Tamanho da fonte: |

Codificada por: Cleópatra (Mari)

Última Atualização: 12/09/2024
desceu do uber carregando uma pequena mala e sorriu ao ver que já estava sendo esperada na porta. Rapidamente virou para trás, agradecendo ao motorista e chegou na porta da casa, dando um selinho em seu suggar daddy. O homem deu espaço para ela passar e então ela caminhou até o meio da sala elegante e contemporânea da casa que valia milhões. Ao olhar para o topo da escada, viu a mulher, que usava apenas um robe de cetim enquanto segurava duas taças de champanhe em suas mãos, lançando um olhar quase enigmático, mas que a sabia bem para o que a convidava. Subiu cada degrau com classe e paciência, pegou a taça da mão da mulher e o líquido borbulhante desceu por sua garganta, refrescando-a da viagem que tinha acabado de fazer. Depositou um beijo nos lábios dela e sorriu de maneira tão safada, que o homem conseguiu identificar seu sorriso do andar de baixo.

— Quer que leve sua mala, bae? — O homem viu ela afirmar com a cabeça, enquanto ia em direção ao quarto, abraçada com sua esposa.

Ele subiu levando a bagagem e ao chegar na suíte, viu tirando suas roupas e entrando no chuveiro, que tinha vista para o quarto devido a grande parede envidraçada que separava os cômodos. Olhou bem o corpo escultural da garota e logo viu sua mulher se juntar a ela; as duas encenavam um beijo ardente enquanto a água corria pelos seus corpos nus. Ele caminhou até o banheiro e a cada passo que dava, sentia seu pau endurecer cada vez mais. Não perdeu tempo e abraçou as duas, entrando naquele amasso, que parecia tão gostoso e que agora tinha certeza de que estava, pois fazia parte dele.

Depois de um banho, um sexo a três cheio de saudade e mais um banho, os três conversavam sentados à mesa de jantar, apenas de robe, após comerem um delicioso macarrão italiano naquele fim de noite. contava como tinha sido sua viagem e o desfile para uma das marcas mais famosas do mundo. A era modelo fotográfica e de passarela, já tinha viajado o mundo quase todo, entretanto, o seu lugar sempre seria Paris, a cidade da moda. Toda vez que ela voltava de viagem, ela ia direto para a casa dos ’s; já era costume. O casal sentia tanta falta dela que a recebia com as maiores mordomias, não que não fosse assim sempre, mas digamos que era bom estar em casa, como dizia.

— Vai passar o fim de semana aqui, meu bem? — A mulher perguntou.

— Infelizmente, não, . Tenho compromisso amanhã.

— Você não tem folga mesmo… — O homem riu, servindo mais vinho nas três taças.

— Gosto de ser requisitada, , mas gostaria de passar mais tempo com vocês. — fez um bico e deu um gole em seu vinho. — Então vamos aproveitar o tempo que ainda nos resta? — sorriu em concordância e se inclinou, beijando o pescoço dela, fazendo fechar os olhos aproveitando o toque em seu seio que agora recebia da mulher. Os dedos da apertavam o mamilo já rijo da modelo, fazendo um gemido escapar de sua garganta. Logo em seguida ela sentiu outra mão em sua barriga, desatando o nó do robe que usava. Olhou para o lado e viu já sentado do seu outro lado; a mão grande do homem desceu pela sua barriga e quanto mais ele descia, mais as pernas da abriam involuntariamente. Os dedos do homem entraram entre os lábios já molhados e fizeram pressão no ponto de prazer; os lábios dele beijavam seu pescoço e logo a língua lambeu seu lóbulo, raspando os dentes ali em seguida.

já respirava de maneira pesada. Ela levou uma mão para cada corpo; uma deslizou pelo de , retirando completamente o robe, enquanto a outra entrou por baixo do tecido que cobria e pediu implicitamente para que ele levantasse, apenas para engolir o membro pulsante dele.

— Pelo jeito ainda está com fome, bae. — O falou em um tom provocante. Os olhos verdes o olharam de baixo de maneira indecente, então ela o tirou da boca apenas para circular sua língua pela glande e em seguida descer até a base para voltar a abocanhá-lo. já gemia com os dedos da modelo a estocando, então seu marido captou seus gritos com uma beijo e logo sentiu seu corpo dar sinal de um orgasmo. — Vamos subir, sim? Quero gozar dentro de você. — O homem sussurrou no ouvido de , que adorou a ideia.

— Vamos, que eu quero chupar você até gozar na minha boca, . — A garota umedeceu os lábios e os três subiram se agarrando para o primeiro andar. As duas mulheres já se beijavam loucamente em frente aos olhos atentos do . jogou no colchão e, assim que colocou um joelho de cada lado dela, sentiu Fukagu passear suas mãos pelo seu corpo, o que a levou a tombar a cabeça para trás, encostando no ombro do homem, e seu corpo esquentou rapidamente. — Ah, … — Os dedos compridos invadiram sua boceta de maneira ágil e sentiu suas pernas tremerem. abriu os olhos e viu mordendo o lábio enquanto se tocava ao ver os dois. A modelo já sabia que eles adoravam um bom voyeurismo, talvez tenha sido essa a ideia ao ter uma suggar baby há meses, e para isso era ótimo, já que adorava se exibir.

— Vamos, bae, goza… goza para nós. — já sentia seu clitóris pulsando e logo ele foi estimulado com movimentos circulares. Fukagu mordeu seu ombro e massageou o seio esquerdo da garota. Os gemidos deixavam a boca dela cada vez mais agudos e o último grito foi dado quando explodiu-se em um orgasmo.

— Linda… — acariciou as coxas da , que ao se recuperar, conseguiu fazer o que queria. Chupou os seios da , circulou o mamilo com a ponta da língua, recebendo o ronronar da mulher e desceu pela barriga chapada enquanto apertava o quadril dela com força. Enfiou a língua na intimidade dela, sentindo o gosto doce tomar conta de sua boca enquanto massageava o próprio seio em busca de aplacar o prazer. pegou uma camisinha na mesa de cabeceira e voltou para trás de , pincelando sua entrada e a penetrou devagar, rosnando a cada centímetro que era posto para dentro. Os três gemiam envolto aquela sensação avassaladora do sexo, o barulho obsceno e o suor escorrendo pelos corpos, denunciava o quanto estavam dedicados a dar e receber prazer. O ápice de cada um chegou de maneira deliciosa, os deixando extremamente cansados, mas ainda sim, satisfeitos e com seus corpos vibrando.

— Por hoje é só… — sussurrou, ainda um pouco ofegante.

— Concordo, amor. — O beijou sua esposa, que estava deitada ao seu lado, e em seguida depositou um beijo na testa de , que se encontrava deitada do outro lado. — Amanhã temos mais de você?

— Só se for uma rapidinha de manhã. — Ela riu de modo pervertido, deixando os dois felizes.

O casal era um casal conhecido pela alta sociedade na França. era dono do maior escritório de advocacia do país, e tinha sido uma grande modelo quando tinha a idade de sua suggar baby. Foi assim que se conheceram, em uma festa da agência da que, por um acaso, também tinha sido a da , que foi convidada para a tal festa. A ex-modelo viu potencial em e então decidiu apresentar ao seu marido; com o tempo o casal se interessou por ela e marcaram um encontro. Desde então, já fazia 1 ano e alguns meses que a era a suggar baby do casal; bem paga, bem comida e muito bem mimada.




deixou a casa dos s perto da hora do almoço e correu para o seu apartamento; precisava escolher uma roupa para o aniversário da sua melhor amiga, , que morava consigo. também era moradora do apartamento das delícias, como elas costumavam chamar, só que ela não participaria da tarde da beleza já que estava trabalhando. Chegou em casa e viu a loira na cozinha preparando o almoço. Ela lançou um olhar reprovativo para a , que apenas a abraçou por trás pedindo mil desculpas e foi direto para o seu quarto, onde trocou de roupa e voltou para a sala, que era conjugada com a cozinha.

— Me desculpe, acabei me atrasando, . — fez um bico.

— Tudo bem, nada que eu já não esperasse, ‘né, vagabunda? Seus “sugar parents” são mais importantes. — A loira revirou os olhos, fazendo aspas com os dedos.

, eu dormi demais.

— E transou demais também, já sei. — A apenas bufou. — Venha logo me ajudar, temos apenas uma hora para almoçar e ir para o salão.

tinha um contrato com os s, nem mesmo sabia quem eram eles, coisa que deixava a loira irritada. No entanto, essa era uma das cláusulas, ela não poderia revelar o nome deles, afinal, uma família tão conhecida pela mídia com uma suggar baby seria um escândalo nacional. As duas almoçaram e foram para o salão de beleza, a queria estar perfeita em seu aniversário que seria no dia seguinte, mas comemorariam na virada em uma boate famosa e extremamente seletiva de Paris. Ter contatos era ótimo, principalmente para conseguir entradas para shows, passes vips em boates, bebidas de cortesia, roupas de lojas famosas, entre outras coisas.

e se conheceram na seleção da agência, que agora trabalhavam, não se desgrudaram durante todo o processo seletivo. Quando tiveram que ir em busca de um local definitivo para ficar, que não fosse o alojamento da agência de modelos, decidiram por irem morar juntas. Convidaram também a , que já era amiga de infância da , também era uma das modelos mais bem pagas de todo o país, com seus olhos únicos cor violeta, e três anos depois a convivência ainda era tranquila e divertida.

Elas adotaram uma a outra como irmã, apoiavam-se em todas as questões da vida, estavam sozinhas na cidade grande, então só tinham uma a outra no dia a dia. Com os cabelos prontos e unhas feitas, chegaram em casa encontrando quase pronta. Então colocaram as roupas que tinham escolhido para a ocasião e partiram para a boate, que era no centro da cidade; marcaram de encontrar o restante das amigas na frente do lugar. Quando desceram do uber, já notaram as beldades que eram suas amigas, esperando por elas três.

, que tinha estudado na mesma escola que e , hoje era designer de joias para uma empresa de alta classe. No Sabaku, doutoranda em diplomacia, irmã do melhor amigo do irmão da , o que nos trás até a última que estava ali, , cientista e prima de . O grupo acabou se unindo a anos atrás e agora era um só. Abraçaram-se e entraram na boate ao dar os nomes para o segurança; ficaram extasiadas com tamanha beleza do lugar. Não era qualquer boate, era uma das melhores da cidade e ela fazia mesmo valer o título.

— Vamos esquentar, meninas? — sorriu travesso e foi caminhando até o bar, sendo acompanhada pelas amigas. Beberam algumas doses e finalmente foram para a área vip, onde sentaram em uma mesa e pediram alguns drinks e conversavam alheias a qualquer um em volta delas. Estavam se divertindo como há muito tempo não faziam, o trabalho de todas era um tanto quanto desgastante e mal tinham tempo para ver seus amigos.

— Eu estou pronta para um bom desafio — falou. Ah, é, os desafios do grupo. Uma prática que elas sempre faziam quando saíam juntas, adoravam um bom jogo e se arriscar era a especialidade delas.

— Certeza que já bebeu o suficiente, Sabaku? — brincou.

— Bom, caso não tenha, eu peço mais uma rodada. — levantou o braço e pediu mais doses e drinks ao garçom.

— Eu desafio você… — colocou a mão no queixo — a dançar em cima dessa mesa. — Apontou para a mesa que havia no meio dos sofás em que estavam sentadas.

— Fácil demais, . — subiu na mesa e começou a dançar de maneira sensual, como se estivesse seduzindo a aniversariante, passou a mão pelo corpo e sorria de maneira safada. Todas gargalharam ao ver a Sabaku descer da mesa e sentar no colo de depositando um selinho nela, deixando a loira completamente sem ação. — Na próxima, algo mais difícil.

— Vamos começar assim já? — falou. — A parece muito quieta hoje…

— Estou apenas olhando o movimento…

— Ela deve estar com os sugars na cabeça.

— Céus, , pare de ser ciumenta! — Todas riram.

— Você só está transando com esses coroas? — perguntou e a apenas revirou os olhos, virando outra dose. — Ah, não, . — A ruiva olhou ao redor procurando algo, e então viu um homem sentado no bar, sozinho. — Eu te desafio… a beijar aquele cara ali.

— Eu não vou sair beijando qualquer um, 'né? — arqueou a sobrancelha.

— Ele é bem bonito, pelo que pude ver quando fui pedir sal para as tequilas. — A comentou.

— Vai, ! É um desafio, você tem que cumprir. — falou animada. — Além de ser meu aniversário!

— Ainda não, faltam… — olhou o celular — 34 minutos. — A revirou os olhos.

— Vai logo! — A Uzumaki vociferou.

levantou, rolando suas orbes verdes e virou mais uma dose. Chegou no balcão do bar e olhou discretamente para o homem e constatou que ele era realmente bonito. Bonito não, lindo, os fios pretos caindo pelo rosto, os olhos também escuros, a pele branca, nariz arrebitado e os lábios desenhados. A mordeu o lábio e nem notou que passou tempo demais analisando o rapaz, atraindo a atenção dele. Ela virou o rosto rapidamente e chamou o barista para pedir um drink. Sentou no banco que havia ali e cruzou as pernas, o barman trouxe seu drink e ela agradeceu dando um gole no líquido.

— Está sozinho?

— Sim, e pretendo continuar. — arregalou os olhos com a grosseria e o homem ao perceber que tinha passado do limite, se desculpou. — Me desculpe, não estou em um bom dia.

— Não precisa ser estúpido por estar em um mal dia. — Ela levantou irritada e começou a caminhar.

— Ei, espera. — respirou fundo e virou para ele, que agora sim via a mulher exuberante que estava diante de si. — Uau… Você… é linda. — A modelo corou, perdendo toda a sua pose de irritada, desviando os olhos para um ponto qualquer que não fosse ele. — Me deixe pagar um drink pra você.

— Já estou bebendo um. — Ela mostrou o copo.

