma outra oportunidade queria dar uma boa olhada naquela barriga. Sentiu sua intimidade pedir atenção e desceu os dedos até seu clitóris, pressionou-o ainda por cima do tecido fino rendado e gemeu baixo, fazendo ele sentir em seu membro a garganta da mulher tremer.
Seus músculos começaram a tensionar e seu pau latejava à medida que o orgasmo se tornava cada vez mais próximo. Ela colocou a língua para fora e olhou para cima, vendo perdido em palavras ou xingamentos que ela não entendia; gemeu mais alto ao adentrar sua própria calcinha e se estimular. Enfiou dois dedos em si, estocando devagar, aproveitando o toque e seu líquido viscoso, que escorria por seus dedos. Voltou ao ponto inchado e fez movimentos circulares, ficando cada vez mais próxima do seu orgasmo. Sentia o calor dominar seu baixo ventre e sua língua sem controle enquanto engolia o pau de .
o chamou e assim que ele baixou a cabeça e viu que ela também se masturbava, sentiu o tesão subir ainda mais; aquela mulher estava o deixando maluco em um banheiro de boate, aquilo era realmente novidade. Ela chupou com mais vontade e sentiu o pau do homem tremer em seu céu da boca, sabia que ele estava perto e se dedicou a masturbá-lo e lambê-lo com mais afinco. pendeu a cabeça para trás, gozando intensamente na boca da , que chegou ao ápice logo depois e levantou, passando o indicador pelo lábio inferior e chupando os dedos que ela usava para se estimular.
— Como eu achei que seria… Delicioso, . — A loira sorriu com malícia, enquanto ele ainda se recuperava do orgasmo recente. — Vamos, quero dançar. — Ela destrancou a cabine.
— Ei, espera. — a puxou de volta, colando seus corpos, beijou os lábios carnudos e vermelhos pelo sexo oral de maneira libidinosa. — Quero chupar você também.
— Teremos outras oportunidades… — Ela saiu, deixando-o sem reação, o que aquilo queria dizer? Assim que deixou a cabine, ainda fechando a sua calça, duas mulheres olharam para ele de maneira estranha, fazendo-o lembrar que estava no banheiro feminino.
— Te… Espero lá na mesa. — Saiu apressado, tentando se recuperar do que tinha acontecido. Foi a primeira vez que uma garota lhe pagou um boquete em uma balada, no banheiro, e não só isso, mas tinha sido o melhor boquete que já tinha recebido na vida.
— ‘Tá bem, irmão? — perguntou ao encontrar meio perdido no caminho.
— Ela… Eu quero casar, . — começou a gargalhar.
— Vem, vou te pagar uma bebida.
— Como foi? — A recolocou alguns fios loiros em seu lugar quando a voltou à mesa.
— Bom, chorei por lugares que não deveria. — Ajudou a amiga a acertar o penteado e tomou do drink que a segurava e devolveu à morena.
— Não, obrigada. — Deixou nas mãos de com certa pressa o copo baixo que carregava. — Não sei onde esses lindos lábios estiveram, não quero chupar ninguém por tabela.
— Não sabe o que está perdendo. — Virou o conteúdo de uma vez e voltou seus olhos azuis ao moreno que voltava com o irmão. — Eu vou sentar nele aqui mesmo, me impeça, .
— Acho melhor irmos, não vou dormir sozinha no apartamento. — Puxou a para que o flerte com o irmão do continuasse apenas nos olhares famintos e deu início a despedida, notando que todos também seguiriam para suas casas.
desceu os degraus de mãos dadas com , que conversava baixo com . e atrás de ambas, e em seguida e, por último, e . Na calçada, sentiu o ar frio da madrugada e rapidamente pegou seu telefone na pequena bolsa e começou sua procura por um carro.
— Meninas, foi uma honra conhecê-las. — O namorado da ruiva se despediu de todos sem desgrudar da cintura da Uzumaki. — , , até breve. — Entraram em um carro poucos minutos após mais uma rodada de beijos e partiram para casa.
— , só um minuto… — A loira virou-se para bloquear o aparelho da , que bufou indignada. — Vou me despedir do .
— , , vou para o apartamento de . — Beijou as amigas e seguiu com o moreno para um carro a poucos metros da entrada.
— , está com a chave? — O mais velho acenou. — Então pode ir sozinho, até mais, meninas.
O deu as costas para o grupo. reparou bem nas amigas que estavam distantes dos três restantes. estava muito estranha e com uma cara nada amigável e perto da Sabaku parecia piorar. Ambas mantinham um diálogo sussurrado e caloroso, e a morena curiosa queria saber o que era debatido, felizmente as duas se aproximaram do grupo.
— Vou levar a para casa, vocês estão bem? — acenou e ignorou, mais entretida na conversa com o moreno. — Mandem mensagem quando chegar, ok?
— Até depois, . — A deu dois beijos na morena e seguiu para a moto, colocando o capacete e subindo na garupa da Sabaku com uma má vontade palpável.
— Posso chamar o carro?
— Não, espera… — Deixou a mão no ombro largo e sorriu ao notar que o moreno seguia cada um de seus movimentos com os olhos escuros cheios de intenções. — Sabe, você poderia me convidar para sair qualquer dia… — Sentiu um puxão da amiga e, se não fosse o homem gostoso a sua frente, xingaria a .
— Farei isso, com certeza… — Seus dedos afundaram na cintura da loira, que mordia o lábio inferior perigosamente perto de si. — Poderia me dar seu telefone, não? — Roçou os lábios pelos vermelhos da , que fechou os olhos aguardando um beijo. Aproximou-se lentamente, pronto para dar à loira fatal um pouco da expectativa que ele sentia, quando a garota foi puxada de seus braços.
— Chegou. — entrou no sedã escuro segurando firmemente a mão da amiga. — Tchau, ! — De dentro do carro a acenava alegre para o moreno.
Da janela, a loira se debruçou no vidro aberto e beijou os lábios de , sussurrando em meio ao toque: — Pegue meu número com a , gostoso. — Mordeu seu lábio inferior e o motorista deu partida.
— Não deveríamos mesmo conversar? Ao menos para evitar o clima da boate? — disse ainda receosa, não sabia exatamente o que conversar, mas qualquer tempo a mais que tivesse com serviria de possibilidades para tentar ter o seu perdão.
— Então fale de uma vez o que quer. — Soltou o braço do aperto da Sabaku e os cruzou sobre os seios. Sua vontade era de voar na cara pacífica que a loira fazia.
— Vamos sair mais vezes com as garotas, devemos fazer algo para melhorar as coisas entre nós — apontou para ela e logo para a .
— Bom, pensou em algo? — perguntou, arqueando a sobrancelha.
— Ainda não?! — disse, incerta.
— Sério? — Sua voz elevou um pouquinho, mas a raiva tomou seu corpo como uma entidade. — Não acha que assumir o que sente e dizer para as garotas que namoramos acalmaria o grupo, resolveria muitas coisas e, de quebra, destruiria o clima estranho, ao menos de nossa parte!?
— Não dá para falar com você utilizando esse deboche. — A Sabaku revirou os olhos e retirou o capacete, colocando-o atrás de si. — Se quiser saber meus motivos, me procure, quando estiver com paciência, de preferência.
— Está se ouvindo? — Incrédula, apertou os dedos para não voar na loira. — Você é a culpada, não eu. Não sou impaciente, eu estou impaciente por sua causa. Deveria ter conversado sobre o que sente no momento que começou a sentir, não esperar que toda essa merda virasse o que virou e vir dando uma de superior.
— Não estou dando uma de nada, ! — gritou, arrependendo-se no instante que viu os olhos castanhos arregalados. Por mais pavio curto que fosse, não costumava tratar daquela maneira. — Estou cansada de ser colocada contra a parede, sem receber um pouco de confiança. Não, eu não quero brincar com você, após tanto tempo não sou digna de um voto de confiança? Pare de surtar e ficar emburrada, não está sofrendo sozinha, não sabe de coisa alguma. — Desceu da moto e ficou de frente para a . — Eu não estou com outra, muito menos com medo das meninas. É meu pai e suas perguntas sobre meus namorados, suas regras idiotas e sua mente antiquada.
A morena fungou longamente, limpando o rosto banhado em lágrimas sem cerimônia.
— Você não entende mesmo que a quero?
fechou os olhos com a proximidade e deixou seus lábios tocarem os da Sabaku levemente. Estava farta da distância e da dor que era a única companhia que havia em seu apartamento sem a visita da loira. era muito complicada, chata e cheia de segredos, mas beijava tão bem… Subitamente, lembrou-se do choro, do medo e da incerteza. Afastou-se e deu as costas para a Sabaku, que gritava pedindo para a morena voltar. Contudo, o pedido não fazia mais efeito, tinha parado de se importar com quem parecia não se importar com ela.
Entraram no apartamento da Uzumaki, que se desfez dos seus sapatos e bolsa logo na entrada. Assim que entrou no quarto foi tirando suas peças de roupa e o a acompanhava com o olhar. Era tudo muito satisfatório, ele era novo em relacionamentos, isso era verdade. Teve alguns casos no ensino médio e no primeiro ano da faculdade namorou uma garota, mas não durou mais que três meses.
foi paixão à primeira vista, a professora lhe chamou a atenção pela inteligência, pela maneira doce como tratava todos os seus alunos, sua dedicação em explicar um assunto até que todos da sala tivessem entendido. se apaixonou por pelo conjunto da obra, inclusive a parte da beleza, pois se tinha uma coisa que a ruiva era, era ser um mulherão. Viu a mulher voltar do banheiro usando apenas uma blusa folgada, que ela usava como pijama.
— Obrigado por me apresentar as suas amigas.
— Não seja bobo, , você é meu namorado. Claro que conheceria minhas amigas, elas são como irmãs pra mim. — Ela sorriu e deu um selinho nele.
— Isso demonstra o quanto você realmente está disposta a fazer isso funcionar, e quero que saiba que eu também estou.
— Já está funcionando.
A morena colocou o notebook no meio das pernas, mantendo os joelhos dobrados e a mão dentro da calcinha. Com a outra, ajustou a tela do aparelho para que o loiro conseguisse enxergar melhor o que fazia.
— Está bom?
— Perfeito, . — O apertou os dedos longos em seu membro e gemeu baixinho, estreitando os olhos azuis. — Estou morrendo de saudades…
— Eu também, … — Os movimentos circulares voltaram em sua calcinha. brincou em sua mente que o toque do loiro em sua pele era real, naquela área específica. Fazia tanto tempo que desejava o calor da pele do irmão da amiga. Céus, era na medida certa para arrancar-lhe gemidos e levá-la a loucura. — Estou ansiosa para vê-lo.
— Temos alguns dias até isso, . — Mordeu levemente o próprio lábio, espalhando um pouco da lubrificação natural.
— Quer que eu mostre algo?
