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Codificada por: Saturno 🪐

Última Atualização: Julho/2024.

Nós, vulgo, eu, , meu irmão e os amigos dele, estávamos indo para Oxnard, onde ficava a casa de praia da tia Anna. , nossa prima, estaria lá esperando para nos receber lindamente, com toda sua graça, e claro, passar todas as férias de verão conosco. Isso seria perfeito, já que iríamos comemorar o meu aniversário e o de . Embora tivéssemos um ano de diferença uma da outra, eu tinha nascido logo depois que ela fazia seu primeiro ano de vida.
Tinha mais dois amigos que falaram que nos encontrariam em Oxnard. Um deles era Bradley, um garoto que conheci na internet já tinha uns dois anos, através de um vídeo no qual ele estava tocando violão. Achei aquilo tão fofo que resolvi puxar conversa e ele respondeu super empolgado. Ocasionalmente, parei de ver grande parte de seus vídeos por conta da faculdade, mas nem assim perdemos contato. Conversávamos quase todos os dias pelo Facebook e até mesmo no FaceTime. Neste ano, pedi de presente de aniversário que ele fosse para Oxnard me encontrar, já que ele morava em Santa Barbara e ficava bem perto, no máximo uma hora de carro.
O outro era , um amigo do meu irmão, que fazia parte da equipe dele de jogos online, o qual conheci em uma das noites de campeonato que teve lá em casa, mas ele, assim como Bradley, morava em outro lugar, o que também não me impediu de pegar uma amizade bem engraçada com ele. Geralmente nos falávamos mais quando estávamos jogando, um ficava zoando o outro o tempo todo, e assim era nossa amizade, entre jogos e bobeiras que eram ditas entre eles. Quando eu sumia por muito tempo, ele vinha implicar comigo, me ligando ou mandando mensagem. Nunca vou esquecer das vezes que me ligou e eu estava no meio da aula e não podia atender, então continuava e, quando não conseguia, começava a ligar para meu irmão ou para até eu finalmente atendê-lo, apenas para ficar implicando comigo ou me falar algo sem importância. estava indo para Oxnard de mais longe, Las Vegas, para onde tinha se mudado já tinha três anos e trabalhava em um cassino como Croupier. Não fazia ideia de como, mas ele tinha conseguido tirar férias no verão, e eu tinha medo de perguntar como e me assustar com sua resposta. Se tinha algo que me surpreendia, eram as coisas que saíam da boca daquele garoto.
estava dirigindo, enquanto eu mexia em meu celular, vendo as fotos no Instagram, dando like em uma de Brad, que era de seu carro cheio de coisas, indo para Oxnard, que ele tinha postado fazia dez minutos. Certamente, chegaria antes de nós. Estava ansiosa por finalmente conhecê-lo, Bradley era uma graça.
Vi piscando o farol atrás de nós e eu sabia que estava fazendo isso apenas para implicar com a minha amiga e deixá-la nervosa por estar dirigindo na PCH. Comecei a rir e recebi um olhar recriminador de , mas isso só me fez gargalhar.
— Manda seu irmão parar de palhaçada, vai me fazer bater desse jeito — pediu, um pouco irritada. Então abri a janela do carro e dei o dedo do meio para . — Mandei você falar para parar e não mandar ele se ferrar.
— Ah, é quase a mesma coisa — respondi, rindo, e vi a pick-up de alcançando o Honda de pela contra mão. — Olha. — Apontei para o seu lado e ela arregalou os olhos quando viu o que meu irmão estava fazendo.
— Seu irmão tem algum tipo de retardo? — perguntou, diminuindo a velocidade para que ele entrasse à nossa frente e saísse da contra mão, mas não fez isso, apenas acompanhou o Civic de minha amiga lado a lado.
— Você é a melhor amiga dele, deveria saber essa resposta — falei, como se fosse óbvio.