— Deixe eu te acompanhar então. — Ele insistiu e ela ficou indecisa, mas tinha um desafio em questão, então voltou e sentou ao lado do moreno. — Meu nome é .

.

Os dois acabaram bebendo mais drinks do que esperavam, conversavam sobre trivialidades e o quanto a vida era mesmo uma vadia. Ele realmente estava em um péssimo dia, mas parecia que a tinha chegado para alegrar a sua noite; ela o convidou para se juntar às suas amigas e depois de muito insistir, o homem aceitou. acabou comemorando o aniversário da junto com elas, beberam além do recomendado para se lembrar do que tinha acontecido no dia seguinte. Sua noite mudou da água para o vinho e beijou a mulher mais linda que ele já tinha conhecido, segundo a sua concepção. o acompanhou até o apartamento dele e fez tudo o que não costumava fazer: dormir na casa de um estranho, no entanto, não reclamaria, foi uma noite e tanto.

Com a maior das ressacas, fugiu logo cedo da cama do tal do , chegando em casa apressada. Entrou em seu quarto e encontrou e dormindo em sua cama, passou direto para o banheiro e tomou um banho rápido. Voltando ao quarto, foi em busca de uma roupa em seu armário. Caso ela não chegasse ao estúdio a tempo, seu empresário daria um belo de um discurso sobre horários, coisa que ele não tinha muita moral para falar.

— Não precisava ter dormido com o cara, prima.

— Céus, ! Que susto! — deu um sobressalto, olhando para trás com a mão em seu peito.

— Ela tem razão. — riu, ajeitando-se melhor na cama para olhar para a amiga. — Mas como foi?

— Foi uma ótima foda...

— Mas? — perguntou, como se completasse a frase.

— Espero não vê-lo nunca mais, vocês bem sabem…

— Contrato. — As duas falaram em uníssono e a deu de ombros.

— Você não pode ter relações sexuais? — A Sabaku questionou.

— Claro que eu posso ter relações sexuais... e românticas, mas, não quero tornar as coisas...

— Complicadas… — rolou os olhos, completando a frase da prima.

— Está bom assim do jeito que está, eu gosto de ser solteira. Pra mim é mais que um estado civil.

— Já ouvimos essa conversa antes. — levantou apenas de lingerie e foi para o banheiro.

— Vocês não… — A apontou para as duas e balançou a cabeça em negativo antes dela terminar a frase. — Preciso ir. — terminou de abotoar a camisa que usava.

— Onde você vai? — perguntou.

— Tenho ensaio fotográfico — respondeu mais alto por já estar no corredor.

— Amém maquiagem, viu?

— O que quer dizer com isso? — voltou ao quarto, lançando um olhar assassino para a prima.

— Nada. — sacudiu a cabeça negativamente várias vezes.

A deixou o apartamento e pegou um uber para ir direto ao estúdio, desceu no local onde seriam as fotos e seu empresário, Kakashi Hatake, já estava esperando-a na entrada. Foi direto para a maquiagem, depois figurino e por fim a maquiadora dava retoques enquanto ela já estava no fundo branco aguardando. Quando olhou para frente seus olhos se arregalaram, o destino resolveu brincar com ela da pior forma que poderia. O fotógrafo aproximou-se dela, tirou uma mecha de cabelo de seu rosto, olhando intensamente dentro dos olhos verdes surpresos, e engoliu em seco; os assistentes saíram da volta dela, deixando os dois a sós para que ele a orientasse para as fotos.

— Prazer, , meu nome é e eu serei seu fotógrafo hoje.

Merda!

A vida era mesmo uma vadia.


estava incrédula que o novo fotógrafo da agência era o homem que ela tinha dormido na noite passada. Qual era a probabilidade? Após a sessão de fotos, foi direto para o seu apartamento, ela ainda estava no corredor do prédio quando ouviu risadas e imaginou que todas as garotas estavam ali. Apressou os passos e abriu a porta de supetão, chamando a atenção de todas as suas amigas.

— Vocês não vão acreditar. — disse, recebendo vários cenhos franzidos. — O homem que transei ontem, ele é o novo fotógrafo da Stars Model.

— Você 'tá de sacanagem! — exclamou. — Qual a probabilidade?

— Foi o que eu pensei. — A fechou a porta e entrou, jogou sua bolsa em uma poltrona e foi até a geladeira, pegando uma cerveja.

— Talvez seja a sua oportunidade de se livrar dos… — começou.

— Não quero me livrar deles, gosto da mordomia, dos mimos e do sexo. — A a interrompeu.

— Eu queria muito saber se esses coroas são tão gostosos como você diz. — comentou.

— Voltando ao que eu estava dizendo — continuou , rolando os olhos —, é o novo fotógrafo, e eu não sei o que fazer.

— Você não precisa fazer nada, , vocês foderam, e daí? — disse o óbvio. — Apenas siga trabalhando, você já dormiu com seu empresário, o que seria pior que isso? — Todas gargalharam.

— Mais de uma vez. — completou e recebeu uma almofada no rosto enquanto ainda riam. — Relaxa.

— Ele é meu empresário também, vale ressaltar. — comentou.

— Pois é, a não dormiu… Espera aí. Você não dormiu com ele? — franziu o cenho.

— Isso é realmente estranho. — falou levando todas a rir.

— Vocês são mesmo muito engraçadas. — A torceu os lábios.

As seis passaram a tarde do domingo juntas, bebendo cerveja, comendo besteira, e no final da noite, empanturraram-se com uma pizza gigante. Modelos também comiam o que não deveriam às vezes, porém, elas teriam que correr atrás do prejuízo no dia seguinte na academia, e foi o que fizeram. De manhã cedo, , e estavam correndo na esteira enquanto conversavam sobre qualquer besteira, já que estavam uma ao lado da outra. Até que recebeu uma ligação, colocou os fones sem fio e atendeu.

.

— Olá, , aqui é a Kurenai da Stars Model.

— Bom dia, Kurenai. Em que posso ajudar?

— Requisitaram você na campanha da revista Mood em Milão, o photoshoot vai levar uma semana.

— O quê?! — nesse momento parou a esteira e recebia olhares intrigados das duas amigas.

Você está disponível para o dia 14?

Claro!

— Ok, obrigada, . Vou enviar sua passagem e mais informações por e-mail.

Eu que agradeço, Kurenai. Até logo.

Explicou para as amigas o que tinha acontecido e elas ficaram muito felizes pela amiga. continuou seu exercício e quando elas terminaram, foram almoçar em um restaurante vegano que tinha próximo da academia e do apartamento delas. Assim que a chegou em casa, foi checar seu computador e constatou que a viagem seria na semana que tinha um jantar com seus daddys, reclamou mentalmente, mas nada na vida dela era tão importante quanto o seu trabalho.


[...]


acordou cedo naquele dia, não que tivesse que bater ponto na agência, mas gostava de ir lá de vez em quando, afinal, quem não é visto, não é lembrado. Ela saiu do quarto e encontrou suas amigas igualmente arrumadas para irem até a Stars Models. Saíram de casa em direção a cafeteria que ficava em frente ao trabalho delas; aquela semana tinha sido uma loucura e ninguém tinha ido às compras. Entraram no estabelecimento e sentaram em uma mesa próxima a janela de vidro, fizeram seus pedidos e aguardaram.

— Olha só se não é o boy da . — falou e as outras duas acompanharam com o olhar, vendo no balcão.

— Para com isso, , ele não é nada meu. — As duas riram e a ficou ainda mais emburrada. Começaram uma pequena discussão, sem nenhum fundamento, sobre o quanto a tinha gostado de dormir com ele já que tinha passado a noite fora.

— Olá, meninas. — Ouviram a voz masculina e pararam de falar na mesma hora, voltando seus olhos ao , que agora estava em frente a elas. — Está tudo bem?

— Sim, está. — respondeu ríspida, cruzando os braços.

— Depois quero falar com você. — Os olhos negros foram até os verdes. — Surgiu uma campanha e indiquei você como modelo. — Ela não soube o que falar, ficou ali estática tentando entender o motivo dele ter feito aquilo. e acompanhavam toda a conversa com os olhos vidrados, como se piscar fosse fazer com que perdessem algo no ar. — Estarei no estúdio 7. — virou as costas e saiu, e o silêncio tomou conta da mesa.

— Eu falei, boy dela. ‘Tá até indicando 'pros jobs comentou, recebendo o revirar de olhos de e um dedo do meio. Os pedidos foram postos em cima da mesa e elas agradeceram a garçonete.

— Admita que está rolando algo e deixamos as brincadeiras de lado por uma semana. — sorriu para a loira e sabia que aquilo era uma mentira esfarrapada, admitindo ou não algo que só existia na mente das amigas, seria perturbada até na hora de dormir.

— Parem com a palhaçada e arrumem o que fazer.

— Se eu estivesse sentando no fotógrafo, certamente teria arrumado um trabalho. — Esquivou de um tapa da , pegando seu sanduíche, o copo grande de café e deixou o lugar saindo pela porta da cafeteria às pressas.

é uma vaca…

— Pode até ter ficado chateada, porém ela não está errada. — Ergueu as mãos, em sinal de rendição, quando os olhos verdes assassinos viraram para si.

— Termine logo com isso e vamos para o trabalho, perdi a fome. — levantou, acompanhada apenas de seu copo de café gelado.

— É isso ou pressa para ver o… — fechou os lábios e arregalou os olhos claros, arrependendo-se na mesma hora do que quase deixou escapar. — Juro que não falo mais nada. — Pegou seus pertences e o copo de café para acompanhar a amiga que já estava de pé.

— Peço que você e controlem essa língua enorme perto do pessoal da agência. — Abriu a porta com certa raiva, tentando controlar a vontade de estapear a , que passou perto de si apressada. — Não quero meu nome envolvido em fofocas.

— Ok, falarei com a loira. — Olhou para os dois lados da rua antes de continuar: — Se prometer manter essas lindas e longas pernas fechadas.

— Volta aqui, !

correu tentando alcançar a morena, porém a rua movimentada e o entra e sai de pessoas nas portas duplas do prédio impediram sua perseguição e, ao se aproximar, desfez da expressão raivosa e colocou um sorriso ao cumprimentar alguns conhecidos. De nada adiantava esganar se continuaria importunando sua mente com piadas e insinuações sobre uma transa de uma noite.

Suas amigas não estavam erradas, parecia querer algo quando a indicou para o trabalho, pois ninguém no mundo da moda, ou no real mesmo, dá algo em troca de nada. Não deveria estar nervosa para encontrar o moreno, mas ao tomar o elevador sentiu um frio incômodo em seu estômago assim que as portas fecharam a sua frente; tratou de deixar de lado qualquer pensamento estranho sobre o . Eles eram companheiros de trabalho, ponto. Não era nada demais.

— Estou aqui. — entrou no estúdio e sentou em uma cadeira qualquer enquanto bebericava seu copo de café gelado. — Qual é o job? — Olhou para esperando pelas informações.

— Está com pressa? — O moreno caminhou até ela e se apoiou nos braços da cadeira em que ela estava sentada, ficando um pouco próximo demais do rosto da . — Não tem job, só queria falar com você.

— Sério, ? — Ela o olhou com uma mistura de incredulidade e raiva. — Gostaria de saber por que ainda faz eu perder meu tempo. — Bateu em um dos braços dele e o empurrou, saindo da cadeira e se pondo a andar, mas foi interrompida por uma mão em seu pulso. Ele a puxou, rápido o suficiente para ela bater no peitoral do fotógrafo e os narizes quase se encostarem.

— Confesse, está louca pra perder tempo comigo… ou nesse caso, talvez seja ganhar. — Roubou um selinho, esboçando a maior cara de cafajeste já vista, o Guinness Book deveria dar um prêmio para o garoto, sinceramente.

— Não seja convencido! — Empurrou o homem. — Tenho mais o que fazer, agora dá licença. — Saiu pisando duro do estúdio e quase esbarrou na dona da agência. — Sinto muito, dona Tsunade.

— Mais cuidado ao caminhar por aí, . — A mulher sorriu. — Não vá estragar esse seu lindo rostinho. — Acariciou o rosto da modelo e continuou seu próprio desfile até seu escritório.

Quando chegaram ao apartamento, abriu a porta com certa força, assustando as duas mulheres atrás de si, que apenas se encaravam perguntando de forma muda que bicho havia mordido a amiga. Deixaram as coisas perto da porta e seguiram a até o sofá. Sem cerimônias, jogou os sapatos de lado, a bolsa no chão e cruzou os braços, irritada com alguma coisa que os murmúrios estressados e sem sentido não esclareciam nada para as outras duas mulheres. deu de ombros e foi até a cozinha preparar algo para comer, enquanto sentou-se à frente da .

— O que aconteceu? — Sem brincadeiras ou algum palavrão. A se mantinha séria como nunca antes tinha visto.

— Nada.

— Ok, e resmungar por todo o caminho é nada? Andar feito uma égua certamente incomodando o velho chato do apartamento debaixo é nada?

— Eu não resmunguei…

— Resmungou sim! — Da cozinha, a intrometida número dois discordou de .

— Me deixem em paz.

— Conte de uma vez e deixaremos.

— Não quero envolvê-las na minha vida sexual.

— Pensasse nisso antes de me contar sobre os velhos e o sexo do século passado. — Fez careta para a rosada, que sorriu pequeno.

— Não havia job algum, só quer ficar sendo insistente, pegajoso e arrumado formas de me deixar irritada. — Ela bufou.

— Isso é tesão! — A morena gritou da cozinha.

— Porra, , cala a boca!

— A tem razão… — Juntou suas mãos as da amiga e olhou nos olhos verdes com carinho. — Ele não sabe que você tem impedimentos e um relacionamento estranho. — torceu os lábios.

— Não tenho impedimentos, apenas um contrato. — Deixou o aperto da loira e deitou no estofado macio. — Já expliquei a vocês.