— Seus seios, pequena. Desejo todo dia me enfiar neles mais uma vez…
A morena sorriu, safada, levantando o tecido e arrancando a blusa de uma vez. Apenas de sutiã, calmamente abriu o fecho frontal e mordeu a língua, deixando a renda cair ao seu redor e notou que os movimentos do aceleraram.
— O que quer mais, ?
— Ah, gozar na sua boca, .
— Mas isso você já fez… — Lembrou-se do tanto que gostou de engolir todo líquido viscoso do loiro, que sorria satisfeito com a visão. — Escolha outra coisa.
— Deixa eu vê-la mais uma vez? — Apertou a cabeça rosada e sentiu um frenesi dentro de si. Desejava insanamente a morena em sua cama mais uma vez. fazia uma falta absurda; não apenas o sexo, mas as muitas faces da garota safada, tímida, contida e, ao mesmo tempo, a mais devassa das mulheres.
A morena se levantou, virando a pequena câmera para si e, próxima a porta do quarto, virou-se de costas, fazendo a pequena boxer rendada escorregar por suas pernas. — Gosta da visão?
— Não há uma parte sua que seja ruim de observar, morena…
[...]
estava cansada da longa noite. Só queria um banho longo, uma roupa curta e sua cama confortável pelo resto do dia. Buscou algo para comer, mas infelizmente não achou o que a agradasse. No corredor silencioso notou que deveria estar sozinha, procurou por no quarto e, não achando a loira, decidiu procurar pela . Abriu a porta do quarto da amiga e arregalou os olhos verdes ao ver o irmão se masturbando pelo computador e a amiga nua de pé perto da entrada do quarto.
— Meu Deus, !
— ! — Os dois gritaram para si e ela bateu a porta com força.
— Tranca a porta da próxima vez! — berrou.
— Não precisa invadir meu quarto também! — gritou de volta.
— Sempre entramos no quarto umas das outras, que novidade é essa, ?! — batia o pé enquanto mantinha seus braços cruzados encarando a porta fechada.
— Desde que todas nós estamos namorando…
abriu a porta mais uma vez apenas para esbravejar:
— Não tenho namorado, !
— Corta essa, — se pronunciou. — ‘Tá mais amarrada naquele fotógrafo do que eu na . Parece que só você não vê.
— Vai se foder, ! — Estirou o dedo para o irmão e bateu a porta novamente.
[...]
— Você só ganhou por que eu deixei, cunhadinha. — riu, jogando alguns salgadinhos na boca.
— Você que é ruim, ! — Deu uma ombrada no homem sentado ao seu lado no sofá. Fazia no mínimo 12 horas que estavam jogando no videogame do .
Na noite anterior, ficou irritado quando preferiu ficar jogando com seu irmão do que dormir com ele. No entanto, relevou, parecia que ela estava se divertindo bastante, então não quis ser possessivo ou só chato mesmo. Deixou os dois se divertirem, mas quando acordou às 7 horas e eles continuavam jogando, ele ficou um pouco chocado, para não dizer preocupado.
Dava para perceber que não era a primeira vez que a jogava, e definitivamente ela tinha um sentimento de competitividade aflorado. apenas ignorou aquilo, deu um selinho na modelo e saiu para o seu trabalho matutino, já que ele parecia o único adulto no apartamento naquele fim de semana.
— Conta como foi seu encontro com a ontem — perguntou enquanto bebia a xícara de café.
— Não era para vocês duas comentarem sobre isso? — O a olhou com o cenho franzido.
— Eu só vou para casa na segunda, dá pra me dizer logo? Ou vai fazer eu ficar curiosa até lá?
— Não é uma má ideia… — Forçou uma expressão maléfica.
— Vai logo, idiota! — Deu um tapa no outro enquanto escolhia a nova fase do jogo.
— Foi ótimo! — Ele coçou a nuca antes de continuar: — A é incrível, eu… nem sei como definir o quanto ela é incrível.
— Dois encontros e já está de quatro? — Debochou. — Você só não é pior do que o . — Gargalhou. — Vai logo, , aperta o start!
— ‘Tá com pressa de perder, cunhadinha?
— Vou fazer você engolir suas palavras!
[...]
— Duas cebolas médias picadas. — Deu um toque na tela e se afastou do balcão para buscar os ingredientes que faltavam. — Acho que nosso pai não gosta muito de cebolas, e se diminuirmos essa quantidade?
— Pegue uma grande e tudo dará certo. — O mais novo mexia a panela com uma grande colher longa, mantendo o molho em movimentos circulares para não queimar o fundo. — Não sabia que meu pai tinha problemas com cebolas, eu nunca ouvi ele falar sobre.
— Não é o que Raasa fala, Gaara. — Voltou à pia, lavando o que trouxe consigo e levou até o balcão uma faca para começar a cortar o que precisavam. — Nosso pai é tão quieto que tive que aprender a lê-lo. Certa vez fiz creme de cebola com muitos legumes para uma noite fria, como muitas famílias, mas seu querido pai fez uma cara péssima ao sentir o cheiro.
— Ele não comeu?
— Comeu, mas acho que por sentir que me ofendeu de alguma forma. — Deu de ombros, tirando as cascas dos legumes e passando a fatiar lentamente as cenouras.
— Se Raasa não falar diretamente se gosta ou não, eu não me precipito. — O ruivo olhou a irmã e sorriu. — Nosso pai é direto demais para se preocupar com o que vamos achar sobre ele negar um jantar.
— Bom, eu penso dessa maneira — respondeu, rindo de Gaara. Talvez fosse mais simples ser o filho mais novo e certinho.
— O que vem agora? — não entendeu o Sabaku. — A receita, o que vem?
— Ah, não sei, cheguei só até a parte dos legumes cortados. Como juntar tudo isso eu ainda não faço ideia. — Deixou a faca, procurando um pano para secar suas mãos, mas desistiu ao não ver nada que pudesse ajudar, então passou a senha do celular para o irmão.
— Seu aniversário? Que original, . — Deu dois toques e o site da receita apareceu. Leu e copiou o texto de uma vez e encaminharia para si, evitando usar o telefone da loira, porém, ao sair da aba, deu de cara com uma foto de sua irmãzinha. — Sempre negou que tinha alguém e olha só o que eu encontrei! — Virou a tela para a Sabaku, que arregalou os olhos verdes. — Qual é , minha cunhada é linda…
— Larga isso! — Deixou o banco da ilha da cozinha e correu atrás do ruivo, que sorria colocando o celular para cima. — Porra, Gaara, devolve!
— Tenho umas perguntas antes. — Parou entre o armário e a parede que dividia os cômodos e levantou a mão com o aparelho o mais alto que pôde. — Qual o nome da minha cunhada?
— Não interessa! — Pulou para pegar o telefone, mas o irmão mais novo era bem mais alto. — Qual é, Gaara, meu pai pode chegar!
— Ah, então é por isso que eu não a conheço? — Devolveu o celular para a irmã e suspirou aliviado. — Por um segundo eu achei que tinha deixado de ser seu irmão favorito.
— Deixa de besteira, você nunca vai deixar de ser o chato de cabelos ruivos que me seguia pela casa quando era mais baixo que eu. — Seguiu até o balcão de mármore e voltaria para o corte dos legumes, porém seu irmão havia deixado de ser baixinho, contudo, continuou chato. — Três perguntas, ok?
— Ok, então devo pensar bem, me dê um segundo. — O ruivo fechou os olhos, decidindo o que deveria saber primeiro: — Quanto tempo?
— Oito meses.
— Certo, eu não esperava tanto.
— Por quê? Acha que ninguém me aturaria?
— Não é isso, irmãzinha, achei que pelo seu medo seria recente. Bom, quero saber agora algo sobre ela.
— Ela é linda, me entende e sempre me completou em todas as coisas, tanto pequenas quanto grandes.
— Avise que ela ganhou muitos pontos com um dos seus irmãos. Agora quero saber o nome da minha cunhada.
— e não vou poder fazer isso tão cedo. Infelizmente, sou burra demais e errei feio com ela. — Desbloqueou o aparelho em sua mão e olhou para a foto que não conseguia tirar dali. — Ela me pediu para assumir o que temos, mas eu não estou pronta para encarar nosso pai.
— Porra, . Assim não tem como te defender, irmã. — Fez drama. — Você disse que minha cunhada era tudo isso, como não encarar o velho Raasa por uma garota assim?
— Ele sempre pergunta sobre meus "namorados", não tenho coragem de dizer que sua única filha, dará uma nora, não um genro.
— Sinto que está exagerando, nosso pai não é tão complicado assim. — Voltou correndo até a panela e mexeu o conteúdo, aliviado por não ter queimado o almoço. — Poderíamos conversar com ele, traga-a aqui e veremos como as coisas serão.
— Eu nunca vou trazer alguém aqui. — A loira bufou, assistindo o pai entrar na cozinha.
— Como vai o almoço?
— Muito bem, pai. está namorando.
— Você tem algum problema, garoto? — Jogou uma casca no irmão, desejando mesmo jogar a faca. — Papai, não é nada disso.
— É isso sim, pai, sua filha é uma mentirosa apaixonada. Deveria prendê-la no porão por esconder isso de nossa família. Nós somos legais, , acredite! — Desviou de um pedaço de cenoura voadora e riu da cara fechada da irmã.
— não assume que infelizmente é mais parecida comigo do que gostaria. Demorei bons meses para apresentar sua mãe para a avó de vocês, imaginei um mundo de possibilidades e, na verdade, mamãe só queria saber qual sabor de torta ela preferia. — O homem sério, de feições maduras, mantinha o rosto impassível, parecia não se preocupar com as falas de Gaara. — Quando estiver pronta, fará o que é certo.
— Velho, ela estava esperando um convite seu!
— Ah, então é isso que falta para finalmente conhecermos a garota?
A loira engoliu em seco por um longo segundo, sua mente girou no instante que o pai olhou para si, mantendo os olhos na filha. Os braços unidos sobre o peito e os cabelos avermelhados bagunçados; como sempre a pose de Raasa não dizia nada, na verdade, mostrava o quão calmo seu pai sempre parecia. Não havia novidade, dúvida, julgamento ou raiva, nem o preconceito que sabia restar nas gerações anteriores era exibido em uma única linha do rosto maduro. escondia tanto a própria vida e, no final, era a única enganada.
— Acha que não conheço meus filhos? — O castanho dos olhos tornou-se arrogante por um segundo e foi tudo que a Sabaku viu antes de ele deixar a cozinha.
— Agora acerte tudo com e no próximo fim de semana vocês cozinham. — logo sentiu os braços do irmão em volta de si, acordando-a de seu choque e fazendo ela perceber que lágrimas escorriam pelo seu rosto.
— Obrigada, Gaara.
— Boa noite, senhor . Aqui estão os cardápios e a carta de vinhos.
— Eu quero um vinho branco suave, por favor, o melhor da casa. — sorriu e o garçom se retirou. — Sem olhar os preços, linda.
— , eu nunca estive em um restaurante tão chique. — Escondeu-se atrás do cardápio, deixando apenas os olhos azuis à mostra, que encaravam o moreno. — Estou me sentindo muito mimada.