, que estava no banco do carona, pediu para que abaixasse o vidro, então ela o fez, oscilando seu olhar entre o carro do lado e a estrada. Meus olhos se arregalaram quando vi um caminhão vindo na outra pista. freou bruscamente e entrou atrás do Honda, me fazendo berrar junto a . Olhei para trás, vendo os meninos rindo dentro do carro. Eles eram uns idiotas. Meu irmão voltou a entrar na contra mão e eu quase pulei por cima da minha amiga para xingá-lo. Ele podia ser o mais velho, mas não tinha o menor juízo às vezes.
— Você tem merda na cabeça? — gritei, e ele riu, assim como e os outros meninos que estavam no banco de trás. — O que você quer?
— Relaxa aí, maninha — mandou, fazendo seus amigos rirem ainda mais. — Vamos parar no próximo posto, o quer mijar.
— Era só isso? — quase gritou. — Não podia ter mandado uma mensagem para o celular da ? — Ela tinha razão, não tinha a necessidade dele estar fazendo aquela palhaçada.
— Qual seria a emoção disso? — perguntou, com um sorriso no rosto. — Vocês estão muito nervosas. É TPM?
— Por que você não vai se foder, ? — Procurei algo dentro do carro que eu podia simplesmente jogar nele, mas não encontrei nada. — Por mim, você poderia morrer com a bexiga estourada que não faria a menor diferença. — Me debrucei por cima de e apertei o botão para o vidro fechar.
— Vocês ainda vão se casar um dia — minha amiga brincou e eu lhe lancei um olhar fulminante.
— Prefiro a morte. — Cruzei meus braços e coloquei minhas pernas dobradas em cima do banco. — Por que ele não pode ser menos idiota?
— Porque ele é amigo do . Todos os amigos dele são idiotas. — É, estava certa. — Mas são engraçados.
tinha crescido com os meninos, sempre esteve lá em casa, mas nunca nos falávamos muito por ela ter a mesma idade que meu irmão. Ao contrário de mim, não participava do torneio de jogos, na verdade, quando tinha algum, ela nem costumava aparecer. Mas só começamos a conversar mesmo depois que saí da escola e entrei na faculdade, ela começou a me dar carona para casa e com isso começamos a virar realmente amigas. Hoje em dia, somos praticamente almas gêmeas, não nos separamos nunca, onde uma está, a outra está junto.
— É, talvez. — Segurei o riso, fingindo ainda estar irritada, mas no fim acabei rindo e fez a mesma coisa.
Vi meu celular, que estava sobre o painel, começar a vibrar, então o peguei, pensando que era me ligando apenas para me irritar mais um pouco, mas não, era . Um sorriso enorme se formou em meu rosto e logo em seguida meu dedo deslizou sobre a tela, atendendo a ligação.
— Hey, duendeverde669 — falei seu nickname, dando uma pequena risada no final.
— Fala raposavermelha527 — respondeu, em um tom animado. Eu adorava o som da sua voz. — Aqui, deixa eu te falar.
— Pode falar, estou ouvindo. — Encostei minhas costas na porta do carro e olhei para , dando um sorrisinho, e ela me olhou rapidamente de volta, sorrindo também. Mordi o canto inferior da minha boca, ansiosa para saber o que falaria, mas ele estava demorando. — Ainda está aí, duendeverde669?
— Oi, estou sim. Desculpa, me distraí aqui — respondeu, meio aéreo. — Não sei se vou mais para Oxnard. — Fiquei triste ao ouvir aquilo, queria conhecê-lo pessoalmente. — Surgiram uns imprevistos aqui no trabalho e eles vão precisar de mim nesse verão. — Desviei o olhar de e fiquei encarando um ponto cego. — Tudo bem?
— É. Tudo — disse, tentando disfarçar minha decepção e tristeza por conta daquilo. — Você já avisou ao que não vai vir?
— Não, estou falando com você primeiro. — Senti meu peito se aquecer um pouco por saber que ele tinha me avisado primeiro. — Mas não se preocupe. Assim que der, eu vou para Dana Point passar um final de semana. — Aquilo fez um pequeno sorriso surgir em meus lábios.