— Eu sei, mas pensa, ele não sabe. — A loira sentou no chão enquanto gesticulava sem parar. — Para ele você é uma garota comum que ele conheceu ‘numa noite, gostou e quer repetir. Pode julgá-lo? Você é gostosa!

— Eu sei, somos beldades, mas o que eu faço com ? — O silêncio da loira não ajudou a , que resolveu chamar reforços ao olhar por cima do ombro da amiga. — E você, fofoqueira?

— Você, infelizmente, não mistura mais trabalho com prazer, , aguenta firme aquele gostoso dando em cima de você e conta tudo que acontecer pra gente! — riu, jogando-se na poltrona em frente as amigas com um sanduíche em mãos.

— É, gostamos de rir da desgraça alheia. — abraçou a amiga, tentando acalmá-la. — Ele vai eventualmente desistir, amiga.

— Se você diz…

era uma pessoa reservada, gostava da sua paz, não foi à toa que deixou a França assim que fez 18 anos e foi se aventurar pelo mundo junto com a sua câmera. Assim que voltou para Paris, com o contrato com a Stars Model assinado, foi em busca de um loft simples, mas que fosse próximo da agência, e a sua vida era assim: resumia-se a sua arte de fotografar e o seu trabalho. Na noite em que conheceu , sentiu uma energia diferente; ele não era acostumado a ir para cama de forma desenfreada com garotas que conhecia em festas ou bares, mas com ela tinha sido tão natural. Quando chegou ao estúdio no dia seguinte e viu que era ela, chegou à conclusão que só podia ser o destino, afinal, ela não tinha comentado sua profissão e ele muito menos.

Ele queria conhecê-la melhor, no entanto, tudo que recebeu no ensaio fotográfico foram foras, rispidez e tapas. Tudo bem para ele se ela queria do jeito difícil. Sorriu pelos seus pensamentos, que estavam na , enquanto caminhava pela rua; segurava uma de suas câmeras analógicas, tirava fotos dos prédios, pessoas, animais, do que achasse interessante; fazia anos que estava fora de Paris, e voltar para sua cidade natal trazia uma certa nostalgia. Estava desatento, olhando tudo como se fosse pela primeira vez, até que através da sua lente viu alguém que não gostaria.

! — O fotógrafo tirou a câmera lentamente da frente do rosto, pensando que poderia ter ficado em casa naquele dia. — Você voltou!

— Oi, . — Sério, quase apático.

— É tudo que você me diz depois de anos?

— Tem algo a mais que queira que eu fale? — O homem estava irredutível, tinha uma expressão neutra em seu rosto, ele só queria sair dali. — Se me der licença, tenho um ensaio agora. — Virou as costas, mas foi impedido por uma mão em seu ombro.

— Por favor, fale comigo, irmão. — Havia um peso de amargura na voz dele. — Senti sua falta.

riu nasalado em deboche e falou:

— Quando eu estava aqui, nunca fez questão de conversar comigo, , não me venha com sentimentalismos agora.

— Já se passaram anos, , eu era um adolescente — suspirou. — Um café, por favor.

— Hoje eu não posso. — O fotógrafo se virou de frente para o irmão tirando um cartão do bolso e o entregou. — Me ligue, agora preciso ir. — saiu dali rapidamente, direto para o seu apartamento, não conseguiria sequer enfrentar seu irmão naquele momento. Fechou a porta de sua casa e se encostou nela, precisava digerir o que tinha acabado de acontecer e se preparar psicologicamente caso aceitasse se encontrar com ele.


Do outro lado da cidade, se preparava para o encontro com seus sugars, admirava a lingerie nova que tinha comprado para aquela ocasião, porém, acabou por tirar quando decidiu ir com um vestido um tanto quanto indecente. De repente, entrou em casa eufórica; gritava as garotas e e correram para a sala assustadas e a morena apenas abraçou as duas.

— Precisamos comemorar! — foi até a cozinha e pegou um champanhe.

— Céus, o que aconteceu?

— Eu achei que alguém tinha morrido — reclamou .

— Eu… euzinha, vou fazer a campanha para Dior! — As três começaram a gritar sem parar.

— Caralho, ! — exclamou o palavrão sem pudor nenhum. — Você é uma vadia sortuda! — bateu na bunda da morena e foi pegar as taças longas, voltou sorrindo enquanto segurava os recipientes, esperando servir o líquido borbulhante.

Elas brindaram, deu um gole generoso na bebida e comentou:

— Precisamos comemorar de verdade, boate sexta-feira?

— Sim! — As duas concordaram.



[...]



desceu do Uber e entrou pela porta da mansão . Estava em frenesi, tinha ficado feliz pela amiga e queria comemorar com eles também, afinal, nada melhor do que sexo para externalizar a felicidade. Foi caminhando pela casa, deixou sua bolsa em cima do sofá na sala e entrou no corredor para ir até a cozinha, onde encontrou usando nada mais que uma cueca box preta e estava cozinhando de costas para ela. mordeu os lábios ao ver as costas largas, os músculos aparentes por todo o tronco, o que falar dos melhores sugars parents que poderia pedir? Apesar do senhor ter quase 50 anos, era melhor que muito garotinho de 25. Além de ter um corpo magnífico, os anos de experiência a mais o deixavam com um charme irresistível, além de um bom repertório fosse em cima de uma cama ou no balcão da cozinha.

Ela foi andando calmamente e agarrou o homem por trás e desfilou seus dedos compridos pelos gominhos do abdômen ali presentes, sem deixar de arranhar com as unhas a lateral de seu tronco, quase adentrando a cueca, arrancando um suspiro gostoso dele. logo virou e encarou a expressão de safada que fazia; quis rasgar aquele pedaço de pano do seu corpo, que nem poderia ser nomeado como vestido de tão indecente, o cetim chegava a pedir para mostrar mais carne. Ele a colocou sentada no balcão e sorriu, foi até a geladeira e pegou um vinho, servindo duas taças, deixando a outra em cima da bancada e a outra ergueu no alto.

— Vejo que está animada, bae. — Brindaram e beberam devagar, deliciando-se com o gosto do vinho branco geladinho descendo pela garganta.

— Uma amiga conseguiu um bom trabalho, estou feliz por ela. — cruzou as pernas e olhou diretamente para o quadril que tinha ficado mais à mostra.

— Que maravilhoso, fico feliz. — Ele se virou e continuou cortando algumas verduras.

— Onde está a ?

— Teve uma reunião na empresa, mas não deve demorar. — Colocou tudo em uma tigela e começou a temperar a salada aos olhos atentos da mulher às suas costas.

— Falando nisso, vou viajar dia 14 e só volto dia 22. Vamos ter que remarcar nosso jantar.

— Tudo bem, bae, seu trabalho em primeiro lugar, sabemos disso. — O homem a olhou de soslaio e piscou, sorrindo de forma sensual. já sentia seus bicos do peito duros só de admirar aquele homem quase nu cozinhando; o sorriso foi só a cereja do bolo, e isso não passou despercebido pelo . — Está excitada?

— Você só de cueca me deixa excitada… — A língua passou pelos lábios de maneira libidinosa e o corpo do moreno entendeu o recado, mandando sangue para uma parte bem específica.

viu aquele corpo enorme se aproximando de si, então as mãos grandes apertaram as suas coxas e ele conseguiu sentir o arfar dela em seu rosto. foi subindo a mão por baixo do tecido e percebeu que não havia calcinha em seu caminho, mudou a rota e agarrou a bunda dela, puxando-a para beirada do mármore. Abaixou-se o suficiente apenas para penetrar a língua entre os lábios já molhados, ouviu o gemido agudo e afundou ainda mais seus dedos na pele dela enquanto começava a brincar com o seu clitóris. Subiu uma de suas mãos e apertou o mamilo, ainda coberto pelo tecido escorregadio, mas isso não foi um problema; jogou a cabeça para trás respirando fundo, chegaria ao ápice muito rápido.

Definitivamente ser comida na cozinha era um tanto quanto instigante demais.

pegou ela pela cintura colocando-a no chão e a virou de costas, segurou-a pelos cabelos, passou a língua pela curvatura do pescoço e levantou o vestido, abriu uma das gavetas da cozinha e tirou uma camisinha. Depois que o casal conheceu , deixavam camisinhas em todos os lugares da casa; nunca sabiam os lugares inusitados que iriam transar. Enfiou-se no látex e a penetrou de forma bruta. Um grito escapou e as mãos da modelo espalmaram o mármore gelado; gemia sem controle algum enquanto ele rosnava, tamanho era o prazer experienciado pelos dois.

— Começaram sem mim? — chegou do outro lado da bancada e serviu-se de vinho de maneira elegante.

— Quer vir aqui, amor? — perguntou o homem, ofegante.

— Prefiro assistir por enquanto… — Enquanto bebia seu vinho, a assistiu seu marido foder e dar-lhe um orgasmo digno de inveja.

. — a chamou, as duas se beijaram molhado e sorriu largo por estar presenciando aquela cena erótica. — Jantar fica pra depois?

— Você quem manda — falou , puxando-a pela mão em direção a escada.


[...]


tomava café com e quando uma mensagem chegou em seu celular avisando que ela precisaria substituir uma modelo no ensaio fotográfico de uma empresa de maquiagens, já que a outra que iria fazer passou mal. Ela ficou um pouco desesperada, afinal, estava com a mesma roupa de ontem, por mais que na agência eles fornecessem tudo, estava ao menos de banho tomado.

— Céus, estou até sem calcinha!

— Tenho algumas novas no guarda-roupa, querida, e o leva você, tenha calma. — sorriu.

— Tem certeza, ? Podem ver você — falou preocupada, olhando para seu sugar daddy.

— Sim, sem problemas, bae, o meu carro tem películas escuras, ninguém vai me ver. — Deu um selinho nela e levantou da mesa. — Vou só escovar os dentes.

— Também preciso! — Acompanhou o homem até o andar de cima e escovou os dentes entre risadas e gemidos por mãos estarem em lugares indevidos naquele momento.

Saíram no carro, trocaram beijos no caminho, mãos bobas e uma promessa de se verem antes dela viajar. saiu do Rolls Royce em frente ao galpão, onde seria o ensaio, e fechou a porta. Sorriu ao ver abaixar só um pouco o vidro apenas para dizer algo indecente e sorrir daquela maneira que deixa as pernas de qualquer mulher bambas. Ela acenou mordendo o lábio enquanto o carro se distanciava.

— Está atrasada. — deu um pulo ao ouvir a voz grossa vindo de suas costas.

— Credo, ! — Olhou para ele, que estava encostado na entrada acendendo um cigarro. — Virou assombração?

— Você que estava distraída o suficiente para não me ver.

— A quanto tempo está aí? — Ela franziu o cenho, estava preocupada de que ele tivesse visto quem estava no carro.

— Quer dizer que o namorado é misterioso? — O moreno arqueou uma sobrancelha e curvou o canto dos lábios.

— Não tenho namorado, , e mesmo que tivesse, isso não é da sua conta! — Passou trombando no fotógrafo intrometido e foi fazer cabelo e maquiagem.

apenas bufou por ter sido um idiota com , mas depois resolveria isso, tinha um motivo para estar estressado, e com esse pensamento, pegou o celular e leu pela terceira vez a mensagem de seu irmão que tinha recebido há poucos minutos. Não adiantava ignorar, não adiantava evitar, insistiria até ele ceder e foi isso que fez, apenas concordou em tomar um café com ele e se livrar logo daquela conversa chata que ele tinha certeza que teria, porque mesmo que tivesse mudado de sobrenome, ele ainda carregava o fardo de ser um .

Desviou de uma peça íntima e olhou séria para a loira que desfilava de toalha.

— Se me acertasse…

— É apenas uma calcinha, . Não vai ferir seu belo rosto. — Deixou um beijo na bochecha corada e se dirigiu à porta do banheiro.

, peça antes… — desligou o secador e berrou com a amiga abusada.

— Vou usar seu quarto e suas roupas, obrigada. — Bateu a porta, sorrindo exagerada para as garotas, que ainda dividiam o pequeno espaço do banheiro principal do apartamento.

— Mas você não permitiu. — retirou a toalha que enrolava os longos fios e pegou o secador que havia acabado de usar.

— E ela ouve? — Deixou a morena no banheiro e entrou com um rompante no próprio quarto. Observou a loira escolher alguns vestidos, estendendo-os na cama da amiga. — Já escolheu?

— Na verdade, coloquei os que melhor ficavam em você. Nada aqui me inspirou um look hoje. — Deu as costas, indo em direção a porta e encontrando a morena no corredor. — Vou até seu quarto procurar por algo, posso?

— Veja quem tem educação. — Seguiu a loira até o quarto, sentando na cama em seguida. — Fique à vontade.

— Eu gosto de ver aquela veia assustadora saltar da testa de , me diverte. — Buscou por minutos, desistindo logo após. Queria estar perfeita para a noite e infelizmente nada estava a altura de suas expectativas. Já se preparava para revirar mais uma vez seu armário quando ouviu a porta e correu para a sala, para abraçar , e .

— Ainda não estão prontas? — repreendeu em alto e bom som. — Eu fui buscar do outro lado da cidade. — Revirou os olhos e se jogou no sofá.

— Você se ofereceu, . Ela poderia vir muito bem sozinha. — deixou as três na sala e voltou até o quarto de . — Elas estão aqui — avisou e foi terminar de se maquiar.

— Até que enfim. — A rosada disse em frente ao espelho, dando os últimos retoques no batom vermelho.

— Falando assim até parece que está com pressa. — pegou uma almofada em formato de morango, jogando-se na cama macia.

— São três para tudo aqui, ok?! — Já xingaria a ruiva, porém notou o desânimo da prima. A amiga que mais gostava de sair, sem um motivo aparente apenas para beber e curtir, estava doente? — O que houve?

— Sono?

— Não se responde uma pergunta com outra, baby. Vai, fale de uma vez. — Guardou a maquiagem e sentou-se ao lado da Uzumaki.