— Você merece isso e muito mais. — terminou de se esconder atrás do cardápio; não estava acostumada a ser tratada com tanto carinho e romantismo, mas era assim, principalmente porque estava apaixonado por ela. — Já escolheu? — assentiu e então pediram seus pratos.
Eles degustaram o vinho enquanto conversavam sobre tudo. estava encantada em como não só a escutava, mas a compreendia. Eles se entendiam nas mínimas coisas. Em todos os encontros anteriores ele fez questão de pegar e deixar ela em casa como um cavalheiro, fazendo-a se sentir a mais sortuda das mulheres. No entanto, a vadia que existia dentro de si estava contando os minutos para ir para a suíte que ele disse ter reservado.
Assim que finalizaram o jantar, o garçom veio perguntar se queriam sobremesa, e a disse:
— Não, já estamos indo. — começou a rir de maneira graciosa e ela mordeu o lábio. O homem do restaurante apenas saiu. — Desculpe, não queria ser tão direta.
— Não peça desculpas, eu gosto disso em você, . — O pagou a conta e os dois saíram, o manobrista levou o carro e abriu a porta para a loira, que sorriu e agradeceu.
Chegaram no grande hotel. pegou a chave do quarto na recepção e os dois pegaram o elevador. sentia a mão dele pesar em seu quadril, o calor já tinha começado a tomar seu corpo desde o momento que a mão de passeou pela sua coxa durante o trajeto até o hotel. Sua ansiedade por finalmente transar com ele estava fazendo-a sentir o elevador andar mais devagar. As portas de metal finalmente se abriram e, após caminharem pelo corredor, a porta do quarto também foi aberta, deixando a embasbacada.
— … — Ela caminhou devagar até o outro lado do quarto, onde dava para ver a cidade quase toda; a torre Eiffel fazia parte do cenário e todas aquelas luzes só deixavam o momento mais especial. Ela sentiu as mãos agarrarem sua cintura e o corpo másculo grudar no seu, fechou os olhos e respirou fundo. — Você não existe.
— Eu ‘tô bem aqui… — a virou para si e beijou os lábios carnudos, deliciando-se com um gemido baixo que ela soltou ao sentir a língua do moreno na sua. Os dedos deslizaram por cima do tecido, da bunda até as costas, onde o zíper do vestido se encontrava, então fez o caminho contrário, abrindo de vez o vestido lilás que ela usava. Os beijos foram para o pescoço; as unhas buscavam a pele de , que ainda estava coberta.
começou a tirar o paletó que ele usava e logo foi a vez dos botões da camisa serem abertos, um por um, mostrando o abdômen perfeito daquele homem irresistível aos olhos azuis. Sua língua ficou inquieta dentro de sua boca assim que se afastou para apreciar o Deus grego que era .
— Nem pense nisso, é a minha vez… — Pegou a loira no colo e a colocou na cama. — Você vai gozar na minha boca hoje — disse bem próximo ao ouvido dela e desceu por seu corpo, beijando todos os pontos estratégicos. podia não ter tido tantos encontros ou pegações em baladas, mas ele sabia o que fazia, sendo assim, pegou uma das pernas dela e tirou o sapato que calçava, beijando a panturrilha logo em seguida. A parte interna da coxa até a virilha foram as próximas a receberem um beijo mais molhado e uma pequena lambida. se via inquieta com tantos estímulos e fechou os olhos, pegando seus seios para aplacar o tesão que estava sentindo.
— … — gemeu baixinho sentindo os dedos longos afastarem a calcinha e escorregarem com facilidade para dentro de si. Logo em seguida a pele quente tocou seu clitóris inchado, fazendo-a gemer mais alto; a mão direita foi para um seio, enquanto os dedos da esquerda ainda a penetravam. — 'Oh, céus! — Ela começou a respirar ofegante e sentiu seu baixo ventre se contorcer com tamanho prazer.
— Isso, linda, vem pra mim… — percebeu seus dedos serem apertados e os tirou de dentro dela apenas para abocanhar de vez a boceta encharcada. Lambeu, chupou e deu mordiscadas no clitóris, que implorava por atenção. enfiou os dedos entre os fios negros e gritou ao desmanchar-se em um orgasmo que a fez ver estrelas. — Você também é uma delícia… — Subiu e a beijou, as pernas da circularam a cintura do homem e os dois se viram completamente embriagados e entregues ao prazer.
— Eu preciso… de você dentro de mim. — As mãos de subiram devagar apertando a cintura fina, uma foi ao seio, massageando e a outra, até o pescoço, apertando o mesmo, fazendo ela gemer jogando a cabeça para trás.
— Vamos resolver esse problema. — Tirou uma camisinha de dentro do bolso da calça que ajudou a tirar de seu corpo. Encapou seu membro sem cerimônias e a mulher sentou com gosto; os dois rosnaram em puro deleite pelo encaixe perfeito. começou a se mover para cima e para baixo apoiada no peito do moreno, uniu seu rebolado a movimentação fazendo o revirar os olhos e respirar mais forte. — Você vai acabar comigo…
— Ótimo, é para não esquecer de mim quando for embora. — Beijou o moreno com vontade, sem deixar de fazer os movimentos incessantes. Os dois estavam próximos, eles sentiam; seus corpos se chocando, o suor escorrendo, os músculos começando a se tensionar e o calor característico dominando seus corpos… — Ah, , eu vou gozar, eu vou… — gemeu arrastado ao sentir seu interior entrar em combustão, e o homem não demorou a jorrar seu gozo dentro do preservativo.
recebeu em cima de si, ela ainda dava pequenos espasmos e assim que a olhou para ele, os dois sorriram e deram um selinho antes do jogar a camisinha fora. Deitaram abraçados não só para se recuperarem, mas também para continuarem sentindo o calor um do outro, que agora, queriam sentir mais vezes.
[...]
— E ele vem no próximo fim de semana. — Os fios azulados balançaram com a empolgação da .
— Ótimo, ficarei bem longe daqui. — pegou seu prato e levou até a cozinha, lavou algumas coisas e voltou à mesa do café.
— Mas temos um trabalho externo, esqueceu? — A morena mexeu em suas frutas e tomou coragem para perguntar a amiga se ela poderia ajudar com sua ideia: — Como vamos as três nessa campanha, poderia deixar aqui e o não ficaria sozinho durante todo o dia. O não está escalado para esta publicidade.
— Ah, não me envolva em nada disso, . — Ouviram a porta bater e assistiram segundos depois uma loira sorridente entrar e sentar-se entre as duas.
— Ele só vai dormir aqui na sexta e fazer companhia para seu irmão no sábado, não é o fim do mundo.
— Ok, vou falar com ele, mas não acho que vai deixar o irmão sozinho.
— Ah, …
— Meu Deus, deve ter sido ótimo para nossa loira suspirar assim. — sacudiu o ombro da e exigiu respostas. — Conta.
— Acho que vou me casar… — Sorriu abertamente encarando os dois pares de olhos curiosos. — Sério, meninas, eu nunca senti tantas coisas de uma só vez.
— Nem quando fez o ménage? — perguntou, segurando o riso.
Riu de maneira forçada e completou:
— Engraçadinha… — A loira revirou os olhos.
— Eu admiro a maior vagabunda de nós querendo casar, que pica de ouro é essa?
— Não recomendo, pois quero apenas para mim. — Levantou-se contente em direção aos quartos. Dormiria por boa parte da manhã para repor as energias gastas em uma das melhores noites de sua vida.
— Me dê uns tapas se eu ficar assim um dia.
— Já está, mas não é melosa como a nossa loira. — sorriu da careta que a fez. — Então, sobre o … — Continuou com os planos para o fim de semana com o loiro e, com a ajuda da amiga, tudo seria perfeito.
A loira correu, jogando-se na própria cama. Sorridente demais e muito animada por alguém que conheceu há pouco tempo, sentia que deveria acordar para a realidade e entender que nada poderia ser tão perfeito assim. Porém, era tão difícil desapegar das palavras trocadas, dos toques precisos e do jeito carinhoso que a envolvia de forma tão única. Será que estava tão errada assim em entrar de cabeça? Se estivesse errada, pouco se importaria, já fez o que queria da vida e essa seria mais uma para sua longa lista de descobertas.
— Um homem doce e gentil. — Viu o nome no visor e sorriu feito uma idiota. Socaria o rosto da amiga que agisse assim perto de si. — Oi, … — Bateu os pés no colchão ao ouvir a voz do moreno do outro lado da linha.
[...]
entrou no apartamento e se atirou no sofá, deixando sua cabeça pender para trás e fechou os olhos. A noite tinha sido boa demais e ainda conseguia sentir o perfume da loira em seu corpo; poderia senti-la durante todos os malditos dias da sua vida e ainda seria pouco.
— Bom dia pra você também. — levou um susto com a voz do irmão e virou para a cozinha, vendo sentado na bancada bebendo uma xícara, que achou ser de café.
— Bom dia, maninho. — Levantou e caminhou até ele, servindo uma xícara de café para si.
— A noite foi boa?
— Ótima!
— Pelo menos teve a decência de não usar meu apartamento como motel. — bufou se levantando e deixando sua louça na pia.
— Não faria isso, .
— Falando nisso… — voltou alguns passos e encarou o irmão —, quando pretende ir embora?
sorriu de canto e debruçou-se no balcão, antes de dizer:
— Talvez eu fique mais do que o previsto.
O irmão revirou os olhos e falou:
— As compras do mercado são por sua conta essa semana. — pegou as chaves e saiu. — Tchauzinho. — Acenou já de costas enquanto abria a porta e saiu de vez, deixando o apartamento.
caminhou os três quarteirões que já estava acostumado, já que tinha escolhido comprar aquele apartamento justamente pela localização e facilidade. Quando avistou a agência, viu saindo de lá e se animou, ela estava distraída mexendo no celular. O fotógrafo mordeu o lábio pensando em surpreendê-la com um abraço e um beijo gostoso no pescoço e chegou a acelerar seus passos para chegar logo até ela.
No entanto, um carro preto luxuoso estacionou em frente a , ele pensou em chamar para ela o esperar, queria ao menos dar um beijo nela antes dela pegar o Uber. Entretanto, assim que a porta foi aberta um sorriso brotou nos lábios da modelo, fazendo parar de sopetão em meio a calçada e franzir o cenho. Uma mão a puxou para dentro do automóvel segurando seu quadril de forma possessiva e uma aliança grossa podia ser vista no anelar esquerdo.
— Que merda é essa? — viu o carro partir e essa não foi a única coisa que deixou um vazio naquela calçada.
— Você é péssimo em jogo cooperativo, me nego a perder por sua incompetência — disse de maneira relaxada e sugou seu canudo de olhos fechados, com uma expressão arrogante em seu rosto.