— Vai ser legal — falei, sem a menor empolgação, e dei um suspiro, virando meu pescoço e olhando para a estrada ensolarada do meio dia.
— Vai, sim! — Ao contrário de mim, estava super empolgado. — Preciso ir agora. Até.
— Até. — Antes de falar qualquer coisa, ele encerrou a ligação, então voltei a jogar meu iPhone sobre o painel do Honda.
— O que houve? Ele não vem, né? — me olhou rapidamente, e eu neguei com a cabeça. — Sei que estava empolgada para conhecê-lo, mas não fica assim. Veja pelo lado bom, o Bradley vai estar lá. — Sorriu, tentando me animar novamente, e, ao lembrar daquilo, eu até fiquei um pouco feliz. — Se for para te fazer ficar bem, eu deixo você colocar seu kpop no meu carro — brincou, e isso me fez rir um pouco.
— Não abusa que eu coloco mesmo! — Abri um sorriso largo.
— Pode colocar, mas, por favor, escolha as menos chatas — pediu, de um jeito implicante, e eu lhe dei língua. Então, só por conta disso, peguei meu celular e conectei ao rádio via bluetooth, colocando DNA, do BTS. — Eu disse as menos chatas. — Empurrei de leve sua coxa.
— Me erra, . — Dei uma risada.
Paramos logo em seguida em um posto e eu pulei do carro, dando uns passinhos com a música que tocava dentro dele. Meu irmão me olhou e fez uma careta, depois encarou , que apenas deu de ombros, indicando que não podia fazer nada em relação àquilo a não ser que fosse deixar que eu parecesse uma louca dançando kpop no meio de um posto de gasolina.
— Ela te convenceu a ouvir isso? — perguntou a . — Como você consegue?
— Bem, você sabe, não tenho muita escolha. — Estreitei meus olhos para , que já ria.
— Hey, estou ouvindo o que estão falando! — falei, e meu irmão me olhou.
— É para ouvir mesmo. Tira isso e coloca uma música decente. — Implicou comigo, como sempre fazia. — O que a fez para estar sendo castigada desse jeito?
— Kpop não é castigo. Ela é minha amiga, já basta — respondi, e os dois gargalharam comigo. — Cadê o ?
— Para quem estava querendo que ele morresse com a bexiga estourada, está se preocupando demais. — só podia estar me zoando mesmo.
— Na verdade, eu só quero saber se vamos precisar desovar um corpo pela estrada mesmo. — Coloquei minhas mãos na cintura e fiz uma cara de deboche. Senti algo agarrar minhas pernas e fazer o barulho de gato raivoso, o que me fez pular e dar um grito. — ! — berrei, reconhecendo a risada dele atrás de mim. Me virei e lhe dei dois tapas fortes em seu braço. — Idiota! — Agora eu estava rindo junto por causa do susto que levei.
— Você está devendo? — perguntou, e eu não entendi a piada. — Para levar um susto desses, quer dizer que está devendo. — Ele ria ainda, junto a e .
— Era para rir dessa piada ruim? — questionei, erguendo uma sobrancelha. — Ah — falei, me lembrando. Virei meu corpo, olhando para . — me ligou e disse que não vem.
— Disse? — Uniu as sobrancelhas, fazendo uma careta. — é louco. — Negou com a cabeça. — Por que ele não vem?
— Falou que vão precisar dele no cassino e sei lá. Ele não explicou direito, como sempre. — Dei de ombros, fingindo não me importar. — Tanto faz. — Olhei para o lado, vendo o Honda de sujo de poeira. — O resto dos meninos vai vir que horas?
— Assim que o Charlie sair do trabalho. — olhou em seu relógio de pulso. — Na verdade, devem estar saindo de lá agora.