— Acho que estou à beira de um grande problema — suspirou exageradamente.

— Isso requer reforços? — Com a afirmativa da amiga, chamou as outras. — Meninas? — Sem resposta, apelou: — É fofoca. — Quatro garotas esbaforidas apareceram milagrosamente à sua porta. Não tinham vergonha?

— Quem morreu? — foi a primeira a se jogar ao lado de na cama, sendo acompanhada por e . foi até a penteadeira e escolheu um batom para usar. — Se for sobre você, eu passo.

— Não é, palhaça. — Empurrou , que foi de encontro ao colchão. — Nossa ruiva quer… conselhos?! — Voltou a olhar para a prima.

— É mais sobre desabafar. — Torceu os lábios.

— Fala de uma vez, então. — Ralhou .

, tenha calma, parece delicado. Respeite o tempo dela. — admirou a maneira doce e compreensiva de , ou era só a fofoqueira curiosa dentro da amiga pronta para ser alimentada?

— Bom, na faculdade… — Sentou-se apreensiva sob os olhares curiosos e vidrados movimentando as mãos à procura de palavras. — É um aluno, ele tem..

— Te ameaçado? — levou a mão ao peito com pena da amiga.

— Não é isso…

, deixa a falar. — interrompe a ruiva.

— Olha quem fala… — A rebate.

— Calem-se as duas! — olhou nervosa para ambas e pediu para a Uzumaki continuar.

— Ele não me ameaçou, eu selecionei alguns dos meus melhores estudantes para um grupo de pesquisa. Infelizmente não houve empolgação de grande parte deles, mas um nunca reclamou e vem sendo o único a frequentar, rapidamente deixamos de falar sobre ciência e nos tornamos…

— Deus… — e levaram a mão à boca chocadas.

— Você transou com ele?

— Não, ! — A ruiva se exaltou. — Enlouqueceu? Apenas… estamos conversando sobre outras coisas, criando uma relação mais… íntima.

— Ela vai transar com ele. — arrebitou o nariz e fechou os olhos como se tivesse toda a certeza do mundo.

rosnou para a amiga sem papas na língua e voltou a olhar a prima.

— Você poderia explicar? Não entendi qual é o problema — falou.

— Em alguns momentos parece que ele está flertando comigo e eu fico incomodada, eu sou professora dele — disse como se contasse o pior dos crimes.

— Ele é um gostoso, . — revirou os olhos e todas as garotas voltaram sua atenção à loira. — Que é? Eu estudo lá, sabiam? — Sabaku cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha.

— Não importa, ele continua sendo meu aluno! Não posso me envolver com ele — suspira. — Não… desse jeito.

— Se fosse pra dar um troféu de pior problema com macho, o seu seria o segundo lugar, . — encarou a amiga.

— O que houve com a ? — A ruiva virou para a prima.

— Nada. — pigarreou olhando torto para a e sua boca grande, e levantou da cama. — Vamos? Estamos para lá de atrasadas.

— Desde quando temos hora pra chegar na balada? — franziu o cenho.

— Você deveria dar uma chance pra ele, , só isso que eu digo. — finalizou, saindo do quarto.

— Ele tá na faculdade, , e não no ensino médio — concordou , indo para a sala.

e foram para os seus quartos terminar de se arrumarem logo depois de dar um beijo na testa da Uzumaki, que também levantou, preparando-se para sair dali. pegou a bolsa e se aproximou da prima, pegou a mão dela e disse:

— Não é errado, não é proibido e nem muito menos é pra você se sentir mal ou culpada com isso. Se você quer algo, vá, mas se não… Deixe claro para o cara, é o certo a se fazer. — Ela sorriu e recebeu um abraço de .

— Obrigada, .


[...]


As 6 amigas entraram na boate chamando atenção, claro, elas sempre frequentavam aquele lugar, além de serem modelos famosas. As outras três não eram modelos, mas não ficavam para trás no quesito beleza, todas com suas características marcantes. Foram direto para o bar, pediram uma rodada de drinks para o barman já conhecido. Ficaram por ali admirando o lugar e vendo o movimento, até que uma mão agarrou a cintura da .

— Shika! — A loira agarrou o homem e eles deram o maior beijão.

— Sempre bom ter mulheres lindas na minha boate. — Shikamaru Nara, dono da boate, peguete da e de quem mais ele quisesse.

O homem era um deus grego. Os cabelos presos em um coque samurai, os olhos puxados, já que era descendente de japonês, davam-lhe um charme a mais e o corpo escultural de quem ia na academia pelo menos quatro vezes na semana.

— Lindas não, maravilhosas. Fala sério, Shikamaru. — ralhou com o amigo.

— Está certa. — Virou para o barman. — A próxima rodada é por conta da casa. — Ele piscou para a Sabaku. — Meu pedido de desculpas para as senhoritas.

— Obrigada, Shika. — agradeceu deixando um selo em seus lábios antes de ir para a pista de dança.

— Preciso dar um giro e resolver algumas coisas.

— Depois volta, gatinho, tenho um presente pra você. — sorriu safada e piscou um olho, recebendo um beijo no pescoço em resposta antes do homem deixá-las. — Ah! Eu amo essa música! — Foram arrastadas pela loira para a pista de dança, onde começaram a rebolar, curtindo a música e sorrindo umas para as outras. Tentavam fazer algumas coreografias que já tinham visto na internet e acabavam rindo umas das outras do jeito desengonçado. Eram ótimas modelos, dançarinas nem tanto: que ficassem com sua profissão atual.

sentiu uma mão em sua barriga e pensou ser o Nara, porém, quando abriu os olhos e virou para trás para enlaçar o pescoço, viu os cabelos pretos caídos quase até os ombros e o sorriso presunçoso. Tentou sair do abraço, mas foi impedida.

— O que quer, insuportável?

— Dançar com você, é proibido?

— Se eu não quiser, é sim. — Virou-se sorrindo para o moreno. Estavam ali para se divertir então que mal faria curtir um pouco com o fotógrafo? Não havia esquecido da pequena mentira de para si e gostava de devolver na mesma moeda.

Deslizou suas mãos até a nuca do moreno, mantendo-as enlaçadas ali. Sentiu o perfume gostoso ao se aproximar do pescoço alvo, roçando os lábios levemente na pele arrepiada pelos seus toques. Feliz com o efeito que surtia no idiota, deu-se por satisfeita e já se afastava pronta para ignorá-lo como o mesmo merecia por enchê-la, porém o não deixou barato; a puxou e a colocou de costas contra seu corpo.

— Achou que poderia me provocar e ir embora, ? — Sussurrou no ouvido dela e fechou os olhos, sentindo um arrepio em seu baixo ventre. Merda, pensou ela.

Ninguém via a forma que e estavam na pista de dança, afinal, cada uma estava em um lugar da boate. e aproveitaram que estavam a sós e sem os olhares atentos de suas amigas e entraram em uma das cabines do banheiro feminino. A agarrava os seios voluptuosos da amiga de maneira agressiva; os beijos molhados faziam um caminho pelo pescoço e ombro até voltarem para a boca carnuda da Sabaku. Enquanto isso, a mão da loira desceu pela coluna da designer e agarrou a bunda, apertando com vontade.

… — ela sussurrou entre os lábios —, me ajuda a te ajudar, vai…

— Eu te quero aqui e agora, . — Os dedos ágeis de invadiram a calcinha vermelha e começaram a dedilhar o clitóris inchado. — Ninguém vai saber. — A loira sussurrou lambendo o lóbulo da amiga.

— Falta tão pouco pra eu mandar minha sanidade pro inferno.

— Manda, por favor… — As duas voltaram a se beijar.

? — Uma voz ao lado de fora a chamava, as duas pararam e se olharam assustadas. — você está aqui?

— É a , o que a gente faz? — perguntou sussurrando e lambeu o lábio inferior antes de mordê-lo com a maior cara de safada que podia, fazendo com que a amiga engolisse em seco, preocupada com o que aquela mente diabólica estava planejando.

— Oi, . — Ela continuou circulando o clitóris e viu a morena a olhando como se a repreendesse, porém logo mudou a expressão, fechou os olhos e mordeu o lábio, abafando o gemido que queria sair.

— Bem que achei que você tinha entrado no banheiro. — Ouviu a ruiva bufar. — O cara 'tá aqui, .

— Que cara, ? — Agarrou a pelo pescoço e a beijou com agressividade, as línguas desfrutavam do momento se acariciando com lascívia.

— O meu aluno! Caralho, o que eu faço? — acabou socando a parede lateral da cabine ao chegar ao orgasmo, fazendo a ruiva se assustar. — 'Tá tudo bem aí?

— 'Tá sim… — levou os dedos a boca e os chupou —, eu acho que essa é uma ótima oportunidade pra você pegar ele. — tentava normalizar sua respiração com o rosto enfiado na curva do pescoço da loira e, ao mesmo tempo, pensava em como sair dali sem a vê-las.

— Você só me dá esse tipo de conselho? — A Uzumaki entrou em uma das cabines e, quando as outras duas ouviram a tranca, saíram da que estavam às pressas e começaram a lavar as mãos.

— Ah, vocês estão aqui, que isso, reunião no banheiro? — A perguntou. — O que aconteceu, ? Você saiu correndo.

— Meu aluno 'tá aqui — gritou de dentro da cabine.

— Ótimo! — bateu palmas animada. — Vamos conhecê-lo!

— Você perdeu o juízo? — A Uzumaki saiu da cabine, ralhando com a loira sem noção.

— Eu beijei o . — chegou esbaforida ao banheiro com em seu encalço.

— O quê? — Todas falaram em uníssono, olhando para ela sem acreditar.

, conferiu o portão de embarque? — A confirma, mostrando a passagem. — Falta pouco então.

— Mais um corredor e está livre de mim. — Puxou a mala lilás e andou apressada até a placa que indicava seu embarque. — Bom, é aqui que nos despedimos. — Entregou a bolsa da amiga e pegou a revista que levaria consigo. — Faça uma ótima viagem e me atualize caso haja alguma coisa boa para contar.

— Digo o mesmo. — Abraçou a e deixou um beijo na bochecha corada. — Te amo. — Acenou para a morena, que sorriu antes de entregar a passagem para a mulher que fazia a checagem dos passageiros.

Deu as costas quando perdeu de vista e iniciou sua caminhada até o próprio portão. Seguia sem pressa, pois diferente da , não gostava de deixar tudo para última hora. A revista era um passo importante para uma viagem, pois a vida das celebridades e todas as fofocas do tapete vermelho faziam o tempo passar voando. Lembrou também do livro que havia separado na noite anterior e deu início a busca dentro da enorme bolsa.

— Pra que eu trouxe talheres de plástico para uma viagem? — Perdeu-se na bagunça que era sua bolsa e não prestou mais atenção nos próprios passos, parou no caminho por medo de esbarrar em alguém, esquecendo-se que o meio de um corredor não era o melhor lugar para isso. — Está cego? — Deixou sua procura para mirar o ser humano idiota que não a viu.

— E você é louca? — Quando finalmente percebeu que conhecia a pessoa em quem esbarrou, sorriu presunçoso. — Não precisa responder. Oi, .

— O que faz aqui, idiota?

olhou ao redor exageradamente e disse:

— É um aeroporto, tire suas próprias conclusões.

— Ah, você entendeu. — Revirou os olhos fortemente. — Não se faça de bobo.

— Farei o favor, pois estou de ótimo humor. — Apontou para a tela que indicava os embarques internacionais e disse: — Vou para o mesmo lugar que você.

— Mentiroso. — Irritada, voltou ao seu caminho, esquecendo o e o livro que queria.

— Por que eu mentiria, bae? — Ele foi atrás dela, e sentiu um arrepio gelado correr seu corpo pelo apelido usado, ele teria visto, ou pior, ouvido o que disse no carro? Não, era um apelido comum.

— Não sei, mas parece divertido me encher a paciência. — Parou na fila e aguardou os que estavam à sua frente embarcar, ignorando que certamente procuraria o que fazer assim que ela tomasse o avião.

Entregou a passagem, mas não conseguiu ser amável com a garota gentil que recebia a todos com graça. Estava com raiva do olhar escuro secando-lhe a nuca. Já virava para despedir-se quando finalmente teve o documento devolvido, porém travou ao observar o moreno fazendo o que minutos antes fez. Droga, era verdade.

— Eu disse. — Sacudiu o passaporte à frente do rosto e puxou a mala consigo, passando pela que, muda, seguiu os passos do fotógrafo.

Ok, aquilo era bem ruim, porém não poderia simplesmente ligar pedindo socorro na agência, não pareceria uma chata como as que escolhiam a equipe que queriam trabalhar. No entanto, pediria para o Hatake confirmar seu quarto e colocá-la o mais longe possível do . Era profissional a ponto de suportar aquilo por muitas horas… Quis chorar ao lembrar do tempo que ficaria presa com o homem que lhe causava tantos sentimentos rapidamente, mas nem tudo estava perdido, pensou consigo, havia uma coisa que a faria feliz no instante que pisou na aeronave. Muitos lugares poderiam separá-la da irritação que a fazia passar, e com isso, a alegria tomou mais uma vez seu corpo.

Passou pelo corredor estreito e com a ajuda de um funcionário da companhia aérea, guardou a mala no compartimento; manteve a bolsa ao caminhar e buscou na passagem o número do assento que deveria tomar. Poderia dizer que não estava surpresa quando olhou desanimada para a poltrona mais próxima a janela. Se os olhos escuros brilhantes, o sorriso carregado de intenções e a pose debochada não a fizessem pular para fora antes de decolar, certamente as longas horas ao lado de seria um bom motivo para abrir a porta de emergência.

— Oi, de novo.


[...]