— Você é muito cruel quando está em modo competitivo, não estou gostando do seu comportamento, cunhadinha. — uniu as sobrancelhas e tentou brigar com ela, porém, era muito carinhoso e realmente via como uma irmã mais nova, assim como , só que ela definitivamente era mais divertida. Falar aquilo só fez a modelo morrer de rir, mas logo ela fechou a cara e travou no meio da calçada, ficando mais branca que folha de papel. — O que houve, ?
— Vem cá! — Puxou para trás de um banner de uma loja que estava na calçada e esticou a cabeça para poder ver melhor, assim como , que se esticou logo acima dela.
— O que estamos olhando? — Ele buscava com os olhos o local exato até sentir o arrepio esquisito cruzar sua espinha. — É… a ?
— Sim. — usava um casaco de moletom e discutia com um homem com um casaco parecido. — Eu já vi aquele… — ela parou de falar assim que a desferiu um tapa no rosto do homem, tirando seu boné —, . Céus, …
— Ela não parece bem. — O ficou preocupado quando viu a loira entrar no primeiro táxi que passou pela avenida. — Quer ir para casa ou ligar pra ela, ?
— Não. — A modelo saiu de trás de onde estava servindo de esconderijo para ambos, olhou para o lado e continuava na mesma posição; ele olhava o homem que ficou plantado no meio da calçada parecendo que levou a derrota da sua vida. — Saia daí! — Ela puxou o moreno, que se endireitou pigarreando e tomando mais do seu café. — Vamos. — Continuaram caminhando, e, assim que entraram no prédio de , ela apertou o botão do elevador.
— Será que ela está bem?
— Deve estar, do contrário, teria ligado para mim, ou para a , e ela me ligaria — falava de forma fria, estava irritada por estar encontrando escondido, não parecia ser a primeira vez.
— Quem era ele? — As portas de metal se abriram e os dois entraram no elevador. — O homem que estava discutindo com ela?
— Ex-namorado. — Chegaram no andar e saiu para o corredor e abriu a porta do apartamento. ficou sem acreditar, estavam saindo há algum tempo e ela estava discutindo na rua com o ex?! Não queria se enfiar em nada pela metade.
Os dois seguiram jogando, porém não com a mesma animação, mas com o passar das horas, esqueceu. ainda lutava para colocar aquela cena escondida em sua mente, contudo não parecia sumir. abriu a porta do apartamento e viu os dois jogados no sofá, bufou e revirou os olhos. Não tinha combinado nada com a , até porque nem queria vê-la, estava evitando-a fazia três dias, desde o dia que a viu entrando naquele carro. Sentia um incômodo em seu estômago toda vez que lembrava.
— , estávamos esperando você para pedir comida — comentou e o irmão apenas acenou com a cabeça e passou direto para o seu quarto. — O que deu nele?
— Deve ter tido um dia estressante no trabalho, vou lá ver se consigo melhorar o humor dele. — Levantou sorrindo sapeca e fez uma careta de nojo.
— Me poupe dos detalhes. — A modelo gargalhou e moveu suas pernas longas até o quarto do fotógrafo.
— ‘Tá tudo bem, lindo? — Colocou a cabeça no batente da porta.
— Não.
— O que houve? — Ela murchou os ombros e entrou no quarto. — Quer que eu te ajude a melhorar o humor? — Abraçou o pela cintura e beijou as costas, que já estavam desnudas quando ela chegou ali.
— Preciso tomar banho. — Ele saiu dos braços dela e foi em direção ao banheiro.
— Ei, você não costuma esconder coisas de mim. — sentou na cama; emburrada.
— Pois é, você não costumava também. Acho que estamos quites. — bateu a porta do banheiro, fazendo a se assustar.
se jogou na cama espaçosa e começou a pensar no que ela teria escondido para ele estar daquela forma. Será que ele ficou chateado porque fez uma campanha com outro fotógrafo e não disse para ele?! Virou de lado e ficou tentando refazer seus passos, mas nada lhe vinha à cabeça. Ouviu o chuveiro desligar e logo saiu do banheiro apenas de toalha. Ela levantou, ficando sentada no colchão.
— Podemos conversar? — Ouviu apenas o suspiro do moreno, que estava de costas buscando uma roupa no armário. Ela mordeu o lábio; estava mesmo preocupada com o que tinha feito de errado. — Se você não me disser o que eu fiz, não posso nem pedir desculpas por isso, .
— Poderia me explicar por que está envolvida com um homem casado? — arregalou os olhos, com certeza não esperava por aquilo. — Eu vi, , vi você entrando naquele carro de novo e dessa vez eu estava perto demais para não notar a aliança no dedo do cara.
Ela engoliu em seco e sentiu que aquele era o momento em que precisaria falar:
— Ele é meu sugar, . — Abaixou a cabeça, esperando o maior dos julgamentos.
— Você sabe que se a mulher dele descobrir, ela pode querer te matar, não é?! — olhou para ele, incrédula. Ele estava preocupado ao invés de terminar tudo que tinham e escorraçar ela de seu apartamento!? — Isso pode acabar muito mal, .
— Você não está bravo? — Perguntou baixo.
— Eu ‘tô puto pra caralho, , mas eu me preocupo com você. — Bateu no guarda-roupas. — Merda! Você pode se machucar.
— Não, , ‘tá tudo bem! — Ela se ajoelhou no colchão e manteve suas mãos nas coxas. — Na verdade, os dois são meus sugars, o casal. — olhou para ela mais indignado ainda e ela se arrependeu naquele momento. — Pelo menos não vou ser morta, ‘né?!
— Meu deus, , você realmente precisa disso? — Viu um olhar triste tomar seu rosto e ela abaixar a cabeça. — Me desculpe, não quis soar… Merda! — Ele sentou na beirada da cama e suspirou, passando as mãos pelo cabelo. — Eu gosto de você, .
— Eu também gosto de você, . Não era o propósito, mas aconteceu, não é?
— E você tem uma relação com um casal… — respirava lentamente, ainda de costas para ela.
— É apenas sexual, , não tem nenhum sentimento envolvido — explicava apressada, não queria que ele pensasse nada além do que realmente era. — Nós temos um contrato e… bom, é isso. Nada impede de eu ter um relacionamento.
— E nós temos um relacionamento? — Virou para trás, encarando os olhos verdes.
— Não temos? — começou a esboçar a sombra de um sorriso, fazendo sentir uma pontinha de felicidade e esperança em seu peito.
— E aí, cunhadinha, tirou a carranca do meu irmão insuportável? — apareceu na porta do quarto.
— Sai daqui, ! — jogou uma peça de roupa na cara do irmão, que saiu rindo. voltou a olhar a modelo. — Eu sou o único?
engatinhou até ele e sentou em seu colo, antes de dizer:
— Sim, apenas você, . — Caíram na cama aos beijos. — Acho que a pizza vai ter que ficar para depois. — Os dois riram e correu para trancar a porta antes de atirar a toalha longe e olhar como se fosse sua presa. Viu as longas pernas se abrirem e o sorriso devasso tomar conta do rosto de . — Vem que eu ‘tô te esperando, .
Ajoelhou-se no colchão e se pôs em cima dela; segurou o maxilar fino, e lambeu os lábios carnudos antes de levar os dois a caírem de vez no colchão. o puxou pela nuca e o beijou com fome. deslizou a mão pelo corpo ainda coberto por um vestidinho fino. Subiu a palma pela coxa grossa, infiltrando-se por dentro do vestido, sentindo a pele sedosa em seus dedos, apertou o quadril e encontrou a calcinha com laterais finas demais para não pedir que ele não as rasgasse. O grito de ecoou quando ele rasgou o tecido; sentiu sua boceta pulsar e o agarrou com as pernas.
— Talvez, só por hoje… eu deva ficar por cima. — Inverteu as posições e viu morder o lábio; sentiu ele apertar ainda mais sua bunda assim que sentou em seu quadril. Puxou o vestido, passando pelos braços, e o jogou para o chão. — Vou sentar em você até que implore pra eu parar — sussurrou no ouvido de , vendo o arrepiar da pele branca.
— Duvido que eu peça… — Rasgou o plástico metálico com os dentes e encapou a ereção, apoiou-se no peito másculo e encaixou-se devagar, rebolando à medida que era preenchida. — Ah… céus, !
— Duvida? — Rebolou e mordeu o lábio inferior do , raspou as unhas pelo abdômen, levantou e sentou com força, arrancando um gemido rasgado do homem.
— Eu vou gozar desse jeito…
— Peça clemência e eu penso no seu caso… — riu se divertindo, não só por torturar , mas por estar presenciando o tesão tomar conta do corpo e das expressões dele. Aquilo estava uma delícia, e ela queria prolongar o máximo que dava.
— Não abusa, . — Ela acelerou as estocadas, levou a mão até o seio se estimulando, fechou os olhos e lambeu os próprios lábios. Jogou a cabeça para trás e gemeu melodiosa; logo sentiu os dedos do namorado cravarem em suas coxas. — Muito… gostosa, mas acabou o joguinho. — Pegou-a pela cintura e a jogou na cama, beijou o pescoço e deu atenção aos seios pequenos e eriçados. Lambeu, espalhando sua saliva quente por todo o mamilo; agora era ela que estava indo a loucura.
— Talvez você precise pedir pra eu parar. — Desceu os dedos até a buceta encharcada e circulou o clitóris, ouviu um gemido arrastado e percebeu a coluna arqueando. — Tão sensível… — As unhas de rasgaram as costas de com certa brutalidade, sabia que ela estava perto de gozar. — Não mesmo… — parou o que estava fazendo e se posicionou entre as pernas dela, vendo todo o seu comprimento ser engolido por ela —, vai gozar no meu pau.
— Ah, ! — Puxou os lençóis, remexeu o quadril em busca de aplacar o prazer enquanto o investia forte e fundo. — Ah! — berrou mais uma vez e sentiu seu corpo começar a tremer, estava quente como o inferno.
— Linda, eu vou gozar… — Acelerou os movimentos e levou a mão até seu ponto de prazer, estimulando como dava devido as pélvis se chocando. — !! — gemeu arrastado ao se sentir ser puxado pela onda de prazer que passava pelo corpo de . Pendeu a cabeça para trás e seu prazer se esvaiu em gozo junto ao dela.
Os dois respiravam ofegantes deitados na cama. riu e olhou para ela com o cenho franzido, era uma pergunta muda do porquê ela estar rindo.
— Deveríamos brigar mais vezes.
[...]
Olhou para a grande tela colorida que continha as informações do horário previsto para cada trem que chegaria na próxima uma hora. Pegou o telefone do bolso em busca de uma mensagem do loiro, porém deveria estar se aprontando para descer e sua ansiedade mais uma vez tomou conta.
ouviu a voz do sistema de som do lugar e, como tantas outras pessoas, se organizou na pequena fila da saída dos passageiros. Sua mão suava em expectativa, estava morrendo de saudade do e contava os míseros segundos que os separavam. Sorriu ao notar que o grande trem foi visto e já parava na plataforma indicada e a morena atentou seus olhos quando viu a pequena multidão saindo do transporte.