— Então logo eles estarão chegando e, se bem conheço o Theo, eles vão chegar lá antes das três. Ele só sabe andar pisado. — Lembrei da vez que peguei carona com ele e que quase cheguei morta em casa, não por um acidente e sim infartada.
— Por isso que não vim com ele — disse, apoiando seu cotovelo em meu ombro, o qual abaixei e quase fiz com que caísse de cara no chão.
— Abusado — resmunguei, e ele me olhou, rindo. — Vamos?
— Vamos. — Meu irmão pegou a chave da pick-up e jogou para o . — Você dirige o resto, já enjoei.
— Mas você só dirigiu por uma hora e meia — seu amigo rebateu, pegando a chave no ar.
— É, eu dirigi metade do caminho, o resto dele é seu agora. — Saiu andando em direção ao lado do carona.
— Você é um folgado, reclamou, mas foi para o lado do motorista mesmo assim, causando uma pequena risada em mim e em .
Entramos no carro e fomos direto para Oxnard, sem paradas dessa vez. se deu por vencida e até mesmo tentava cantar junto comigo algumas letras das músicas de kpop que tocavam. Era engraçado como não apenas ela, mas eu também, errava. Tinha hora que saía outra coisa totalmente diferente do que realmente era.
Pouco tempo depois, eu já não estava mais tão chateada pelo fato de não ir mais passar o verão conosco e, consequentemente, o meu aniversário comigo. Tentei abstrair aquilo o máximo que consegui, mas ainda assim sentia que não estava realmente bem com aquilo. Quando ele disse que viria, ficamos planejando mil coisas que iríamos fazer, as partidas nas quais eu daria uma coça nele e vice versa, as besteiras que poderíamos fazer para comer e o fato que um afogaria o outro na praia. Isso me deixava realmente frustrada.
Abaixei o vidro do carro e apoiei o braço e a cabeça na porta, deixando o vento bater em meu rosto e jogar meu cabelo para trás, fazendo com que os fios ficassem embolados, mas não me importei com isso, apesar do trabalho que teria mais tarde para desfazer os nós. não falou nada, ela sabia que eu não gostava muito de conversar quando estava chateada, então estava bom assim. Soltei um suspiro pesado e fechei meus olhos, sentindo o ar quente tocar minha pele.
Quando percebi, já estávamos parando na frente da casa de tia Anna. Parecia que o tempo tinha andado muito mais rápido desde o posto para lá. Será que tínhamos vindo mais rápido? Enfim, não fiquei me questionando muito sobre isso. Apenas saí do carro e vi de pé na porta, com Bradley bem ao seu lado. Como previsto, ele chegou primeiro. Não sabia quem abraçar antes, então só fui correndo em direção aos dois e os abracei, um em cada braço, fazendo suas cabeças baterem na minha. Soltei Brad e olhei para , pegando suas mãos e a rodando de um lado para o outro, já tinha mais de um ano que não nos víamos.
— Meu Deus do céu! Você tem que parar de ficar cada vez mais linda! Aff, assim não dá nem para competir! — brinquei, e joguei meus braços em volta de seu pescoço.
— Eu sei que sou linda. — Entrou na brincadeira, me abraçando com força. — Mas você está de parabéns! — Me soltou e fez a mesma coisa que fiz com ela, me rodando de um lado para o outro. — Vejo que a bunda da família te pegou de jeito! — Deu um tapa em minha bunda. — Olha o tamanho disso e como ela está empinada! — Rimos juntas.
— A sua também está a mesma coisa! — observei, e ficamos rindo ainda mais.
— Mas vamos confessar que a do ganha de nós duas. — Joguei a cabeça para trás, dando uma gargalhada alta. — Sério, a bunda dele veio caprichada demais! — Infelizmente, ela tinha total razão, meu irmão tinha uma bunda e tanto.
— Infelizmente, perdi essa para ele. — Fingi falsa modéstia. — Mas é sério. Você está ótima — elogiei novamente, a olhando de cima a baixo. — Jones que se cuide. — Abri um sorriso largo. — Falando nisso, cadê ele?