O olhar intenso acompanhava cada movimento e sentia que o corpo queimaria e sucumbiria se ficasse mais um minuto naquela sala, afastada das demais, sozinha com ele. O auditório era distante da parte principal do prédio, e que ideia estúpida foi a sua de usá-lo em sua pesquisa acadêmica para os melhores de suas turmas. Claro, pareceu incrível antes, quando imaginou cerca de vinte alunos ali, porém com apenas um, o mais interessante deles, tornou-se impossível não dar voz a própria mente e ouvi-la muito bem, com a ajuda da acústica do lugar.

Olhou para o pulso notando que o castigo que se auto impôs estava no fim, e por isso, pegou sua pasta com as provas e trabalhos que deveria corrigir. Era mesmo um aluno de excelência, contudo, o reitor já estava ciente da pesquisa, então a professora usava alguns minutos para corrigir os trabalhos, que antes levava para casa, além de flertar inocentemente com o garoto de belos olhos exóticos tom lilás.

Suspirou exausta conferindo se não havia deixado nada pelo chão ou até em outra cadeira próxima. Perdia sua concentração perto do e se odiava por isso, mas quem mandou dar brecha para um abusado metido a inteligente?!

— Sei que está me xingando, professora. — O homem de cabelos naturalmente brancos sorriu ao deixar uma folha de papel em cima da pasta de , que se levantou sustentando o olhar brincalhão.

— Como tem tanta certeza? — Ajeitou o próprio óculos no rosto, erguendo o mesmo, e fingindo não entender do que se tratava. tinha uma mania irritante de adivinhar quando exatamente ela pensava nele.

— Sua testa — afastou os fios vermelhos com um dedo e tocou um lugar específico em sua pele —, bem aqui. Há uma ruga que só aparece quando eu a provoco.

— Como sabe disso?

— Eu a observo, professora. — Abaixou-se para encará-la no mesmo nível. — Na verdade, admiro muito. — O sorriso cafajeste tomou os lábios finos do aluno e quase perdeu o ar. Nunca havia ficado tão próxima a ele, não assim, sentindo sua respiração.

— Não é agradável ouvir que aparento ser mais velha. — Piscando mais que o necessário, resolveu fingir-se ofendida para sair de perto do perigoso sorriso.

— De fato, não é minha melhor cantada. — Os dedos gélidos pousaram no queixo da Uzumaki, que suspirou pelo toque sem se dar conta da aproximação do .

fechou os olhos, pois infelizmente era um caminho sem volta. Os flertes, as piadas de duplo sentido e toda a excitação do proibido perderam fácil para o toque. A mão que ainda não fazia contato consigo seguiu até sua cintura e ele parecia tão nervoso quanto ela, porém não havia escapatória, estavam presos aos sentimentos que nutriam e a curiosidade que queriam sanar. Os lábios se tocaram levemente, apenas como um reconhecimento que deixava os corpos ainda mais ansiosos, contudo, infelizmente a porta foi escancarada antes que os dois pudessem experimentar o proibido.

— Devo frequentar mais aulas no auditório. — sorriu, entendendo rapidamente o que a amiga fazia ali. A Uzumaki empurrou o e apressada pegou as próprias coisas seguindo para o corredor. Suas pernas estavam descontroladas e seu corpo parecia correr do problema que quase a prendeu. Por Deus, onde estava com a cabeça? E o medo que compartilhou com as amigas? — ! Porra, está surda?

— O quê? — Respirando já o ar puro do jardim, pôde se concentrar na amiga. — Não, eu só…

— Está tudo bem? — perguntou preocupada, aproximando-se da amiga. — Eu só fiz uma brincadeira, está pálida.

— Viu o que eu quase fiz? — perguntou em um tom desesperado. — Tenho que mudar ele de turma.

— Não precisa, , por Deus… Parece que nunca fez nada minimamente errado nessa vida. — Levou a mão às costas da amiga, tentando acalmar o coração certinho da Uzumaki. — Faltam o que, seis meses para ele se formar? — A ruiva confirmou. — A partir disso ele será um cidadão comum e vocês poderiam se encontrar facilmente em uma balada, já aconteceu.

— E daí? — Afastou-se com as sobrancelhas unidas. — Meu problema é agora, .

— É, mas não será para sempre. Pode começar agora, pois vejo que está em chamas, mas será por pouco tempo algo que deva esconder, . Para de surtar e vive um pouco. — O sorriso cada vez mais animado da Uzumaki a fez lembrar de alguém. — Credo, parece a .

deixou e foi até sua moto, colocou o capacete e cruzou metade da cidade para fazer uma visita a uma querida amiga. Tocou a campainha e viu a morena abrir a porta, olhou a loira e voltou a sua mesa para trabalhar, deixando a porta aberta para que a Sabaku passasse, que foi o que ela fez. Largou o capacete na mesa e foi até a geladeira pegar duas cervejas, colocou uma na mesa da , que continuava muda.

— O que houve? — sentou no sofá, às costas da amiga.

— Preciso explicar toda vez? — A morena nem se mexeu, continuava de costas desenhando algo.

— Ainda está com essa besteira?

— Besteira, ? — virou a cadeira para encarar os olhos verdes. — Eu estar apaixonada por você é besteira?

, eu não falei isso.

— A quase pegou a gente na boate e você fez pouco caso, pior! Você… — ela engoliu em seco —, ela estava do outro lado, , do outro lado de uma fina camada de metal. Acho melhor a gente acabar por aqui.

! — levantou. — Eu quero você e…

— Então prova! — A também levantou, interrompendo-a irritada. Seus olhos estavam ardendo, não aguentava mais se esconder de suas melhores amigas, ou pior, ter seus sentimentos jogados à mercê do orgulho da Sabaku. Vendo que a resposta dela tinha sido o silêncio, completou: — Acho melhor você ir embora.

, não faz isso. — Ela se aproximou e tentou pegar no braço da morena, que o tirou rapidamente, desviando o olhar para um ponto qualquer do lado de fora através da janela. abaixou a cabeça e apenas pegou suas coisas e saiu batendo a porta; sentiu as lágrimas escorrerem e desejou nunca ter começado com aquilo.


[...]


As longas pernas desnudas estavam apoiadas na mesa de centro enquanto assistia sua série favorita, desde que e viajaram há três dias, estava sozinha no apartamento aproveitando sua própria companhia. Tinha pedido um monte de besteira pelo aplicativo de comida e no dia seguinte se acabaria na academia, vida de modelo padrão não era nada fácil; manter o corpo, ridiculamente ideal, exigido pela agência era uma tarefa diária, mas a sorte da era ter a genética ao seu lado. Ouviu a campainha e franziu o cenho olhando a porta de entrada, pensou que não poderia ser as garotas, já que nunca pediam permissão para entrar, apenas abriam a porta.

Olhou seu estado e foi até o quarto colocar um short, costumava ficar apenas de calcinha e um top qualquer em casa, mania de todas as amigas. Colocou a mão na fechadura e abriu a porta, arregalou os olhos e se xingou mentalmente por ter a mania idiota de não ver pelo olho mágico antes. Abriu a boca e piscou algumas vezes, tentava falar algo, mas nada vinha à sua cabeça.

— Oi, , posso entrar?

?

— Esse silêncio está ficando desconfortável até pra mim, peach — disse com um sorriso sedutor escancarado.

— Não me chama assim, ! — travou os dentes.

— A ‘tá aí?

— Não, e mesmo que estivesse, ela não ia querer falar com você. — Ela segurava a maçaneta da porta com força, enquanto o ainda a olhava parado no corredor.

, eu quero me acertar com ela — ele suspirou.

— Chegou alguns anos atrasado, . — fez careta. — Detesto que vocês dividem o mesmo sobrenome.

— Somos irmãos, , não é como se fosse algo proposital. — O moreno a olhou de cima a baixo. — Continua linda.

— Não… não se atreva a vir com seu charme barato pra cima de mim! — Isso era o racional dela falando, mas o corpo, o coração, e a alma queria sentir mais uma vez, após anos de distância. O silêncio ensurdecedor tomou conta do espaço e os olhos não se deixavam nem por um segundo, o homem avançou para dentro do apartamento e os lábios que um dia já foram grandes conhecidos, reencontraram-se novamente de um jeito selvagem e saudoso. — , não, não podemos…

— Você quer tanto quanto eu e eu quero tanto que chega a doer, peach. — empurrou a porta para fechá-la e se agarrou ao pescoço do , os beijos se descontrolavam cada vez mais e os passos vacilantes os levavam até o quarto. — Qual é o seu?

— ‘Hm… a direita. — Caíram na cama. — Não devíamos… A … Ela…

— Ela? — Incitou para que continuasse, mesmo sabendo que não haveria respostas caso continuasse descendo a sua língua até os seios, que após tirar o tecido do caminho, ele chupava os mamilos já duros.

… — puxou a camiseta com pressa de vê-lo nu. Aquele homem era um atentado à humanidade, o treinava arco e flecha desde criança, tinha braços fortes e costas largas, os músculos eram tão convidativos para serem apalpados que era impossível não fazê-lo. Suas pernas circularam a cintura dele o puxando, colando os corpos, suas intimidades roçaram uma na outra em busca de sanar aquela excitação maluca que eles sempre tiveram um com o outro.

arrancou o short da loira e se apossou de sua boceta, gemeu com o contato da língua quente e molhada deslizando por sua pele; ele esticou o braço e deslizou sua mão pela barriga chapada e subiu até o seio direito, beliscou o mamilo antes de agarrar o seio inteiro. A mulher se contorcia embaixo de si, saiu do meio das pernas dela e continuou a subir sua mão até o pescoço, beijou a boca da com tamanha sede que não resistiu em morder o lábio inferior.

— Preservativo,

— Hm… — gemeu, já que os dedos habilidosos de ainda a masturbavam.

— Onde tem camisinha, peach? — Mordeu o queixo dela, que apontou para a mesa de cabeceira, ainda zonza de tanto prazer. O moreno pegou o pacote laminado e abriu com os dentes, enquanto assistia se dando prazer enquanto o esperava. — Você ficou mais gostosa do que já era. — Apertou a bunda com força e subiu a mão pela coxa até colocar uma de suas pernas em seu ombro, afundou-se dentro dela até se perder em total deleite. correu a mão pelo braço direito da loira e entrelaçou seus dedos nos dela, fazendo força no colchão macio, enquanto os dois gemiam em sintonia, segurou forte na cintura fina e apertou.

— Não deixe… marcas, ! — gritou o sobrenome mais agudo devido a aproximação do orgasmo. levantou e inverteu suas posições, sentou com vontade no pau de , que revirou os olhos em absoluto prazer. A cada rebolada achava que perderia a sanidade, agarrou-se nos lençóis, já que não deveria deixar marcas no corpo dela.

— Ah! … — Pegou em seu quadril e a puxou mais para baixo de forma mais dura, sentindo o aperto interno da mulher que conhecia tão bem. As mãos foram buscar apoio e ela cravou as unhas no peito definido, arrancando um gemido rouco do homem. — Está me torturando?

— Sim. — Rebolou com mais afinco e chegou a rasgar a pele que arranhava. — Você... não... me merece, — falou entrecortado e gemeu agudo ao chegar ao orgasmo, que fez seu corpo inteiro tremer. Subiu e desceu mais algumas vezes e viu a expressão de prazer intenso tomar o rosto de , jogando-se no colchão em seguida.



[...]



O ombro para trás, queixo para a esquerda um pouco para cima, mão na cintura e os olhos direcionados para a câmera; flashes disparavam a cada clique e mudava sua posição. Os olhos ônix a mediam de longe enquanto o outro fotógrafo pedia para que ela se ajeitasse de uma certa forma. viu uma boa oportunidade e se aproximou dela, tentando ajudar na posição, deslizou os dedos devagar pelo ombro, braço, e encontrou o pulso, posicionando-o de maneira que atendesse o pedido do fotógrafo da revista Mood. A olhava tudo atentamente, sem reclamar, apenas encontrou os olhos negros quando esses subiram até os seus e uma respiração falhada tomou o peito dela.

— Está linda — sussurrou antes de sair dali, tomando seu lugar em um canto qualquer do estúdio.

Quando a sessão de fotos acabou, todos saíram para almoçar. resolveu ir até o seu quarto tomar um banho antes do próximo photoshoot começar. Ela comeu em seu quarto após um banho relaxante e caso não tivesse tantos afazeres, poderia curtir aquele hotel maravilhoso em que estavam, não que estivesse reclamando, ela amava o seu trabalho e o exercia com excelência. Não era à toa que era uma das modelos mais bem pagas da agência. Trocou de roupa, pegou seu celular e saiu do quarto rumando a próxima locação onde seria feita as fotos, porém, foi impedida no meio do corredor por um fotógrafo abusado.

— Descobri algo interessante. — parou em frente a ela com as mãos no bolso e uma expressão presunçosa. — Colocaram meu quarto bem longe do seu.

— Deve ser porque não tinha nenhum disponível perto do meu. Que pena. — Ela força um bico de sofrimento e tentou passar por ele, mas ele colocou o braço apoiado na parede impedindo a passagem dela. — Dá licença, , preciso ir para a próxima sessão de fotos.

— Por que está fugindo de mim?

— Não seja egocêntrico, nem tudo tem a ver com seu umbigo. — A modelo revirou os olhos e cruzou os braços.

— Engraçado, me disseram que o seu empresário ligou pedindo para que me colocassem o mais longe de você possível. — Ele sorriu vitorioso quando viu os olhos verdes assustados, tentando pensar em como sairia daquela situação. — Você me beijou na boate e agora quer me evitar? Não estou entendendo qual o seu jogo, .

, me erra! — Ela empurrou o braço do fotógrafo e saiu em disparada.


[...]


— Vocês só podem estar de sacanagem! — gritou ao chegar na porta do quarto de .

! — A levantou da cama em um salto, viu a amiga sumir de suas vistas arrastando a mala de rodinhas pelo corredor, se vestiu rapidamente e saiu a procura da irmã.

! — Quase se trombaram no corredor. Enquanto ele ainda colocava a camiseta, os olhos lilás da mulher estavam em pura fúria encarando .