Seu tamanho era o inimigo agora, pois muitos homens altos saíram à sua frente para ajudar alguns recém chegados à cidade. A tentou passar por alguns, porém era quase impossível empurrá-los. Já desistiria de tentar acessar o lugar quando ouviu seu nome ser chamado do outro lado.
— ? — estava com o celular em uma mão e a mala pequena em outra. O sorriso bonito fez a morena se arrepiar, deixando a passos largos a confusão de gente para trás.
Seguiu com mais pressa a cada passo mais perto do loiro, correu nos metros finais e pulou de uma vez no colo do , que a recebeu de braços abertos amparando seu corpo unido ao seu. Apertou seus braços ao redor do pescoço masculino e selou os lábios com pressa. sentia-se em um filme meloso ao ser retribuída em um lugar tão público e sem nenhuma vergonha de demonstrar a saudade que havia em ambos.
— Senti sua falta, … — Não desceu do colo do loiro, mantendo os olhos claros preso nos azuis perfeitos.
— Eu também senti a sua, baixinha. — Selou mais uma vez os lábios, acariciando o corpo da morena. — Vamos? Preciso de um momento a sós com você, sem plateia desta vez, o que acha?
Saltou rapidamente do colo do loiro e pegou sua mão, indo para o estacionamento. A conversa entre ambos fez com que o caminho fosse mais curto; a contava para o as novidades que o grupo teve em sua ausência, como o namoro da prima de e o novo rolo de com o irmão de . contou o que andava fazendo na pequena cidade natal e seus planos para uma visita de aos pais do médico. Chegaram no apartamento sorrindo largo e o loiro cumprimentou rapidamente as duas outras moradoras e seguiu a morena para seu quarto.
jogou a mala em um canto e voltou para o loiro já o despindo de seu casaco grosso, blusa, sapato e calça. As mãos nervosas passeavam pelo corpo quente, ajudando com as próprias roupas. Haveria tempo para conversar sobre tudo, a saudade dos dias longe, as manhãs, tardes e noites que ambos pensavam um no outro, mas agora, a pretendia matar primeiro a vontade de estar com ele mais uma vez.
Empurrou o loiro para uma poltrona próxima a janela e deixou a calcinha a caminho da escrivaninha. Pegou o preservativo e deixou-o na mão do loiro, que vestiu rapidamente seu membro já duro apenas pelo olhar que direcionada a si; esperou a , que infelizmente estava muito vestida.
— Tira isso… — gemeu ao senti-la montar em si ainda com a saia presa a cintura. Ajudou com o casaco fofo, tirando-o de qualquer jeito e com certa pressa. Da mesma forma que o queria, o loiro a queria em dobro.
— Depois, . — Sentou-se algumas vezes, impulsionado o quadril contra o e com um ritmo já estabelecido pela pressa de ambos. Cavalgou no colo do loiro, sentindo seu corpo relaxar cada vez mais e com isso seus gemidos ecoavam no quarto, sem controle algum.
As mãos fortes apertavam sua carne, fazendo a pele clara arder, sentindo mais vontade de trancar-se no quarto e ficar com ele escondida do mundo pelos próximos dias. O calor que se espalhava por seu corpo atingiu-a ainda mais quando um tapa estalou na nádega esquerda e os movimentos mais duros do loiro tornaram seus gemidos em pequenos gritos presos em sua garganta.
a pegou em seu colo, debruçando o corpo volumoso na escrivaninha e se colocou de uma só vez dentro da , que não resistiu mais dois minutos, explodindo ao redor do loiro que segurou sua cintura com um pouco mais de força investindo mais fundo, fazendo a escrivaninha bater repetidas vezes na parede, e rapidamente chegando também ao seu limite.
— Porra… — Encaravam-se pelo espelho à frente e, sorrindo, tentavam acalmar a própria respiração ofegante.
Na sala, e mantinham os olhos arregalados e as mãos tapando a própria boca, tentavam muito não gargalhar pelos sons do quarto mais próximo à sala.
— Santa Hyuuguinha do céu, que saudade… — riu, seguida de com o comentário da loira.
[...]
Pegou duas caixas de leite condensado pensando em qual sobremesa faria para si. Mesmo com o irmão reclamando sobre doces e como odiava qualquer coisa com açúcar, era problema de , pois ele mesmo cozinharia naquela noite.
Olhou ao redor lembrando de algo mais, pois não voltaria ali até a próxima semana, mas o essencial já estava consigo. Conferiu o telefone, vendo mais algumas mensagens de pela barra de notificação. Infelizmente, não estava com cabeça para a conversa que queria ter com a loira agora. não se permitia pensar dois dias à frente, não mais, quando descobriu pela cunhada, que a tinha contato, até mesmo uma relação bem estranha, com um ex.
Não seria justo cobrar algo da garota, mas entrou de cabeça por ter achado tão certa a situação de ambos, desimpedidos e prontos para experimentar o novo por quanto tempo fosse permitido. Não queria tirar conclusões precipitadas, porém o calor da discussão que teve com o cara alto, pareceu algo inacabado e certamente havia sentimento ali. Bufou, guardando o aparelho em seu bolso e foi em busca de uma fila que não estivesse gigantesca. Esperou longos minutos o senhor retirar tudo do carrinho e colocar na esteira, para que a moça simpática fizesse seu trabalho, mesmo sorrindo demais para si. O moreno tentava fugir de problemas e a garota de fios castanhos, e uma enorme aliança no dedo esquerdo, parecia correr atrás de um.
— ? — Ao virar-se, teve certeza que seu sobrenome era sinônimo de problema em alguma língua. — Meu filho, quanto tempo.
— , como vai? — Não queria mesmo saber, porém foi ensinado pela mulher que deveria ser educado até com as piores pessoas de seu meio, o que parecia agora uma lição para lidar com os próprios pais.
— Muito bem, querido. Espero que você também. — A morena abaixou os olhos escuros para o carrinho que o carregava consigo e sorriu para ele. — Está hospedado onde? Por que não nos visitou ainda, pretende ficar quanto tempo?
Perguntas demais para quem não lhe enviava um único cartão de natal, pensou. Antes que pudesse responder a tudo, pegou o telefone que tocava alto e poderia salvá-lo da conversa embaraçosa com a mulher que lhe deu a luz, porém era do outro lado da linha.
— Ainda não sei quanto tempo ficarei. — Abaixou o som do celular e voltou aos olhos escuros.
— Bom, há comida aí para uma semana inteira. Quem é a garota? Tem visto seu irmão?
— Importa? — Sua vez havia finalmente chegado e ele mais que depressa passou os produtos para a caixa sorridente. Terminou de empacotar e se despediu de ambas. — Obrigada e até, . — Deu as costas para seu passado, infelizmente ouvindo a afirmação da .
— Gostou, querida? É meu filho!
— Pra você. — empurrou o buquê para a mulher.
— Oi, . — Pegou as flores, petúnias, suas favoritas. — Obrigada, quer entrar?
— Na verdade, gostaria de levar você… — pigarreou —, a um lugar.
— De qualquer forma, precisa entrar para eu trocar de roupa.
— Ah, claro… — Sorriu sem graça e andou para dentro do apartamento. — Achei que ia jogar as flores em cima de mim.
— Estou lhe dando um voto de confiança. — A morena seguiu para o quarto, e respirou aliviada.
Assim que se aprontou, as duas saíram do prédio e subiram na moto de , que aproveitava cada segundo dos braços em volta de sua cintura. Sorria boba pensando em como ela reagiria a tudo e por um momento achou que tudo poderia dar errado e ela nunca mais querer vê-la. Negou com a cabeça, espantando os pensamentos impróprios para aquele momento, já que estava ansiosa e nervosa o suficiente. Estacionou a moto, tirando o capacete em seguida, e a olhou de soslaio enquanto retirava o seu capacete, esperando alguma explicação. No entanto, apenas colocou o descanso na moto, fazendo a morena descer e ela também fez o mesmo em seguida.
— Vamos? — deu a mão para e ela se surpreendeu.
— Onde estamos, ? — Perguntou, receosa, e a amiga apenas balançou a mão para que ela a pegasse. As duas caminharam até a entrada da bonita casa de dois andares, que ficava no subúrbio de Paris. — Você está me assustando. — abriu a porta da frente e estranhou, as duas cruzaram o hall de entrada e, ao chegar na cozinha, Gaara estava de costas, preparando algo no fogão.
— Maninho. — O ruivo virou e sorriu, secando as mãos no pano de prato e indo até elas. — Essa é minha namorada, .
— Prazer, , eu sou o irmão da . — A estava estática, não conseguia se mexer; olhou para a loira e uma lágrima caiu do seu olho. — Ela está bem?
— Muito prazer, Gaara. — Abraçou o Sabaku, que se assustou de início, mas logo retribuiu o abraço apertado e sorriu.
— …
— Não diga nada, depois conversamos. — Dedilhou o maxilar e a bochecha gordinha da morena e sorriu. — Ainda precisa encarar meu pai.
— Seu… pai?! — A morena engoliu em seco.
— Você sempre fazendo eu parecer um bicho papão, . — Raasa apareceu na cozinha e sorriu para . — Finalmente conheci a namorada da minha filha. Seja bem-vinda, . — O homem a abraçou com carinho. — Espero almoçar até às 13, . Preciso ir trabalhar.
— Sim, papai. — soltou o ar que nem notou estar segurando assim que seu pai deixou o ambiente.
— Eu ajudo vocês. — Gaara riu da cena um tanto cômica e puxou a morena até a bancada da cozinha.
— Ainda precisamos conversar, mocinha. — estreitou os olhos.
— Depois… — beijou os lábios da —, agora eu quero aproveitar o dia em família com você.
Os três começaram a preparar a refeição. Gaara ficou fazendo perguntas até a interromper o interrogatório com um tapa no ombro do irmão. Sentaram a mesa e comeram ao som de conversas animadas. Raasa e Gaara queriam saber tudo sobre , e apenas queria se esconder em um buraco grande o suficiente para nunca mais voltar. Kankuro se juntou a eles mais tarde, já que seu trabalho não o permitia chegar antes das 13:30 da tarde.
Apesar da Sabaku ter ficado envergonhada pela primeira vez na vida, sentiu-se feliz pela felicidade de , queria vê-la daquela forma mais vezes; sorridente e leve. As duas deixaram a casa por volta das 17 horas; Kankuro e Gaara não queriam deixá-las irem embora, porém ameaçou que nunca mais a levaria, então eles aceitaram a saída delas. Subiram na moto e rumou para a casa de , subiram no elevador em completo silêncio, mas um que era confortável, até porque as mãos dadas já eram um afago suficiente.
— Vai entrar? — abriu a porta e viu a loira assentir, e logo avançou até o meio da sala, fechou a porta e a olhou. — Eu nem sei por onde começar…
— Eu sei. — se aproximou e pegou a mão de . — Me perdoa, eu deixei meus medos e minhas percepções erradas me controlarem. Eu te amo, , e não quero mais ficar longe de você nem mais um dia sequer.
sorriu e ao mesmo tempo sentiu lágrimas em seus olhos, abraçou a loira e beijou o pescoço, a bochecha, o nariz, queixo e finalmente a boca. Agarrou a nuca dela e beijou com intensidade, a mão da loira desceu pelas costas da e agarrou a bunda redonda, as duas se separaram e os olhos chocolate se prendeu nos verde musgo.