— Daniel não pôde vir, teve que ficar tomando conta da empresa dos pais dele, já que eles foram viajar para a Grécia em uma segunda lua de mel. — Ela parecia claramente incomodada com aquilo.
— Ah, mas não vai ser o verão inteiro — lembrei, tentando ver uma saída.
— Sim, só que ele disse que precisa estudar para o mestrado dele — suspirou, deixando seus ombros caírem. — Enfim, deixa isso para lá. — Abriu um sorriso, tentando disfarçar, mas sabia que ela estava chateada por causa daquilo. — Vejam só essa maravilha que decidiu vir dessa vez à minha casa da praia. — Olhou para e foi na direção dela. — Você estava mesmo me devendo!
— Eu sei, não pude deixar de vir. Além do mais, se eu não viesse, acho que a e o me matariam. — Me olhou rapidamente, me fazendo rir.
— Ainda bem que sabe. — Ergui uma sobrancelha para ela, que riu, então me virei para Bradley. — Você! — Apontei para seu peito e o puxei pela camisa. — Me dá um abraço. — O apertei muito forte.
, não consigo respirar! — disse, mas me apertava tão forte quanto.
— Nem eu. Mas quem se importa? — Começamos a rir, então nos soltamos. — Não acredito que você está aqui. — Sorri abertamente, e ele me puxou para perto, me dando outro abraço. — Estou feliz por isso.
— Nem eu. Pensei que esse verão nunca ia chegar. — Deu um beijo apertado em meu rosto, e beijei seu pescoço, já que meu rosto estava enfiado em sua curva.
— Não vai me apresentar seu namorado? — Ouvi a voz de atrás de mim. Me virei em um pulo, o encarando com cara de deboche.
— Bradley não é meu namorado. Já pode parar com isso! — mandei, e ficou rindo. — Então — olhei por cima do meu ombro — Bradley, esse é , meu irmão mais velho — apresentei. — Aqueles são , Derik, Joe e Troy. — Apontei para cada um deles, que já vinham em nossa direção, com suas malas lotadas de coisas. — Depois são as mulheres que trazem coisas demais — impliquei com . — Meninos, esse aqui é o Bradley — falei, e eles o cumprimentaram.
— Aqui tem jogos de videogame e de tabuleiro. Acha mesmo que iríamos passar o verão todo olhando uns para as caras dos outros — respondeu, erguendo sua mala de mão. — Agora vem me ajudar a pegar a televisão no carro.
— Eu tenho cara de escrava, ? — Torci meus lábios e fiz uma cara de indignação. — Você não é o fortão que aguenta tudo? Pegue a TV sozinho. — Ergui minhas sobrancelhas, fazendo um biquinho.
— Eu ajudo. — veio saltitando, com algumas coisas nas mãos.
— Olha, achei uma mulher educada no meio de nós — observou, dando um sorriso para minha prima.
, pode tirar os olhos dela. é praticamente casada — avisei, jogando meu braço ao redor do ombro de Bradley.
— Tudo bem, não tenho ciúmes. — Piscou para ela com um sorrisinho de lado e entrou na casa. Revirei meus olhos e soltei um riso, não tinha jeito mesmo.
— Isso é um aviso para todos vocês, seus pervertidos. E para você também. — Cutuquei o peito do meu amigo, que ficou rindo. — Eu sei que ela é linda e gostosa, mas não é para o seu bico, — falei alto para ele ouvisse.
— É o que veremos, ! — rebateu, alto.
— Olha só, minha priminha está sendo cobiçada — disse, dando um sorriso e o empurrou, suas bochechas começavam a ficar vermelha e isso nos causou risadas.
, deixa a em paz — pediu, então ele a olhou com um sorriso. — Não, nem pense nisso. Você não vai me pegar para cristo hoje. — Já passou por ele com uma caixa de coisas na mão, o ignorando.
— Não fuja de mim, ! — Saiu andando atrás dela, puxando uma mala de carrinho.