— Eu nem quero saber o que porra você ‘tá fazendo aqui, . — Enfiou o indicador no peito do irmão, cuspindo as palavras de forma bruta. — Porque claramente você veio apenas me irritar! — A morena passou por ele, indo até a cozinha e o irmão a seguiu, parando na sala.

, eu vim pedir desculpas… — O moreno começou a se explicar, mas não conseguiu finalizar.

— Belo jeito de pedir desculpas, fodendo com a minha melhor amiga. — A voltou da cozinha bebendo um copo de água e viu a loira chegar atrás do irmão. — E você, , anos se passaram, mas ainda não consegue manter as pernas fechadas pra esse daí?

, não é bem assim… Eu…

— Não quero explicações. — Interrompeu a melhor amiga e colocou o copo em cima da mesa de jantar com força. — Quero você… — apontou para — fora da minha casa.

, me escuta.

— Eu não tenho o que escutar, aliás, eu nem quero escutar. Você traiu a minha melhor amiga, diversas vezes, diga-se de passagem, fez ela mentir pra mim por meses e depois de tudo ainda vem aqui transar com ela embaixo do meu nariz? Você é um cafajeste e um grande babaca. Não quero falar com você, sai. — Foi até a porta e a abriu, esperando ele passar por ela, mas os outros dois seguiam estáticos sem saber reagir àquilo tudo. — Agora, ! — O homem saiu pela porta cabisbaixo; a porta foi batida e apenas olhava aquela cena respirando fundo, seus olhos se encheram de lágrimas, não queria magoar .



— Nem quero ouvir. — A morena passou pela amiga e se trancou no quarto, fazendo a ter um sobressalto com a segunda batida de porta em menos de 3 minutos. — Que recepção maravilhosa… — falou para o quarto vazio.

— Me desculpe, eu não sabia que voltaria mais cedo. — Sentou-se no chão, agarrada aos joelhos e encostada na porta do quarto da .

— E voltaria a mentir pra mim? — Abraçou a almofada, bufando ao lembrar de um dos piores momentos de sua vida, quando foi enganada.

— Eu não escondi as traições de você para proteger suspirou, enxugando as lágrimas que caíam. — Eu tinha vergonha, , eu sabia do seu medo que tudo desse errado quando começamos a namorar.

— E volta espontaneamente para ele, pois é algum coitado agora? — sentou no chão do outro lado da porta.

— Foi uma besteira, eu sei. — A loira encostou a cabeça na porta e olhou para o teto, como se buscasse alguma explicação para o que tinha acontecido, mas não havia nada, apenas sua falta de noção e a incapacidade de não resistir a . — Não deveria ter cedido.

— Se reviver suas dores te faz bem, quem sou eu para reclamar? — Apertou os joelhos contra os seios e suspirou. — Posso torcer para que desta vez dê certo.

— Não! Eu te amo, mas o sonho de fazer parte da sua família ficou no ensino médio. — Sorriu ao ouvir a risada da morena do outro lado. — Me perdoa? — O silêncio tomou a casa e quando a estava prestes a dar o tempo que parecia precisar, foi surpreendida ao cair de costas no chão e ver de ponta cabeça.

— Eu também te amo. — Ajudou a se erguer e a abraçou. — E não há o que perdoar.
Depois de uma semana de trabalho árduo e aturando , finalmente iria embora no dia seguinte, mas tinha mais um evento social para comparecer. Terminava de calçar seu sapato quando ouviu batidas na porta, caminhou lentamente e a abriu, dando de cara com olhos negros.

— Achei que poderia querer companhia até o bar.

— Não preciso de guia, o bar é literalmente dentro do hotel, . Eu acho que consigo chegar até lá sozinha, obrigada. — Fechou a porta e, ao virar de costas, ouviu novamente duas batidas. Abriu-a novamente, irritada. — Não quero companhia!

— Podemos apenas… ser civilizados hoje?

Ela bufou, voltou para pegar a pequena bolsa preta e fechou a porta.

— Vamos, antes que eu mude de ideia — falou já caminhando pelo corredor, fazendo o moreno dar passos largos para acompanhá-la.

Chegaram no lounge e toda a equipe que trabalhava na campanha da revista Mood já estava sentada em uma mesa comprida. Os dois sentaram um ao lado do outro e cumprimentaram o resto das pessoas; um garçom veio até eles e perguntou o que queriam beber, anotando seus pedidos em seguida. A noite seguia tranquila, todos conversavam animados com a finalização do trabalho, elogiavam a modelo, mas também os fotógrafos, maquiadores e cabeleireiros; sem a equipe toda, nada seria possível. estava até mantendo uma conversa amigável com , até que ele teve uma péssima idéia, de acordo com ela, claro.

— Vamos dançar? — levantou e estendeu a mão para a , que ficou estática olhando para a mão dele. Ela não queria fazer uma cena diante de seus companheiros de trabalho, que olhavam em expectativa, esperando a sua resposta.

— Claro. — pegou a mão dele, sorrindo amarelo e os dois foram até a pista de dança, havia uma banda de jazz tocando uma música calma e romântica. Ele colocou a mão nas costas dela de forma leve e juntou a outra na dela.

— Você realmente é maravilhosa, , as fotos ficaram incríveis. — sorriu e a girou, trazendo-a de volta para perto do seu corpo.

— Corta a enrolação. Você fez de propósito porque sabia que eu não recusaria na frente deles, não é? — Ela estreitou os olhos, ignorando o elogio e sentiu os dedos dele subirem devagar, arrepiando cada poro do seu corpo, até sua nuca, onde brincou com alguns fios entre seus dedos.

— Você é mesmo uma mulher difícil, mas eu sei que gostou tanto da nossa noite quanto eu. — O fotógrafo se aproximou do ouvido dela e sussurrou: — Quero poder te provar mais uma vez, .

A modelo fechou os olhos aproveitando aquele toque singelo, mas que fazia seu baixo ventre se contorcer, e aquela voz grossa e rouca perto demais da sua audição. estava se saindo um belo de um galanteador, talvez estivesse certa, era tesão, pensou ela. Sentiu seu corpo querendo se render a ele, e se fosse para cometer outra loucura, que fosse ali na Espanha, longe de tudo.

— O quanto está disposto a isso?

— Se eu começasse hoje a seguir uma garota e aproveitar cada oportunidade de irritá-la para ser notado por ela? — Sorriu ladino encarando os olhos verdes. — O quão disposto seria?

— Agir como um garotinho do fundamental é sua estratégia para ganhar mais uma noite? — Sorriu, negando desacreditada. estava admitindo que puxar o cabelo da coleguinha de escola ainda é viável aos vinte e poucos anos?!

— Me diga se está funcionando. — Sua mão desceu até a coluna da acariciando a pele desnuda, devido ao vestido de costas nuas, com as pontas dos dedos. Sentiu o arrepio da pele no pescoço sensível e resolveu ser sincero. — Se sim, quanto mais me custaria em piadas de duplo sentido ou trabalhos inexistentes para tê-la de novo? — Subiu até a orelha adornada com um lindo brinco ponto de luz e sussurrou próximo ao ouvido: — ou muitas vezes?

— Então venha provar, . — Aproveitou que estava de costas para a mesa da equipe e passou a língua pelos lábios do moreno, discretamente. Soltou-se dele, deu boa noite a todos e saiu dali; não demorou para sentir uma mão a puxando pela cintura.

a empurrou contra a parede do corredor e rosnou:

— Não vai me provocar de novo, vai?

Ela enfiou sua coxa entre as dele e passou a língua pelos lábios antes de morder o inferior. Agarrou a gola da camisa que ele usava e o puxou para um beijo ávido; por mais que ele a irritasse, a deixava com tesão, quem queria enganar? Desceu os dedos pelos botões, tirando cada um de sua casa de forma lenta, quase torturante. Foram aos beijos e tropeços pelo corredor até o quarto de , onde entraram com pressa e dessa vez as costas dele foram de encontro à parede.

jogou a bolsa no chão e se desfez dos sapatos, passou as mãos pelo abdômen trabalhado, enfiou as mãos entre os ombros e o tecido para tirar a camisa do corpo dele. Beijou o pescoço cheiroso do homem, que inverteu as posições e mordeu o ombro dela, tirou as alças com delicadeza e as mãos da foram para o lado, tirando o zíper, fazendo o vestido escorregar do seu corpo a deixando apenas de calcinha. Os olhos se encontraram e os dois sorriram da forma mais pervertida que podiam, voltaram a se beijar e as mãos desfilavam pelo corpo um do outro freneticamente.

a pegou pelas coxas e a levantou. As longas pernas encaixaram na cintura dele, que caminhou até a cama kingsize no meio do quarto, e jogou no colchão. Retirou a calça e subiu na cama, adorando o corpo da mulher abaixo de si. Beijou a boca vermelha dos beijos agressivos que davam, desceu pelo pescoço, colo, vale dos seios e agarrou o esquerdo, passando a língua no mamilo e assoprou logo depois. estava inquieta, enfiou os dedos entre os cabelos pretos e puxou quando sentiu a língua na linha de sua calcinha.

— Me chupa logo, !

— Seu desejo é uma ordem. — Pegou o pano minúsculo que cobria sua boceta e fez pressão para cima, lambeu ainda por cima do tecido e sentiu o cheiro do feromônio doce que ela exalava. — Seu cheiro é uma delícia. — Afastou a calcinha para o lado para ter acesso aos lábios com a sua boca. Apertou as pernas com brutalidade e viu a coluna dela arquear.

… 'hm… continua… — Puxou os lençóis e apertou seu seio, mordia o lábio e gemia sem controle algum. Seu corpo esquentava a cada lambida, os dedos a penetraram e começou a sentir um calor que conhecia bem, aquela eletricidade contínua subindo cada vez mais através de seu corpo. — 'Oh, céus! — gritou ao gozar na boca do . Levou o braço até a testa, cobrindo seus olhos; respirava pesado e sentia seu corpo inteiro tremer. De repente a pegou novamente no colo e começou a caminhar. — O que está fazendo?

— Te fodendo? — Encostou as costas dela na parede sem parar de beijar sua pele.

— Nossa, , você… — Sentiu ser invadida e parou de falar para gemer, ao mesmo tempo que rasgava as costas dele com as unhas.

— Gostando? — Impulsionava seu quadril sem parar, os seios dela batiam em seu peito de forma erótica, os cabelos rosas suados grudando em seu belo rosto era definitivamente uma visão privilegiada. Ela rebolava em busca de mais prazer, estava ensandecida com aquele sexo, com certeza ele tinha suas qualidades, e ela tinha provado delas.

— Me fode com gosto, idiota. — Ela puxou os cabelos dele e mordeu seu queixo. meteu fundo e com força, sem nenhuma misericórdia; ela tinha pedido, afinal. — Ah, ...uke! — Suas paredes mastigaram o pau do homem, deixando claro que o segundo orgasmo viria. Ele apertou a bunda dela com as duas mãos e gemeu enfiado no pescoço de .

— Eu vou… — Ele chegou ao ápice rosnando palavras desconexas, mas continuou se forçando para dentro até ela estampar uma bela expressão de um orgasmo violento.

Ambos se jogaram na cama respirando fundo e tudo que falou foi:

— Essa é a última vez.

— Nem você acredita nisso, .


[...]


tinha tido uma ótima noite de sono após orgamos maravilhosos e um homem que sabe quando deixá-la em paz. Dormiu sozinha naquela cama imensa e não se arrependeu do sexo no dia seguinte. Terminou de arrumar suas malas, tomou café da manhã e pegou seu vôo, no qual por sorte não sentou ao lado do fotógrafo novamente, era bom pelo simples motivo de lhe poupar uma conversa desconfortável. Chegou em Paris e foi direto para a casa dos seus suggars, afinal, era sempre assim.

Após uma refeição deliciosa, um banho e um sexo a três, estavam os três deitados na cama conversando. contava como tinha sido sua breve estadia na Espanha, passou todo o tempo no hotel fotografando, não tinha conhecido muitas coisas, porém, eles gostavam de ouvi-la falar sobre as aventuras do mundo da moda.

— O problema de fotografar na praia é terminar o dia completamente empanada. — Os três riram e desfilou os dedos pelo corpo de , até que chegou em um roxo em sua barriga.

— Não fomos nós. — A mulher sorriu para o marido. — Ainda tem tempo e disposição para transar por aí, querida?

— Ela é jovem, , não se lembra dos nossos tempos de juventude? — brincou, beijando a esposa.

— Você fala como se fosse velho, . — virou-se na cama, deitando de bruços para vê-los melhor.

— Será que algum dos seus companheiros sexuais gravaria um vídeo com você? — ficou surpresa no primeiro momento, mas logo entendeu, sabia que os dois adoravam um voyeurismo. — Adoraríamos vê-la em ação.

— Seria realmente… delicioso. — beijou o pescoço da modelo e logo subiu até sua orelha, lambendo o lóbulo.

— Posso tentar… — respondeu absorta nas carícias que começavam a esquentar.

— Podemos lhe dar um belo de um presente por isso… — O apalpou a bunda dela e sorriu, vendo que mais uma rodada de sexo estava prestes a começar.


[...]


abriu a porta do apartamento e foi surpreendida com uma reunião da qual não sabia o motivo ou sequer tinha sido avisada. Franziu o cenho quando viu um champanhe em um balde de gelo, três garrafas de vinho, duas vazias e uma pela metade, taças e um bolo que dizia: bem-vinda.

— Surpresa! — gritaram.

— Eu passei uma semana fora, já passei um mês e nem sequer vocês estavam aqui pra me receber. — torceu os lábios indignada, fechou a porta atrás de si e deu alguns passos.

— Ah, senta aí e cala a boca, prima, só queríamos beber. — atirou uma almofada na , que estirou o dedo do meio para a ruiva antes de sentar confortavelmente no chão.