— Sou sua namorada, então? — riu.
— Só existe você na minha vida, .
As costas de encontraram a parede do corredor enquanto a língua de lambuzava seu pescoço. Os dedos longos invadiram o coque da loira, e a morena mordeu seu queixo e logo lambeu até chegar em sua boca. As línguas deslizavam uma na outra, saudosas do toque, as blusas foram as primeiras a encontrarem o chão. a girou e segurou os braços acima da cabeça da namorada. Baixou a renda do sutiã e lambeu o mamilo rijo, chupou e escutou o gemido escapar da outra.
— …
— Estou com saudades demais, … — Desceu a mão pelo rosto corado, apreciou mordendo o lábio, desfilou os dedos pelo pescoço, colo e chegou até o seio, massageando-o com vontade. Sua perna entre as dela pressionava sua boceta no ponto certo para fazê-la gemer. — Me diz que não sente o mesmo…
— Você nem imagina o quanto, . — Agarrou a nuca da namorada e a beijou, chupou sua língua e mordeu o lábio inferior enquanto tropeçavam nos próprios pés em busca do colchão. Caíram as duas na cama, sentou no colo da e apreciou os peitos pequenos e redondos dentro do sutiã transparente e lambeu os lábios vendo aquela cara de safada que ela amava. Tirou o tecido de sua frente e chupou os mamilos, mordeu o seio dela e o gemido saiu mais alto.
Desceu sua língua pela barriga sem deixar a conexão com os olhos castanhos, desabotoou a saia que a morena usava e tirou com pressa, assim como a calcinha de tule. Lambeu o púbis e chegou até o clitóris, afundou os dedos no quadril, assim como sua boca no meio das pernas dela. gemia e bagunçava os lençóis cinzas completamente entregue à luxúria.
— Te...mari! — gritou assim que atingiu seu ápice, ofegante e suando, sentia seu corpo tremer, mesmo assim puxou a Sabaku para cima apenas para beijá-la e sentir seu próprio gosto na língua dela. — Monta vai…
tirou o resto de sua roupa com pressa, ajoelhou no colchão e enfiou uma de suas pernas embaixo da perna direita de e a outra por cima da esquerda. Seus clitóris se tocaram e com a fricção começaram a gemer em conjunto; a mão de foi até os seios fartos da loira e os massagearam. A movimentação começou a acelerar e a se levantou, ficando sentada, para continuar beijando a boca maravilhosa da namorada.
— Você me deixa louca, — disse entre os lábios da outra enquanto os gemidos começavam a ficar mais intensos. Ela levou a mão até a bunda da Sabaku e apertou com força, enquanto a loira colocou dois dedos na boca de , que os chupou e lambeu. — Vai, , eu vou… gozar. — Atirou-se no colchão novamente e rebolando ajudou na fricção gostosa que deixava cada vez mais seus corpos pegando fogo.
— … — Apertou a coxa da morena e mordeu com força o lábio inferior ao chegar ao orgasmo. Jogou-se ao lado da namorada e respirou fundo. tirou os cabelos bagunçados do rosto da , dando um selinho em seus lábios.
— Também te amo, .
[...]
— Faz dias que o não me responde e nem atende minhas ligações. — A loira falou chorosa, deitada em sua cama enquanto e a consolava. — Você não viu ele, ?
— Desculpe, , ontem eu fui dormir na casa dos sugars, não vi o e nem o . — respirou fundo. — Vá ficar com o , , vou dormir aqui com ela.
— Isso, , vai.
— Certeza que não precisa de mim? — A loira afirmou e a morena deu um beijo em sua testa, deixando o quarto a seguir.
— Não sei o que fazer, . — A loira deitada em seu colo choramingava, enquanto a respirava fundo para falar o que sabia. — Será que ele só me agradou pra me comer e foi embora?
— , o que você estava fazendo com semana passada? — A levantou de supetão, encarando a amiga com os olhos arregalados.
— Você… eu… — ela respirou —, eu terminei, seja lá o que a gente estava fazendo.
— Você estava encontrando ele escondido, ? — ralhou com ela.
— Quando senti o que sinto pelo eu me dei conta que eu tive qualquer coisa com , menos amor. — Ela enxugou as lágrimas com o lençol. — Eu ‘tô apaixonada pelo , . Fui atrás de pra falar que me deixasse em paz.
— Você precisa falar com o . — franziu o cenho. — Ele viu, , ele estava comigo. — A loira sentiu seu mundo desabar sobre sua cabeça, precisava pensar e agir rápido.
— Me diz onde… onde é a casa do ? — concordou em dizer onde era para a loira finalmente resolver o mal entendido.
— Agora enxugue essas lágrimas, passe um creme e durma! — Passou os polegares pelo rosto da amiga. — Amanhã temos a campanha e precisa estar belíssima!
No dia seguinte as três se arrumavam apressadas, nunca se atrasaram para um ensaio e não seria naquele momento que iriam. A campainha tocou e gritou para atender, abriu a porta e viu o , cumprimentou o fotógrafo e disse para ele entrar. O Uzumaki pegou duas cervejas na geladeira, entregou uma ao , que já estava sentado no sofá, e sentou ao seu lado.
— Oi, lindo, precisamos ir, vejo você na volta. — Deu um selinho no moreno e instantaneamente foi puxada pelo braço pela .
— Vamos, o Uber já está na portaria! — As três saíram que nem um vendaval pela porta, que bateu ao deixaram o apartamento.
— Como você consegue conviver com três mulheres? — perguntou e apenas deu de ombros.
— Deveria conhecer minha mãe. — O loiro gargalhou. — Falando nisso… — o moreno fechou a cara no mesmo instante percebendo onde aquela conversa daria —, quando vai conhecer nossos pais?
— Acho que não é o momento, .
— E quando será? Já estão juntos há meses! nunca ficou com a mesma pessoa nem por semanas, . — O deu um gole na cerveja e continuou: — Se não fosse sério, ela teria te largado na primeira semana. — ouviu aquilo com um certo espanto, não sabia que realmente não se relacionava a sério.
— Ela nunca teve um namorado?
— Acho que no ensino fundamental, mas não durou nem dois meses, ou seriam duas semanas? — O loiro parecia pensar consigo mesmo e só conseguia sentir um alívio tomar seu corpo.
— Eu acho que gosto dela mais do que eu admiti, , estou com medo. — O fotógrafo se assustou com sua própria fala, não se abria assim com ninguém, nem com seu próprio irmão.
— Você acha que não tive medo ao me apaixonar por ? — Encarou os olhos negros, que voltaram a lhe dar atenção. — O medo às vezes nos paralisa, , resta a gente não deixar ele nos dominar. gosta de você, eu conheço a minha irmã, não a deixe escapar porque está com medo. — curvou o canto dos lábios e agradeceu mudo para , brindando as garrafas de cerveja.
Era um ensaio rápido e elas agradeciam mentalmente por isso. Em pleno outono, inventar um ensaio ao ar livre com elas usando micro vestidos era uma ideia idiota. No entanto, ser modelo é aceitar o trabalho que te dão, mesmo sendo horrível, e sorrir como se estivesse no emprego dos sonhos. Sempre souberam disso e nunca foi um problema, desde que não congelassem até a morte.
— Obrigado, meninas! — O fotógrafo agradeceu e elas foram trocar de roupa, vestiram suas calças jeans, blusas e blusões confortáveis e quentes.
— Céus, achei que ia congelar — comentou.
— Nem me fale… — se abraçava para tentar recuperar a temperatura corporal, enquanto caminhavam para sair do parque.
— Ei, bebidas no apê? Já falei com a e… — Olhou as amigas e viu com uma expressão esquisita. — O que houve? Normalmente você é a primeira a topar.
— , esse problema é seu… — A apontou, fazendo suas amigas olharem e verem o se aproximando.
— Eu juro por deus, não aguento mais. — A morena revirou os olhos. — Parece que minha família me persegue.
— Eu já me resolvi com ele.
— Deu pra ele de novo? — debochou.
— Não, , disse que não queria nada com ele e que me deixasse em paz. Eu estou apaixonada…
— Foi por isso? — Foi interrompida e virou para trás, vendo a cara de .
— Já resolvemos isso, . … — Inclinou a cabeça para o outro lado, chamando a amiga, que logo enlaçou o braço no da . — Nos vemos em casa, .
— Você tem 20 minutos — falou já caminhando em direção a cafeteria do outro lado da rua.
— Só isso?
— Se reclamar vai ser 15, — gritou por já estar atravessando a rua.
Os dois entraram na cafeteria e sentaram em uma mesa mais reservada, fizeram seus pedidos e aguardaram a garçonete trazer. respirou fundo, deu um gole no café quente, que ajudou ela a se esquentar e mirou o irmão aguardando que ele desse o primeiro passo.
— , eu sei, eu sei de tudo que fiz e pode ter certeza que tudo me assombra todo santo dia. Eu amo você e não quero mais que fiquemos afastados por coisa que um do passado fez. Eu não sou mais aquela pessoa, .
— Deveria mesmo se sentir culpado.
— Essa culpa eu vou levar pro caixão, , mas não quero levar o ódio da minha irmã junto comigo. Por favor, me dê uma chance. Uma só, de provar que sou seu irmão e não um inimigo — ele suspirou e baixou a cabeça. — Eu já perdi ela, não quero perder você também.
apertou os olhos, massageou suas têmporas e começou:
— Você nunca foi um inimigo, , mas me magoou muito. E tudo que aconteceu com a não é nem a ponta do iceberg.
— Eu sei, , fui um péssimo irmão. — Esticou a mão, pegando a da sua irmã, que deixou o carinho ser feito.
— Mas depois daquele dia que discutimos no meu apartamento eu… eu vi que estava guardando muito rancor, não preciso disso, isso só me faz mal. — Acariciou a mão do irmão de volta. — Eu perdôo você, mas tenha em mente que vai ficar longe da . — O foi falar algo, mas o impediu continuando: — E que fique claro que isso é um novo começo, então vamos devagar, ok?
— Sim. Do jeito que você quiser, . — Ele sorriu. — Posso dar um abraço em você? — A morena assentiu e levantou, recebendo o irmão em um abraço carinhoso. — Obrigado por aceitar seu irmão idiota de volta.
— Só aceito de volta desde que ele não seja mais um idiota. — Os dois riram e ela se afastou. — Eu amo você, insuportável. — Deu um peteleco na testa de , mania que faziam quando eram crianças. — Agora preciso ir.
— Pode ir, eu pago. — Beijou o topo da cabeça da e a viu partindo, estava feliz por ter o perdão das duas, mas o amor, ele só teria o de .
[...]
— Cabelo de fogo? — gritou ao abrir a porta.