Neguei com a cabeça e soltei Brad. Fui andando na direção do Honda de e peguei minhas malas, as levando para o quarto onde ficaria eu, minha amiga e . Os meninos dividiriam o segundo andar, que era uma sala de televisão, e nada mais justo do que isso para os nerds viciados em videogame. Eles espalharam colchonetes por lá e arrumaram tudo para ficar do jeito que queriam. Já eu, não queria nem ver a cara de tia Anne caso ela chegasse ali de surpresa e visse que sua sala de televisão virou um acampamento de loucos.
A casa não era muito grande, consistia em três andares. O primeiro era onde ficava uma pequena sala social, em conjunto a uma cozinha americana, uma suíte e um banheiro social; do lado de fora, tinha um deck com umas cadeiras, mesas e duas redes, era ótimo passar o final de tarde ali. O segundo andar era apenas uma sala de televisão, com sacada e um banheiro. Já o terceiro, tinha uma piscina e uma área para churrasco. Nunca entendi o motivo de tia Anne ter feito uma piscina lá em cima se a casa dava para a praia. Na frente da casa, tinha um gramado lindo e, ao lado, tinha uma garagem para dois carros e mais um espaço do lado de fora para mais dois.
Ajudei os meninos a descarregarem os carros, e acho que eles na verdade trouxeram a casa toda, pois era tanta coisa que eu não fazia ideia de como tinha cabido aquilo tudo nos dois carros, tirando, claro, o que Theo e o que os outros meninos iriam trazer, já que eles viriam com a utilitária do pai de A.J.. Nossa, eu não queria nem ver como aquela casa ficaria com onze homens e três mulheres. Viraria um verdadeiro pandemônio.
Prendi meu cabelo e comecei a ajudar a arrumar as coisas nos lugares, enquanto Bradley saiu com , e Miguel para fazerem a compra da semana. Eu e pegamos a televisão enorme que eles trouxeram, instalamos no segundo andar, descemos com a que tinha lá e colocamos na sala social. Tinha ficado bom, a tela curva era grande e seria perfeita para jogar em multiplayer.
! — me chamou, do primeiro andar. — Vem cá, tenho um presente para te dar. — Olhei para e uni minhas sobrancelhas, achando aquilo estranho.
— Mas meu aniversário é só daqui há quinze dias — falei alto para que ela escutasse, e me levantei do chão. Meu irmão veio atrás de mim.
— Só que se o presente esperar até o dia 11, vai estragar — ela respondeu, enquanto eu já descia as escadas, curiosa para saber o que era.
Assim que cheguei à sala, parei, olhando para aquilo sem acreditar, sentindo meu coração ficar extremamente acelerado enquanto um sorriso gigantesco ia se formando aos poucos em meus lábios. Embora tivesse visto poucas fotos suas e todas elas eram muito mal batidas, pois ele detestava tirar fotos, geralmente escondia seu rosto e a sua de perfil era do Duende Verde, eu o reconheci. Era bem ali na minha frente. Ele era ridiculamente lindo! Nunca conseguiria imaginar que aquela criatura era tão bonita daquele jeito. Seus olhos eram em tons tão fortes que dava para se perder se os encarasse por mais de dez segundos. O que era aquele sorriso com aquelas enormes covinhas? Céus, eu conseguiria me afundar nelas se quisesse! Sem mencionar seu cabelo comprido, com pequenos cachos nas pontas, que eram simplesmente perfeitos. era mais alto do que imaginei e seu corpo era perfeitamente desenhado. Seu braço esquerdo era coberto de tatuagens que nunca imaginei que ele teria, assim como seus peitos, os quais dava para ver por baixo da camisa florida, que estava aberta até a sua barriga, onde tinha uma borboleta.
— Caralho! — finalmente berrei e corri em sua direção, pulando em cima dele em um só impulso e passando minhas pernas por sua cintura. — Seu merdinha! — xinguei, apertando seu pescoço em meu abraço, dando um beijo apertado em sua bochecha, enquanto ele dava uma risada gostosa. — Pensei que você não iria vir!