— Espero que tenham novidades ou invadir meu apartamento não valerá de nada. — Empurrou para que a servisse um pouco de vinho para si.

— Eu não sei o que é considerado novidade.

— Chegar em casa e assistir seu irmão com a melhor amiga, se encaixa? — riu da cara confusa de , que levou um segundo para entender ao mirar .

— Certas mulheres não aprendem… — Revirou os olhos virando a taça de uma vez, oferecendo a mesma vazia para que a servisse mais uma vez.

— Eu não quero julgamentos, ok? — apontou para o grupo pedindo silêncio. — Eu faço o que bem entender, mesmo já tendo uma história, e já pedi desculpas a .

— Posso usar o mesmo argumento? — perguntou o grupo olhando cada uma ali em sua sala. Sem negativas, resolveu contar de uma vez: — Transei com na viagem. — Mais uma vez ergueu a taça, virando todo o conteúdo.

— E a pressa é sede ou arrependimento? — perguntou receosa.

— Não me arrependi, estou tomando coragem para contar a outra parte.

— Bom, enquanto ela não bebe o suficiente, tenho algo a dizer. — Ajeitou o óculos no rosto e respirou profundamente. — Eu fiquei com meu aluno.

— Meu, Deus! — exclamou desacreditada. — Transaram no auditório?

— Por que sempre pensam o pior?

— Você disse: “ficar”, cabe a nós preencher as lacunas.

tem razão. — deu de ombros, pedindo mais uma rodada a .

— E você, ? Além de pegar seu irmão com a , mais nada?

Deixando a garrafa de lado, a faz movimentos repetidos com a mão circulando a área da virilha e disse:

, ninguém joga aqui faz tempo.

— Credo… — Sorrindo, as meninas comentavam sobre a seca da morena que não se importava de ser o motivo de chacota da vez.

Minutos e muitas conversas depois já muito mais a vontade decide compartilhar sua última novidade:

— Meu casal viu as marcas que deixou em meu corpo e pediu um vídeo nosso. — Estranhou o silêncio, porém resolveu esperar que as faces animadas passassem de sorrisos a incredulidade momentânea e em seguida a enxurrada de perguntas.

— E o que disse? — questionou, assim como que perguntou o que eles ganhariam com tal pedido.

— Eles gostam de assistir e eu ganharei algo bem caro, como de costume.

— Eles não aceitam ir a uma praça pública perto daqui amanhã à meia noite? — disse como quem não quer nada. — Pode haver um casal lá transando nos brinquedos e o mimo pode ser deixado aqui, eu não me importo.

— Com quem vai ao parque, safada? — A pergunta já cruzando os braços sobre os seios.

— Espera um pouco, eu não tenho só o pra transar. — Arqueou a sobrancelha.

— E faria isso? — não entendeu o que a amiga insinuou então resolveu continuar: — Sexo em publico para alguém ver?

— Não sei qual parte é mais problemática. — usou o jargão do amigo da , negando com a cabeça.

— Já viu as coisas que essa safada tem? — Apontou para a garota de cabelos rosa, que quase engasgou com o vinho. — Nem fazendo uma campanha por dia eu teria o guarda-roupas de . Se eles são gostosos e gostam de presentear garotas bonitas, que culpa eu teria?

— Ótimos argumentos, guarde-os para a polícia. — Piscou para a amiga, que deu de ombros. — Não faça isso, !

eu não vou… — Gargalhou da amiga, que olhava para ela com certas dúvidas de que não faria aquilo. — Céus, como sou bem vista por aqui.

— E vai falar com o ? — olhou para a e quando o grupo percebeu também ficou atento à resposta.

— Não sei como perguntar.

— Sei que vai pensar em algo bom. — Todas concordaram e a morena serviu mais uma vez as taças. — Vamos deixar o álcool falar por nós — Olhou a face animada da loira ao seu lado e negou. — Menos você!
Estou perto, chego até às duas da tarde.



Bufou se arrependendo de ter adiantado sua ida até o apartamento da irmã. Suspirou ao desbloquear o telefone e releu as últimas mensagens que havia trocado com , pegou uma almofada em seguida, colocando-a em seu colo ao ver a morena de lindos olhos passar pela sala usando nada mais que uma camiseta, que mal cobria sua barriga, e uma calcinha. Que castigo, Deus, seria ele merecedor de tal punição? O que fez de tão ruim durante a vida para ter que olhar belas curvas de longe e admirar as magníficas obras que eram?

, eu nunca falei tão sério na minha vida. Venha imediatamente!


Apertou os olhos azuis buscando ajuda de alguma entidade caridosa que pudesse cuidar de suas mãos trêmulas e de sua ereção crescente. Aquilo era demais para qualquer um e, quando a tal buscou o controle do televisor sentando tão perto, sentiu que apenas uma catástrofe natural poderia salvá-lo.

— Está tudo bem? — A jovem loira perguntou ao , que concordou nervoso. — Tem certeza? Está suando… — Quase foi tocado pela mão pequena, porém fugiu antes do toque. — Calma, não vou machucá-lo.

— Não é isso.

— Tem certeza? — A garota pegou o próprio telefone olhando a tela e em seguida gritou para a morena: — , tenho que sair uns minutinhos, tudo bem? — Com a afirmativa da outra colega, foi em direção aos quartos e voltou rapidamente já vestida. — Vou visitar um amigo, , qualquer coisa peça a e fique à vontade.

Ele não queria ficar à vontade, não ali. Sua irmã já havia comentado sobre as duas colegas de apartamento, porém esqueceu de detalhes muito importantes, como por exemplo o fato de ambas serem super modelos gostosas. Já bateu ao menos duas punhetas para cada uma em fotos de lingerie em revistas famosas, mas vê-las ao vivo tiraria seu sono por longos dez dias no mínimo. pagaria com a vida.

— Quer comer? — O quê?! Observou as mãos da morena, que carregava um pequeno prato com salada. — Não se preocupe, fiz outras coisas para você.

— Não estou com fome, , obrigado.

— Não precisa me chamar assim, ou tá de bom tamanho. — Tomou o lugar ao lado do irmão da amiga e começou a comer.

Maninha: estou chegando, tampinha

Finalmente! Sua amiga está ao meu lado e sigo de pau duro! Vocês não usam roupas?

Maninha
: kkkkkk só você! A gente tá acostumada a ficar pelada na frente de qualquer um, , não ache que você é especial.

entrou pela porta, chamando a atenção dos dois que estavam sentados no sofá; viu com a almofada no colo, o suor de desespero escorrendo em sua testa e não se aguentou, começou a rir. franziu o cenho sem entender nada e o quis matá-la. Ela calmamente colocou sua bolsa no gancho ao lado da porta, correu até e pulou em cima dele, que logo esqueceu a raiva e a abraçou com carinho.

— Senti sua falta, maninho. — Saiu do colo dele, deu um selinho na amiga, que sorriu a cumprimentando. Caminhou até a cozinha, pegou duas cervejas, deu uma para o irmão e voltou, sentando na poltrona em frente a eles.

— Também senti sua falta, .

— Agora pode dizer pra que você ficou de pau duro por que ela e a são duas sem noção. — Os olhos do loiro se arregalaram e ele abaixou a cabeça completamente vermelho. A começou a rir, deixando sem entender nada. — Achou que ela ia ficar chateada?

— Eu… não… — ele sorriu amarelo —, desculpa, .

— Não estou chateada, bom saber que ainda consigo fazer alguém sentir tesão por mim. — A morena levantou e foi até a cozinha.

— Como assim? Você é gos… — Travou ao falar mais rápido do que seu cérebro poderia decidir se era algo apropriado a se dizer ou não. — Linda, você é linda.

voltou da cozinha rindo e acompanhava ela nas gargalhadas.

— Pode falar que ela é gostosa, por que ela é mesmo! — A falou e bateu na bunda dela. — Meu irmão vai passar 20 dias aqui, quem sabe você não dá pra ele, .

! — O irmão inflou as bochechas, irritado com o comportamento dela. — Céus, você está pior do que nunca, pare de me deixar desconfortável.

se aproximou do homem, tocou o queixo dele com os dedos e falou:

— Você seria uma ótima companhia na cama, gatinho. — estava parecendo um pimentão e viu lentamente a bunda farta da desfilando para longe dali e sumindo pelo corredor, enquanto ria descontrolada.

— Bem-vindo ao apartamento das delícias, tampinha. — Ela bateu sua cerveja na dele e deu um gole, piscando o olho direito.


[...]


balançava a perna sem parar embaixo da mesa, tinha se arrependido no momento em que entrou pela porta da cafeteria, na verdade, arrependeu-se no segundo em que concordou com aquilo. Estava longe de todo o drama familiar há 7 anos e sua vida era tão pacífica que quase se tornava entediante, se não fosse pelo seu trabalho e todo o glamour que vem com ele. Já estava em sua segunda xícara de café e sua ansiedade só aumentava, sabia que quanto mais bebesse pior seria, mas não tinha outra coisa para se fazer.

Foi aí que ouviu o sino da porta de entrada e virou, vendo passando pelo arco e sorrindo docemente. Virou-se de volta e revirou os olhos, não era possível que seu irmão achasse que estava tudo bem.

, bom dia. — O homem sentou em frente a ele e chamou a garçonete, pedindo seu café duplo.

— Realmente é um dia, se é bom já não sei dizer. — bebeu mais um gole de seu café.

— Credo, que mau humor. — fez careta, mas logo mudou sua expressão por uma de compreensão, entendendo porque estava recebendo um tratamento tão hostil. — Me perdoe, . Eu não sabia o que fazer naquela época, você estava cada vez mais melancólico e se afundando na sua solidão.

— E mesmo assim me deixou para trás.

— Eu era um adolescente, , estava tão perdido quanto você. — O se explicava com uma certa angústia.

— E eu era uma criança! — Bateu na mesa, atraindo alguns olhares, então respirou fundo notando que se exaltou e falou baixo: — Você escolheu ir embora.

— Eu sei! — Enfiou os dedos pelo cabelo comprido e apoiou sua testa nas mãos. — Acha que não me martirizo todos os dias sabendo que abandonei você? — Voltou a olhá-lo nos olhos. — Eu só aceitei estudar fora porque não aguentava mais a pressão de ser um... .

— E em nenhum momento passou pela sua cabeça que eu sentia o mesmo e que ficaria sozinho naquela mansão com dois… — Mordeu a língua antes de xingar seus pais e suspirou. — Você é bem inteligente, .

— Oi, bonitão. — saltou os olhos quando olhou e viu parada ao seu lado. — Quem é esse seu amigo gato? — A loira enfiou o indicador em uma mecha de cabelo e sorriu.

— Ninguém, ele já estava indo embora.

, vamos…

— Não, não temos mais nada pra conversar. — o interrompeu e levantou, encaixou o braço no da e seguiu até o balcão. — Posso pagar o seu café?

— Que cavalheiro, obrigada, . — A loira sorriu e disse o que queria ao atendente. Quando os dois viraram, já não estava mais ali, então seguiram para a agência.

já está na agência?

— Não sei, quando saí de casa ela tinha ido fazer compras com o irmão. — e entraram no elevador. — Mas não se preocupe, ela não vai se atrasar, a é uma das mulheres mais pontuais que eu conheço.

— Menos quando está com o namorado. — estalou a língua.

— Que namorado, ? — Ela franziu o cenho. — não namora.

— Pelas indecências que ouvi o homem que deixou ela no estúdio dizer, só podem ser algo desse tipo. — Ele deu de ombros.

A ficou piscando os olhos, tentando entender e, quando caiu a ficha, o fotógrafo já tinha saído do elevador e ela permanecia estática com os olhos arregalados. Saiu da caixa metálica e mandou mensagem para a amiga perguntando onde estava e a resposta foi: estou chegando. foi para o estúdio e sentou em uma das cadeiras para ser maquiada. entrou logo em seguida, sentando na cadeira ao lado; ela entrelaçou os dedos nos da loira e soltou um beijo no ar.

As duas recebiam a maior das atenções. A campanha de lingeries que elas fariam naquele dia era da grande marca Ardent; a empresa era uma das mais conhecidas em toda a Europa, além de ser cliente vip da Stars Model. Elas levantaram e foram colocar as primeiras peças, um conjunto completo para as duas, com meia ⅞ e cinta liga. usava um cor de rosa seco, próximo do tom do seu cabelo, e um azul cintilante, combinando com seus olhos. As duas se juntaram no fundo infinito e preparava os flashes e a câmera.

— Eu encontrei o na cafeteria aqui da frente, estava com um tremendo gostoso, super parecido com ele. — A loira sussurrou no ouvido de .

— E o que eu tenho a ver com isso?

— É seu boy, não? — fez sinal para elas começarem a fazer as poses.

— De novo com essa história? — A revirou os olhos.

, vire um pouco o rosto para a direita, coloque o braço esquerdo no ombro dela — falou e logo elas se ajeitaram do jeito que ele pediu.

— Estou dizendo que pode ser irmão dele e que se for, por favor, peça pra ele me apresentar — continuou sussurrando para apenas a amiga escutar.

, mantenha as pernas fechadas por alguns minutos. — virou de costas, enquanto ainda se mantinha de frente, as duas posando para as lentes de .

— Olha quem fala… — Aproveitou que estavam sozinhas com , pois quando era ensaio de lingerie a equipe era reduzida e ao precisar de retoques, elas vestiam um robe e os maquiadores e cabeleireiros eram chamados de volta para dentro do estúdio. — Você se esbaldou na Espanha, não? — Falou mais alto, já que antes sussurravam. pigarreou e foi tomar água.

— Podem trocar as peças — anunciou.

Elas foram até o camarim e fuzilava a melhor amiga com raiva. Pegaram os novos cabides e começaram a trocar as lingeries.

— Mantenha a boca fechada também.

— Falando nisso, ouviu o seu… — aproximou-se do ouvido de daddy falando "indecências" — fez aspas com as mãos — pra você no dia que ele foi te deixar.