— Eu tenho nome, seu idiota! — Empurrou a sacola que carregava no peito do primo e puxou o namorado pela mão ao entrar no apartamento. — , esse é o adotado da família. , vá a merda.
— Ótima apresentação. — sorriu, apertando a mão do loiro que gargalhava da prima. — , e aí? — Cumprimentou o moreno, que estava no sofá.
— E aí, como estão? — O abraçou a ruiva e ajudou o com as sacolas que ele carregava. — Isso é…?
— Suas namoradas chamaram o grupo para uma reunião, compramos as bebidas e viemos. Elas já estão a caminho.
— Foi rápida, prima. — O sorriu para a ruiva, que o encarou de cara fechada. — É saudade de mim ou alcoolismo?
— Ah, , sempre ótimas piadas, quando vai embora mesmo? — Deu um tapa no braço do loiro e se sentou ao lado do namorado.
— Meu Deus, que frio! — entrou no apartamento com em sua cola e agarrou o moreno para se esquentar. — , cadê seu irmão?
— Ele teve uma reunião hoje, não pôde vir.
— Sinto muito loira, ache alguém para te aquecer.
— A bebida faz o trabalho, não preciso de homem. — A foi até a cozinha buscar taças e uma garrafa de vinho e serviu as garotas. — Vamos começar sem a .
— vai acabar com você, loira. — brindou com as amigas enquanto os garotos deixaram-nas sozinhas para buscar cerveja e começar a conversa masculina na cozinha.
— Oi, gente! — A correu até o grupo e se jogou no meio de todas, tomando o copo da . — Obrigada.
— E aí, conta. — perguntou a morena, que sentou abraçando o próprio corpo.
— Nos resolvemos, somos irmãos e odeio menos ele hoje do que ontem, porém amanhã é outro dia. — Deu de ombros, servindo a si mesma.
— Bom, vamos torcer pelo melhor. Boas notícias nunca são demais. — A Uzumaki sorriu para a porta ao ver as duas amigas sorridentes entrando no apartamento. — E lá vem mais uma.
O grupo olhou para a direção que a ruiva apontou. Muitos olhares incrédulos e interrogativos, porém o de transmitia certa compreensão.
— Como estão, meninas? — sorriu.
— Como nós estamos não interessa, como vocês estão? — levantou de seu lugar e abraçou as duas garotas, sendo seguida pelas outras.
— Estamos namorando! — disse, abraçando a .
— Isso entendemos, mas queremos saber detalhes! — comemorou com ambas.
— E você? — cumprimentou a ruiva. — Não ficou surpresa.
— Para me deixar boquiaberta tinham que pelo menos esconder os olhares. — Abraçou a loira e disse: — Espero que vocês sejam felizes.
[...]
— Do nada o cara parou de responder minhas mensagens — sussurrou para o grupo, mostrando a conversa com o moreno aberta e suas muitas perguntas sem resposta.
— E por que estamos falando baixo assim?
— Porra, , estava tão focada na que não reparou que a ficou com o irmão do ? — olhou para trás, observando os garotos na mesa, entretidos nos próprios assuntos.
— É, e sobre isso, poderia ajudar não é?! — A Uzumaki ajeitou os óculos, olhando para a prima. — Pergunte a seu namorado se há algo que possamos fazer para ajudar esses dois a se resolver. — Abraçou a e continuou: — Olha essa carinha de puta apaixonada… vai deixar nossa safada sem respostas?
— Obrigada pela parte que me toca, cadela. — Empurrou a ruiva e riu, acompanhada das demais.
— Bom, e alguém tem ideia de como eu posso abordar o assunto? — Virou a taça, pronta para ouvir o grupo e colocar em prática algum plano.
— Eu pensei… — A começou, mas se interrompeu, rindo anasalado. — Você sabe, o coloque na parede e pergunte.
— Tipo… agora?
— É! Agora, , antes que eu tenha um derrame! — quase berrou, mas se conteve.
— Ok, ok, ‘tô indo… — Foi se levantar, mas desistiu no caminho.
— ‘Tá tonta, né?! — cruzou os braços e a olhou debochada, recebendo uma afirmação da .
chegou em e o abraçou, ignorou a conversa dos meninos e disse em seu ouvido que queria lhe mostrar uma coisa. sorriu malicioso e seguiu a até o seu quarto; homens, eram tão fáceis. Assim que entraram, trancou a porta e virou para .
— Se queria transar, era só falar. — Ela empurrou ele na cama. — Ok, quer agressivo hoje? — Ele pegou na bunda dela com vontade.
— Por que seu irmão não responde mais a , ?
— Sério? — Largou a namorada e suspirou, revirando os olhos.
— Quer me comer, ? — olhou para ela. — Então começa a falar…
— Ele ficou lá no apartamento, bebendo sozinho… Ele não me falou o que aconteceu, apenas disse que afogaria as mágoas na bebida.
— Puta que pariu, meu cunhado me decepcionou. — sorriu e a puxou pela cintura.
— Cunhado, é? — Lambeu os lábios da modelo, que quase se entregou aos toques.
— Espera, precisamos resolver isso antes — suspirou e pôs seu cérebro para funcionar, após alguns minutos teve um estalo. — Já sei! Me dê seu celular e sua chave.
— Quê? — Franziu o cenho.
— Anda logo, ! — Pegou o celular e apertou para ligar para a portaria do seu prédio. — Libera a … — Entregou o celular para ele de novo, que colocou no ouvido, pegou a chave e foi saindo do quarto, mas voltou a olhar para o fotógrafo. — Não fale nada para o , se não já sabe… — Ela sorriu maliciosa.
assistiu o namorado liberar a amiga na portaria de seu prédio e, quando ele desligou, começou a fazer um coque em seu cabelo.
— Pronto, satisfeita?!
— Super… — Ela foi ajoelhando devagar, com os verdes cravados nos olhos negros de . Sorria de maneira libidinosa, a língua dela passando pelos lábios tirou tanto a atenção dele que nem notou que sua calça estava sendo aberta. percebeu que a ereção ainda estava se formando, então o estimulou com a mão.
— O que está… 'hm…
— Agradecendo… — Engoliu seu pau por completo, sentiu a glande em seu céu da boca e o rosnado de foi ouvido. Chupou, da base a ponta, onde lambeu, contornando a cabeça, divertindo-se com as expressões do moreno, que estava completamente entregue. — Gostando?
— Continua assim, linda… — Sentiu a mão de em seus cabelos e apesar se gostar de tê-lo fodendo a sua boca, naquele momento ela estava gostando de mandar, então tirou sua mão e o sugou. — Ah, céus, . — Ela começou a masturbá-lo com a mão esquerda, e usou a direita para arranhar sua barriga, sabia que ele adorava.
— Vai, , deixa eu engolir você, goza… — sentiu seu corpo responder a obscenidade; seu orgasmo se formando na base de seu pênis, os músculos rígidos e as mãos apertando a beirada do colchão. sugou e lambeu com mais intensidade, enquanto acelerou a masturbação. O gemido rouco veio mais alto e encorpado, sentiu o pau de vibrar na ponta de sua língua, sabia que ele iria gozar.
— , eu vou…. — Ele segurou a cabeça dela e, neste momento, começou a gozar e empurrou seu pau até onde dava na boca da , que já tinha lágrimas no canto dos olhos e assistiu o verdadeiro ápice do prazer de e se deliciou com o momento; estava encharcada, tinha certeza disso. Ele se jogou para trás, caindo no colchão.
Ela levantou, limpando a boca e sorriu satisfeita com sua performance. Mordeu o lábio quando a encarou com os olhos mergulhados em luxúria.
— Eu já volto, , e quando eu voltar, você vai me comer forte e bruto — falou, olhando ele pelo reflexo do espelho enquanto arrumava o cabelo. Saiu do quarto depressa e apareceu no corredor chamando as meninas discretamente, todas quase correram até .
— E aí? — perguntou, nervosa.
— Eu adoro como vocês são discretas. — revirou os olhos.
— Você demorou! — rebateu.
— Essa vagabunda ‘tava pagando o serviço, olha a cara dela. — riu.
— E quero voltar logo pra lá pra terminar de agradecer. — Voltou-se para . — Coloca aquela roupa, loira, e vai buscar o que é teu. — Puxou a mão da amiga e entregou a chave. — ‘tá em casa, liberou você na portaria.
— Obrigada, .
— Vai logo, garota! — deu um tapa na bunda da loira, que correu até seu quarto.
tirou a roupa do armário, a toalha, e correu para o banheiro. Tomou uma ducha rápida, mas detalhada, e vestiu-se colocando o sobretudo preto por cima do look. Suspirou nervosa e quase voltou atrás outra vez. Sua curiosidade insistia que ela deveria investir, mas seu receio de não saber o que exatamente o moreno queria, o porquê se afastou, e sua pouca experiência com namoros, a apavorava.
Saiu em um rompante do pequeno cômodo, dando de cara com muitos pares de olhos arregalados. As amigas faziam plantão no corredor esperando a loira, que bufou indo até o quarto e sendo acompanhada por elas. Sentou na cama e rapidamente uma taça apareceu à sua frente.
— Toma, coragem! — A acariciou seu ombro entregando uma taça a ela, e tomou o conteúdo de uma vez.
— Se ele estiver com outra?
— te mandaria em uma missão assim? — revirou os olhos.
— E se ele se negar conversar?
— Mostra o que há debaixo desse sobretudo e o faça entender que é nossa loira furacão, não tem o que você não consiga, ! — olhou no fundo dos olhos azuis e tomou a taça de sua mão.
— Faça o que sabe fazer de melhor, amiga, conquiste ele de uma vez. — ajudou a loira a levantar. — , certamente é um engano, e se esse cara não perceber o que ele está perdendo, garota…
— Você com certeza se livrou, amiga — terminou a frase da e deu a chave do apartamento do moreno para a , que sorriu.
— Certo, o que eu posso fazer? Quem tem algo a perder é ele. — Deu de ombros, reconquistando a confiança que sempre foi admirada por todas.
— Loira fatal? — A ruiva balançou o telefone no ar. — Sua limusine chega em dois minutos.
— Limusine? Exagerou, !
— É modo de falar, lesada! — Empurrou a para a porta, sendo acompanhada por todas.
A loira desceu até a portaria e poucos minutos depois entrou no carro que a Uzumaki chamou para si. O caminho não era longo, o que foi perfeito, pois mais um pouco desistiria e voltaria para casa, beberia até desmaiar e esqueceria tudo que pensava sobre a ausência de . Suspirou ao descer, dando um boa noite para o motorista e na portaria avisou quem era, sendo permitida a entrada; tomou o elevador e contou várias vezes até dez tentando acalmar seu coração que batia de forma desesperada e descompassada.
deu alguns passos pelo corredor, ouvindo o salto fino estalar no piso claro marmorizado. Parou em frente ao número que disse e respirou fundo, decidindo se bateria ou entraria de uma vez; não tinha nada a perder. Pegou as chaves e colocou na fechadura, girou duas vezes e abriu uma pequena fresta na porta, dando de cara com o cômodo escuro, iluminado apenas pela televisão ligada. Entrou batendo a porta atrás de si e finalmente teve a atenção do moreno.