— Achou mesmo que eu ia deixar que eles me impedissem de vir te ver e passar seu aniversário contigo? — Tirei minhas pernas de sua cintura e fiquei de pé. — Não mesmo — falou, me soltando e dando um passo para trás.
— Caralho! — soltei, de novo, super empolgada.
Então começamos a pular do nada e ficar gritando, enquanto estávamos um segurando as mãos do outro e rodando que nem dois perus tontos. Até que um ficou empurrando o outro como se tivéssemos em uma rodinha de punk e, por fim, voltamos a nos abraçar, ainda pulando e rodando. Eu não conseguia parar de rir daquela nossa palhaçada, nem parecia que eu faria vinte e cinco anos dali a quinze dias.
— Seu filho da puta! — Bati com as duas mãos abertas em seu peito. — Você me enganou! — Eu ainda ria descontroladamente, chegava a escorrer lágrimas dos cantos de meus olhos.
— Mas foi por um bom motivo. — Me puxou pela cabeça, me fazendo encostá-la contra seu peito. — Sua cara de palerma foi ótima. — Ele gargalhou.
— Vai se ferrar, ! — Tentei afastá-lo, ainda rindo, mas isso só o fez me apertar ainda mais contra si. — Aff, te odeio por isso.
— Bem que você queria mesmo. — Revirei meus olhos e mordi seu braço que segurava minha cabeça. — Ai, sua cachorra, não me morde! — Me soltou, então pulei em cima dele, tentando mordê-lo de novo.
— Meu Deus do céu. Quantos anos vocês têm? — perguntou, parado, nos olhando. — Vocês são retardados, mas parece que juntos a coisa piorou ainda mais. — Ao mesmo tempo, eu e o lhe demos o dedo do meio enquanto ríamos, até que ele se soltou de mim e foi falar com meu irmão, lhe dando um abraço. — Bem que achei estranho quando a disse que você não viria — comentou, dando uns tapinhas em seu ombro. — Você não parava de falar dessa viagem há semanas.
— Eu queria fazer uma surpresa para a baixinha. — Lhe dei língua quando me chamou daquele jeito. — Vai falar que a cara dela não foi ótima?
— Não sou baixa, meu tamanho é normal. A que é baixa. — Apontei para minha amiga, que estava sentada no sofá, nos olhando com um sorriso no rosto.
— Hey, não me meta no meio disso — pediu, rindo e levantando para falar com o . — Pensei que nunca iríamos te conhecer. — Eles se abraçaram.
— Também pensei — brincou, nos fazendo rir. — Caralho, vocês podiam ter escolhido um lugar mais perto para passar as férias — reclamou.
— Aqui é perto, você que mora longe — observei, fazendo uma pose de metida. — Quantas horas de viagem de Vegas até aqui?
— Como parei algumas vezes, foram sete horas — explicou, e isso me fez erguer as sobrancelhas. — Ué, cadê o resto do pessoal?
saiu com Miguel para comprar comida. Troy e Stephen estão por aí — meu irmão disse, olhando para os lados, procurando os outros dois meninos. — Theo e os outros devem chegar por volta das duas e meia, três horas, depende do humor do Theo. Ele quem vai vir trazendo o utilitário do pai do A.J..
— Charlie, Derik e Joe estão vindo, né? — perguntou, colocando as mãos no bolso da frente de sua calça, e apenas concordou com a cabeça. — Beleza. — Sorriu e me olhou. — Essas férias serão as melhores. — E eu tinha toda a certeza disso.


Continua...


Nota da autora: Sem nota.

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Nota de Saturno: Eu sou apaixonada por essa fic e acompanhar ela de novo desde o começo tá sendo incrível! Aff, me divirto muito com todos os personagens! Você arrasaaaa!

Se você encontrou algum erro de codificação, entre em contato por aqui.
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