— Ele o quê?! — arregalou os olhos. — Então ele ouviu… Esse filho da p…

— Ele acha que é seu namorado, mas falei pra ele que você não namora. — estalou a alça elástica em sua pele e sorriu. — De nada — falou e saiu rebolando, deixando a preocupada, irritada e querendo esganar o primeiro ser humano que cruzasse o seu caminho.

Com nada mais que uma salada de origem duvidosa vinda dentro de uma caixa plástica no estômago, terminaram o ensaio quase 20 horas da noite. e saíram do estúdio se despedindo de todos e, ao chegarem na sala principal da agência, Tsunade vinha de sua sala com um sorriso no rosto e batendo palmas para chamar a atenção de todos ali presentes.

— Por favor, juntem aqui. — A loira olhou para todos. — Bom, quem não estiver aqui vai ser avisado, mas semana que vem teremos uma festa aberta para todos os clientes da agência. Cada um de vocês têm direito a um acompanhante e caso eu estiver de bom humor, libero mais alguns espaços na lista. — Tsunade deu de ombros. — Lembrem-se, é uma festa de gala, então se comportem como tal. Estão liberados. — Saiu andando pelo corredor em direção a sua sala.

— Precisamos conseguir mais um lugar nessa lista, falou preocupada.

— Por quê? Em todas as festas colocamos as garotas pra dentro. — A falou de forma óbvia, juntando as sobrancelhas e apenas continuou a encarando, esperando que a ficha caísse. — Ah! — Bateu na própria testa. — . Merda!

— Finalmente lembrou do irmão. — A saiu andando para pegar o elevador.

— Espera, !


Os botões da blusa clara foram arrancados com pressa e sua boca atacada por mais um beijo impaciente e sôfrego do , que já media seus próximos passos ao prendê-la perto da bancada, onde antes tinham mais uma aula sobre fórmulas. Poderia estudar mais uma vida e ser qualificada em mais alguns cursos ou faculdades, porém sentia que química como aquela não se aprendia nos livros.

Seu corpo era dedilhado pelas mãos ágeis de , que apertou suas coxas ao subir sua saia até o quadril. Mais beijos necessitados eram espalhados por sua boca e pescoço, alguns desciam até a clavícula sugando fortemente cada pedaço de pele alcançado e não temia marcas, apenas queria sentir mais. Foi colocada sentada na bancada atrás de si e o manteve perto, entre suas pernas, com o receio de não ter mais um segundo do calor emanando da pele masculina que tomava sua mente nublada. Desejava ardentemente o próximo passo, sentindo que os beijos trocados durante as aulas não saciariam mais a vontade e a necessidade que ambos possuíam um pelo outro.

Sua boca foi deixada por um mísero segundo e o desceu pelo dorso exposto lentamente, marcando cada parte da barriga clara de . Sentiu seu corpo vibrar ao ter a calcinha de renda colocada de lado e um gemido suspirado deixou seus lábios quando finalmente sentiu seu desejo ser atendido. Os dedos trabalhavam juntamente com a língua, tocando seu clitóris enquanto era sugada e invadida de forma suave, como se o homem quisesse conhecer cada parte que a levava à loucura.

Levou as mãos ao cabelo de , chamando-o mais uma vez para cima, pois não suportaria mais um segundo daquela tortura. Já que se permitiu experimentar por influência de , ou de sua vontade cada vez mais incontrolável de tê-lo e ser dele, teria tudo naquela noite. Voltou aos beijos desesperados, tocando em sua ereção e fazendo massagem ainda por cima da roupa; começou a desabotoar a calça e recebeu ajuda dele para se livrar da cueca em seguida.

, me diz que se rendeu, que vai ser minha… — Passeou o nariz pelo pescoço, bochecha, e foi até a orelha, mordendo o lóbulo.

, você… — parou de falar e gemeu ao sentir os dedos a preenchendo novamente — é muito bom nisso. — Jogou a cabeça para trás junto ao seu tronco, a mão do aluno subiu pela barriga e foi até os seios, que ainda estavam cobertos pelo sutiã de renda, e começou a massagear, assim como fazia com o clitóris da ruiva.

— Quantos pontos eu mereço por levá-la à loucura? — Posicionou-se em sua entrada, pincelando sua glande na excitação da Uzumaki e introduzindo lentamente cada centímetro dentro da ruiva.

— Incontáveis… — gemeu ao senti-lo dentro de si. Suspirou pesadamente ao agarrar com certa força os ombros do e, quando ele finalmente começou com os movimentos calmos, revirou seus olhos, não lembrando de nenhuma outra vez ter sentido tanto prazer.

O segurava seu corpo como se a ruiva fosse sua tábua de salvação em meio a um naufrágio. Apertava sua carne e gemia rouco a cada investida contra seu corpo, respirava com certa dificuldade e usava toda sua concentração para não tomá-la da forma que sempre imaginava antes de dormir. Com alguns anos de experiência a mais, a professora notou que o homem estava contido demais para alguém que tanto atiçou sua imaginação. Preocupada com um possível arrependimento, tomou o rosto bonito em suas mãos e o fez encará-la.

— Há algo errado?

— Não quero estragar tudo. — continuou confusa e já pensava em tirá-lo de si e descer da bancada, porém continuou: — Se eu for mais rápido, não vou aguentar muito.

sorriu pela bobagem do homem, que na verdade parecia um garoto perdido nos próprios desejos e, ao realizá-los, claro, ficaria afoito e amedrontado. Pronta para deixá-lo à vontade o empurrou, com o pé em seu peito, fazendo-o sentar em uma das cadeiras altas usadas pelos estudantes e se colocou em cima. As mãos se tornaram mais ágeis em seu corpo, o havia finalmente voltado à pose de homem malvado e seus dedos afundavam na carne farta da bunda da Uzumaki.

Encaixou-se mais uma vez, movimentando-se para frente e para trás em um rebolar gostoso e ritmado com a ajuda dos longos dedos. não demoraria mesmo, seus lábios não deixavam dúvidas a cada gemido pedindo aos céus para que aquilo não fosse um sonho e ela tampouco. Surtiu o efeito desejado ao senti-lo pedir por mais, dando sinais de que estava perto. deixou-se levar pelo gosto inconfundível do que era proibido em um orgasmo único ao senti-lo derramar-se dentro de si.


[...]


Estar rodeado de mulheres bonitas já era complicado, agora estar rodeado de mulheres bonitas seminuas era de foder. levantou apressado, estava se mijando, porém ao chegar no banheiro e mirar o sanitário, viu a bela ereção matinal. Se não tivesse certeza que a causa era natural, acharia que eram as imagens da e da desfilando pela casa só de calcinha e uma blusa que mal cobria os peitos, carimbadas em sua mente lhe perturbando dia e noite. Respirava fundo pensando em qualquer coisa que não fosse comer uma das melhores amigas da irmã. Quando de repente a porta foi escancarada e os dois pares de olhos azuis se encararam, a loira desceu suas íris e berrou, fazendo a fechar a porta em um rompante.

— Desculpa! — Ouviu a voz dela abafada por vir do outro lado da porta.

— Tudo bem, esqueci de trancar. — Quando tentava se concentrar, ouviu a fechadura novamente e apenas a cabeça de pela fresta.

— Belo pau, . — Fechou a porta de novo deixando o completamente sem graça e irritado, pois não conseguiria mijar pelos próximos 10 minutos.

Encontraram-se todos na mesa do café da manhã e, quando cruzou os olhos com a , ficou instantaneamente vermelho. Sentou-se ao lado de , que já o olhava estranho, tentando entender o que estava acontecendo, mas apenas ignorou. As três estavam atrasadas para a academia, então comeram e saíram em seguida, deixando o Uzumaki em paz por algumas horas.

O trio se separou na porta de entrada da academia e foi cada uma fazer seu treino matinal. Ao terminarem a musculação, encontraram-se nas esteiras ficando lado a lado, como de costume. Estavam caminhando rápido nas esteiras enquanto conversavam sobre desfiles, campanhas fotográficas, e quando iriam fazer compras no mercado.

— Eu acho que posso ir, se o for me acompanhar. — riu travesso.

— Ela ‘tá ficando interessada nele! — exclamou, animada.

— Meu irmão é bonito, vai, eu sei disso — comentou , dando de ombros.

— E tem um belo pau delícia, .

— Não acredito que você teve a pachorra de dormir com ele em menos de uma semana, ! — A ralhou com a melhor amiga.

— Não! Não dormi com ele… — e a olhavam desconfiadas, com uma sobrancelha arqueada. — É sério! Meu Deus, minha reputação ‘tá péssima!

— Nisso podemos concordar — disse a morena.

— Eu fui entrar no banheiro e ele estava lá, tentando mijar, com… — Pigarreou.

— Ele ‘tava de pau duro?! — A gritou, cortando a amiga e atraindo olhares, e as duas começaram a rir.

— Desculpa, gente — pediu, levantando a mão de maneira séria, olhando as pessoas ao redor.

— Sim, , ele estava. Provavelmente uma ereção matinal, todo homem costuma ter — explicou, de maneira baixa, já que alguns ainda prestavam atenção na conversa delas.

— Podemos parar de falar sobre o pau do meu irmão? Obrigada. — desligou a esteira e saiu andando, logo as outras duas vieram atrás dela e saíram da academia desejando bom dia para a recepcionista, e foram andando pela calçada.

— Bom, não vou negar que é um gostoso. — cortou o silêncio.

— Ainda nesse assunto? — A revirou os olhos enquanto bebia água da sua garrafinha.

— Deixa ele tirar as teias de aranha daí de baixo, , ‘tá na hora.

— Já passou da hora — corrigiu.



[...]



— Acho que distendi a bunda. — A deitou no sofá da sala de bruços com um saco de gelo em cima da parte dolorida pelos exercícios puxados da parte da manhã.

tinha saído e foi às compras com , então sem chances de ser pega com a bunda gelada para o ar. Amava morar com as garotas e visitas masculinas quase sempre eram bem-vindas, porém agradecia as poucas vezes que poderia ficar sozinha. Esticou o braço tentando não se mexer, pois a posição estava ideal para acalmar seus músculos doloridos, mas desastre e , eram palavras que se completavam e o controle da tv, que antes estava tão perto de si, rolou para baixo da mesinha que havia ao lado do sofá.

A medida que se esticava para pegar, dobrava seu corpo no braço lateral do móvel fofo. Estava tão concentrada na tarefa, que seria simples ao se levantar, que não notou que não estava mais sozinha. Ao erguer o olhar deu de cara com uma virilha muito animada e olhando para cima pode reconhecer quem havia chegado.

— Vocês não me ajudam…

Com muitas sacolas de compras, que ajudou a irmã a fazer, sorria desacreditado de sua sorte ao ver uma pose tão linda. Disposta a não deixar barato e de brinde ganhar mais um motivo para sorrir, decide revidar os comentários do .

— Sabe que o que precisar é só chamar. — Sorriu doce, resolvendo pegar de uma vez o controle e sentar mesmo que com dor. — Ai…

— Está machucada, ?

— Sim, foi o treino de hoje. — Deixou a bolsa de gelo na mesa a sua frente e ligou a televisão.

— Eu posso ajudar em alguma coisa? — Pôs as sacolas em cima da mesa e seguiu até a morena, sentando-se ao lado dela e a olhando preocupado.

— Deveria, não? — Sorriu brincalhona, mordendo o lábio em seguida. — Minha dor é em uma região que ainda não viu, pode me ajudar mesmo assim?

— Ah, não sei se devo… — O loiro coçou a nuca, sem graça.

— Mas, , você disse que ajudaria… — Fez um bico exagerado, fingindo tristeza.

, não é como se… — negou, dispensando os pensamentos impróprios. Era impossível que aquela garota estivesse falando do mesmo que ele. — Acho que estou entendendo tudo errado...

— Mas a viu, que mal faz me mostrar?

viu? O que a Não, garotas falam, !

— Foi sem querer — disse se levantando rapidamente. Tomou o caminho do quarto da irmã para se esconder, mas antes gritou: — A porta… eu não tranquei.

— Espero que não tranque amanhã também! — gritou de volta.


[...]


ainda não acreditava que tinha cometido aquela loucura, dois dias depois estava no mesmo laboratório dando aula para todos os seus alunos; alguns debruçados onde a fodeu. Céus, o que ela tinha na cabeça? Às vezes perdia a concentração pensando no problema que daria se alguém os tivesse pegado no flagra ali. Ela, uma renomada professora, doutora em ciências espaciais e física quântica, dona de inúmeros prêmios expostos na estante de sua sala de estar, tinha transado com um aluno em plena universidade. Terminou aquela aula com um começo de dor de cabeça; seu cérebro parecia que escorreria pelos seus ouvidos, caso isso fosse possível.

… — sentiu a mão em seu ombro e deu um pulo, virando para trás —, calma, sou eu.

, não podemos nos reunir para a pesquisa hoje, tenho um compromisso. — A ruiva recolheu suas coisas rapidamente aos olhos atentos e confusos de seu aluno. Sentia-se extremamente mal fazendo aquilo, mas precisava respirar antes que tivesse um surto.

— Por que está…

— Depois. — Ela o cortou. — Depois nos falamos. — saiu porta a fora e entrou em seu carro; tentava contar a sua respiração para se acalmar, ainda estava agarrada às pastas e papéis. Soltou tudo no banco do passageiro e tirou a bolsa do ombro, procurando seu celular naquela bagunça que era seu carro, agora ele tinha a cara da sua vida; o próprio caos. Achou o aparelho e desbloqueou, indo direto no aplicativo de mensagens, mais especificamente no grupo das “delícias”.

SOS, reunião.





Continua...


Nota da autora: Oi amores, essa história é polêmica, já deixo avisado de antemão. Espero que gostem e se divirtam! Beijos das autoras

Se você encontrou algum erro de codificação, entre em contato por aqui.