— … o que está…
— …
— , não me diga que quer terminar o que nem começamos… — Ela o interrompeu e, antes mesmo que ele pudesse dizer qualquer coisa, continuou: — Não acredito que fiz isso. — Levou as mãos ao rosto e sentiu uma vontade imensa de chorar, sentia-se uma idiota. a abraçou; os braços grandes a cobriram e aqueceram, ela sentiu falta daquele calor que só ele tinha, mas mesmo assim o empurrou e começou: — Melhor eu ir embora…
— Ei, não… venha cá. — Puxou-a pela mão e acendeu o abajur que ficava ao lado do sofá; olhou bem o rosto da loira a suspirou. — Me desculpa ter sumido, não queria ter feito isso, , mas eu vi…
— Eu sei, me viu discutindo com .
— Quis te dar espaço, eu estava completamente entregue a você e senti que não podia entrar em algo que podia ser pela metade. — A abriu a boca minimamente, não acreditando no que estava ouvindo.
— Você me deixou uma semana sem contato porque achou que eu ia voltar com meu ex do ensino médio? — A se exaltou. — !
— esqueceu de adicionar esse detalhe. — Ele riu sem graça.
— Por que não falou comigo? Me perguntou sobre ele? — O moreno não sabia o que dizer, comportou-se como uma criança, mas ele nunca tinha sentido o que sentiu por ela. — Eu fui conversar com pra dizer que não queria nada que ele tinha a me oferecer, porque eu tô apaixonada por você, idiota! — Nem notou as palavras saindo de sua boca, apenas deu tapas no ombro do homem à sua frente, que começou a rir. — Do que está rindo?
— Eu também estou apaixonado por você, . — Ela ficou olhando para ele, piscou algumas vezes e finalmente assimilou o que tinha acabado de acontecer. Os dois foram de encontro um com o outro, os lábios se encontraram e um abraço cheio de sentimento os confortou. — Esse sobretudo já pode sair novamente do seu corpo, baby. — Os dois riram e voltaram a se beijar.
[...]
saiu de mansinho do quarto para atender seu telefone, pois não queria acordar , que dormia tranquilamente.
— Alô?
— Oi, meu filho. — ficou em silêncio por alguns segundos, tentava entender como sua mãe tinha conseguido seu número, mas, claro, isso era o de menos para os Uchihas. — ?
— Oi, estou aqui.
— Queria convidar você e o para jantar comigo e com seu pai. — Ele estava um pouco perdido com o convite inesperado.
— ? — Tentou jogar a pergunta como quem não queria nada.
— Sei que está morando com ele, meu filho, faz anos que não nos vemos. — A mulher era boa no quesito chantagem emocional. — Sinto falta dos meus filhos, por favor?
— Não sei se o … — Viu aparecer na sala com nada mais que sua camiseta dos Arctic Monkeys, coçando os olhos, cabelo bagunçado e o bocejo que a dominou. Sorriu, perdendo completamente o foco da conversa no celular.
— Convença-o, sei que consegue. — A mulher falou com uma voz mais segura, mas logo mudando para uma mais doce. — Podemos ter uma noite em família mais uma vez.
— Certo, vou falar com o .
— Obrigada, meu filho.
desligou o celular e foi até a loira, beijando os lábios e em seguida o pescoço.
— Bom dia.
— Bom dia, … — Ela sorriu e se enfiou no peito do homem. — Vamos voltar pro quarto, ‘tá muito cedo… e frio. — Foi puxado novamente para baixo das cobertas e se agarraram, ficando abraçados.
[...]
Deixou que a mão feminina se soltasse do aperto que mantinha e pediu para que a garota sorridente sentasse em um banco de madeira antigo da praça em que caminhavam. A tarde caía de forma graciosa no céu, fazendo com que as nuvens, geralmente carregadas do inverno, tomassem tons pastéis, pintando o espaço atrás de sua musa.
— É para alguma campanha, amor? — Sorriu olhando para o lado, mantendo as mãos sobre o colo e uma pose que não combinava tanto consigo: a de uma menina apaixonada.
— É para meu acervo pessoal, linda. — Abaixou-se, mantendo no foco entre as muitas flores que ainda persistiam e embelezavam a paisagem mesmo com o rigoroso tempo. Deu dois cliques e levantou-se, sorrindo para a imagem que tinha acabado de capturar.
Deu a mão a , puxando-a para si e selou os lábios nos seus. Estava no clima perfeito para uma sessão de fotos e muitos carinhos em torno do parque próximo ao apartamento de .
— O que acha de uma nossa agora?
— Está incomodada? Achei que fosse a profissional, não eu.
— Disse que é para o seu acervo pessoal, pode me dar essa se não gostar. — Tomou o rosto masculino quando a câmera foi apontada para si. Beijou o rosto do ouvindo o clique; sorriu, mantendo a proximidade e ouviu mais um. No último o virou para si e beijou seus lábios de maneira apaixonada. — Sei que vão ficar perfeitas.
— A modelo ajuda. — Tomou a cintura da e guardou sua câmera na bolsa transversal que carregava.
— Vamos para o meu apartamento? — olhou algo no telefone e virou para o . — Seu irmão está levando para casa e quer falar com você.
— Certo.
Segurou sua mão e seguiram para a saída do parque, a poucas quadras do apartamento da . Os passos calmos e a tranquilidade daquela tarde de domingo não se pareciam com nada que sua vida fora até ali. estava acostumado com o caos, as brigas, o sentimento de posse, dinheiro e poder. Aproveitar uma única tarde em paz, era um luxo que ser de uma família como a sua nunca permitiria.
Tudo em sua vida havia se tornado diferente a partir do momento que ela apareceu na boate, quando o chamou de estúpido por ter sido o que normalmente era antes dela. Sorriu por não se imaginar apaixonado pela garota de uma noite, que se tornou a mulher que trabalhava consigo e, futuramente, uma transa casual e sem amarras. Ambos pareciam se desagradar de rótulos, porém o que não estava previsto aconteceu, os dois eram culpados. Não apenas dos sorrisos que trocavam ao caminhar sem dizer palavra alguma, ou pelo apego insano que acometia os dois, muito menos pelas palavras confortáveis e o clima ameno de quem poderia ser exatamente como era ao lado um do outro.
Subiu os andares até o apartamento da , que abriu a porta e deu passagem ao moreno. De cara notou que não era sorte o que tinha com , era a porra de um intervalo delicioso entre as merdas que sua família o enfiava.
— . — A face séria do irmão e os olhares significativos de que deveria o acompanhar imediatamente não o impediram de calmamente despedir-se da garota sorridente ao seu lado.
— Tenho que ir, . — Um breve selar de lábios em , e um cumprimento à , e o mais velho deixou o apartamento, esperando no corredor.
— Até mais, linda. — Beijou sua testa e rapidamente acompanhou o .
[...]
— Sabe o que aconteceu aqui? — fechou a porta e seguiu até a cozinha buscando um copo d'água, e sentou-se ao lado da .
— está assim desde um telefonema. — observava a porta fechada, imaginando mil coisas, mas logo afastando-as rapidamente. — Ele acordou mais cedo e saiu do quarto, imediatamente eu acordei e não queria ouvir nada, mas ele falou várias vezes o nome do seu namorado e que iria falar com ele.
— Com o ?
— Sim, eu não sei o que era, mas o quis manter o clima o mais normal possível, porém era nítido que algo o incomodava, quando ele pediu para que eu mandasse mensagem para você, eu tive certeza. — Tomou o copo da amiga e bebeu um pouco do conteúdo. Curiosa, apenas naquele momento reparou na roupa bonita que a usava. — Ei, conta, o que estavam fazendo?
— Fomos ao parque tirar algumas fotos.
— Para qual campanha?
— Nenhuma, fotos nossas, normal. — Levantou-se, imaginando quando aquilo viraria contra si. não deixaria barato um…
— Ensaio de casal? — Gargalhou escandalosa, debatendo-se no sofá. — Por Deus, eu nunca na minha vida imaginei que você faria um ensaio assim antes da !
— Nossa, nem é para tanto.
A loira se ajeitou no estofado, deixando a risada de lado quando teve uma ideia.
— Se ficarem boas, vou pedir para o fazer um ensaio meu com o … — Os olhos azuis brilharam. — Imagina, que fofo!
[...]
Entraram no apartamento da mesma forma que fizeram todo o caminho até ali, em um silêncio mortal. tomou o caminho até a cozinha e buscou os copos baixos com gelo e a garrafa de seu mais caro whisky, pois se ouviria a péssima notícia que o irmão tinha para dar, não seria sóbrio que faria isso.
— Posso? — O mais velho serviu uma dose para si enquanto assistia virar o conteúdo de uma vez. — descobriu meu telefone.
— Eu sabia que um bom dia na vida de um não duraria muito. — Abriu a garrafa, servindo mais uma vez uma dose para si.
— E pode piorar, acredite. — Desta vez, virou tudo sem cerimônia.
— Vindo de qualquer um deles, é a única opção, não é?!
— Ela já sabe que eu estou morando com você e quer jantar conosco como, segundo ela, uma família.
— Então, qual foi a missão que nossa mãe incumbiu a você? Me drogar, sequestrar e me levar para aquela mansão ou uns milhões em sua conta se conseguir me fazer aparecer na hora e no local indicado?
— Ela me pediu para convencê-lo. — Olhos escuros e raivosos se encaravam, ambos mantinham a voz calma e, para quem não conhecia, o mais normal possível.
— E como você aceitou isso, ? Esqueceu o que passamos com esses dois?
— É mais simples do que imagina, irmãozinho. — Deu uma longa pausa ao terminar de beber o líquido amadeirado em seu copo. — Eles já descobriram sobre nós e se não cedermos um pouco, vão atrás das garotas.
entendeu imediatamente o irmão. Se eles não suportavam o peso que a família exercia em suas vidas, garotas como e não teriam a menor chance. Imaginou a mãe com muitas perguntas de duplo sentido, histórias que suas babás contaram de ambos os filhos, como se ela estivesse presente em algum momento de suas infâncias, ou o palavreado bonito que em entrelinhas afirmaria que a escolha de ambos não poderia ser mais errada. Mais uma vez estava encurralado pelos pais e não poderia culpar . e o encontrariam no fim do mundo. No inferno então, nem se fala, aquele lugar era território deles.
— Porra… — gemeu ao relaxar o corpo no sofá.
— Quando eu ainda estava no telefone com , apareceu na sala e me fez aceitar de imediato a missão de convencê-lo. Sei que é pior para você, mas peço que leve em consideração que eles devem ficar o mais longe possível de nossas vidas.
— Ela provavelmente já sabe, por isso sugeriu o jantar — suspirou profundamente, imaginando o tamanho do problema que se aproximava.
— Eles não jogam para perder.